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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

NASA’s InSight landed on Mars!

What is Neuralink - Neural Lace Explained

What Is Neuralink?

Elon Musk Talks On Neuralink: Artificial Intelligence Future of Superhum...

O Aprimoramento Humano

O Cérebro Humano e o seu Aprimoramento...
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O Cérebro Humano. E o que a Neurociência aliada à tecnologia nos revela hoje em toda a sua magnificente potencialidade de ligação, contacto e conexão com o cérebro humano. Os projectos sucedem-se e os avanços remetem-se sobre o ser humano a uma velocidade nunca antes atingida. O século XXI será o ponto de partida para aquela tão grande meta de transformação - e quiçá mutação - que interligará talvez para sempre aquela tão mítica linha de fronteira que estabelece onde acaba o Homem e começa a máquina...

                                                     - O Aprimoramento Humano -

O Ser Humano tem necessidade de perfeição e jamais contenção no que se investe sobre esta actual tecnologia que tudo impõe e, resolve, em vários sectores da nossa sociedade e sobre a sua própria condição humana; nas falhas ou nas carências havidas.

E o êxito consuma-se à medida que as exigências humanas vão sendo mais requeridas e, assim desenvolvidas, na base quase cirúrgica de uma contemplação futurista de podermos vir a ser hipotéticos cyborgs; ou seja, meio-Homem, meio-Máquina comandados por essa inquestionável certeza computacional que tudo rege tudo toma.

É impossível voltar para trás e nem o desejaríamos. No entanto, os riscos podem ser elevados se a contemporização ou condescendência excessiva se apossar de nós ou, se ainda não tivermos em conta e em consciência, de que a máquina poderá muito em breve superar o Homem.

É então neste quadro que surgem as grandes questões da ética e da neuroética (sobre a associação da neurociência com a tecnologia, ao que muitos chamam de neurotecnologia), e que pressupõe tantas outras questões e regras a seguir.

Regras essas, instituídas em legislação e alguma depuração sobre as medidas a concretizar, caso se transponha essa lacrada porta até aqui cerrada de todas as libertações (mais concretamente de alguma libertinagem científica) que nos coloque sob a chefia dos seres em computação que criámos.

Desde o Human Brain Project (HBP) - que estabelece uma meta ambiciosa para unificar a nossa compreensão sobre o cérebro até ao mais último grito tecnológico do aprimoramento humano que Elon Musk quer levar a cabo com a sua empresa Neuralink - tudo está em aberto para que, o Homem e dentro em breve, possa não ser mais um composto orgânico mas mecânico em toda esta espécie de «linha de montagem» em que os computadores têm um assento de excelência.

Cada vez mais banidos os enigmas e incentivados os avanços neurotecnológicos, o Homem tem como objectivo o erradicar da doença, a eficácia no combate militar e, de modo ainda mais ambicioso e talvez acintoso, o aprimoramento humano que - por entre aquilo que o define e o que futuramente o irá consignar - poder-se estabelecer uma ligação computorizada de Homem-Máquina.

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O Cérebro Humano nas mãos dos investigadores que procuram, incessantemente, as explicações para as anomalias, patologias e deficiências neurológicas de que somos acometidos. Parkinson, Alzheimer e outras tantas doenças do foro neurológico que a comunidade médica tenta desvendar em causa, consequência e, se possível, tratamento.

Assim sendo, todos os esforços vão nesse sentido, o que só podemos aplaudir. E incentivar, pois que todos nós, a breve prazo (supõe-se), beneficiaremos dos mesmos. Daí que os neurocientistas estejam optimistas sobre esta nova era que se abre agora em total esplendor no que se relaciona com o cérebro humano...

HBP: Human Brain Project
Este foi - e será! - sem dúvida alguma um projecto assaz ambicioso mas também emblemático na investigação do cérebro, na neurociência cognitiva e outras ciências inspiradas no cérebro; e que foi (desde 2013) reverencialmente implementado e, financiado, pela Comissão Europeia (EC, European Commission).

Pretendeu-se desde então estudar (reunindo, organizando e disseminando os dados descritos no cérebro e as suas patologias) os comportamentos neurológicos do cérebro sob a plataforma de computação e análise de alto desenho - composta esta por super-computadores de incomensuráveis recursos tecnológicos, com a intervenção da Fundação OpenPOWER.

O Projecto HBP enraizado na ciência biológica mas de complexa e elaborada mestria computacional, tem feito com que os investigadores possam finalmente admitir um maior conhecimento sobre o que se passa no cérebro humano, num processo que recolhe mais dados, mais informação, para posterior análise e catalogação. De seguida vêm as simulações de acesso aberto na sempre construtiva ou edificante visualização de uma maior compreensão sobre o cérebro humano.

Neste projecto estão envolvidos vários consórcios, empresas e organizações que têm desenvolvido nestes últimos anos o já citado HBP. De entre essa união de esforços contam-se a IBM e NVIDIA; além de um sistema-piloto  inicialmente chamado JURON (uma combinação de Jülich e neurónio) que foi instalado no «Jülich Supercomputing Center» (JSC).

A explicação é algo técnica para nós, comuns mortais fora das artes computacionais. No entanto, há que registar estes dados para quem os compreenda. Assim sendo, há a acrescentar de que ele é baseado no novo IBM S822LC para servidores HPC. E cada um deles equipado com dois processadores POWER8 e 4 GPUs NVIDIA P100.

Cientistas do Instituto de Neurociência e Medicina - com o apoio do JSC - puderam então comprovar logo após a implantação, a funcionalidade do sistema no aplicativo registo de Imagens Cerebrais.

Explorando assim as capacidades de processamento das GPUs - sem mais pormenores ou ajustamentos - chegou-se então à conclusão de que se poderia alcançar uma aceleração significativa em comparação com o sistema de produção até aí utilizado com base nos processadores Haswell x86 e nas GPUs K80.

Os Cientistas têm-nos referido de que não só os recursos de computação aprimorados são importantes nesta fase mas também, o Projecto e a Implementação da Global Sharing Layer (GSL), os cartões de memória não voláteis (que todos nós transportamos) que se tornaram um recurso de memória globalmente acessível e, endereçável, por bytes. Na utilização do JURON existe uma montra de dados que se pode ler a uma taxa limitada apenas pelo desempenho da rede.

É sabido que - Estas Novas Tecnologias - vão abrir assim novas oportunidades para permitir fluxos de trabalho com o uso intenso (ou utilidade devida em grande escala) desses dados informativos - no que se inclui a visualização dos dados nas investigações sobre o cérebro.

