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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A história de todos nós - Bruxas, evolução tecnológica, continentes...Do...

Halloween - Official Trailer (HD)

O Secreto Mundo das Bruxas

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Bruxas, e o seu mundo secreto. A sua história, em poder maléfico e pungente estigma do já vulgar estereótipo vigente de se fazerem voar de vassoura nos pés e um feio chapéu pontiagudo na cabeça, vagueando pelos céus nocturnos em vibrante afirmação do que são ou foram através dos tempos.

Ninguém admite o confronto com elas ou, a completa certeza da sua não-existência, deixando-se antever que por vezes e, alegadamente, elas andem mesmo por aí e está tudo dito. Elas existem! Para o melhor e para o pior, quer queiramos quer não...

                                                  O Secreto Mundo das Bruxas
O Secreto Mundo das Bruxas está prenhe de conhecimento e sabedoria, como todos nós sabemos. Mas também - infortunadamente para elas - exaurido de compreensão e aceitação, pelo que antes e muito depois da Inquisição (autos do Santo Ofício) de uma Europa retrógrada e medieval se fez sentir. Pior, é que ainda faz... algures por aí em qualquer canto do mundo...

É reconhecido por muitos que, antes e depois de La Voisine (Catherine Montvoisin) - a célebre e famigerada bruxa francesa que colaborava com o pervertido abade Guibord na organização criminosa de ostensivas missas negras durante o reinado de Luís XIV e em que todos os demónios se soltavam em ritos orgiásticos (mas também orgásmicos) de satanismo - as então denominadas «bruxas» sempre existiram. São um facto indesmentível.

E, com mais ou menos poder (ou artimanhas próprias) através do conhecimento e potencial de ervas e plantas na elaboração de perigosos venenos até à concretização de actos sumamente impuros, as ditas bruxas de então até à actualidade fazem-se ouvir mas nem sempre ver ou cerzir.

E isto, seja em práticas que a sociedade moderna condena (Vodu), seja em malabarismos fictícios e fraudulentos que acabam sempre, inevitavelmente, por arrastar consigo incautos e alguns inocentes que ainda acreditam que são as Bruxas que os vão salvar.
 
Na periclitante batalha - por vezes muito desequilibrada - entre o que era científico ou do conhecimento ancestral na vanguarda dos dias e, uma outra mentalidade que tudo coarctava, renegava e nem sequer estudava para ver se as bruxas teriam razão, incendiaram-se corpos e almas que, também ao longo da História do Homem, se foram propagando como endémico rastilho de todas as fogueiras humanas...

Deus e o Diabo (há quem diga) podem efectivamente estar ao mesmo nível. Ou não. Os pactos com o Demónio são sobejamente conhecidos em adoração a Satanás e a tudo o que ele lhes pode trazer de benefício e gáudio. Tudo tem um preço. E optar por Deus ou pelo Diabo será apenas a mais urgente obra de consolidação, consoante o peso e a medida em relação aos favores humanos que cada um deles pode ou não realizar em seu benefício...

Ao longo da História fomos assistindo por via documental de que de facto muitas injustiças foram literal e abusivamente cometidas sobre elas, as bruxas, por outras que se distinguiram pela pura maldade dos seus actos.

Os Unguentos também contribuíam para essa façanha, os quais vamos aqui falar. O que hoje é ciência e de certa forma uma reverência biomédica, na Antiguidade, foram o sumo mais do que perfeito para a alquimia de todas as verdades e certas indignidades que ainda hoje tememos pelos voos e danças de certas bruxas que sentimos por aí...

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Dia das Bruxas (ou Halloween): a contemporânea e divertida realidade dos nossos dias numa festa pagã que se estende por todos os pontos do globo em anunciação de um folguedo popular de bruxaria e certa primazia em que todos participam. Hoje, é uma festa de família; e das crianças em busca de guloseimas ou partidas.

Na Antiguidade a coisa era mais séria. Muitos dos que entravam no secreto círculo das ditas bruxas e demónios, raramente destes saíam; e quando tal sucedia, eram levados pela própria mão do Diabo que os conduzia às muitas fogueiras da Santa Inquisição em implacável poder das autoridades eclesiásticas que os acusavam - aos bruxos e bruxas - de atentarem contra a Igreja e contra os máximos e «dignos» valores do Reino.

O delito pugnava sempre por uma justiça unilateral e a uma só voz que os condenava e, empurrava quase sempre, para a fornalha de fogo, horror e cinzas dos seus corpos e quiçá das suas almas que ninguém sabia muito bem aonde iam parar...

O Unguento das Bruxas
Segundo os relatos da época (Idade Média), acreditava-se que as bruxas misturavam membros de crianças não baptizadas - que eram previamente desfeitos e cozidos - e depois envolvidos numa sopa de gordura, sangue, corações dessas crianças, cobras venenosas, lagartixas, aranhas, sapos alimentados a hóstias abençoadas (imagine-se o contra-senso); além de ossos moídos de um enforcado e todo um arsenal de ervas venenosas, para, sob orientação do Diabo, obterem o seu unguento para voar.

Estes rituais repetiam-se à velocidade da urgência ou até demência com que eram seguidos - sobre comunidades secretas que levavam ao extremo esses rituais que, como sempre, finalizavam em grande orgia reverencial depois de esfregada esta mistela na cara, no corpo ou numa vara - elevando-se de seguida no ar em direcção ao Conciliábulo das Bruxas.

Modelos Antigos: Este tipo de relatos remonta aos anais da superstição mais sinistra que, ainda hoje, os historiadores não sabem definir se verdadeiros se falsos ante muita documentação encontrada mas também falseada ou deturpada além os tempos.

Seja como for, deve referir-se que - o Unguento para o Voo das Bruxas - não é uma invenção da Idade Média! Nem tal podia ser. Os testemunhos escritos dizem-nos dessa verdade desde os primórdios.

Assim sendo, sabemos que já Lúcio Apuleio (século I d.C.), no terceiro tomo do seu «Asno de Ouro», no qual se refere acerca da bruxa Pânfila, que esta esfrega o seu corpo da cabeça aos pés com um unguento misterioso, entrando depois em convulsões extáticas, transformando-se num corujão e saindo a voar pela janela emitindo um piar horrendo. Ou seja, um espectáculo digno de Harry Potter...

Os Componentes: Antes de mais, as bruxas eram sobretudo «Mulheres Sábias», possuidoras de conhecimento de Botânica. Sabiam usar plantas perigosas - e poderosas! - tanto para curar como para alterar o estado de consciência. Não restam dúvidas de que elas próprias ingeriam plantas da família das Solanáceas (e outras) com efeitos psicoactivos.

É possível que tenham efectivamente desenvolvido unguentos com este tipo de plantas, muito embora as manifestações fabulosas e repugnantes que lhes foram atribuídas apenas tenham servido para serem denunciadas à Inquisição. Mesmo que o objectivo final fosse o da cura, não estariam a salvo desta tomada de posição eclesiástica que as punia em geral com a morte na fogueira.

Os Componentes do Unguento das Bruxas da Idade Média revertem provavelmente para uma tradição antiga. Existem indícios de que, as Ménades, se drogavam com Amanita-mata-moscas, Beladona ou Meimendro para efectuarem as suas orgias sagradas do culto de Dioniso ou culto dionísico derivado das festas dionísicas da Grécia Antiga de celebração sacrificial.

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O Voo das Bruxas: A teoria alucinogénia (ou alucinógena) do voo das bruxas na atempada referência histórica de um poder que só poderia ser advindo do Diabo. Mas seria mesmo assim...? Que saberiam as bruxas de então que as levava a levitarem, a se fazerem viajar através daquelas tão estranhas ou quiçá invisíveis asas ou, na actualidade, naquela esconsa e retorcida vassoura que muitos de nós desejaríamos ter só para observar (tal como um drone) tudo o que nos rodeia em campo visual mais abrangente...?!

A Teoria Alucinogénia  do Voo das Bruxas
O que a História nos conta, é de que os sábios italianos - Girolamo Cardano e Giambattista della Porta (1538-1615) - foram os primeiros a fazer um relato minucioso sobre o unguento das bruxas.

Era a época das ciências progressivas onde se faziam experiências sobre os efeitos das Ervas Psicoactivas. Foi deste modo que, Cardano e Porta, chegaram a uma «teoria alucinogénia» (ou teoria alucinógena) do voo das bruxas. Devido aos efeitos psicotrópicos das plantas utilizadas, intui-se que de facto não deveria haver um voo real, mas sim um arrebatamento espiritual (à semelhança talvez dos xamãs).

O Unguento ou ingestão de plantas criaria então a ilusão de se estar efectivamente a voar; ou seja, naquela transcendência psíquica que também existe no poder xamânico agora estudado.

Experiências auto-induzidas com o Unguento: Alguns cientistas mais ousados conduziram experiências auto-induzidas com unguentos de bruxas (hipoteticamente a indução perfeita que terá influenciado já mais tarde as experiências de Remote Viewing).

O Matemático francês, Pierre Gassendi (1592-1655) foi ao que se sabe um dos primeiros a efectuar estas experiências. Realizou-as com um determinado unguento - que continha Ópio - e que, segundo o próprio e em relato deveras efusivo e de grande emotividade, revelaria para a posteridade deixando esta experiência escrita sobre o que então presenciou das suas visões de voo.

No século XX, foi um etnólogo de Göttingen - Will-Erich Peuckert que segundo uma receita de Giambattista della Porta, se esfregou com um unguento de bruxas obtido mediante a mistura de Meimendro, Estramónio, Acónito, Beladona e Papoila, descrevendo depois a experiência da seguinte maneira:

«Primeiro, dançavam caras humanas terrivelmente desfiguradas à frente dos meus olhos. Depois, de repente, tive a sensação de estar a voar através dos ares ao longo de milhas e milhas. Este voo foi reiteradamente interrompido por quedas vertiginosas. Na fase final, vi a imagem de uma festa orgíaca com uma grotesca desordem sensorial.»

Também o biólogo Wilhelm Mrsich, que já na década de 1930 havia feito experiências com diversas receitas para um Unguento de Bruxas, viveu numa experiência auto-induzida o confronto com figuras diabólicas - e voluptuosas alucinações - as quais comparou à experiência sensorial de Tannhäuser no monte de Vénus.

Mrsich refere ainda ter experimentado (ou como agora se diz, experienciado) a sensação vívica de um voo até uma orgia de bruxas... mas se terá por lá ficado por muito tempo é que Mrsich não disse ou não quis dizer para que o não julgássemos provavelmente...

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A Festa Orgíaca das Bruxas. Ontem e hoje a mesma realidade. Será pura ilusão, invenção ou mera alucinação neurológica que, derivada e cultivada pelos psicotrópicos, nos leva a compor cerebral e cognitivamente uma efabulação magistral (ainda que enviesada e manipulada) através do contexto de unguentos de plantas e seus efeitos alucinogénios?!... Que se passará efectivamente (queremos saber), sem que tenhamos de negar o que esses efeitos revelam ou até extrapolam. Mas haverá algo mais para além disso???

O Acónito - uma planta muito estranha!
Um dos ingredientes de muitos Unguentos de Bruxas era também o Acónito (Aconitum napellus), uma planta extremamente venenosa! Contém o alcalóide Aconitina - um dos venenos mais fortes do mundo das plantas - o qual se encontra concentrado sobretudo nos tubérculos. Segundo a lenda, o Acónito nasceu da baba de Cérbero - o cão dos Infernos - quando Hércules o retirou do Inferno, no monte Akonitos, em Ponto.

Na Idade Média - o Acónito - era intensivamente plantado nos hortos dos Mosteiros. Segundo Alberto Magno, filósofo e teólogo alemão (1139-1280), esta planta ajuda a combater a Lepra. Doença esta, que se disseminou posteriormente por toda a velha Europa deixando um lastro horrendo de praga e epidemia ceifando a vida a muitos milhares de pessoas.

Nos Mosteiros a estatística foi menor, talvez derivada desta «santa ou demoníaca» planta que, pelo conhecimento havido sobre os seus efeitos e por parte dos monges, a terão utilizado como tratamento eficaz contra a Lepra.

Paracelso - o médico e alquimista dessa época (1493/94-1541) - utilizou esta planta como laxante (segundo dados históricos bem documentados). Hoje em dia, o Acónito - sob a sua denominação latina de Aconitum - é frequentemente utilizado como substância homeopática, sobretudo em casos de perturbações psíquicas tais como medos ou fobias.

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O Fascínio dos Rituais ou, a simulada brincadeira que pode sair cara a quem, displicente ou levianamente tenta chamar por espíritos que não compreende. No contexto dos unguentos as experiências podem ser fantásticas mas também tenebrosas. Mesmo na ciência médica há que tomar de cuidados sobre muitas das plantas e seus venenos.

No mundo vegetal ou animal, estes venenos e suas propriedades podem induzir a outras realidades; daí que haja de prevenção e até contenção sobre todos eles, ou em breve se entrará num círculo de uma espécie de dança do diabo e de bruxas, a qual muito poucos ou nenhum mesmo dela sairá...

Dicionário de Ervas das Bruxas
Existe um espólio (ou acervo) inacreditável sobre o que se pressupõe de um dicionário de ervas, derivadas das plantas, que eram habitualmente conectadas com estas mulheres e homens que se dedicavam a actos e práticas menos consensuais com o seguido pelos restantes, tendo sempre o afiado gume da Santa Madre Igreja (Inquisição) sobre todos eles. Já o dissemos.

Daí que não fosse muito fácil reunir este espólio; nem sequer em documentação. Mas a História contemplou-nos com algumas dessas transcrições do que hoje sabemos sobre os ingredientes dessas pomadas ou clássicas ervas das bruxas. Temos assim a Mandrágora (Mandragora officinarum); Meimendro (Hyoscyamus niger); Beladona (Atropa belladonna); Estramónio (Datura stramonium) e Acónito (Aconitus napellus).

