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quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Psicometria


Tomba delle Pantere (Túmulo da Pantera) - Necrópole de Monterozzi (séc. VI a. C.) - Tarquinia        Itália

Haverá a possibilidade de, os objectos possuírem memória? Poder-se-à então extrair informação desses objectos através de um processo designado por « Ressonância Mórfica», mesmo que isto envolva um certo mistério - e acesa discussão - entre os seus defensores e o seus opositores? Terão as pedras vida, contando histórias a quem nestas toque por vias da chamada Psicometria, técnica sensitiva e de intensa sensibilidade paranormal? Terão...alma? Que mistérios se escondem por detrás delas?

Psicometria - A Memória das Coisas
Nos seus sonhos, Umberto di Grazia, natural de Roma, empreende frequentemente viagens ao passado. Vê-se como um guerreiro Etrusco ou como um Vidente - na prática de antigos rituais.
Mais tarde acontece-lhe - frequentemente - encontrar os mesmos locais com os quais sonhou, seja ao dar um passeio ou quando vai apanhar cogumelos. Quando se encontra num desses locais, começa a ver a realidade em câmara lenta. Olha à sua volta, escava o chão, passa a pente fino a densa mata e, partes do bosque.
Foi deste modo que, Umberto di Grazia descobriu inúmeras povoações antigas até então desconhecidas. A Oeste de Roma, descobriu um enorme cemitério da Idade do Bronze e, ainda, um Templo Etrusco de grande interesse para os arqueólogos! Uma vez no local, basta-lhe tocar nas pedras e estas, começam logo a «falar». Contam-lhe as suas ancestrais histórias!...

A Técnica da Psicometria
Um sensitivo - a designação aplicada a uma pessoa dotada de sensibilidade paranormal - é capaz de pegar num objecto e, num curto espaço de tempo, surgem-lhe inúmeras impressões imaginárias que de algum modo estão ligadas a esse objecto. A este processo chama-se «Psicometria».
Trata-se de uma técnica bastante difundida entre os sensitivos com vista à obtenção de impressões sobre determinadas coisas. Muitos desses sensitivos exigem um objecto pessoal que lhes permita entrar em contacto extra-sensorial com a pessoa em questão. É sobretudo no esclarecimento paranormal de crimes e, na Psi-Arqueologia, que o processo da Psicometria desempenha um papel de relevo.

Dos Primórdios da Investigação
O médico americano J. Rhodes Buchanan (1814-1899) é considerado o descobridor da Psicometria. Afirmava que do ser humano emanava uma força, à qual ele chamava «Aura nervosa».
Mediante a interpretação dessa força, algumas pessoas estariam aptas a decifrar indícios de acontecimentos passados a partir de objectos.
William Denton (1823-1883), um professor de Geologia de Boston, tentou verificar as teses de Buchanan em inúmeras experiências com a mulher, o filho e a irmã, tendo chegado a alguns resultados interessantes.
Denton era da opinião que raios desconhecidos retratariam acontecimentos e, objectos, em coisas localizadas nas suas proximidades.

Objectos com Memória?
Haverá mesmo a possibilidade de, os objectos possuírem memória? Resta ainda saber - e esclarecer - se um objecto psicométrico serve apenas como uma ajuda associativa para se estabelecer um contacto clarividente ou telepático - ou se ao próprio objecto - está agarrada uma «memória».
Uma teoria actual vê a realidade construída como um Holograma. Um Holograma armazena uniformemente informações ópticas numa chapa fotográfica. Em qualquer uma das ínfimas partes da chapa fotográfica, encontra-se armazenada a totalidade do conteúdo. Se se viesse a verificar que, determinadas pessoas conseguem chamar a informação sobre a realidade holograficamente armazenada através de um objecto, tal poderia ser o ponto de partida para uma explicação de Psicometria.
A teoria dos campos morfogenéticos - proposta pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake - também parte do princípio que mesmo os objectos inanimados contêm em si uma espécie de memória.
Poder-se-ia então, sem qualquer contacto ou causas físicas conhecidas, extrair informação aos objectos através de um misterioso processo de «Ressonância Mórfica».
Esta teoria é actualmente alvo de acesa discussão - e muita polémica - dividindo irreconciliavelmente os seus defensores e, os seus opositores.