O JURON demonstrou em total transparência e clarificação aos cientistas, todo o potencial de um ecossistema tecnológico estabelecido em torno de uma arquitectura de Processador com Interfaces que facilitam a integração eficiente de vários dispositivos para processamento, movimentação e armazenamento de dados eficientes.

Ou, segundo o que afirma o investigador Dirk Pleiter (do seu texto e obra científica que tem como título «Avançando o Projecto do Cérebro Humano com OpenPOWER»): "Por outras palavras, demonstra o potencial  do colaborativo OpenPOWER."

De notar que, Dirk Pleiter, é o líder do grupo de pesquisa da Jülich Supercomputing Center, uma instituição de referência na área da super-computação, na Alemanha (UE), tendo reputados investigadores inseridos em si, tal como Dirk Pleiter, uma sumidade nestes assuntos da alta computação.

Assim sendo, apenas se espera o máximo sucesso para que o Homem do Futuro possa liderar enfim, ainda que com a ajuda tecnológica dos super-computadores.

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(Imagem: Forschungszentrum Jülich/NVIDIA) Com cerca de 100 biliões de neurónios e 100 triliões de conexões, o cérebro humano é um labirinto de enigmas ainda. Algo que os cientistas do Centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, tentam destrinçar; mais que não seja pela persistente coragem que possuem de desvendar tão misterioso mecanismo neuronal. Para tal, estão a desenvolver um modelo 3D multi-modal do cérebro humano.

Analisando milhares de cortes cerebrais histológicos ultra-finos - utilizando microscópios e métodos avançados na análise de imagens - os investigadores estão a reconstruir essas fatias num modelo de computador 3D.  O JURON da Jülich, que é abastecido com aceleradores de GPU NVIDIA Tesla P100 (como já se referiu atrás), oferece assim a capacidade de resolver instantaneamente os registos em simultâneo.

O Objectivo do Aprimoramento Humano
Os modelos cerebrais 3D marcaram irrevogavelmente um avanço muito importante na capacidade da Ciência - ou da comunidade científica - entender melhor a estrutura e a função dos cérebros ditos saudáveis ou sem anomalias.

Com estas novas tecnologias, a comunidade médica pode finalmente por comparação e melhor informação do mapa do cérebro (como uma espécie de cartografia cerebral) observar as diferenças e, reconhecer, as situações anómalas ou que perturbam o paciente.

Daí que esta informação lhes seja muito útil, à comunidade médica na sua prática clínica, pelo que exercerão de maior rigor e eficácia sobre os diagnósticos apresentados sobre toda uma panóplia de doenças neurológicas tais como a Parkinson, Alzheimer ou mesmo acidentes vasculares cerebrais.

Nada de novo então. Ou tudo de novo, se acrescentarmos agora o que no mundo da neurotecnologia Elon Musk nos sugere no Objectivo do Aprimoramento Humano/laço neural que tudo irá modificar - e para sempre! - na perspectiva humana do que fomos até aqui.

(Apenas o «input e output» nos sugerem alguns reparos; a nós e a ele, Elon Musk, que também lá terá de «aprimorar» um pouco mais isso ainda antes de virarmos todos cyborgs...)

Mas continuando: As Interfaces Cérebro-Computador podem efectivamente mudar a forma como as pessoas pensam, os soldados procedem em combate ou, se tratam doenças neurodegenerativas, que tanto mal implantam no ser humano.

As questões éticas também não ficam aquém do debate, do julgamento e da prossecução de tudo isto em quase Sodoma e Gomorra - se tivermos em conta que muito há ainda por fazer nesta área em legislação que se não reverta em anárquica explosão.

"Uma fusão de inteligência biológica e uma inteligência de máquina será necessária para que permaneçamos economicamente valiosos." (As expressivas e talvez assertivas palavras do já incontestável ícone mundial Elon Musk, numa palestra/conferência de uma organização que se chamou de «Cúpula do Governo Mundial», no Dubai (Emirados Árabes Unidos) em Fevereiro de 2018.

O CEO da Tesla, da Space e tantas outras empresas mundialmente conhecidas, aventura-se agora no mundo da neurologia, tendo criado a Neuralink, com a intenção de conectar/interligar computadores ao cérebro humano.

Sendo uma criação tecnológica ambiciosa é também uma das mais vulneráveis à opinião pública, ainda que, cientificamente, haja a explanada explicação de se ir tratar «somente» do uso da tecnologia num certo «laço neural». E isto, no processo do implante de minúsculos eléctrodos no cérebro para recursos de computação directa.

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Elon Musk: um visionário ou um louco?... Ou ambos, na genialidade que se lhe conhece em toda a linha. É o homem do momento que não só tenta mudar o nosso mundo como o de outros, desde que o Homem se assuma como tal, dentro ou fora do nosso planeta. Actualmente, é a Neuralink que lhe dá o incentivo e o estímulo para continuar; além as suas outras muitas empresas, companhias e certamente dores de cabeça por tamanha miríade empreendedora de alto envolvimento pessoal.

Elon Musk:"Humanos devem fundir-se com a Inteligência Artificial para não se extinguirem, criando uma simbiose que conduzirá a uma democratização da inteligência." (Na sua óptica ou presciência futurista sobre a Humanidade, Musk afirma de que a colocação de um chip no cérebro humano será uma forma de democratizar a inteligência e evitar o colapso da Humanidade)

O Mundo dos Implantes
O nosso mundo está recheado de implantes actualmente. Esta tecnologia invadiu o nosso espaço e a nossa vida quotidiana como nunca. Implantes dentários, cocleares e neuronais que se aplicam e incentivam até mais não, pois que o mundo tecnológico hoje é fã de todas estas ferramentas para se alcançar o sucesso e o bem-estar dos povos. Mas será mesmo assim???

Elon Musk tem sido um acérrimo defensor destas práticas e deste uso mesurado (ou desmesurado...) da tecnologia. Agora virou-se para a neurotecnologia e muito bem. Tudo o que é inovação, desenvolvimento e empreendedorismo saúda-se em larga escala; contudo, há regras que convém não subestimar ou até negligenciar para se não cair no aventureirismo descompensado de todas as virtudes. Penso que Elon Musk sabe disso.

Musk admite inclusive de que as pessoas precisam (ou precisarão um dia) de se tornarem ciborgues (cyborgs) para serem - ou se tornarem - relevantes numa era de IA (Inteligência Artificial, ou AI na internacional designação de Artificial Intelligence).