Também o muco de determinados sapos - que pode conter alcalóides - como se disse inicialmente no texto sobre a utilização destes na inclusa sopa demoníaca, é identicamente referido como elemento de algumas pomadas que consignavam esse Voo de Bruxas. Ocasionalmente, era também utilizada a Papoila (Papaver somniferum) sendo esta referida como um dos condimentos.

Um dos Componentes Mais Importantes do Unguento era o Meimendro - pelo que se descobriu desta planta. A Planta do Meimendro tem flores amarelas ou amarelo-esverdeadas com veios violetas, sendo extremamente odorífera. O caule e as folhas estão cobertos por uma penugem pegajosa.

Os Egípcios há muito que conheciam esta planta do Meimendro. Assim como todas as suas propriedades. Mas também tanto na Grécia como na Roma Antigas, esta planta era quase divina, conhecendo-se a existência de mirabolantes poções mágicas que, enriquecidas pelo extracto de Meimendro, davam a mistela perfeita para as já referenciadas evasões do espírito ou das almas soltas que voavam e partiam para longe, mesmo que esse «longe» lhes fosse indescritivelmente indistinto...

Na Idade Média - o Meimendro - era empregue como remédio paliativo. Os elementos activos mais importantes destas plantas são os alcalóides Hiosciamina, Atropina e Escopolamina. É sobretudo esta última - Escopolamina - que provoca os tais efeitos alucinogénios.

A Beladona (a droga da «Bela Adormecida»): em latim, Atropa belladonna, que pertence à família das Solanáceas e está espalhada desde a Europa Ocidental até aos Himalaias (Ásia), é ainda hoje uma droga que é muitas vezes vista como, a droga da «bela adormecida», por estar constante e ilicitamente a ser utilizada para fins pouco ortodoxos.

(São por demais conhecidos os casos de gente sem escrúpulos que a utiliza para entorpecer e mesmo «desactivar» as faculdades normais da pessoa, físicas e psíquicas, deixando-a à mercê de outrem)

Sabe-se que, muito provavelmente desde a Antiguidade, que as suas bagas pretas são particularmente venenosas, pois possuem um elevado teor de alcalóides (hiosciamina, atropina e escopolamina). A partir das suas folhas obtém-se um extracto que é utilizado na Medicina como substância anti-espasmódica e vasodilatadora.

A Beladona anteriormente conhecida como «A Baga das Bruxas» é uma planta que sempre se desenvolveu em solos calcários de bosques e matas espessas, sendo por esse facto apelidada de «baga das bruxas».

Muito ramosa e plurianual, a Beladona pode chegar a atingir os 90 centímetros de altura. As suas flores vermelho-acastanhadas dão lugar a bagas pretas brilhantes. Todas as partes desta planta são venenosas. Curiosamente, os animais não as comem.

Outra curiosidade mas desta vez histórica, há a reportar que, por volta de 1305, sob o comando de Duncan I, os Escoceses aniquilaram o exército norueguês fornecendo-lhe comida envenenada com Beladona.

Para além da Escopolamina, o alcalóide desta planta com efeitos psicoactivos mais fortes é a já referenciada Hiosciamina. A concentração dos alcalóides é mais elevada nas sementes.

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Bruxas em Confraternização. Sempre perseguidas e comummente cingidas ao poder do mal, as bruxas evidenciaram sob a capa mais cruel e sinistra da nossa História Humana, os episódios mais sinistros e de repúdio total sobre o que então exerciam.

Bruxas e Hereges de todos os tempos...
São muitos. E desses tantos, existem alguns os quais a História não lhes fez justiça, ou por não haver a devida documentação que reporte esses factos, ou porque a crença humana assim quis numa espécie de amnésia colectiva pelo apagar de uma memória que lhes não era favorável.

Mas sabe-se de alguns: Dos demónios de Loudun às bruxas de Salém, entre tantos outros episódios nefandos, em que tudo é um manto negro de pressupostos básicos do satanismo em rituais terríveis de missas negras e magia diabolizante.

E tudo isso até aos nossos dias, sob tenebrosas práticas de Vodu e Magia Negra que, desgraçadamente de quem for o visado (ou contemplado com tão ardilosas manhas e assumpções de quem se quer vingar de algo ou de alguém) seja apanhado nestas malhas do mal...

De facto - A Caça às Bruxas e aos Hereges - foi imparável e muitas vezes execrável numa batalha sem fim. É o que a História nos diz... desde os infelizes Cátaros - movimento cristão de ascese extrema que foi eliminado por ordem papal (1243-1244) - até ao mais secreto inicialmente e mundano depois, prenúncio contemporâneo de médiuns, espiritualistas e afins.

E tudo num afã comercial ou mercantil daqueles que se dizem exercer afectos e influências sobre fantasmas (ectoplasmas ou materializações dos espíritos/corporizações) ou mesmo sobre  diálogos interactivos com quem já partiu sob a égide de um mundo paranormal impressionantemente cativante.

Em evolução ou não, estes factos acontecem. Ainda hoje. É apenas mais um nicho de mercado de prestação de serviços sem que se caia de novo na fogueira dos eclesiásticos; a não ser que estejam violações a menores envolvidos...

Para finalizar: Mesmo que não se tenha a honradez ou a mórbida excentricidade de aqui evocar as Grandes Bruxas da História, há que relativizar o que estas mulheres então fizeram. Não as julguemos, pois a História já o fez. Gostando-se ou não de bruxas, aqui vai:

Maggie Wall (1657, Escócia): foi queimada viva por ter sido acusada de actos de bruxaria. Sabe-se que terá utilizado o conhecimento das ervas e especiarias (que entretanto também vinham de outros lugares devido à forte mercantilização que começou a surgir dos barcos de então de Ocidente para Oriente e vice-versa), com fins medicinais - remédios naturais de então - tendo sido uma curandeira famosa. Pena é que essa fama apenas a tenha levado até à fogueira...

Catherine Montvoisin (La Voisin/La Voisine) em França - Paris (1680): condenada por envenenamento e feitiçaria, La Voisin foi queimada em público no centro parisiense da época, não mostrando arrependimento antes ódios e rancores, cuspindo impropérios e maldições para quem assistia a tão vil mas punitivo acto de justiça de se morrer na fogueira por actos de heresia e bruxaria. Foi uma das mulheres mais odiadas da História, pois sabe-se do seu envolvimento no manancial de infanticídio que cometia com o abade Guibourg.

A Morte rondava. Desde abortos a rituais satânicos em que se praticava o acto voluntário da morte sobre crianças, e as degolavam, bebendo-lhes o sangue. E a tudo a La Voisin participava, colaborando na hedionda celebração. Conhecia ervas, plantas e seus venenos. Pena que os não tivesse podido utilizar em seu proveito em menor agonia do que o ter sido engolida pelas chamas em praça pública de Paris...

Merga Bien (1603-1606, Fulda, Alemanha): forçada a admitir uma culpa que possivelmente não tinha - sobre inacreditáveis torturas que lhe infligiram até que se desse como culpada de actos tão criminosos como o ter matado um dos seus maridos ou ter copulado com o Diabo.

Foi assim que Merga Bien - assim como outras 200 mulheres envolvidas no grande julgamento de Fulda - se viu ser condenada à fogueira por práticas de bruxaria, não obstante estar grávida e ter insistentemente gritado ser inocente aquando se viu por entre as fagulhas de todos os demónios.

Ursula Sotheil ou «Mãe Shipton» (1561, Inglaterra): figura altamente controversa de quem por serviços prestados ou alquimias auguradas se manteve firme na convicção de que a Mãe Shipton era apenas uma profetisa de renome (tal como o médico francês Nostradamus), exibindo a sua sabedoria e poder mediúnico a quem a si recorria.

Não lhe valeu de muito, pois foi prontamente acusada de bruxaria devido à sua aparência física de grande fealdade (ou resquícios de alguma doença?) em denominações pouco felizes que a sugeriam ingratamente como «Cara de Bruxa» ou «Bastarda do Diabo». Alega-se que tenha previsto a Grande Peste ou o Grande Incêndio de Londres, pelo que após a sua morte muitos confirmaram ela os ter alertado para tal.

Marie Laveau (1881, Nova Orleães, EUA): A Rainha do Vodu. Ou seja, a grande seguidora da crença sincrética  que combina elementos do catolicismo e de religiões tribais africanas. Quanto a Marie Laveau, ainda hoje há quem a sinta e pressinta pelas esquinas de Nova Orleães, no estado americano do Louisiana (será que teve influência toda essa vertente-Vodu sobre o ainda distante à época, em 2005, furacão Katrina que tudo alagou sem misericórdia?!...).

Laveau utilizando ou não a Magia Negra, foi uma mulher que não recusava um pedido de ajuda ou auxílio sobre outras dores. Uma das noções fundamentais da religião do Vodu é a dualidade do Bem e do Mal. Talvez Laveau soubesse disso e jogasse com isso, tendo sido virtuosa e perversa, ambiciosa e generosa. Penso que Marie Laveau terá agido de acordo com os preceitos da sua religião, nada receando por parte dos deuses, pois faleceu de causas naturais ou comuns à velhice. Há quem diga que «Só os infiéis têm razões para temer a vingança das divindades celestiais»...

As Bruxas de Zugarramurdi (1610, Navarra, nordeste de Espanha): Cerca de quatro dezenas de mulheres foram julgadas e condenadas sem recurso algum (que as penas lhes comutassem ou o destino lhes não reservasse tão infernal fim) de terem sido acusadas, todas elas, de bruxaria ou feitiçaria. Todas conheciam o uso das ervas para a cura dos mais diversos males e doenças.

Na caverna também chamada de «Cueva de los Aquelarres», era onde se reuniam muitas mulheres do povoado e, onde se disse então, haver a existência activa de um bode/homem (vulgo demónio) que com elas copulava em franco desatino e alegoria orgiástica que com elas privava aquando essas secretas reuniões de muitas luas.

O destino foi fatal para todas, só não se sabe ainda com toda a exactidão possível é se, a que então foi a causadora/delatora destas reuniões - de seu nome, Maria Ximilegui - teve a mesma triste sorte ou foi presenteada com a vida por ter denunciado todas as outras...

Alice Kyteler (1280-1325, Irlanda): foi acusada de bruxaria e de ainda de ter envenenado o seu quarto marido mas conseguiu fugir às terríveis malhas da justiça, tendo por sua vez caído nestas o seu servo de nome Petronilla  de Meath, que foi queimado vivo no dia 3 de Novembro de 1324.

Anna Koldings ou «Mãe do Diabo» (1590, Copenhague, Dinamarca): Anna foi brutalmente acusada de liderar uma rebelião com o propósito de afundar o navio de James VI. Foi apontada como uma das principais causadoras desse evento, pelo que, sob criteriosa e horrenda tortura, ela confessaria tais crimes acrescentando ter sido com o auxílio de pequenos demónios (que ela supostamente enviou para o mar na tentativa de afundar a referida embarcação) que realizou tal feito. Foi executada na fogueira.

A Caça às Bruxas na Dinamarca continuaria. Aqui e noutros locais, regiões e países onde, por apenas haver um mau ano de colheita ou demasiadas tempestades que todas as sementeiras arrancavam ou empestavam, a culpa ser conotada e administrada por mão do Demónio - e  subsequentemente das chamadas Bruxas - que os chamavam para si.

Muitas mulheres não tiveram quem as socorresse, quem de si se abeirasse estancando tanta maldade. Existem muitas mais para quem nem o nome foi guardado na História. Por outras que ainda são recordadas... a mal ou a bem, por tudo o que ficou por dizer ou por demonstrar...

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Dia das Bruxas. A ocidental repercussão que teatraliza - e até enfatiza - este dia e esta designação que se estende por todo o planeta em Halloween fabuloso de características tão mundanas quanto generosas de se viver e reviver a cada ano que passa uma data que, estranhamente, se baseia sobre muito sofrimento e muita vida descarnada de sentimentos. Seja como for: Um Bom Halloween para todos vós. Mas cuidado, que as bruxas andam por aí... e não gostam de ser faladas assim...

Julgamentos de Bruxas
Os julgamentos de bruxas na Idade Moderna Europeia inclui muitos dos julgamentos aqui focados. O julgamento das Bruxas de Fulda, na Alemanha, ou os do País Basco, em Espanha, ou tantos outros que, pela circunstância da realização/divulgação da sétima arte em produção cinéfila ficámos a conhecer mais plenamente pelas «Bruxas de Salém» do que efectivamente se passou em 1692, nos Estados Unidos, que resultou na execução de 19 pessoas.

(Mesmo não havendo uma listagem fidedigna dos números certos que nos determinem quantas execuções se facultaram, há a quase certeza de que oscilaram entre 40 a 50 mil execuções por toda a Europa. No entanto, continua a haver casos de pessoas acusadas e, executadas, devido a exercerem actos de bruxaria/feitiçaria).

Existem listas e países que assim o confirmam. As de ontem e as de hoje. A lista é infindável. Ou talvez inenarrável sobre o tanto que sofreram e continuam a sofrer com justa causa ou não.

Desde a Antiguidade até aos dias de hoje, existe o conhecimento de que muitas outras mulheres foram torturadas até à morte, afogadas, enforcadas, decapitadas, queimadas e dilaceradas em corpo e alma, nome e destino, punição e grande aflição (reconhece-se) sobre um rol de acusações nem sempre credíveis ou palpáveis para tão triste fim.

Oficialmente, no mundo contemporâneo, o único país do mundo onde casos de bruxaria são indefectivelmente considerados crimes - previsto no Código Penal - é a Arábia Saudita (este mesmo país onde só há pouco as mulheres tiveram direito a exercer livremente o acto de conduzirem o seu próprio automóvel).

Não me compete contudo fazer juízos de valor, diabolizar ou conceptualizar em termos jurídicos e legais sobre o que a História de outrora executou; ainda que pendente também sobre actos tão horríveis e tão abomináveis cingidos às mulheres ditas bruxas.

No entanto, nada do que essa mesma História nos revelou nos será indiferente, impondo-se uma outra realidade no actual contexto desta sociedade moderna que exultamos.