A Capela do Rei Edgar
Em 1907, o arquitecto inglês Frederick Bligh Bond (1864-1945) foi incumbido de escavar o que restava da Abadia de Glastonbury, em Somerset.
Bond não sabia onde deveria começar a escavar. Juntamente com um amigo, o capitão John Allen Bartlett, tentou obter as informações desejadas por via paranormal. Durante uma sessão espírita, Bartlett começou automaticamente a desenhar, numa linha ininterrupta, as fundações da catedral - junto a uma pequena construção. Do mesmo modo automático, escreveu então um texto em Latim, segundo o qual um monge - supostamente do Além - relatava a história de uma capela mandada erigir pelo abade Beere em honra do rei Edgar, no início do século XVI, e que mais tarde teria sido destruída.
Bond mandou então escavar no tal local - no local indicado. Surgiu assim Edgar`s Chapel, a qual correspondia exactamente aos planos desenhados por Bartlett.

Psi-Arqueologia
Na década de 1930, os arqueólogos recorreram ao psicometrista polaco Stefan Ossowiecki. Assim que Ossowiecki pegava num objecto antigo, a sua visão anterior contemplava cenas com grande nitidez. Tinha a sensação de se poder movimentar livremente nelas, como se realmente estivesse presente numa outra época e, na pele de um observador invisível. Conseguia descrever correctamente a idade, a localização geográfica dos locais dos achados arqueológicos e, até as características da cultura de onde provinham os objectos, incrementando frequentemente os conhecimentos dos cientistas com pormenores interessantes.

A Mensagem na Garrafa
Maria Reyes de Z. foi tratada de diversos males por Gustav Pagentecher (1855-1942), um médico alemão residente no México, com recurso ao método da hipnose.
Durante o tratamento desenvolveu a capacidade de receber extraordinárias sensações paranormais ao segurar um objecto. Certa vez, o médico deu-lhe um envelope lacrado que continha uma folha de papel. Utilizando pormenores extraordinariamente vivos e detalhados, Maria Reyes de Z., relatou uma viagem num barco a vapor, descreveu pessoas, o fogo de metralhadoras e por fim o barco a ir ao fundo. Antes de o barco se afundar, um homem teria escrito uma carta que teria deitado ao mar dentro de uma garrafa.
Com efeito, o envelope lacrado continha uma carta que fora encontrada dentro de uma garrafa por pescadores nas águas dos Açores (Portugal). Nela, estavam escritas as seguintes palavras em espanhol: "O navio está a afundar-se. À tua saúde, minha Luísa, cuida que os meus filhos não me esqueçam. O teu Ramón. Havana. Deus vos proteja e a mim também! Adeus."

Peter Nelson
Numa experiência psicométrica foi dado um antigo tinteiro de vidro ao americano Peter Nelson. Nesse preciso momento surgiu-lhe a imagem de um homem com a barba branca aparada num formato pontiagudo, sentado à frente de uma escrivaninha antiga. Em seguida, Nelson viu um pacotinho quadrado e achatado, embrulhado em papel colorido, e sentiu um sabor doce na boca. O tinteiro provinha do espólio de um fabricante de chocolates já falecido - um homem que correspondia exactamente à sua descrição.
Os arqueólogos gostam de pedir conselhos a Nelson. Quando lhe deram uma série de objectos psicométricos que consistiam em figuras de barro, este foi capaz de descrever com precisão, as condições de vida das culturas que haviam produzido as mesmas figuras.

Umberto di Grazia e Peter Nelson utilizam assim com mestria e bem saber toda esta técnica psicométrica na sua essência e finalidade na descoberta e origem, tanto de objectos como de locais escondidos do mundo.
Cientistas, arqueólogos e demais estudiosos - na procura e insistência da descoberta - têm procurado os serviços destas pessoas que exibem esta técnica e, no fundo, este determinado poder interior de quase comunicação ancestral e, celestial, com o Além. Se tudo emanar e eclodir em revelação ao mundo por vias da Psicometria, isso só nos pode orgulhar no que novas ciências, novas técnicas, nos induzem a persistir no seguimento destes conhecimentos em colaboração, cooperação e contínua afirmação sobre a mesma.
E como sempre afirmo eu também, que o seja a bem da evolução da Humanidade! E, igualmente, na sua continuidade! Que assim seja então!

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