Relembra-se que, Interfaces Cérebro-Computador (BCIs) não são novidade para ninguém. Na prática clínica esse exercício é muito comum, sendo usado de várias formas; dos implantes externos que medem os sinais cerebrais até aos mais complexos dispositivos intracranianos que são implantados no tecido cerebral.

As BCIs  mais comuns (ou o que delas temos conhecimento em trato comum) são essencialmente uni-direccionais e com as mais diversas finalidades que vão desde o permitir do controlo motor à possibilidade de serem ferramentas de comunicação para pessoas com lesões cerebrais.

Todavia o que já existe, Elon Musk não desarma e quer ir mais longe, tão longe quanto lhe possibilitem essa árdua tarefa de ser sempre, ou quase sempre, inspirador e por demais revolucionário em tudo o que se aplica sobre si. Mais uma vez coloca o mundo aos seus pés em total devoção e, impressionabilidade, pois que não há muitos assim por esse mundo fora, reconhece-se.

Musk pretende utilizar as BCIs numa capacidade bi-direcional, de modo que o «plu-in» nos possa tornar pessoas mais inteligentes, mais dinâmicas em exercício mental ou cognitivo mais acelerado. Melhorar a memória é uma das medidas, assim como na ajuda sobre a tomada de decisões e, eventualmente, no fornecimento de uma extensão da mente humana.

"Essencialmente, como podemos garantir que o futuro constitua a soma da vontade da Humanidade? E assim, se tivermos milhares de milhões de pessoas com a ligação de banda larga para a extensão da IA (AI) de si mesmas, isso torna todos super-inteligentes." (Afirmação extraída de uma entrevista de Elon Musk ao site noticioso norte-americano Axios)

Elon Musk impõe a sua teoria sem rodeios. Refere: "Ao dar às massas o acesso à super-inteligência, a informação não seria monopolizada por corporações e Governos de Estado. A fusão de pessoas com super-inteligência, poderia ser usada para tratar lesões na medula espinal e melhorar a memória humana, ou ajudar pessoas a evitar a demência.

Em relação aos algoritmos e ao hardware - na medida do seu aperfeiçoamento que cresce todos os dias - Musk não se abstém de comentar: "A Inteligência digital excederá a inteligência biológica por uma margem substancial. É óbvio."

Este homem empreendedor, filantropo e tanta coisa mais que aqui seria impossível de descrever, é considerado um dos mais visionários da nossa época, no entanto, não está sozinho nesta demanda científica que muitos consideram extrapolada e, outros, a dignificação do futuro em relação às questões sobre o cérebro.

Um dos que o acompanha neste percurso de acreditar que a Neurologia possa ser em breve a semântica e efusiva alegoria de uma nova era, está Bryan Johnson, o fundador da Kernel, uma startup que implementa o Aprimorar da Inteligência Humana.

A Kernel está actualmente a desenvolver implantes cerebrais que ligam os pensamentos das pessoas aos computadores. Entretanto, por Silicon Valley (Vale do Silício), esse grande mundo tecnológico localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, está pejado e entusiasticamente repleto de projectos semelhantes. Ou seja, o futuro instala-se a cada dia mais no nosso quotidiano, na nossa vida.

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Os Avanços, mas também os receios. Elon Musk, aliás como tantos outros (do já falecido Stephen Hawking ao vivíssimo Bill Gates) sentem os temores relacionados com a AI ou, o que ela possa futuramente fecundar através da alta computação - e sobre os seres humanos - em total domínio sobre estes e sobre todo um planeta.

Não são infundados estes receios, uma vez que esta artificial inteligência nos poderá levar à extinção. Mais inteligentes do que nós, os «AIs» (essas artificiais inteligências) poder-nos-ão vir a ser ainda uma grande dor de cabeça... ou pior, um grande e inextricável quebra-cabeças...

"Ele quer entrar directamente no cérebro, ignorando mecanismos como falar ou mandar mensagens. Musk tem credibilidade para falar dessas coisas!" (Palavras que dizem tudo, por voz e emissão do professor Pedram Mohseni, da Universidade Case Western Reserve, no Ohio, EUA (Mohseni, o eminente professor que vendeu os direitos do nome «Neuralink» para Elon Musk.)

Via Directa para o Cérebro
Pedram Mohseni sabe do que fala e quando fala; em particular sobre as ambiciosas intenções de Musk e talvez as suas. Corrobora com ele mas regista sempre um compasso pessoal entre o que é devido e não é, sendo esta uma muito ténue barreira do que poderá ou não ser estabelecido eticamente. Diz-nos então:

"Os objectivos de Musk de aprimoramento cognitivo estão relacionados a indivíduos saudáveis - ou fisicamente aptos - porque ele tem medo da Inteligência Artificial, e que os computadores se possam tornar mais inteligentes do que os seres humanos que fizeram os computadores." Mohseni vai ainda mais longe ao referir sobre Musk:

"Ele quer tocar directamente no cérebro para ler pensamentos, evitando de forma eficaz os mecanismos de baixa largura de banda como falar ou enviar mensagens de texto para transmitir os pensamentos. Parece ser uma coisa do tipo «tarte no céu»; no entanto Musk tem toda a credibilidade para falar dessas coisas", anuiu Mohseni, convicto que nada o fará parar sobre esta temática e esta sua voragem tecnológica em exploração do cérebro.

Em 2015, Mark Zuckerberg - o CEO do Facebook - afirmou que as pessoas um dia partilhariam  determinadas «experiências sensoriais e emocionais completas» online - e não apenas em fotos ou vídeos. Entretanto veio a público de que o Facebook estaria a contratar neurocientistas para um projecto algo secreto (ou não revelado publicamente) na sua mui sigilosa divisão/sector de hardware (Builind 8).

Apesar de todos estes seguidores da neurociência tecnológica estarem de acordo que o futuro é já hoje, Mohseni não acredita que tal seja possível no imediato ou que esta tecnologia esteja disponível em breve, sendo que considera que muitos destes projectos nem possam ser viáveis ou realistas.

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O Cérebro nas suas mui inimagináveis correlações sinápticas ou nesse tão estreito mundo de ninguém por onde os cientistas tentam - a todo o custo - conhecer mais e mais. A neurociência deu já um passo de gigante sobre uma melhor aprendizagem, uma ampla gama de habilidades cognitivas no indivíduo; no fundo, no tal aprimoramento cognitivo que nos irá dar no futuro mais qualificações e sensações cognitivas importantes.