Ou mesmo, por insistência, à luz desta Nova Constituição Mundial dos Direitos Humanos do século XXI, investido nessas quase duas centenas de países constituintes em registo da ONU (mais exactamente 193 Estados-membro) -  na autoridade que tem de demonstrar sobre quem possa exercer ou não e, ainda, estes tão inusitados actos voltados contra si.

Ou seja, em deposição ou destituição de uma lacuna existente até aqui, sobre um regime legislativo que se tem verificado quase inexistente ou até contemplativo versus condescendente (ou mesmo liberal, roçando uma certa anarquia, se tivermos em conta que ainda hoje se fazem actos de bruxaria, feitiçaria, magia negra, vodu, etc. sem grande punição à vista) em face ao ilícito dos mesmos.

(Já ninguém vai para a fogueira mas, ainda assim, são recriminados esses actos e muitas vezes punidos pela lei se prevaricam ou prejudicam alguém).

De registar que, a ONU - a Organização das Nações Unidas - em 2013, se pronunciou sobre casos de execução de pessoas sob a acusação de bruxaria na Papua Nova-Guiné, exigindo mesmo do governo do país a derrogação da chamada Lei de Bruxaria promulgada em 1971. Ainda de acordo com dados da Amnistia Internacional são registados em média e, por ano, 150 execuções no mundo devido a acusações por bruxaria.

Pelo que aqui se retrata é de ver que este tema se não esgota. Nem podia. Quanto às Bruxas e à sua existência, em termos gerais de uma globalização ou gentrificação multi-pluralista de tudo se poder fazer sem ser lançado às chamas, elas existem, tal como existem por aí tantos e tantos hereges (à parte a religiosidade de cada um ou falta dela) segundo padrões que não entendemos e não aceitamos na sociedade moderna em que nos encontramos.

Todavia, elas continuam a exercer esse direito e essa prerrogativa - só não se sabendo se, mesmo fora dos dias em que não são Dias das Bruxas, elas andem efectivamente por aí, nesse seu estranho, oculto e algo disfuncional (ou aberrante) Mundo Secreto das Bruxas! Para finalizar: Que seja um Feliz Dia das Bruxas!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Episode 1 Recap | MARS

How is our Bacteria Able to Contaminate Space?

NASA Mars Report: January 31, 2018

O Primeiro Homem em Marte

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O Primeiro Homem em Marte. Um cliché, eu sei. Mas será muito mais do que isso, ante o espanto e a sintonia do que poderá um dia encontrar por lá no epicentro de tudo: a água! Em estado sólido ou líquido, salgada ou doce, esta será também o epicentro da vida - ou da morte - caso se venha a revelar na sua estrutura, fisiologia, ecologia e distribuição geral, num efeito pernicioso e fatal no organismo humano.

A virologia estuda-o e a biotecnologia combate-o; só não sabemos é se isso será o suficiente para que sobrevivamos ao muito que ainda por lá nos está escondido em parasitas, vírus, micróbios ou bactérias desconhecidas...

                                                        A Exploração a Marte
Já não é um sonho! Já não é uma miragem! E, por muito que ainda nos seja enigmática ou até controversa a teoria de que o Homem nunca pisou a Lua (havendo milhares de teorias de conspiração que admitem acirradamente o Homem nunca lá ter posto os pés), há a certeza de outros porém - Space X (Elon Musk), Mars One (Bas Lansdorp), Virgin Galactic (Richard Brandson) e a Blue Origin (Jeff Bezos) - de que Marte vai valer mesmo a pena.

Mais do que um sonho, a certeza de um objectivo a finalizar e, a concretizar, sobre uma corrida ao planeta vermelho que mais parece a corrida ao ouro de outros tempos.

Por que o fazem, por que o instam a todo o momento como se o mundo fosse acabar amanhã não o sabemos; ou apenas tememos, na sapiente prerrogativa de podermos encontrar a facultativa (mas originariamente incisiva) resposta, se esta nos for admitida por todos os cientistas mundiais de que este nosso mundo, este nosso belo planeta azul chamado Terra está mesmo a expirar o seu tempo de vida... E nós, humanos, com ele (planeta) ou com ela (a nossa Mãe-Terra)!...

Mas outros receios nos perseguem. Do Perigo e do Medo. Além do Desconhecido. Além todas as precauções, estudos e ensinamentos, aquele que for (ou já tenha sido... ) O Primeiro Homem em Marte em toda a sua compleição física e mental digno de tal chão pisar, de tal chão respeitar.

E do conhecimento vem a prioridade: A cautela, mas também o empenho - ou a saudação e a observação minuciosas sobre um planeta que já foi como a Terra.

Primeiro o entusiasmo, a fabulosa e estimulante afirmação dos investigadores científicos na indubitável existência de água líquida em Marte. De vida em Marte!

Depois, a coerência e gerência de outros que nos indicam que através de elaboradas e específicas Sondagens Geofísicas do planeta-irmão no futuro, iremos desvendar o contexto hidrológico e geológico dos seus lagos com toda a precisão, com todo o rigor, para que nos aventuremos a acreditar Marte ter todo um potencial de vida para a futura colonização (e quiçá gentrificação) humana possível.

Dizem-nos que em futuro próximo (nos próximos anos ou décadas), a premissa do Homem será a Exploração Espacial com base nestes últimos dados e agendas espaciais na exploração ao milímetro sob superfícies ou subterrâneos em que haja a evidência de água, a evidência de vida.

Inexoravelmente, se insurgirão todas as sondagens, todas as indefectíveis abordagens como epicentro dessas explorações pelo que o Homem delas dependerá para saber se vive se morre - neste ou noutros planetas ou corpos celestes do nosso Sistema Solar (na variante de poder haver água líquida sobre alguns deles) - no que se não descura esta possibilidade nas luas de Júpiter e Saturno de «Europa» e «Encelado» respectivamente.

Mais uma vez, o Homem sobre algo que não conhece, não de todo! Mas, como sempre faz na vida, em busca e em retorno, procurando outro chão, outro ar, outra água e outro fogo, verá todos os elementos, por outros que ainda não conhece nem tocou ou sequer aspirou a poder pronunciar-se. Mas está lá. E agora é a sua vez!

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Marte: um planeta azul há cerca de 3,5 biliões de anos (na mesma época em que a vida surgia na Terra). Um atmosfera amena e água suficiente para cobrir todo o planeta de vida; no fundo, tal como sucedeu no nosso planeta. Acometido de vários cataclismos veio a perder 87% da sua água. O restante que sobrou, radicou-se nos seus pólos.

Poderá então o Homem recuperar o que foi perdido em Marte?... Reassumir comandos, descongelar, esterilizar e fazer resultar em água potável o que resta de Marte em água líquida por baixo de si?... Poderá o Homem reabilitar este planeta para si...? Ou perdê-lo-à à partida e à chegada se o não souber entender, se o não souber compreender ou apenas aceitar tal como é???

A Grande Descoberta; Água!
A Informação corre veloz, como um raio ou um trovão. Mas tal como o som que vem depois ou como as ondas de choque depois de um evento sismológico, a NASA admitiu, confirmou e divulgou ao grande público essa outra grande novidade: A existência de água líquida em Marte; nos pólos marcianos - inicialmente com mais incidência no pólo norte marciano, no entanto verificando-se a existência de um imenso lago de água salgada no pólo sul, nas descobertas recentes.

Anteriormente haviam surgido outras afirmações, outras divulgações sobre a descoberta de grandes massas de água congelada (solidificada) nos pólos. E depois líquida; água salgada e água doce (inventariámos nós logo de seguida), tudo num afã mobilizador e por demais instigador de pensarmos já poder rumar de malas e bagagens até Marte.

E, tal como se fez outrora no velho Oeste Americano, ficámos com a sensação de poder zarpar para este estranho mas ainda assim acessível planeta vermelho como se fôssemos para a mais distinta missão evangélica ou missionária de povoarmos terras inóspitas - mas só nossas em prazer de paz e solidão - como eremitas que muitos de nós somos (em capacidade ou potencialidade de fazer algo mais do que adormecermos na rotina dos nossos dias) na altruísta missão de nos aventurarmos por mundos desconhecidos.

E isto, convenhamos, sem destrinçar de imediato as consequências ou urgências que enfrentaríamos (caso a NASA, a Space X ou outros dos eventuais viajantes espaciais terrestres nos admitissem como seus viajantes ou proto-astronautas) sobre o ainda tão ignoto planeta...

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(Imagem: ESA) - A descoberta de um grande Lago de água líquida sobre Marte. Ou, sob o gelo do pólo sul marciano, abrindo assim a possibilidade actualmente de se poder começar a acreditar na sustentação de vida biológica activa sobre o mesmo; ou seja, os cientistas estão intensamente convictos da probabilidade de sobrevivência de alguns microrganismos. E que, por essa questão de sobrevivência, se tenham adaptado a outras formas de vida sobre o gelo subterrâneo...

Microrganismos sobreviventes
Marte, como se sabe agora, teve na sua morfologia e geologia planetárias a existência de grandes lagos de água líquida, morna ou amena com a capacidade dita normal para albergar vida. Depois tudo evaporou e sumiu sem deixar rasto. Era como pensávamos até terem vindo a lume estas descobertas esplendorosas sobre o planeta vermelho. A nossa terrestre tecnologia aperfeiçoou-se e até buscarmos esta realidade foi um pequeno passo.

John Priscu, ecologista da Universidade de Montana, nos Estados Unidos - mas também como chefe do Projecto de Pesquisa dos Vales McMurdo na Antárctida - (e em sua divulgação ao El País em Julho de 2018) refere-nos de que: "As nossas pesquisas com meteoritos marcianos demonstram que os tipos de compostos químicos presentes no planeta bastam para sustentar vida."

Na sua pesquisa na Antárctida onde existem habitats parecidos com o lago marciano de água salgada descoberto recentemente pela sonda europeia Mars Express (há 15 anos em missão pelo planeta vermelho), Priscu admite ainda:

"Um dos problemas que enfrentamos é que, para existir vida em Marte actualmente, precisaria haver um sistema hidrológico subterrâneo. O novo estudo acaba de nos mostrar que esse sistema existe, o que torna muito mais realista a possibilidade de haver vida. Acredito que o lago agora descoberto seja só um dos muitos por identificar, e que estas reservas são um refúgio para as formas de vida que possam ter existido quando o planeta tinha oceanos.

Divaguemos um pouco: Se desde 2014 o robô Curiosity, da NASA, nos deu provas científicas da presença de metano na atmosfera de Marte, assim como de existenciais elementos químicos orgânicos no solo do planeta vermelho, dando-nos as pistas necessárias e efectivas de vida extraterrestre (ou na sequência de vida biológica aí implementada antes do surgimento do cataclismo planetário), porque não aceitar que Marte tenha sido semelhante à Terra, com lagos e mares sobre si???

E que estes microrganismos tenham por todos os meios conseguido sobreviver e até criar talvez aquela mutação necessária para essa sua sobrevivência?!...

O italiano Roberto Orosei - colega de Priscu e envolvido nesta última investigação sobre o grande lago marciano - corrobora do mesmo aferindo:

"É possível que haja mais lagos sub-glaciais no pólo sul e também no pólo norte, onde ainda não foi feita uma busca sistemática. O nosso plano é acumular todos os dados que pudermos desta zona; e embora a decisão de alterar o rumo da sonda seja dos países que formam a Agência Espacial Europeia, está claro que explorar esta zona para encontrar mais lagos se tornou uma prioridade clara!"

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(Imagem: NASA) Lagos e Vegetação em Marte, quem diria?!... Tudo é agora possível e admissível de ser verdade, após o que julgáramos anteriormente de um planeta estéril e sem acordo de vida. Existem os resquícios de uma vida outrora biológica e quiçá vegetal, além tudo o que pode realçar a nossa terrestre condição de humanos que somos em querer povoar, reflorestar e fazer reviver este planeta mártir que está tão juntinho a nós... Consegui-lo-emos?... Pelo menos não custa tentar, acreditamos, por muito difíceis que sejam esses caminhos, essa longa caminhada planetária...

A Biologia Evolutiva
 A Biologia criada e, evolutiva, diz-nos de como os organismos se transformam ao longo de gerações, adaptando-se melhor ao seu ambiente ou, a um meio em mudança, acumulando alterações genéticas. É sabido que esta ciência inclui o estudo da evolução - no passado e no presente - e dos processos genéticos associados.

Em Marte não terá sido diferente este processo; ainda que modificado e alterado pelo que hoje se sabe ter ocorrido de errado e de funesto sobre este planeta vermelho. Os microrganismos apenas tiveram de se moldar ou adaptar a essa nova fase da sua vida planetária, supõe-se.

Os dados do Instrumento de Radar - MARSIS - indicam que há centenas de milhões de metros cúbicos de água líquida sob uma camada de gelo sobre 1,5 quilómetros de comprimento sobre o solo subterrâneo marciano. Em 2020 projecta-se descobrir mais sobre este manto de água escondido sobre outro manto de gelo.

A China está nesse encalço no envio de uma sonda orbital com um sistema de radar que confirmará a descoberta. Hoje, já se possui tecnologia suficiente para se fazer a perfuração glaciar necessária para o efeito. Ou seja, o mundo está todo de olhos postos em Marte!

Embora hajam progressos, há também quem não fique abertamente optimista, como é o caso de Michael Hecht, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos EUA, que, muito céptico quanto à existência de água líquida no pólo sul de Marte, vai ressalvando algumas opiniões em contrário consubstanciadas no que induz:

"A temperatura sob o gelo, tanto em Marte como na Terra, aumenta à medida que você penetra no gelo. Segundo os nossos cálculos, uma camada de 1,5 quilómetros não chega ou não é suficiente para a tornar suficientemente alta. Onde isso é possível é no Pólo Norte (em Marte), porque a camada é de três quilómetros. De facto, é mais provável que seja no pólo norte que haja grandes reservas de água líquida."