Acredita-se nisso, mas também se acredita que tudo possa ter um limite e um estanque, se essa nova consciência nos ditar o que de pior o ser humano tem e não o oposto...

Habilidades Cognitivas
Segundo Pedram Mohseni revelou ao «The Guardian» já neste ano de 2018, estamos a pelo menos 10 ou 15 anos das metas de Aprimoramento Cognitivo em sujeitos saudáveis. Certamente parece ser, pelos objectivos mais imediatos da Neuralink, que o foco da Neurotecnologia continuará a ser em pacientes com várias lesões ou doentes neurológicas."

Mohseni refere ainda de que, um dos melhores exemplos actuais de Aprimoramento Cognitivo é o trabalho do professor Ted Berger, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), que vem trabalhando numa prótese de memória para substituir as partes danificadas do Hipocampo cerebral em pacientes que perderam a memória como no caso da Alzheimer.

"Neste caso, um computador deve ser implantado no cérebro que actua de forma semelhante ao hipocampo biológico a partir de uma perspectiva de entrada e saída. Berger tem havido bons resultados de roedores e modelos de primatas não-humanos, bem como resultados preliminares em vários assuntos humanos."

Pedram Mohseni finaliza esta sua mensagem dizendo que a DARPA - Agência de Projectos e Pesquisa Avançada de Defesa (do Governo dos Estados Unidos) -  tem actualmente um programa que visa melhorar o conhecimento dos seus soldados; ou seja, melhorar a aprendizagem de uma ampla gama de habilidades cognitivas, através de vários mecanismos de estimulação nervosa periférica, facilitando e incentivando assim a plasticidade neural no cérebro.

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Militares Portugueses e Espanhóis na base militar iraquiana de Besmayah (a 50 quilómetros da sua capital, Bagdad), no Iraque. O efectivo operacional destas duas nações ibéricas treina actualmente os elementos das Forças Armadas Iraquianas na pronta e eficaz execução militar na óptica e realização de uma maior aprendizagem por parte das forças militares iraquianas.

Há quem assuma que, os Portugueses no Iraque, estão a seguir a lógica da invasão americana de 2003. No entanto, guerrilhas políticas à parte, seria bom e até muito necessário haver de facto um maior e melhor empenho a nível do Aprimoramento Cognitivo no circuito operacional. Talvez seja isso mesmo que a DARPA, dos EUA, executa. E lidera. Todos os outros lhes seguirão, por muita contestação que possa haver sobre essa vertente reportada nos militares que nos defendem pela paz...

As BCIs no comando...
Indubitável é o crédito que toda a comunidade científica dá às BCIs, sendo elas uma mais-valia. Pouco há a acrescentar sobre isso. No Reino Unido, já estão em andamento uma série de pesquisas para explorar as mentes inconscientes das pessoas enquanto tomam decisões. Se isso é ético ou anti-ético é algo que ficará para mais tarde relatar...

Davide Valeriani, investigador sénior do laboratório BCI-NE da Universidade de Essex, no Reino Unido está a usar um BCI baseado num electroencefalograma (EEG) para explorar então essas mentes que se apelam de inconscientes. Diz então:

"Toda a gente que toma decisões usa o limite de EEG - que é parte de uma BCI - uma ferramenta para ajudar a medir a actividade do EEG... que mede assim a actividade eléctrica para reunir padrões associados a decisões confiantes (ou não confiáveis, na totalidade).

Treinamos o BCI - basicamente o computador - pedindo às pessoas que tomem decisões sem saberem a resposta e depois digam à máquina: «Veja, neste caso, sabemos que a decisão tomada pelo utilizador está correcta; então associe esses padrões a decisões confiantes».

Como sabemos, a confiança está relacionada à probabilidade de estar correcta. Assim, durante esse treino, a máquina sabe (ou vai sabendo) quais as respostas que estavam correctas e as que não estavam. O utilizador não as sabe o tempo todo."

Por conclusão: "As BCIs podem efectivamente ser uma ferramenta fundamental para ir além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos!" (Afirmação de Davide Valeriani)

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Projecto Conectoma Humano: (na imagem) Difusão MRI do cérebro em desenvolvimento. Doenças como o Autismo, Paralisia Cerebral e transtornos do Déficit de Atenção estão actualmente a serem estudadas através através da utilização de milhares de imagens de «fiação» celular.

A Universidade de Oxford - e a FMRIB - (em 2017) divulgaram ao mundo então a sua extraordinária contribuição para o desenvolvimento do Projecto Conectoma Humano, fornecendo métodos de análise de última geração que, aliados a imagens de tecnologia de ponta, resultaram num banco (ou acervo) de incríveis dados de imagens de excelente qualidade sobre o cérebro humano.

Estes dados são assim ofertados livremente para todo o globo (em particular para o grande interesse estabelecido pela comunidade médica), na eventual e futura utilização das mesmas para os investigadores de todo o mundo, esperando que isso possa trazer informações inestimáveis sobre a relação entre a conectividade cerebral e, uma diversidade de factores, incluindo genéticos, ambientais e comportamentais.

A Investigação da Neurociência
Voltando ao Aprimoramento Humano e às BCIs, o reputado investigador e cientista Davide Valerini esclarece:"Espero que mais recursos sejam investidos no apoio a essa área muito promissora de pesquisa. As BCIs não são apenas uma ferramenta inestimável para pessoas com deficiências, mas podem ser uma ferramenta fundamental para irem além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos nós."

Valerini observa no entanto que, um dos nossos maiores desafios com essa tecnologia, é que primeiro precisamos entender melhor como o cérebro humano funciona antes de decidir - onde e como - aplicar a BCI. Pormenoriza então: "É por isso que muitas agências têm investido em pesquisas/investigações básicas em neurociência - por exemplo, a iniciativa Brain nos EUA, e a Human Brain Project na EU/UE (União Europeia).

Onde o ser humano termina e a máquina começa: Eis a grande questão do momento! Esta, a filosófica e apreensiva questão em termos evolutivos no ser humano (na melhoria do seu corpo físico e psíquico), mas que orla também as questões éticas.

"Na minha opinião, uma maneira de superar essas preocupações éticas é permitir que os seres humanos decidam se querem ou não usar uma BCI para aumentar as suas capacidades. Neste momento, os neurocientistas têm estado a trabalhar para dar conselhos aos formuladores de políticas (ou legislação adequada) para o que deve ser regulamentado. Tenho a certeza de que, no futuro,  estaremos mais abertos à possibilidade de usarmos BCIs, se esses sistemas fornecerem uma vantagem clara e tangível para as nossas vidas." (Davide Valerini)

Do Projecto Human Brain, sabe-se que Henry Markram - neurocientista suíço e director da HBP da Europa - querendo também entrar nessa grande competição pelo maior conhecimento do cérebro humano, planeia gastar a exorbitante quantia de mais de 1 bilião de dólares na construção de um modelo perfeito de um Cérebro Humano.

Afirma ainda poder com toda a certeza científica edificar a réplica super-computorizada de um cérebro humano; ou seja, afinal Deus existe e está nas mãos dos cientistas do nosso planeta!

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Elon Musk, de novo. Talvez seja urgente que o ouçamos, por muito que nos pareça estranho o que profere e como o faz sem contornar obstáculos ou omitir aquela sua verdade que julga prioritária para que a Humanidade não expire. Para este empreendedor e homem do futuro que se assume, a escolha é óbvia e o caminho uma direcção que a Humanidade não deve ignorar. Diz então:

"As máquinas autónomas são mais perigosas para o mundo do que a Coreia do Norte e podem lançar «armas de terror»"

Curiosamente, Elon Musk não foge à pergunta mais crítica mas também mais relevante, se tem medo, se por algum momento poderá recear a sublevação da IA. E acaba respondendo de uma maneira que nos desconcerta, chegando a comparar a adopção da Inteligência Artificial «à convocação do Diabo».

"A Humanidade comporta-se como crianças no recreio sem prestar atenção às ameaças iminentes. Preocupamo-nos mais com o nome que alguém chamou a outra pessoa, do que saber se a IA destruirá a Humanidade."

O Fundador da Space X que tanta coragem admite no que está a liderar e a querer implementar da nossa civilização em Marte, também tem fragilidades. Uma delas, é a resposta imediata que dá, dizendo acreditar que a IA poderá desencadear a Próxima Guerra Mundial, argumentando ainda que, muito possivelmente, as Máquinas Super-inteligentes poderão dominar o mundo.

Será que Elon Musk sabe algo que nós não sabemos?... Certamente. Estou convicta disso, mas também, se estivesse frente a si, não lho questionaria. Por medo ou por cobardia, não sei. Se a resposta é o Fim do Mundo (o fim da nossa civilização?!) então para quê precipitar a preocupação...

Mas talvez haja ainda esperança. E possamos ser super-seres de uma super-inteligência nata. Ou nem por isso, regredindo milhares de anos ou deixando-nos extinguir só porque não tivemos a coragem necessária para avançar, para discutir ou até investir numa causa que à priori julgáramos perdida. Afinal, somos sobreviventes, acredito eu.

Um Fim que pode ser simplesmente um princípio. Temos de pensar nisso, pois temos de nos fazer sobreviver aquém e além a nossa ou outras civilizações.

Nada mais a dizer então que não seja, cinjam-se pela ética, pelo estudo e desenvolvimento de novas terapêuticas ou tratamentos especializados com base nas BCIs ou no que elas nos propõem augurar. Ou não, consoante a vossa consciência vos ditar, pelo que o ser humano do futuro jamais será igual ao de há 10 ou 12 mil anos; pelo que nunca foi (em estatização) ou se deixou ultrapassar nessa sua escalada de evolução antropológica...

Ainda segundo Musk, seremos muito provavelmente um contínuo Zoológico à semelhança dos macacos versus símios num planeta primitivo; isto é, se não arrepiarmos caminho. Ou seja, se não nos motivarmos a mudar o esquema em que estamos inseridos. «A Humanidade ficará confinada a um zoo» nas explícitas palavras de Elon Musk, que refere publicamente o que pensa vir a suceder caso o Homem não acompanhe a evolução dos tempos.

Se o fizermos só temos a ganhar. Todos! Numa mudança - radical ou não - que o tempo nos vai ensinar a saber moldar; a saber contornar nessa espécie de transição. De há 10 mil anos para cá soubemo-lo fazer; basta agora retomá-lo.

E isso, em processo sumamente evolutivo, construtivo e elucidativo de toda uma enorme apetência humana para saber mais, conhecer mais sobre nós próprios. Neste caso, sobre o nosso cérebro.

Se assim não fosse, ainda teríamos muitos Neandertais por aí exibindo a sua disforme caixa craniana de anatomia achatada e sem nada lá dentro; ou pouco, muito pouco do que agora os nossos terrestres neurocientistas nos arrogam os nossos cérebros poderem fluir, ascender e «voar».

E, tal como esses livres (e por certo tão felizes) condores ou aves de rapina, falcões, ou águias libertinas que se deixam voar, os nossos cérebros em sua grande capacidade intuitiva e sensitiva poderem finalmente chegar ao tão ansiado «Aprimoramento Humano» que só aos deuses cabe, que só aos eleitos se sabe esta primazia acolher. Que se faça então esse aprimoramento se tal nos for útil e benéfico e não o contrário.

O Homem de Hoje já não será o de Amanhã e assim sucessivamente. Não temam, pois que o cérebro é que comanda a vida e aquela que se diz morte não o é!... De todo! Aprimoremos-nos então!

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Expedition 57 ISS 20th Anniversary Event November 20, 2018

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Star Explosions! 4 Different Supernovas Visualized by NASA

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A Iminente Explosão do Universo

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(Crédito de Imagem: NASA/Hubble Heritage (AURA/STScI) A Galáxia do Olho Maligno/Olho Negro ou Olho do Mal, em todas as denominações/designações possíveis sobre uma galáxia (M64) que, residente a cerca de 17 milhões de anos-luz de distância da Terra (uma das mais próximas de nós), terá absorvido outra galáxia vizinha que se movimentava em sentido oposto à sua rotação.

A Galáxia do Olho Maligno - ou Messier 64 - está localizada na constelação de Cabeleira de Berenice e, em que através do telescópio espacial Hubble, se conseguiu observar os detalhes finos da faixa escura revelados nesta imagem da M64.

Uma colisão de duas galáxias deixaria um sistema estelar mesclado com uma aparência incomum, além de movimentos internos bizarros. Messier 64 possui uma espectacular banda escura que absorve poeira na frente do núcleo brilhante da galáxia, dando assim origem aos seus outros mui estranhos apelidos  de «Olho Maligno» ou «Olho Negro», quase tão negro quanto o ilimitado fundo negro do Universo...