E diz mais, ao afirmar com toda a certeza possível: "O Pólo Sul de Marte, não é o lugar onde procurar vida. É muito mais provável que a encontremos onde já sabemos que há oceanos e fontes de calor através de sistemas hidrotermais  como em Europa e Encelado (as luas de Júpiter e Saturno). Entretanto, o Pólo Sul de Marte (realça), é um ambiente muito difícil para realizar uma missão espacial, porque é o lugar mais frio e onde o Inverno é mais longo."

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Os Gelos em Marte. A Água em Marte. A hipótese de vida microbiana em Marte. Ou, a franca possibilidade de haver Vida Aeróbica no subsolo de Marte!... Seja nos planetas (dos nosso sistema solar ou fora dele) ou no espaço interestelar, os investigadores aferem que há microrganismos quase invencíveis às condições e temperaturas extremas. Mesmo na Terra, na Antárctida, essa realidade consuma-se pelo que se sabe hoje de bactérias que estão imunes ao passar do tempo ou mesmo sobre certos fenómenos mais adversos que ocorreram no nosso planeta.

Muitas dessas bactérias podem mesmo ser um perigo para a nossa civilização. Se é assim na Terra, como será em Marte...? Estaremos perante essa mesma realidade de microrganismos mutantes mas eficazmente sobreviventes a todas as intempéries planetárias?... E que perfil terão? Ser-nos-ão benéficas ou assassinas, caso tragam à luz do dia toda a sua morfológica compleição, estrutura e composição em fatalidade planetária???

Vida Aeróbica: vida portanto!
A NASA é sempre, ou quase sempre, muito meticulosa e não muito expansiva quanto ao enfoque dado a estas descobertas, a estas agora actualizações sobre Marte. Ou sobre outros planetas que sustentem vida e água portanto. Mas dizem-nos algumas coisas, pelo que a ESA também se compromete no que observa e distintivamente nos sugere poder encontrar-se por lá em vida microbiana. E agora aeróbica ao que se fala.

Segundo um artigo publicado no dia 22 de Outubro de 2018 na revista científica «Nature Geoscience» é muito possível a existência de vida aeróbica no subsolo (ou mesmo sob a superfície) de Marte. Nem mais! Está tudo em aberto e nós sequiosos por entendê-lo. E confiar que assim é.

Vamos a factos: De acordo com os envolvidos investigadores - sobre uma equipa liderada por Vlada Stamenkovic, do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL) e também segundo a descrição do Canaltech, esta conclusão em jeito de afirmação de haver vida aeróbica sob Marte, deve-se única e exclusivamente à possibilidade de existirem Lagos de Água Salgada Subterrâneos no planeta vermelho.

E, segundo as suas próprias palavras «Caso algum deles esteja localizado sob a Calota Polar Marciana, há grande potencial de existir oxigénio dentro dessas massas de água.»

Em 2016, o Robô Curiosity da NASA,  fez a importante descoberta de que - A Atmosfera de Marte - pode muito bem ter sido rica em oxigénio em determinada época do seu passado. Tendo perdido o seu Campo Magnético tornou-se inevitável o escapulir do seu oxigénio, fazendo deste planeta uma rocha quase estéril e infértil de qualquer forma de vida; era o que então se supunha.

Todavia, o que os investigadores hoje nos dizem para grande surpresa e certo entusiasmo global (para quem estes temas interessam) de que existe ainda Oxigénio dentro das Formações Rochosas de Marte - o que vem animar as hostes científicas na indicação de que o subsolo pode conter quantidades significativas deste precioso elemento essencial à vida.

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(Imagem: ESA) A Vida Aeróbica existente em ambientes mesmo sem fotossíntese. Talvez não seja de admirar sob a mais completa estupefacção o que este recente estudo analisa sobre o subsolo de Marte em vida muito para além dos parâmetros normais.

Mesmo nas profundezas oceânicas da Terra, os cientistas têm divulgado que algo de semelhante se passe. Na escuridão do mais profundo reduto subaquático ou terrestre poderá existir vida aeróbica! Assim se pronunciam os cientistas e nós admiramo-los pela persistente sequência do que o poder da vida tem para nos mostrar de si!...

«As Nossas Descobertas podem ajudar a explicar a formação de fases altamente oxidadas em rochas marcianas observadas com os Rovers (sondas robóticas em Marte); e implicam que as oportunidades de vida aeróbica podem existir em Marte e noutros corpos planetários com fontes de oxigénio independentes da fotossíntese.» (Comunicado da NASA sobre o estudo agora divulgado pela revista científica Nature Geoscience)

Um Mundo desconhecido...
Abaixo das calotas polares marcianas existe provavelmente um mundo desconhecido. Ou tão magistralmente populoso e diverso que será inimaginável que o coloquemos à partida como algo de despiciendo ou até pouco interessante, uma vez que pode haver um mundo subterrâneo de grande relevância em Marte, assumem os investigadores.

As temperaturas são muito baixas, é certo, mas por esse mesmo factor, os microrganismos ou qualquer outro potencial de vida lá se tenha conservado ou transformado consoante esse rigoroso ecossistema lhe exigia.

Mesmo sem fotossíntese ou sem lufadas de oxigénio formatadas para haver vida, a microbiologia efectua-se em todo o seu esplendor, além as condições mais adversas, pelo que até no espaço cósmico a vemos sobreviver e até replicar. Que maravilhoso mundo desconhecido este, não é mesmo???

No entanto, apesar de glorificadas as descobertas e impressionantes as futuras medidas tecnológicas para sabermos com toda a certeza se haverá ou não vida aeróbica ou microbiana no subsolo de Marte ou noutro qualquer eventual planeta que nos seja acessível de explorar, existe um grande fantasma para os cientistas: A Contaminação!

"O nosso projecto de longo prazo, é conseguir alcançar os lagos marcianos garantindo que não os contaminamos e, comprovar, se a essas profundidades há vida; e se houver, determinar como é que ela se conseguiu adaptar a essas condições tão extremas."

(Esta, a assertiva locução de Anja Rutishauser, uma das cientistas-investigadoras que descobriu um dos lagos de Marte, em visível preocupação com o que o ser humano poderá levar ou trazer consigo caso haja uma aproximação mais directa no futuro e sobre Marte).

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Ser como a Terra ou ser como Marte, eis a questão. Ter sido como a Terra e agora ser Marte, assim... num destino infeliz e pouco sobranceiro com o que porventura um dia foi e exibiu em si de grandes lagos, grandes mares, e uma pululante ou pujante vida em todo o seu magno poder florescente.

Piora ainda mais esta questão se ficarmos como Marte... Ou se para lá transportarmos vírus e bactérias em enxame bacteriológico verdadeiramente letal que possa eventualmente matar o seu já pequeno ecossistema martirizado; ou de lá trouxermos um parasita assassino - um horrendo micróbio alien - que nos faça ficar como o seu planeta em quase inexistência de vida!...

Sobreviver, sendo imune...
Talvez não seja de todo incompreensível os receios dos cientistas e suas bem fundamentadas apreensões sobre o que no futuro o Homem poderá ou não consigo carregar em contaminação de cá para lá e de lá para cá; tão óbvio e tão simples quanto isto (ainda que estejamos muito mais preocupados com o que trazemos para cá, para a Terra, de algum micróbio alienígena que nos mate a todos do que o contrário). Enfim. Resumindo: É tudo um enorme perigo!

A Imunologia refere-nos (em estudo e argumentação) de que temos escrupulosamente de analisar muito bem os riscos; e ponderar com muita precisão e qualidade o que futuramente poderemos transportar em grande responsabilidade imunitária, sabendo as suas causas e os seus efeitos ou consequências - em particular, sobre aqueles desígnios bacteriológicos que ainda desconhecemos.

Daí que tenhamos de estudar e dar andamento a grande parte das respostas sobre situações futuras que se nos defrontem na altura e na localização ou região planetária em que nos encontremos, devido às suas inevitáveis consequências de contaminação directa. Dos solos ou do ar; de tudo enfim.

Temos de possuir (pelo menos em parte) as respostas ou exigências físicas do nosso organismo humano em face aos micróbios, parasitas ou substâncias estranhas causadoras de doenças e patologias encontradas. Assim como também, o conhecimento do processo celular em face a esse novo ambiente estranho ou não gerido por nós em condições que não dominamos.

Sabemos que, a Imunologia, é sempre imprescindível na previsão de respostas sobre os diversos processos clínicos no ser humano administrados na Terra. Em Marte já será diferente. É tudo um mundo novo e complexo, por muito que os cientistas estejam na vanguarda do conhecimento sobre os elementos químicos associados tanto na atmosfera como nos solos; ou, neste caso, sobre águas subterrâneas - ou mesmo à superfície - sobre o que os futuros astronautas aí se possam defrontar.

A Bioquímica também é muito importante! Tudo o que possa interferir, interagir activa e perniciosamente ou transmutar o normal processo químico do nosso organismo humano, podendo haver a suposta invasão de outros compostos químicos estranhos ao nosso - e subsequentemente fragilizando-nos ou matando-nos mesmo - é (e será sempre) uma situação que os cientistas não descuram ou negligenciam. Não se pode arriscar a vida humana!

Daí que procurem estar um passo à frente na extracção e, análise dos compostos que participam na estrutura e no metabolismo celulares, numa forma de melhor compreensão/expressão da informação genética do Homem. Há que haver respostas se houver intrusos!

Daí também que se criem «antídotos» versus anticorpos  (de variadíssimas aplicações em biotecnologia) numa espécie de inoculação quanto a eventuais mecanismos de ataque - e que, inversamente em nossa defesa, nos possam imunizar de outros estranhos anticorpos que interfiram na estrutura e no metabolismo celular humano.

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A Transformação de Marte ou, a por alguns chamada de «Terraformação» de Marte. Seja como for, ainda longe estão os tempos de Marte deixar de ser vermelho para passar a ser azul, com muita pena nossa é certo. Os aplausos fazem-se ouvir mas os avisos também. A expectativa é grande mas os perigos também! Queremos lá viver e não morrer! Queremos tudo isso sim, mas primeiro há que entender e conhecer muito bem este «senhor» planeta vermelho!

A sua atmosfera densa em nada é semelhante à da Terra, por muito que assim a desejássemos igual. Os seus solos, só comparáveis a certos locais específicos da Terra (nos seus desertos áridos) ou a sua implacável e extrema temperatura negativa só em idêntica realidade sobre a nossa Antárctida. Tudo é um misto de não-hospitalidade, não-habitabilidade e ambiência inóspita que não oferece grandes condições aos seus visitantes humanos; por enquanto...

Os Perigos! Da Terra e de Marte...
Em Marte, os perigos são muitos, já se sabe, pelo que não se sabe inversamente de tudo o que por lá se passa. Seria indescritível colocar-se aqui e ao pormenor todos os perigos envolventes de quem vá, pise ou já lá esteja em Marte... e os cientistas sabem disso.

Em 2020 saberemos, diz Elon Musk. Dizem os cientistas, os da NASA e outros, que Marte pode muito bem ser a nossa futura casa-mãe depois da Terra expirar; ou depois desta estar prenhe de uma contaminação global, uma pandemia visceral que marque grande parte da população, erradicando-a da Terra.

Seja como for, há que não desprezar ou menosprezar os sons que nos alertam para certos factos muito pertinentes e que já se alocam sobre a nossa sociedade moderna e contemporânea, sobre as populações mas também sobre o planeta em toda a sua instabilidade planetária.

Por coincidência ou não, soube-se que existe «Um Parasita que Come Cérebros ou Uma Ameba que Come Cérebros». São estas as variantes dos célebres títulos na comunicação social escrita que nos vem alertar para, mais uma vez, um dos muitos vírus, bactérias ou «simples» micróbios que nos matam sem que tenhamos algo que os elimine a 100%.

Desde o Ébola, o Dengue, a Malária, o Zika, etc. - entre outras patologias que nos podem ser mortais ou tão fatais que possamos vir a sofrer para a vida toda de uma doença crónica e maldita que não escolhemos - que os cientistas têm tido a noção e, investidura que é, a grande missão de encontrar sempre uma vacina, um antídoto, para a maleita em questão. Mas nem sempre assim é.

«Naegleria fowleri» de seu nome, é um parasita - ou uma ameba -  que se encontra em rios, lagos e piscinas, e ataca sobretudo as vias respiratórias ou nasais onde se aloja (depois de inalado) sendo tão letal que abrange 97% na estatística da mortalidade.

Imaginam a sua existência em Marte mas através do toque ou da mais descuidada inalação se acaso se tirasse o capacete de astronauta...? Podemos divagar, pois podemos, mas penso que este seria um dos menores perigos que por lá aconteceriam...

«A Meningoencefalite Amebiana Primária» é uma infecção cerebral de graves consequências, caso este parasita (ou ameba) se instale em nós. Esta entra directamente no sistema nervoso central através das membranas mucosas do nariz, pelo que ao chegar ao cérebro ataca de imediato o tecido cerebral e neuronal do ser humano. (A Infecção é desenvolvida quando há contacto com a água contaminada através da inalação).

Causa então uma inflamação generalizada (septicemia) na maioria dos casos, a morte de células cerebrais e hemorragia. A sintomatologia não é de facilitar em sintomas que incluem: dor de cabeça, febre e náuseas. Num estado ainda mais grave ou em processo avançado, observa-se a perda de equilíbrio, alucinações e torcicolos (torção do pescoço) - de acordo os dados requeridos pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (Centers for Disease Control and Prevention).

Há que afastar dúvidas (por enquanto) sobre esta ameba poder-se encontrar nos solos ou subterrâneos de Marte, pois ela vive e sobrevive em ambientes húmidos onde exista água doce com temperaturas entre os 30 e os 45 graus, desenvolvendo-se muitas vezes em águas paradas, em lagos, rios e piscinas (com tratamentos inadequados de cloro), o que convenhamos, não se passa em Marte.