                                                       - Um Universo Explosivo! -

No Universo há de tudo: corpos celestes maravilhosos e outros errantes. Galáxias comilonas - vorazes na função e na condição - sistemas estelares inconfundivelmente extraordinários que por vezes se fundem e dão origem a outros ainda mais inacreditáveis; além de estrelas explosivas e toda uma circunstância cósmica que nos leva tanto a temer quanto a sentirmo-nos fascinados por este Universo que nos rodeia, sentindo, quão pequenos ainda somos perante a magna diversidade e luminosidade científicas do que os Astrónomos nos vão elucidando.

É o caso último, ou do que estes cientistas que estudam o Universo nos dizem de existir, em toda a sua linhagem ou autêntica magnificência estelar, de um agora observado sistema de duas estrelas envolto numa nuvem de poeira em forma de espiral, em que uma delas girando em rapidez extrema, poderá provocar - ou desencadear - Uma Das Maiores Explosões do Universo!

Nada de pânico. Por enquanto. Até porque, de nada nos valeria isso. No entanto, os cientistas são pragmáticos: «A Explosão de raios-gama, associada a supernovas (explosão de estrelas moribundas), é considerada a explosão mais energética do Universo.»

Okay. Estamos mais tranquilos. Ou nem por isso. Que consequências poderá a Terra absorver daí?... Que poderemos fazer para o evitar, se é que poderemos evitá-lo?! E, caso tudo isso suceda sem que o possamos neutralizar, que poderes havemos para tentar sobreviver?...

Não sabemos. Mas queremos saber; pelo menos por voz de quem assiste a estes fenómenos e sabe porventura muito mais do que nós. E, pelo que nos afiançam, sobre as consequências trágicas do que eventualmente se passaria devido a esses enormes eflúvios - ou rastilho radioactivo - dessa explosão de supernova  sobre a Terra.

E isso, na disseminada radiação global (na imediata eliminação da camada de ozono que nos protege); alteração do nosso ADN (caso houvesse uma estimativa ainda que fraca de alguns sobreviventes locais) até ao envenenamento e subsequente enregelamento da Terra, acabando com a vida nela. Nada de muito agradável, portanto!

É isto que sabemos para já e nos chega (acreditamos) para ficarmos afectados se tal desgraça cósmica surgir entretanto, pelo que, em pleno mês de Novembro de 2018, os cientistas divulgaram em comunicado mundial sobre um ostensivo alerta para uma muito possível ou Iminente Explosão do Universo!...

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Explosão de Supernova (ilustração). A NASA, em 2016 no seu site, divulgou em amostra e animação, o fenómeno astral de uma explosão de supernova. Tentou assim revelar ao grande público o que se passa aquando este extraordinário acontecimento se dá em toda a sua magnitude estelar.

Tudo isso foi possível porque, um grupo de astrofísicos registou - pela primeira vez e com a ajuda do Observatório Astronómico Kepler (criado para a busca de exoplanetas) - a explosão de uma supernova do tipo II que revela a presença de hidrogénio no seu espectro.

Causa e Consequência
Não é novidade para ninguém que, a haver uma colisão de estrelas em sistema binário ou de grandes objectos após o impacto da explosão, os planetas circundantes sofreriam com isso. A matéria expelida seria fatal para muitos deles, inclusive o nosso planeta Terra caso tal venha a suceder.

Sabe-se que, as Supernovas, são objectos celestes resultantes de explosões de estrelas com massas muito maiores  - ou mais relevantes - que a massa que comporta o Sol, o nosso astro-Rei, a nossa mais amada estrela solar que também lá terá os seus dias contados.

Pelo conhecimento físico e astrofísico sobre este evento (explosão de supernovas), os cientistas/astrónomos dizem-nos que possuem uma luminosidade extrema e, muito intensa, na actividade que implementam ainda por alguns meses, tendo o seu pico após algumas semanas ou depois do seu dito «nascimento» (num brilho comparável a 10 biliões de sóis, se é que nos é possível imaginar tal). Depois diminui até ficar invisível na óptica da nossa galáxia.

Em geral, quando uma Supernova explode, ela ejecta para o Espaço cerca de 90% da sua massa ou gás, sendo que é possível esta ser observável pelos especialistas em forma de anel ou de esfera.

Quanto a um possível impacto com a Terra, ainda que não haja consenso a esse respeito (por uns cientistas afirmarem estar iminente tal evento e outros o desdizerem), existe uma espécie de simulação ou Cálculo da Força de Impacto versus «Teorema do Impulso» em designação física do que foi então estudado e analisado sobre esta temática. Só por curiosidade há que registar que, entre o Tempo do Impacto e a Colisão com a Terra, este evento demoraria um segundo, um só segundo!

A força de impacto obtida e, em termos da Física, foi na ordem dos 10 (elevado a 29) newtons; 10 (elevado a 8) vezes maior que a força de impacto da Bomba de Hiroxima, no Japão, em Agosto de 1945. Ou seja, este impacto destruiria sem contemplação nenhuma todo o nosso planeta num ápice. Não são boas notícias, portanto.

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(Imagem: NASA/Hubble): Os cientistas/astrónomos estimam que existam cerca de 2 triliões de galáxias no Universo. Que a vida em termos cosmológicos seja gerida por muitos outros corpos celestes (em que estão incluídos os sistemas estelares binários) munidos de uma actividade enorme de matéria, poeiras e gás; e que, muitas vezes, os impelem na colisão entre si.

Quando tal sucede, uns abarcam outros e tudo emerge de novo; com consequências e causas como já se aludiu. No fundo, é tudo como um renascimento após o que se considerou morte, num pulsar de vida estelar tal como um coração que bate ou um cérebro que pensa...

O Alerta! (19/20 de Novembro de 2018)
Uma equipa internacional de astrónomos detectou um Sistema Estelar Binário que está localizado a cerca de 8000 anos-luz de distância da Terra que, em sua composição, se retrata como duas estrelas da classe «Wolf-Rayet» - consideradas das mais quentes do Universo -  e que expelem ventos de gás quente, sendo esta a última etapa da evolução das estrelas com maior massa antes de explodirem como Supernovas.

Segundo vem reportado pela agência Lusa (além todas as outras agências/publicações possíveis da Reuters até às agências noticiosas chinesas, muito em particular a Xinhua por onde tudo passa, e do que eclodiu após um comunicado exposto na revista científica «Nature Astronomy»), a iminência de se verificar uma explosão é muito real.