Mas poderemos ficar sossegados quanto a outras «amebas», outros parasitas similares mas que se desenvolvam sob condições geoquímicas extremas (extremófilos) e que tudo suportam, tudo abarcam em existência inacreditável...? Penso que não.

Não poderemos nunca desmerecer a importância ou desmesurada relevância que estes vírus, bactérias, micro-bactérias ou microrganismos por vezes tão letais nos trazem, travando por acréscimo a alquimia da exploração e da perseguição do sonho intraplanetário, aquém ou além Terra, pois que um dia também fomos «colonizados e clonizados» sem que ainda hoje saibamos o porquê...

O Primeiro Homem em Marte saberá o que fazer. O Primeiro Homem em Marte saberá o que realizar, pensar e efectivar aquém e além de tudo o que lhe foi ensinado, exigido e até administrado - física e cognitivamente - em inteligência e poder de decisão, rapidez e sensatez, de tudo levar a bom porto sem ser inconsequente ou indulgente com o que ali o levou.

O Primeiro Homem em Marte será aquele que se souber fazer sobreviver, não como uma ameba ou um simples parasita humano, mas, sobre todas as condições, todas as situações (mesmo para aquelas que não estando preparado de todo as saberá contornar e resolver) ter o sangue-frio suficiente para se adaptar ou reger, tal a vida aeróbica aí existente, tal a vida microbiana aí vigente, ao que a grandiosa comunidade científica arroga.

Para que tudo isso seja verdade em realidade definitivamente assumida, o Primeiro Homem em Marte dar-nos-à não só aquele tão grande passo para o Homem ou de gigante para a Humanidade, mas, o da pegada universal de uma espécie que acreditou e, se incentivou, a cumprir um outro grande passo: Fazer de Marte a rampa para outros voos, outras plataformas planetárias.

E isso, mesmo a título póstumo e por toda a posteridade (quiçá eternidade...), num dos maiores sinais e símbolos da Humanidade sobre a Terra na descoberta de outros povos, outras terras; aquém ou além o nosso sistema solar! Aquém ou Além os próprios medos, os inevitáveis recuos ou a grande ambição de se ver a ser: O Primeiro Homem em Marte!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Earth from space : Time Lapse Collection - Images from astronauts on the...

NASA Images: Snapshots From The Station - Photos From The International ...

Astronaut Nick Hague speaking about the Soyuz MS-10 launch

Entre a Felicidade e o Medo

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(Foto da ESA/ISS) - Imagem captada pela ISS na observação espacial sobre o planeta Terra. O Homem pensou, criou e a obra nasceu. Mas, por vezes, fracassa. Cai. E volta a levantar-se. Primeiro a Lua e depois Marte, se Deus quiser dizem os crentes, e se a Ciência permitir dizem os cépticos.

E mais tarde, talvez, os outros planetas irmãos (do nosso sistema solar) e, se não for pedir muito lá para os próximos séculos, a conquista aeroespacial que nos leve até Alfa do Centauro (Alpha Centauris) em expansão sideral nunca vista. Será sonho, ou apenas o que o Homem a si se destinou sobre um futuro que há muito franqueou?!...

Voltando à Terra, literalmente, há que reconhecer os feitos, os méritos, as obras e as distâncias, ainda que hajam falhas, fracassos certas vezes; algumas vezes. E todas são aceites (as falhas, os deméritos) ou assim deveria de ser. Não errámos todos alguma vez na nossa vida? Ou será que poderemos afirmar com toda a distinção ou verdade possível que fomos sempre ser perfeitos, existencialmente extraordinários?... Penso que não.

Daí que se pense na ISS/EEI - ou aquando se voltar à Lua, ou poder ir mais longe por ora até Marte. E tudo isso, depois de se passar por esta poderosa e esplendorosa plataforma espacial que, tal como um «quarto (cúpula) com vista sobre a cidade (Terra)», nos vai fazendo admirar os presentes esforços conseguidos tecnologicamente.

E que, há que o dizer a todo o nível espacial (ou segundo o que por lá se estuda, analisa e factualiza sob os parâmetros da microgravidade) se consagra na irrefutabilidade até dos mais ignotos ou distantes desta actual realidade (que não deidade) laboratorial espacial.

A ISS (International Space Station) ou em português, Estação Espacial Internacional (EEI), é e será estou em crer e como todos já sabem, um laboratório espacial orbital que reúne valores e entidades conjuntas de vários países, tendo por objectivo não só a observação da Terra em seus muitos fenómenos meteorológicos ou climáticos (entre outros), mas, os mais diversos estudos num desafio científico registado sobre a microgravidade.

Todavia, entre a Felicidade de tudo se realizar em bonomia e positividade, internacionalização científica coesa e unida a uma só voz, existe também o Medo de que o sonho tenha sido grande demais, extenso demais para o Homem que, apenas, quis olhar o seu mundo do outro lado de outro mundo...

E, se isso é pecado original ou somente o que lhe lhe estava predestinado há muito, é, ou quando muito será, algo que ainda não se sabe ou se não quer julgar, não emitindo nada (nem omitindo...) estando essa grande Chave do Cosmos no grande manto do conhecimento dos deuses ou daqueles seres superiores e inteligentes - os quais nós, humanos, nem chegamos aos calcanhares...

Não. Não pode ser pecado, antes a ilusão sem desilusão, o sonho concretizado e real do que há muito nos é devido e merecido. Porquanto o sonho permaneça e a esperança não esmoreça de tudo voltar a ser como dantes, àquele momento em que todos os sonhos só tinham a cor e a bonança de se ir mais longe, tudo se consegue.

(A não ser que vença a intriga, a sabotagem, ou a franquia de tudo ludibriar por interesses que ninguém tem a coragem de admitir ou sequer pensar terem surgido do nada...).

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ISS (International Space Station): as glórias e os fracassos que, tal como sempre a História nos conta, é endémica a ambição/ perseguição do Homem pelo desconhecido, pelo que está mais além, mesmo que hajam recuos, fracassos, ou missões menos conseguidas.

Não é por se ter perdido uma batalha que se perde a guerra, dirão os estrategas; os políticos e os outros, os que continuam a acreditar no sonho oscilante mas sempre persistente ou tremulante entre a Felicidade do que já se almejou pelo Medo do que ainda se não ultrapassou...

Avanços e Recuos...                   
Entre o  magnífico, o extasiante e a concretização ou solidificação do que o Homem já alcançou, fica-nos a sensação - paralelamente - do que nos é cerceado ou refreado ainda, na contenção dos nossos próprios e humanos limites.

E, nessa luta, nesse caminho aeroespacial, se algo falha por um momento que seja, tudo fica em risco, estagnado ou simplesmente debilitado na missão que se havia imperado ou até conquistado até aí. Dos fracos não reza a História, e dos desistentes também não, acredita-se.

11 de Fevereiro de 2018: Primeiro o efusivo lançamento e só depois o triste constrangimento (aos olhos do mundo, o nosso terrestre mundo) de se ter visto serem goradas as expectativas e as missivas espaciais até à ISS. Felizmente que, para os dois astronautas aí investidos nada aconteceu de maior que não um enorme susto, supõe-se.

Já em Setembro (2018) tinha vindo a público a quase petrificante notícia para o mais comum dos terrestres de que, a nave Soyus exibia (para espanto até dos próprios astronautas inseridos na estação espacial internacional) um «buraco» de dois milímetros de diâmetro na cápsula Soyus da Roscosmos - a agência espacial federal russa, que detém a responsabilidade da nave espacial Soyus.

A consequência da existência deste buraco ou furo (que os alertou para uma redução da pressão do ar, enquanto fechavam as escotilhas dos compartimentos laterais da nave espacial Soyus) poderia ter sido trágica se não observada ou possivelmente «remendada» atempadamente, uma vez que criava o vazar ou esvair do oxigénio para o Espaço.

Registe-se que, a Tripulação, podia ficar sem ar ao fim de 18 dias, segundo nos relatou o «The Telegraph». Segundo a BBC nos conta também, os astronautas estariam a dormir no momento «do Impacto»; ou seja, do hipotético ou de facto real fragmento rochoso que vagueava pelo espaço cósmico a alta velocidade. Na altura, foi esta a explicação. Do lado norte-americano.

Como sempre, a NASA, muito diligente e meticulosa pelo que não deve transpirar ou ser objecto de qualquer especulação mais maledicente, veio administrar a sua sapiência com o facto desta ocorrência poder ter sido originada por um micro-meteorito que provavelmente teria colidido ou chocado com a ISS. Facto desde logo desmentido pela Roscosmos, tal guerra fria (gelada!) entre até aí e agora duas nações mais próximas e unidas num igual projecto espacial.

Desmentido esse então, posteriormente exibido pela Roscosmos (ao que se apurou) que veio admitir poder tratar-se de um acto de pura sabotagem na culpabilidade única de «Erro Humano» e, em acção anterior, ao lançamento da nave Soyus.

(Ao invés do que inicialmente se traduziu por voz do chefe da agência espacial federal Roscosmos, Dmitry  Rogozin - citado então pelas agências noticiosas russas - que aferiu na altura:

"Durante a noite, e de manhã, houve uma situação anormal - uma queda de pressão, uma fuga de oxigénio na estação. Foi encontrada uma micro-fractura, mais provavelmente danos do exterior. Os engenheiros do projecto acreditam que é o resultado de um meteorito.")

Preto no branco, e tudo às avessas, estava assim exposta a mais insípida mas não cruel versão de ter havido um acto de pura negligência (ou incompetência por parte dos engenheiros aeroespaciais) desmentido por sua vez a teoria inicial de, tal como os norte-americanos sugeriam, ter sido o impacto de um meteorito.

Não sem antes ter havido um outro acto de quase contrição, rebelião ou excomunhão (o que se especulou na Terra estes estarem a viver entre si, sem haver contraditório ou algo a que a isso se desse crédito) entre os astronautas da ISS.

Isto, na sucessão de acontecimentos e argumentos sobre uma certa simulação anterior de poder haver um sabotador entre o grupo de Astronautas Russos, Europeus e Norte-Americanos (nos seis elementos da tripulação de então), uma vez que este buraco fora realizado através de uma broca, detectado de dentro para fora e não o contrário (o que passou a ser outro desmentido).

Passado o frémito do momento tudo ficou em paz. Até porque, acalmadas as hostes, a missão tinha mesmo de continuar!...

Não se sabe o que se passou entretanto entre os seis elementos da ISS, pelo que se imagina de algum desconforto e alguma preocupação de possuírem entre eles um hipotético inimigo, ou pior, um possível terrorista espacial que poderia levar à morte qualquer um dos profissionais-colegas aí confinados. Não se sabe mas intui-se o mal-estar e a desconfiança geral instalada...

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(Foto ISS) A Imagem da Terra (observação nocturna da Península Ibérica). Os riscos interiores ou exteriores à ISS são uma constante. E os astronautas a si afectos sabem disso. Os perigos espreitam e os cuidados não são descurados. Estes homens e mulheres sabem ao que vão; mesmo que alguns deles temam, vacilem, ou, como o mais terreno provinciano que nada sabe de foguetões, orem fervorosamente (independentemente da crença ou não crença de cada um) para que tudo corra bem e voltem tal qual para lá foram. Afinal, são homens e mulheres como nós!

Os Perigos: A 6 de Setembro de 2017 surgiu no céu um clarão solar (a mais forte erupção solar dos últimos 12 anos, segundo os cientistas) que levou à reclusão imediata de todos os seus elementos. Por muito preparados que estejam ou sejam estes astronautas, nada os releva para a posição de cadáveres espaciais, pois que os avisos são para reter (e não para negligenciar!) e os alertas para cumprir. Ou tudo foi em vão... os ensinamentos e as competências; além o que se prioriza e enfatiza de como deve ou não ser um astronauta...

O Perigo Interno e Externo...
Erros humanos acontecem. Não somos máquinas. Não somos perfeitos. Mas temos de ser - obrigatoriamente! - conscientes dos riscos e da fiabilidade (ou falta dela) nos actos e práticas que cumprimos; neste caso, que se exibe na fabricação, manutenção e determinação óbvias de tudo estar exactamente como deve de estar em função e concretização sobre voos aeroespaciais.

Erros técnicos em terra podem ser uma possibilidade (por muito que isso também nos seja algo estranho ainda que não inédito). Sabotagem cometida por alguém -  por um dos astronautas inseridos na ISS em órbita - não! Não se pode admitir. Pode acontecer... mas não é um factor natural.

Os critérios são elevados e a responsabilidade também. Daí que nos seja muito difícil de digerir humanamente (para o cidadão comum e não só!) de que possa efectivamente existir na ISS um espião vá-se lá saber à ordem de quem ou do porquê de tal acto tão criminoso quanto abjecto, na medida em que está a colocar em risco não só a sua própria pessoa mas todos os seus parceiros.

Isto, nos riscos internos. Na perigosidade havida de uma missão falhada por mão dos próprios (segundo nos foi divulgado pela Roscosmos em 4 de Setembro de 2018, após uma sua elaborada investigação).

No entanto, a NASA duvida disso. E, em comunicado oficial, afiançou a possibilidade de se poder ter tratado de facto de um erro técnico (insistindo neste termo) na montagem da nave aeroespacial.

Segundo Chris Bergin, editor do site de notícias oficial da NASA «A coisa mais próxima de uma broca que astronautas e técnicos usam na estação é uma Parafusadeira eléctrica, e já faz muito tempo que não há a necessidade de uso dela em missão.» Seja como for, a dúvida manteve-se. Ou firmou-se... de ambos os lados.

Nos riscos externos, os vindos do Espaço, a coisa é menos especulativa mas absolutamente indefectível. São enormes e assaz impactantes e destrutíveis; desde o lixo cósmico aos fenómenos estelares que por lá se passam. Tudo é um risco, assumido ou não.

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(23 de Agosto de 2013): Captação de imagem da ISS, na observação e passagem desta no espaço nocturno (através de telescópio terrestre).