De acordo com o que os os astrónomos verificaram, registar-se-à a colisão de ventos entre estas duas estrelas que irão provocar, consequentemente, uma nuvem de poeira estelar que adquire assim a forma de uma espiral; e isto, quando as estrelas rodopiam uma sobre a outra. Ou seja, acontece aquele fenómeno cósmico esperado quando ambas se cruzam.

Esta reputada equipa de astrónomos descobriu desta forma que - mediante observações feitas através dos telescópios no Chile e na Austrália - este Sistema Estelar agora registado produz ventos 100 mil vezes mais rápidos do que um furacão na Terra. Esta afirmação teve a assinatura da Universidade Britânica de Sheffield (Reino Unido) que também participou na investigação científica.

Provável ou improvável de existir uma colisão dos «detritos» ou materiais expelidos (além a radiação) de uma Supernova com a Terra, em relação a este agora novo alerta por parte dos nossos astrónomos, a população terá de estar avisada.

E mesmo que não haja motivo para grande preocupação ou delirante pânico (devido ao processo cósmico de aceleração/desaceleração e à distância promovida em que as supernovas estão), o certo é que a existir esse impacto, a morte planetária da Terra poderia ser uma fatal consequência.

Os materiais expelidos e em colisão com a Terra ser-nos-iam deveras nefastos, pois estão carregados de Ferro, Cálcio e Oxigénio, havendo inclusive a emissão de radiação de Raios-gama (raios de alta frequência) como já se referiu, extremamente energéticos e nocivos para nós, na Terra.

Derivado de tudo isso, a Terra submergiria então numa espécie de Mundo das Trevas, supõe-se, pelo que se resumiria a ser destituída da sua camada de Ozono (que protege a vida na Terra dos nocivos raios ultravioletas) causando queimaduras na pele e/ou radicais mudanças no nosso ADN.

A Radiação decaída sobre a Terra em quase dose mortal, causaria inevitáveis mutações nos seres da Terra (se empreendermos os efeitos de uma explosão de supernova Eta Carinae sobre estudos/investigações realizadas há anos sobre este tema).

Lee Billings (2015) - físico e astrónomo norte-americano - comentou então há sensivelmente três anos numa sua dissertação que tinha como título "A Terra Poderá ser Atingida por uma Explosão Estelar?" de que, uma das opiniões alarmistas, aferia que uma explosão destas (supernova) iniciaria uma chuva de partículas subatómicas radioactivas altamente penetrantes (Muões, pertencentes à família dos leptões, que são partículas elementares semelhantes aos electrões) e que por sua vez envenenariam toda a vida na Terra.

Há cientistas que determinam que explosões similares já sucederam e já atingiram a Terra há aproximadamente 450 milhões de anos, exterminando quase todos os seres do nosso planeta.

Existem outros mais tementes que registam publicamente que - As Radiações - já estão a recair ou a vir em direcção sobre o nosso planeta; por outros ainda que afastam esta possibilidade invectivando tratar-se de um alarmismo infundado, acrescentando que esta radiação só nos atingirá daqui a muitos milhares ou milhões de anos.

Vindo em nossa direcção ou não, o facto essencial é que estejamos todos de sobreaviso, que tenhamos conhecimento desta situação ou destes fenómenos do Universo que, ultimamente, parecem assombrar-nos mais. Ou nos concedem mais o sobreaviso sobre eles, pelo que ditam os entendidos.

A Iminente Explosão do Universo é sempre um facto. Tudo explode e retoma o seu ciclo renovável de emissão e sustentação cósmicas. No entanto, não nos podemos demitir da ferocidade carismática deste mesmo Universo que tanto nos pode dar vida como no-la tirar.

Sabendo que somos somente um pequeno grão de matéria planetária em todo este enorme e ainda complexo sistema pelo qual o Cosmos se rege (muito para além do nosso terreno ou terrestre conhecimento físico e astrofísico sobre o mesmo), apenas temos o dever de estar atentos, de estar por dentro de algo que também nós fazemos parte, ainda que numa ínfima parte.

(Na minha humilde opinião): O Universo explode sim mas em vida, pois que a morte jamais existe para o tanto que em si transporta, para o tanto que em si reporta e ilumina, mesmo que através das suas tão eminentes/iminentes explosões estelares!... Até outro dia então, se o Universo deixar....

(PS): Muitos Parabéns à ISS (International Space Station, ou em português, Estação Espacial Internacional) que celebra hoje, em 20 de Novembro de 2018, uns belos e adultos 20 anos de consagração espacial em investigação e desenvolvimento no seu laboratório científico a cerca de 400 km de altitude numa parceria que junta nações outrora rivais.

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ISS (1998-2018): o maior laboratório científico do mundo construído fora da Terra. Há exactamente 20 anos que lidera, sendo a maior construção do Homem «out there» (lá fora). Ou seja, a 400 quilómetros de altitude, viajando em volta da Terra a uma média de 27.700 quilómetros por hora.

                                             - ISS: um laboratório espacial muito especial! -

A ISS é uma estação espacial de facto muito especial! Dá uma volta completa à Terra em 90 minutos, perfazendo por dia um total de 16 vezes (e a uma média de 27.700 quilómetros por hora como acima se referiu). E onde geralmente vivem e trabalham cerca de 6 astronautas que se vão revezando ao fim de 6 meses. Actualmente são três elementos: Alexander Gerst (ESA); Serena Auñón-Chancellor (NASA) e Sergey Prokopyev (Roscosmos).

Com o tamanho de um campo de futebol (iniciado em 20 de Novembro de 1998), este laboratório espacial suspenso, ladeado por 16 painéis solares e uma estrutura física semelhante a um «aranhiço» de tubos e placas metálicas, exibe-se hoje como o melhor observador da Terra - e outros corpos celestes, acoplamentos das naves e manobras de reparação no seu exterior.

Com um historial humano de 230 astronautas e cosmonautas de 18 países que já estiveram na ISS, esta estação espacial resume-se como um verdadeiro «embaixador diplomático», uma vez que o seu método operacional resulta de uma parceria entre os Estados Unidos, a Rússia, o Canadá e o Japão (através das suas respectivas agências espaciais).

(A China está de fora, onde obviamente pensa agir por conta própria em exploração espacial por sua conta e risco, fazendo o resto do mundo ver que não ficam nada amuados por terem sido preteridos nesta ronda da alta diplomacia espacial.)