Um dos riscos aqui já referidos, foi o ocorrido em 6 de Setembro do ano passado (2017) num clarão solar de intensidade X.9.3 de uma Mancha Solar que, permaneceu activa até dia 8 desse mês, emitindo no total 5 explosões ao todo - uma inicial e outras quatro nos dias seguintes, em registo de uma muito forte e três de intensidade média.

Os Astronautas que estavam a trabalhar a bordo (ou em órbita) e na Estação Espacial Internacional foram obrigados a recolherem-se nela, aquando esta súbita mas estrondosa e forte explosão solar, ocorrida em 10 de Setembro de 2017.

"Ontem foi emitido um alerta para que os astronautas passem um tempo sob o refúgio da estação." (Divulgação à Imprensa em 11 de Setembro de 2017 feita por Mikhail Panasyuk, director do Instituto Russo  de Física Nuclear Skobeltsin)

O Cientista explicou na altura de que este fenómeno solar se devia ao chamado «Evento de Protões Solares» (Solar Proton Event; SPE) - uma muito elevada emissão de partículas de energia de também elevada capacidade de poder perfurar o revestimento das naves espaciais - na ali exposta ISS que igualmente sofreria algum transtorno na sua alocada exposição ao Sol (na órbita que então fazia).

Contudo, verificou-se com agrado no momento de que, a emissão, criou um Fundo de Radiação Negativo, mas muito breve, quase ocasional ou pontual, não se registando danos graves nos equipamentos espaciais.

E isto, para grande alívio de todos os cientistas envolvidos além os próprios astronautas da ISS que, embora preparados para estas eventualidades, são humanos e emocionais, sentindo que as suas vidas estão sempre em risco. No fundo, algo que também se passa na Terra, dirão outros...

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(11 de Outubro de 2018) - Os desaires e o manifesto mundial de um insucesso que se quer ver esquecido tão depressa quanto adormecido sobre outras vitórias, outras missões de final feliz. Errar é humano, persistir no erro uma idiotice; mas desistir não é a prioridade do que se quer em continuidade - e normalidade - de acordo com o que os engenheiros espaciais e todos os cientistas envolvidos requisitam de, e em si, sobre estas missões. A ISS ficou à espera.

"Há uma emergência. Há uma falha no propulsor. Estamos em ausência de peso." (Foi deste modo que surgiu a evidente e um pouco aflitiva mensagem que deixaria em suspense todo o restante mundo que via aqueles dois astronautas - Nick Hague e Alexey Ovchinin- debatendo-se por sobreviver, ainda que acreditassem estarem ambos em excelentes e científicas mãos da NASA e da Roscosmos)

Um Problema chamado «foguete»...
Abortada que foi esta missão após a descolagem/Lançamento da Nave Russa Progress MS-08 em direcção à ISS na madrugada do dia 11 de Outubro deste ano (2018) - do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão - estando em causa um problema detectado no foguete que lança a nave (uma falha informática no foguete, portanto), esta missão gorou-se ante toda a expectativa nela imposta e requisitada.

No entanto, nada de lamentos. No ano que vem, que já se aproxima a passos largos, a missão retorna aos céus. Esta missiva foi-nos facultada pelos próprios cientistas que, em larga mensagem ao mundo, vieram desde logo desdramatizar a questão se haveria ou não um recuo, ou uma não-contingência de se refrearem custos e missões num futuro próximo.

Esta abortada missão tinha por objectivo levar equipamentos, combustível e comida aos tripulantes «esfomeados» e enclausurados da Estação Espacial Internacional.

No entanto, não fiquem desde já preocupados com a logística falhada e a falta destes recursos, pois tanto a Roscosmos (Agência Espacial Federal Russa) como a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) ou a ESA (Agência Espacial Europeia) não deixarão que nada escasseie à tripulação visada. Nem outra coisa se poderia esperar como é lógico.

Jan Wörner, director geral da ESA, e Reid Weiseman - representante dos astronautas da NASA - admitem apenas que os astronautas a bordo da ISS (os três elementos que lá estão) podem ter de ficar no Espaço mais do que os típicos 6 meses para evitar que o laboratório fique desabitado enquanto durar a investigação da Roscosmos à missão abortada.

Jan Wörner disse entretanto ao jornal Observador em confirmação: "Os astronautas podem ter de ficar mais tempo na Estação Espacial Internacional para que ela não fique sem pessoas. Podem regressar à Terra com a cápsula Soyus ancorada, mas não é uma boa opção deixá-la vazia e por isso vamos evitar isso a todo o custo."

De acordo com a NASA" Os três astronautas a bordo da ISS - Serena Auñón-Chancellor, Alexander Gerst e Sergey Prokopyev - estão todos disponíveis para ficar na Estação Espacial Internacional tanto tempo quanto nós precisarmos que eles fiquem." Palavras de Reid Weiseman.

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A Falha de Um Propulsor: Esta, a mais rigorosa informação do que se passou a bordo da Nave Espacial Soyus (em 11 de Outubro de 2018), aquando a missão que se dirigia para a ISS. Os astronautas encontram-se bem e, acomodados já em terra depois de longos e apertados abraços à família, dizem querer partir desde logo para uma nova missão. Quem disse que não temos bravos e corajosos seres humanos na Terra???

«We have problems, Houston....» (O pensamento de ambos os astronautas, supõe-se, ao serem quase centrifugados perante o olhar do mundo sobre o sucedido naquele dia 11 de Outubro)

Depois do susto a tranquilidade...
Segundo a NASA, a nave espacial Soyus que transportava Nick Hague (NASA) e Alexei Ovchinin (Roscosmos) que foi lançada do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão (às 4h 40m locais), teve de ser abortada logo após o lançamento devido à verificação de uma anomalia. Anomalia esta que se verificou no Impulsionador (booster), provocando o abortar da missão na ascensão à órbita focada.

Equipas de Busca e Resgate foram então e de imediato enviadas no socorro a ambos os astronautas da agência espacial norte-americana (NASA) e da agência espacial russa (Roscosmos), esta sim com grande êxito, recuperando da cápsula os dois astronautas em perfeitas condições físicas e morais, segundo os próprios.

Tudo está bem quando acaba bem, segundo nos revela o velho ditado. E assim, em pouso seguro e já em terra firme, estes dois corajosos astronautas (que vimos estrebuchando a uma velocidade ímpar e de dentro da nave, pelo que o mundo assistiu algo incrédulo e rezando para que nada lhes sucedesse de mal), regressariam impolutos/imaculados e sem uma uma luxação. A não ser na alma, de não se terem consagrado nesta missão...

Segundo dados do site da NASA em divulgação à agência Lusa, a Expedição 57 do Comandante e engenheiro aeroespacial, Alexander Gerst (ESA), a engenheira electrotécnica e médica da NASA, Serena Auñón-Chanceler, e o engenheiro de voo da Roscosmos, Sergey Prokopyev que chegaram à Estação Espacial Internacional no mês de Junho do corrente ano (em Junho de 2018), foram informados do lançamento falhado e, subsequentemente, da abortada missão.

Todos eles, entretanto, vão continuando em funções - na operacionalidade que lhes foi confiada na ISS - conduzindo a importantíssima investigação científica a que estão adstritos. Sem mais pormenores, a NASA relata-nos que tudo prossegue com a naturalidade e normalidade exigidas a todos os restantes astronautas, e sobre quaisquer aspectos que possam, por alguma razão, desviá-los desse caminho.

(De realçar que, tanto a NASA como a ESA, dependem da Roscosmos para levar os astronautas para o Espaço, e mais nenhuma agência espacial incluída no programa da ISS tem capacidade para fazer voos tripulados até ao laboratório espacial, porque nenhuma delas tem foguetões próprios para isso. Note-se que a NASA terminou as missões tripuladas para a ISS desde que o Space Shuttle parou de voar. E a ESA não tem recursos financeiros disponíveis para embarcar em missões tripuladas.)

Concluindo: Tudo em final feliz, apaziguado que tudo ficou pelo menos por agora (até que se deslinde a investigação russa), auspicia-se que haverá certamente um tempo de alguma reflexão e recuperação dos meios perdidos ou entretanto erraticamente construídos. Paz, portanto; ou nem tanto, a continuarem estes danos, estes atrasos ou bloqueios gerados que podem e de alguma forma, quebrar o célere e eficaz ritmo das investigações/engenharias em curso.

Como são todos especializados e formatados para qualquer eventualidade, acreditamos que nada se oporá a que assim continuará; pelo menos, em relação não ao que possam entre si relatar mas ao que a nós, na Terra, possamos saber da sua humana condição de seres desprezados ou abandonados no Espaço... isto, em relação aos três elementos ainda na ISS...

(Do lado da Roscosmos): Sergei Krikalev, um dos cosmonautas mais famosos e director das missões espaciais tripuladas da Roscosmos disse também por sua vez à comunicação social de que, os resultados da investigação, podem começar a ser publicadas já a 20 de Outubro - ainda que não prometendo colocar a Soyus novamente no activo - ou no imediato, no transporte dos astronautas para o Espaço. Pressupôs inclusive a hipótese de deixar a ISS abandonada durante algum tempo.

(De registar que, a única cápsula disponível para o regresso à Terra tem uma data de validade que expira a 4 de Janeiro de 2019, ou seja, no máximo três semanas para lá da data prevista para o retorno da tripulação).

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Selfie de Astronauta da ISS: a mais gloriosa e fantástica dança acrobática por cima das nuvens, por cima de tudo o que possa ser imaginável ou não - no fundo, por cima de um planeta Terra que é o seu berço planetário e que, estando dele longe ou como uma espécie de turista-viajante no Espaço, se acomoda ao mais incómodo movimento da gravidade sobre si.

E tudo isto em flutuação e suavidade, harmonia e não-conflitualidade com o espaço que ocupa, levitando magistralmente mas, igualmente, sem perder a noção da funcionalidade e da missão que ali o levou. São uns heróis! Na vivência e na urgência de se reinventarem, investigando ou mesmo reutilizando o que não pode mais ser desperdiçado ou sequer anulado e deixado no Espaço...

"Juntamente com o compromisso de explorar e ser pioneira, vem o compromisso de usar os recursos à nossa disposição de maneira completa, eficiente e responsável." (Afirmação compacta de Anne Meier, engenheira-chefe da pesquisa/investigação do Kennedy Space Center da NASA)

Reciclagem no Espaço!
Segundo dados da NASA (10 de Outubro de 2018, do site da NASA), a NASA, em parceria com a NineSigma, está a tentar encontrar novas ideias para facilitar a Reciclagem no Espaço por meio de um desafio de uma fonte de informações oriunda das massas, ou seja das populações ou multidão anónima (crowdsourcing) como parte do Laboratório de Torneios da NASA (NTL).

O Desafio «Reciclagem no Espaço» é assim uma oportunidade para o grande público poder enviar respostas (soluções/resoluções e desenvolvimentos) de componentes capazes de armazenar e, transferir lixo, para uma unidade de Processamento Térmico. O desafio está lançado!

"Reciclar no Espaço e reorientar toda ou, a maior parte da massa que lançamos para o Espaço, é fundamental para viagens espaciais sustentáveis de longa duração. A conversão de resíduos e a redução de volume, vão libertar assim esse volume para uma maior ciência, uma maior exploração - sendo como que um coração que fecha o ciclo dos voos espaciais tripulados e, de redução e reutilização de logística."

(Novamente Anne Meier a explicar-nos o que está em mente em processo de se poder realizar tendo em conta a reciclagem/reutilização usando todos os recursos alcançados).

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(Imagem da NASA) - Lixo Espacial: uma enorme preocupação! Mas além de tudo isso, no que os nossos satélites enfrentam, temos de nos preocupar o que por mãos humanas também defecamos sobre o Espaço. Desde 2011 que a NASA vem registando um acréscimo no número já elevado de resíduos «perdidos» no Espaço.

Na altura, já haviam cerca de 500 mil fragmentos identificados como possuindo um a dez centímetros de diâmetro. São extremamente perigosos para os nossos astronautas e os nossos satélites. Mas que dizer então dos que na ISS também se legitimam, libertando tudo para o Espaço?!... E na Lua e em Marte, aquando as próximas viagens e expedições...? Que fazer para algo mudar???

Projecto de Redução de Logística
As missões de exploração espacial humana de longa duração - na Lua e em Marte -  precisam urgentemente que se busquem soluções de gestão no que se relaciona com o lixo e outros resíduos gerados pela tripulação destas futuras viagens/explorações intra-planetárias.

O Projecto de Redução de Logística ou «Advanced Exploration Systems», da NASA, está presentemente a desenvolver tecnologias para mitigar os problemas advindos dos resíduos.
A prever e a considerar: Quatro astronautas podem gerar 2.500 Kg de resíduos durante uma missão de um ano. «A Acumulação desse Lixo» nem sempre é um factor de segurança, como se induz.

É sabido que o lixo ocupa sempre muito espaço (espaço que é sempre necessário para outras logísticas), apresentando também sempre e inevitavelmente um certo grau de risco (ou insegurança) para a tripulação, nos sequenciais perigos biológicos e físicos que podem daí suscitar.

Os Métodos actuais na Eliminação de Resíduos na ISS, confina aos astronautas a que processem manualmente o lixo - colocando-o em sacos - e de seguida, a carregá-los num veículo designado para armazenamento a curto prazo; e que, dependendo da embarcação, devolve o lixo à Terra ou o queima na atmosfera. (Este método de eliminação de resíduos não estará disponível para futuras missões que se realizem além da órbita baixa da Terra).

A Reciclagem do Lixo é um método para mitigar estes problemas, bem como para, potencialmente transformar resíduos numa fonte de suprimentos  para a missão.

Os Astronautas podem assim processar pequenos fardos ou pedaços de lixo num reactor de alta temperatura - que divide os resíduos em água líquida, oxigénio e outros gases - que a tripulação pode usar ou fazer evacuar conforme necessário. Além dos gases, o restante lixo é suficientemente reduzido (em tamanho); e não tanto como biologicamente activo, o que vem desagravar em certa medida o problema. Todavia, há sempre um longo caminho a percorrer neste sentido...

Para aproveitar então o potencial da Reciclagem do Reactor, este agora «Desafio da Reciclagem no Espaço», da NASA, está assim a buscar propostas para uma unidade que possa funcionar em Microgravidade; e isto, com um componente de receptáculo para depositar vários tipos de resíduos na unidade, e um componente alimentador capaz de transferir os resíduos para o reactor através de uma pequena abertura.

Sem estes componentes, a Equipa de Astronautas teria presumivelmente de gastar um pouco mais do seu precioso tempo (tempo que lhes é também muito necessário na ocupação operacional de outras acções, outros projectos),  processando o lixo e manuseando-o manualmente no reactor, em vez de trabalhar noutras tarefas de maior prioridade como já se referiu.

Ao se empregar neste desafio o «Crowdsourcing» que se mostrou eficaz  em desafios anteriores, aumentará também a probabilidade de se encontrar uma solução inovadora.

O Crowdsourcing permite desta forma que, a NASA, aproveite uma onda de criatividade de fontes externas, aumentando por conseguinte as ideias geradas pela força de trabalho da agência.

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(Foto da NASA/ISS): A Terra vista do Espaço. Em 4 de Abril de 2016, a NASA teve a hombridade e gentileza de conceder ao mundo umas belíssimas imagens captadas pela ISS. O que as câmaras instaladas no seu laboratório espacial revelaram ao mundo foi de facto magnífico! Um êxtase!

A 370 quilómetros acima das nossas cabeças e de todo o nosso périplo terrestre, a ISS faz História! A ISS é a própria história universal do que nos rege na Terra. E a NASA confirma-o, publicando-o na sua página do Youtube esta inominável e extraordinária maravilha em objectiva espacial o que esta nossa bela e amada Terra tem para nos dar em todo o seu máximo esplendor...

Um muito equilibrado e «limpo» Posfácio...
No fim de tudo isto, deste já longo texto sobre os avanços e os recuos, os êxitos e os fracassos ou somente sobre a Felicidade e o Medo de tudo isso se perder ou ganhar, só me apraz acrescentar em grande efusivo laudo (relatório emitido após um diagnóstico) de que, a NASA, ainda antes de estar a funcionar como um autêntico filantropo mas em causa própria, está a abrir-se ao mundo.

De grosso modo, a abrir-se ao seu mesmo e originário mundo de muitos cérebros, muitas inteligências e eficiências tecnológicas, que trabalharão e só progredirão se unidos e concisos sobre uma causa maior: A Logística na Exploração Espacial!

E com o aval, conhecimento e laboração de muitos de nós que irão contribuir sem dúvida, para aquela grande e universal porta da tecnologia aeroespacial!

Mesmo sendo pela porta dos fundos (pelo que se está a falar do lixo), jamais será uma porta menor para uma insuficiência ainda, do que se quer e deseja triunfal de outros recursos, sobre outras ideias e outras soluções, em finalidade-una sobre os destinos (e necessidades básicas) de todos nós.

De dentro ou de fora do planeta, na Terra ou fora dela, todos temos de ter essa igualitária (e quiçá totalitária) consciência do lixo que fazemos, seja ele o nosso lixo sobre a Lua ou sobre Marte - ou outro qualquer planeta que venhamos a colonizar.

Entre a Felicidade de se conquistarem mundos - uns mais habitáveis do que outros ou mais amistosos na continuidade da nossa civilização fora de portas planetárias - e o medo de não conseguirmos superar expectativas, ambições, ou outras quejandas aferições que nos levam a debitar recuos ou insinuações de não sermos capazes, temos de ter o poder e a coragem - tal como o que se passa com os nossos astronautas - de saber lidar com tudo isso.

Na Felicidade ou no Medo, teremos sempre de saber continuar e não parar; não, enquanto houver mundos por encontrar e por abraçar!... Não, enquanto houver mundos que são iguais ao nosso mundo, mesmo que para lá chegar (atascados ou não em lixo) os saibamos abarcar e a nós adaptar. Na Felicidade ou no Medo, cabe-nos a nós destrinçar sobre em qual deles confiar...

terça-feira, 9 de outubro de 2018

10 Unbelievable Recent Medical Discoveries

Artificial Kidney Transplant | Dialysis Alternative - Bionic Kidney

Eu Biónico; tu humano!

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O Ser Biónico em confronto com o Ser Humano. A geração do futuro em confronto com o seu criador: O Ser Humano. Ou nada disso, estabelecidas e bem definidas que estão as prioridades e as obrigações de cada uma das partes envolvidas.

De 2011 até 2018 as descobertas e as revelações não têm parado na conquista/fabrico de órgãos biónicos (órgãos artificiais para transplante).

Onde começa ou acaba o ser humano é uma questão inevitável; no entanto, talvez muito longe ainda daquela verdade de passarmos a ser futuros autómatos, seres robotizados e tecnicamente perfeitos mas emocionalmente imperfeitos (ou desapegados), teremos um longo caminho a percorrer.

Mesmo evoluindo sob a égide tecnológica e robótica da IA (Inteligência Artificial), das estruturas protésicas ou biónicas, o ser humano saberá distinguir-se e até assumir-se perante esse outro novo estatuto identitário.

Ou não. Caber-nos-à a todos saber destrinçar o que organicamente ou não se completa (ou complementa), sem que sejamos de futuro uns proto-robôs ou uma subsequente e genésica descendência de seres biónicos na totalidade...

"Eu biónico; tu humano. És o meu criador, o meu pai, o meu progenitor. Mas que progenitor é este que me é tão inferior, e tão limitado?... Que criador é este que me faz ser apenas por ser sem pensar, sem querer e sem haver nada mais que não seja obedecer às suas ordens, aos seus critérios e funções que tenho de desempenhar até às últimas consequências de um desfecho final?!..."

" Eu, ser biónico, só sei que existo para responder às tuas exigências, às tuas valências e até às tuas demências na incongruente aferição para a qual fui criado: preencher-te o vazio orgânico e estrutural do que já não possuis, do que em ti se não replica, reproduz ou readmite em função biológica. Eu, biónico, tu humano, somos um e assim será, até que os meus descendentes se reassumam e coordenem numa outra nova ordem e sob uma outra diferente óptica de raciocínio, independência e inteligência pensante - mas isso não será por ora, pois levará muitas gerações a conseguir!..."

Ainda que este monólogo seja irreal e sumariamente virtual sobre o que um dia estes seres protésicos ou biónicos possam apresentar em si sobre uma poderosa investidura biotecnológica, jamais deixarão de ser humanos. O cérebro comanda e o corpo manda. Quando o cérebro também se assumir como ferramenta tecnológica, então aí poder-se-à temer que algo mude.

Até lá, vamo-nos contentando ou aprimorando com todo o prazer possível que hoje a Medicina Biónica dispõe - ou já nos disponibiliza artificialmente para cobrir todas as nossas carências e deficiências físicas e orgânicas - para que haja indissociável e obrigatoriamente uma igual qualidade de vida sob todos os parâmetros.

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Eu biónico; tu humano. Tal como eu «Tarzan e tu Jane», as bivalências ou competências agora reveladas pela Medicina Biónica - relatadas e reveladas que estão em já tantas grandes descobertas, inovações e mesmo alterações no corpo humano. Se em futuro próximo formos seres biónicos, a culpa é da Ciência que tudo nos mostra hoje do que o Homem é capaz...

Assim como de sentir ser imprescindível que se arrogue - e até instigue! - a sua aplicação estrutural depois de verificados também todos os benefícios e vantagens que isso reporta para o ser humano. O Rex é prova disso. Dele falaremos mais tarde. Por ora, a componente biológica e tecnológica que se funde numa só para dar respostas ao ser humano, é talvez a mais difícil mas ambicionada estrada para a perfeição ou simplesmente para a continuação das funções que geríamos até aqui... até se quebrar algo em nós...

                                                            A Geração Biónica
 
A investigação sistemática das matérias/soluções orgânicas tendo por objectivo a resolução biotecnológica para colmatar défices estruturais orgânicos e do ser humano, fará com que a nossa Futura Geração Humana se ostente em face a outros elementos.

Estava-se em 2011 e surgia-nos esta fantástica revelação: "Foi Criado o Primeiro Órgão em Laboratório!" Harald Ott - investigador do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA - admitiu então: "O que fizemos foi simplesmente pegar nos tijolos de construção da própria natureza para construir um novo órgão. Quando vimos as primeiras contracções, ficámos sem fala."

O que o doutor Ott nos diz, é quase como que um milagre realizado (ou recriado) em laboratório, tal a dimensão deste feito.  A partir daqui, soube-se, de que o Ser Humano poderia de facto vir a viver mais tempo e melhor - com mais qualidade de vida - com órgãos fabricados artificialmente que iriam suprir as deficiências até aí havidas.

A novidade foi o sucesso obtido através de uma criteriosa experiência (com resultados ainda muito preliminares na época mas ainda assim de grande consideração científica para o futuro), na criação de um órgão bio-artificial comparável ao coração humano que foi usado em laboratório.

Esta descoberta publicada então (2011) pela Nature Medicine veio permitir finalmente o Fabrico de Órgãos Artificiais para Transplante.

Como é do conhecimento geral, todos os anos se estima que morram dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas por todo o mundo devido à insuficiência cardíaca que padecem.

Muitas delas não chegam a ser transplantadas pelo motivo de carência de meios ou de órgãos disponíveis para se efectivar a urgente cirurgia. E isto, tanto nos casos cardíacos (coração) como nos pacientes hemodialisados (rins). Daí que urja esta inovação na exequibilidade que se deseja célere.

De registar que, após um Transplante Cardíaco, se impõe um tratamento vitalício com Imunossupressores para se evitar a rejeição do órgão doado (coração), que muitas vezes vem indubitavelmente provocar outros efeitos colaterais tais como Diabetes, Hipertensão Problemas Renais, etc.

Tudo isto nos pode fazer resumir não ser nada fácil ou de somenos importância o sopesar de todas estas medidas pós-cirúrgicas, uma vez que cada caso é um caso e cada paciente um ser específico na rejeição ou aceitação do órgão doado; além os já aqui admitidos efeitos secundários do protocolar procedimento clínico após o transplante cardíaco.

A partir desta fulgurante experiência tornou-se óbvia a imparável sequência de feitos. Da construção de um coração com células cardíacas imaturas para a construção de um coração com Células Estaminais foi um pequeno grande passo.

Passo este que os cientistas já não descuram fomentar, em particular sobre estas últimas (células estaminais), ainda mais primordiais e capazes de dar origem a todos os tecidos do organismo que são extraídas,  como por exemplo, da medula óssea do paciente.

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(Julho de 2013): Órgão Biónico/Coração Artificial. A empresa francesa Carmata apresentou ao mundo esta fabulosa preciosidade tecnológica de um coração artificial com tecido bovino que passou a ser testado em pacientes com problemas cardíacos.

O Material Orgânico (nas formas elípticas acastanhadas na figura à nossa direita) substitui o plástico nas superfícies irrigas pelo sangue - diminuindo assim os problemas de coagulação após o transplante (segundo afere o fabricante deste milagre tecnológico).

Este Órgão Biónico é então regulado por sensores e poderosos softwares, assim como por elementos micro-electrónicos, funcionando com duas baterias externas de iões de lítio. Uma obra prima, acrescenta-se! Estaremos numa nova era de corações biónicos?... Só se pode dizer que sim!

Uma «luva» para o Coração: Outra grande inovação neste sector, foi a revolucionária cobertura ou mais exactamente Membrana Elástica de Eléctrodos para o Coração que os cientistas inventaram em feliz hora, sendo ela revestida por objectos metálicos que são implantados no peito e acima deste tão importante órgão com cabos conduzidos nele.

Esta Nova Geração de Marca-Passos que envolve o coração como uma espécie de luva, veio cientificamente comprovar uma nova eficácia por, além de manter o ritmo do coração do paciente, esta membrana fazia ainda o uso dos estímulos eléctricos - muito úteis na verificação ou surgimento de um ataque cardíaco - e monitores de ritmos cardíacos com mais precisão do que até aí os modelos anteriores apresentavam.

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(Outubro de 2015) - O Homem Biónico/exoesqueleto motorizado: a revelação tecnológica que os cientistas inventaram para o auxílio nos pacientes paraplégicos. A sua composição de carbono e alumínio dá-lhe a sustentação basilar para o cumprimento dessa função, ou seja, para possibilitar a deslocação e locomoção nestes pacientes, uma vez que este modelo ESKO 1.2. possui a estrutura motora para se poder deslocar independente ou autonomamente.

As Maravilhosas Inovações!
São muitas. E recomendam-se! Para todos os gostos e feitos e, só por isso, damos os sinceros parabéns a todos os cientistas que se esforçaram nessa científica abordagem e investigação inerentes a esta tão nobre causa de dar mais vida a quem por vezes a sentiu quase perdida...

No caso deste modelo ESKO 1.2. surge-nos a beatificante amostragem de se poderem realizar sonhos perdidos aquando acidentes de viação ou outros, que deixam os seres humanos paraplégicos e indefectivelmente debilitados.

Este Exoesqueleto é considerada uma espécie de armadura estilizada que é facilmente usada por quem dela necessite. (Pode imaginar o que é ter a sensação de voltar a andar após meses ou anos de terrível imobilização sem ser através de cadeiras de roda...? Impressionante, não é?!)

Sensores de alta sofisticação científica ajudam assim os seus portadores a moverem-se com alguma facilidade ou capacidade de locomoção que, de outra forma, lhes seria inacessível. Estimulam a força residual do paciente, pelo que um não menos sofisticado software traduz os dados em movimento das pernas.

Tudo funciona graças a um motor eléctrico colocado na parte traseira alimentado por baterias com 4 horas de resistência ou de duração da bateria, o que se acrescenta ser um feito inédito e muito-bem-vindo para quem vê nesta solução um meio e um fim - ambos inexcedivelmente felizes na concretização de se poder voltar a «andar pelo seu pé».

(Pode ser que, em breve, sejam banidas e de uma só vez as tais cadeiras de rodas que tantos e tantos utilizam sem grande apreço, intui-se).

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(2015/2016) - Olhos Biónicos: a futura verdade ou uma mera ilusão?... Os investigadores não dormem. Nem de olhos abertos. E procuram uma solução para os mais de 285 milhões de pessoas que, com maior ou menor deficiência visual, se debatem com este problema.

Do sofrimento de nada se ver até àquela espantosa esperança das lentes de contacto rígidas e depois gelatinosas e ainda as descartáveis (que dão a sensação de maior leveza ou não afectação sobre as impurezas diárias e quotidianas a nível ocular), surge agora a mais revolucionária do Implante Permanente na obtenção de uma visão quase sobre-humana; ou seja, de autêntico alienígena!...

Visão Biónica
O olho biónico - ou sistema de prótese retinal - preenche a lacuna entre a luz que entra nos olhos e o nervo óptico, no funcionamento de envio ou da mensagem de imagens para o cérebro.

O «Argus II» - criado pela Universidade Duke, dos Estados Unidos, e desenvolvido pela empresa Second Sihgt Medical Products (Produtos Médicos Segunda Visão) e até agora o único dispositivo aprovado pelo FDA (Food and Drugs Administration) - estabelece um mecanismo que funciona através de uma câmara colocada/integrada num par de óculos.

Além de um implante na superfície ocular que vai até ao nervo óptico (funciona no fundo, como um implante coclear em dispositivo ligado ao ouvido). O Implante é colocado na retina então com 60 eléctrodos que apontam para o nervo óptico.

A Luz é detectada por uma câmara que a converte num sinal eléctrico transmitida da Retina ao Cérebro. O Argus II é projectado para pacientes com Degeneração da Retina - em particular os pacientes que têm retinite pigmentosa - uma doença genética que afecta 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo e, para a qual, não existia qualquer tipo de tratamento.

Os pacientes que utilizam o Argus II começam por ver sombras e contornos de figuras. E pouco mais. Não sendo ainda o máximo do que se quer atingir, os investigadores continuam a luta. Tentam ampliar o campo de visão particularmente para quem nada vê numa cegueira até há pouco irreversível. Não é muito, mas já é alguma coisa.

Quando houver a percepção total em visão nítida e clara de todo o espectro electromagnético (identificando não só a matéria quase invisível, o calor ou mesmo em visão raios-X, o que está do outro lado das paredes ou do nosso próprio corpo), então seremos perfeitos seres extraterrestres em visão biónica triunfal!

Recentemente, tivemos a surpreendente divulgação de um Miraculoso Implante desenvolvido pela «Ocumetics Technology Corp» que nos promete dar a visão ideal para o resto das nossas vidas.

O doutor Garth Webb exorta então a sua explicação com grande ênfase, sobre o que considera ser uma das melhores e mais deslumbrantes inovações do mundo médico, em especial no sector oftalmológico, referindo-se de que este implante se trata de uma espécie de Lente de Contacto Permanente.

Efectiva-se apenas e tão-só num procedimento ambulatório rápido - que abrange somente uns parcos oito a dez minutos, não mais, segundo o doutor Webb, a não ser que o paciente esteja muito ansioso - colocado-se directamente no olho este objecto como qualquer outra simples lente de contacto; só que esta, fixa-se em permanência. (Para mim, é um milagre. Como tantos outros. Bem-vindos todos eles, regista-se com admiração).

Havendo ou não essa acuidade perfeita - uma vez que pouco ainda se sabe desta última inovação miraculosa ocular do doutor Webb, em contradição ou de sujeição a outros efeitos laterais que possam surgir sobre esta lente contínua (sendo esta só recomendável em certo tipo de anomalia ou sobre certas conjunturas oculares determinadas) - talvez seja cedo para grandes manifestações de regozijo. No entanto, admite-se que seja um produto inovador.

E de inovação em inovação, poder-se-à dizer com algum à vontade que estamos no bom caminho portanto, para que hajam Olhos Biónicos em toda a mais perfeita acuidade visual garantida.

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Mão Protética: a mão artificial «natural». Usando a impressão 3D, um grupo de estudantes de engenharia da Witz University (Universidade de Witz ou Witwatersrand), na África do Sul, desenvolveram uma mão protética (ou protésica) que usará o sinal cerebral para controlar o movimento. Mais uma janela de esperança que se abre para todos aqueles que, tendo sofrido por razões várias o decepar deste elemento do membro superior - a mão - em visível amputação, poderem assim dar continuidade às funções normais da mesma.

Da Mutilação à normalidade...
Por várias ocasiões ou situações ocorridas e, estipuladas na nossa vida, sobre acidentes ou mesmo por biologicamente em factor de nascença nos ter sido privado este elemento do membro superior, os agora quase heróis da investigação sul-africana, deram alento a uma nova esperança sobre esta «nova mão».

Há aproximadamente três anos que o projecto estaria em andamento, ao que nos foi dito pelo professor Abdul-Khaalik Mohamede. Acrescentaria ainda que esses alunos integraram a mão protética ao corpo, usando os sinais dos músculos da parte superior do braço.

Quem assim o afirma, é um dos mais eminentes professores de engenharia do Departamento de Engenharia Eléctrica e da Informação da Universidade de Witz, o doutor Abdul-Khaalik Mohamede ao revelar-nos:

"Se você tem um amputado que não tem mais forma, então eles precisam usar algum tipo de músculo da parte superior do braço."

O doutor Mohamede teve a intenção de frisar ainda de que, o futuro utilizador deste braço protético lhe permitirá ter uma ideia do que está a sentir através de motores de vibração sensorial, semelhante à vibração de um telemóvel (ou celular).

De fácil utilização e de grande acessibilidade por parte de quem deste necessitar (em custos não muito altos e de fácil manutenção), que se prevê o seu fabrico em série ou numa industrialização que chegará a todos. Ou seja, agilizando um processo que a todos beneficiará. Congratulemo-nos por isso.

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(Março de 2018) - Nascimento do Primeiro Rim Biónico! Ou seja, o nascimento de uma nova esperança que, através da sua composição biológica e tecnológica, vê agora a luz do dia e de um novo saudar a esta nova realidade. Ou um Adeus, certamente, à cansativa, incómoda e muitas das vezes estigmatizante máquina de hemodiálise que os pacientes enfrentam, como um dos primeiros horrores a serem vividos sob um silêncio castigador de quem não pode fugir a este até aqui conservador ou ortodoxo tratamento hospitalar.

"Estamos a criar um dispositivo bio-híbrido que pode copiar o rim, e é capaz de eliminar resíduos suficientes sem que o paciente precise fazer a hemodiálise." (Afirmação do Dr. William H. Fissell, nefrologista e professor da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos.

Um Adeus à hemodiálise?!...
Na Hemodiálise, o sangue do paciente flui através de um filtro que remove resíduos prejudiciais - minerais e líquidos desnecessários ao organismo do paciente. Desta forma, o sangue já purificado retorna ao corpo do paciente, ajudando assim a controlar a tensão arterial, mantendo também o equilíbrio adequado das substâncias químicas, tais como o Sódio e o Potássio.

O Rim Artificial ou já chamado «Projecto do Rim» - desenvolvido actualmente por várias universidades norte-americanas -  terá a capacidade de «filtrar» o sangue do paciente com Insuficiência Renal continuamente sem a urgente necessidade de visitas periódicas ao Hospital. E isto, para efectuar o até aqui denominado «Tratamento de Hemodiálise» que abrange cerca de 3 a 5 horas de duração. Antes mesmo ser um incómodo é um aborrecimento...

O Novo Rim Artificial ou Biónico oferecerá então e segundo o estimam estes investigadores, a uma nova oportunidade ou mesmo esperança às pessoas cujos rins já quase não atendem às capacidades físicas do seu corpo - e que estão na longa fila de espera por um rim para transplante.

Implantado através de cirurgia, este Novo Rim Biónico abre assim grandes e inovadoras perspectivas nunca até aqui supostas. Mas passemos à sua composição:

Este Rim possui na sua textura um microchip de silício que funcionará como um filtro (cada dispositivo tem 15 camadas de microchips filtrantes), onde os médicos utilizarão Células Renais Vivas com o objectivo de que possam simular as actividades normais/naturais dos rins.

Bem como as células vivas de rim e que, segundo as palavras do doutor Fissell: "Funcionarão sob o impulso do coração do paciente, filtrando a corrente sanguínea que passa por ele." O doutor Fissell acrescenta ainda em modo explicativo:

"A chave para este dispositivo é o microchip que utiliza os mesmos processos de nanotecnologia de silício, que foram desenvolvidos pela indústria de micro-electrónica para computadores  e equipamentos de tecnologia de informação."

Composto na sua textura e formação por componentes biológicos mas também tecnológicos, este Rim Biónico, terá um tamanho assaz pequeno. Segundo os investigadores, este dispositivo não se deixará rejeitar pelo organismo humano possuindo uma indefectível resposta imune.

De acordo ainda com o doutor Fissell, haverá em breve grandes e boas perspectivas para todas aquelas pessoas que se encontram em diálise, ou em tratamentos de hemodiálise, no que convém sublinhar não só a sua ansiedade como a sua receptividade em participar e beneficiar dos testes que em breve se iniciarão e se completarão (acredita-se!) até ao ano de 2020.

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(Foto: Toby Melville/Reuters) - REX - O Homem Biónico. Ou, o ser mais completo do mundo, dizem os cientistas britânicos, seus criadores. Nasceu em 2013 e, tendo a bonita idade de cinco anos de existência (2018), o Rex mede 2 metros de altura quando erecto e possui órgãos artificiais em pleno funcionamento, tal aparelho ou instrumento humano vivo que custou a também bonita soma de um milhão de dólares.

O Homem Biónico
Segundo a Reuters nos reportou em 2013, data da criação e divulgação ao mundo desta biónica criatura de exemplar compleição física que oscila entre o biológico e o tecnológico pregando-nos um susto de morte, este Homem Biónico foi criado para o documentário «Como Construir um Homem Biónico», do canal Channel 4.

Documentário este que introduziu o Rex, estimulando a vaidade científica dos seus progenitores - Richard Walker e Mateus Godden - que, embevecidos e mui garbosos da sua obra biotecnológica, apregoaram ao mundo de ser a sua última maravilha no mundo da biótica.

O Psicólogo e apresentador Bertolt Mayer foi usado pelos cientistas como modelo para a criação do ser biónico «Rex» (uma vez que perdeu a sua mão esquerda em criança e actualmente usa a mão biónica mais avançada do mundo); mas também como factor essencial no que evidencia sobre os membros e órgãos artificiais mais avançados do mundo, segundo nos relatou então o «The Telegraph».

Este Homem Biónico (Rex) esteve na altura em exposição no Museu de Ciências de Londres. E foi tudo. Nada mais se soube do Rex entretanto.

Para finalizar e ainda neste contexto, a nível cerebral também se deu o clique principal que tudo activou. Investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram um implante fino e flexível (parcialmente de seda) que encolhe e se embrulha sobre a superfície do cérebro. Em termos gerais e algo simplistas é isto.

O Trabalho do Implante é gravar a actividade cerebral - uma função deveras importante e particularmente útil no tratamento de doentes que sofrem de epilepsia, lesões na coluna vertebral e outros danos neurológicos.

Este Implante torna-se assim mais flexível e também mais adaptável à superfície do cérebro, havendo por isso uma maior estabilidade a longo prazo devido à constante mobilidade cerebral dentro da caixa craniana. Os neurologistas estão assim de parabéns por mais esta conquista para os seus pacientes.

Implantes (do coclear ao da medula espinhal; ou mesmo aos dos contraceptivos controlados por Wireless) nos desenvolvimentos que difundem e instam os impulsos eléctricos em zonas danificadas do nosso corpo, tudo é subjectivo mas imperativo sobre o futuro biomédico de práticas que se exercem a a cada dia mais eficazes e seguras nos pacientes.

Órgãos biónicos, membros protésicos, nanotecnologia em favor e benefício das nossas faltas, das nossas carências ou deficiências, e tudo emerge num grande e entusiasmante mar biotecnológico sem fronteiras. Estamos no limiar de uma Nova Era!

No limiar de uma nova consciência colectiva que nos dita para sermos, apenas isso. Se formos seres biónicos, que importa isso, se pudermos continuar a exercer as nossas práticas habituais, os nossos direitos civilizacionais e de acordo com os nossos princípios, os nossos sentidos?!

A Comunidade Científica não pára. E nós também não. Por nos serem amputados os membros - superiores ou inferiores - os órgãos internos deficitários (uns mais exigentes que outros para a nossa sobrevivência) e tudo o mais que nos fragilize e faça parar de viver, sem opção que não seja a cirurgia, utilizando ou não os órgãos biónicos, o certo é que temos de continuar, temos de vencer.

Eu, como ser biónico que posso um dia a vir a ser, aqui deixo o meu testemunho: Tudo o que o Homem fizer e Deus remeter, eu seguirei. Ainda que Deus nem sempre se faça ouvir ou sentir em apelos gritantes do que em nós por vezes Lhe exigimos na demanda de egoístas terrenos que somos.

Se a Ciência está para nós como nós estaremos para o Futuro, então o Céu é mesmo o limite sem limites de nos encontrarmos a todos lá, com órgãos biónicos ou não, com próteses ou sem elas, pois somos todos Filhos de Deus.

Um Deus (ou deuses) que talvez em alguma altura ou nalguma ocasião da sua suprema vida terá usado um membro protético, um órgão biónico ou qualquer outra artificialidade no meio de toda a sua cósmica naturalidade universal. Sem querer ser herege, penso que Ele sabe do que falo... Eu, ser biónico; e tu, meu irmão, independentemente de onde vens (ou para onde vais) ou se usas ou não órgãos biónicos...