Ao longo destes últimos 20 anos o desafio não se coadunou nada fácil com o que tinham de enfrentar, pelo que os astronautas tentaram mitigar sobre os efeitos da microgravidade; algo que também a nível laboratorial é pelos mesmos estudado sobre as diversas áreas de investigação.

Certas e determinadas conclusões vieram entretanto a público, as quais ficámos a saber que: Um astronauta cresce em média 4 centímetros no Espaço (mas encolhe depois na Terra) e a vivência no circuito espacial altera efectivamente os genes humanos.

Mais haverá certamente, mas por ora isto chega para ficarmos com a sensação de não ser uma carreira profissional para todos, o ser-se astronauta; o ser-se um homem ou uma mulher que tudo deixa para trás em total abnegação e cumprimento do dever, esquecendo por meses a fio de como é o vento a bater na cara ou o cheiro dos plátanos e flores terrestres, além o suposto isolamento e confinamento a que está sujeito na ISS. Para muitos de nós eles são heróis e está tudo dito!

A Estação Espacial Internacional tendo a sua vida prolongada até meados de 2024 (mais 4 anos do que o inicialmente previsto), irá testar assim novas tecnologias, continuar a realizar experiências científicas (em particular sob a microgravidade) e tentar finalizar tudo a que se propôs dessas suas tarefas. E que, embora muitas delas sejam de elevado grau de dificuldade de concretizar na Terra - todavia com grande impacto na vida humana - se habilitarão contudo para Novas Explorações do Espaço.

Que assim seja então, só me restando acrescentar: Muitos Parabéns, ISS, e que toda a tua missão seja um sucesso anunciado, do início ao fim da tua vida espacial. Thanks, ISS.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

The Human Brain

Epilepsy, Animation.

A Eléctrica Tempestade do Cérebro

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Epilepsia (ou o excesso de actividade eléctrica no cérebro): uma das mais temíveis tormentas de quem sofre desta doença neurológica crónica que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, não escolhendo idade ou género, raça ou classe social, em extensível reiteração do surgimento de novos casos diagnosticados a cada ano que passa.

Esta patologia que mais parece uma tempestade cerebral de grande vendaval neuronal provocando o que na generalidade se designa por «convulsões» no paciente, cria também - e instantaneamente - a perda de consciência, distúrbios de percepção e da função psíquica (devido aos movimentos convulsivos) e toda uma prejudicial perturbação em que todos estes elementos se combinam alterando o comportamento na pessoa.

Se isso é um defeito, não se sabe. Não será contudo, a estigmatizante anuência ou imprudente indulgência de alguns, que teimam em considerá-la a mais abjecta doença por toda uma ignorância afecta sobre a mesma!...

                                       - Epilepsia: A eléctrica tempestade do Cérebro! -

A Epilepsia ainda hoje é vista como a doença do Diabo. Ou seja, pelo que até aí se não conhecia desta patologia neurológica que se resume sinteticamente por uma Alteração Excessiva de Electricidade no Cérebro.

Ou, como muitos médicos nesta área arrogam ela poder tratar-se de, uma doença crónica não-transmissível, uma desordem cerebral caracterizada por uma predisposição persistente que vai gerar então as tais crises epilépticas que vulgarmente apelidamos de «crises convulsivas».

O Que Provoca: como se sabe, a Convulsão - ou descarga bioenergética - é uma manifestação de um fenómeno electrofisiológico anormal temporário que resulta numa sincronização anormal da actividade eléctrica neuronal, reportando nessa crise convulsiva o movimento descoordenado dos membros superiores e inferiores (braços e pernas) e outras alterações, inclusive a nível ocular.

Estas alterações reflectem-se a nível da tonicidade muscular como se referiu, gerando desta forma contracções involuntárias da musculatura em movimentos desordenados ou outras reacções anormais, desde o desvio de olhos a tremores; além de se verificar a óbvia alteração do estado mental ou cognitivo do paciente, versus muitos outros sintomas psíquicos.

Esta alteração excessiva do cérebro - Epilepsia -  que provoca assim tão adversos e incomodativos efeitos gerando essas acções involuntárias por parte de quem sofre desta patologia, veio criar também na comunidade médica um cada vez maior interesse na descoberta de novos tratamentos, novos fármacos - além da já instituída cirurgia implementada nalguns casos.

Daí que actualmente muitos cientistas e investigadores dessa área médica se debrucem sobre uma outra realidade no combate à Epilepsia - o que todos saudamos como é óbvio - dando desde já os parabéns a quem se não deixa desistir por encontrar uma cura.

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Técnica de Neuro-imagem. Estas revolucionárias e actuais técnicas ajudam os médicos a melhor entender o que se passa nos cérebros dos pacientes que sofrem de Epilepsia. Primeiro há que ver as causas, os comportamentos, e só depois estudá-los. Daí que hajam hoje mais instrumentos - ou ferramentas - que a comunidade médica utilize para essa melhor compreensão da doença.

As Causas/consequências
As causas podem ser muitas. Como já se disse, as Crises Epilépticas são uma manifestação de doenças neurológicas ou metabólicas que, em número substancial de casos e sobre a sua verdadeira causa, ainda permanecem no mais secreto segredo dos deuses; ou seja, no mais profundo desconhecimento por parte da comunidade médico-científica. No entanto, os avanços têm sido muitos. E congratulamo-nos por eles.

Estão afectos a esta doença os síndromes hereditários, malformações cerebrais congénitas, infecções e traumas cranianos (mais comuns em adultos jovens). Nos mais idosos ou em pacientes de meia-idade é mais frequente a apresentação de um quadro clínico em que se observam as doenças vasculares cerebrais, vulgo AVC`s, doença de Alzheimer e outras condições/patologias degenerativas.

É sobejamente conhecido o Grande Impacto Pessoal e Social que esta doença provoca, não obstante a compreensão actualmente definida até pelo cidadão comum aquando se depara com um paciente neste estado em surto epiléptico.

No entanto, é sabido, que persiste ainda uma certa discriminação em relação ao que se traduz sobre estas pessoas na dificuldade em sociabilizar ou mesmo ter uma vida profissional activa sem que sejam automaticamente visados, sendo prejudicados ou mesmo repudiados por toda a comunidade.

Tem de existir - sempre! - um processo contínuo de educação destes pacientes em seguirem os conselhos médicos e todo um procedimento em relação a esta doença. A noção de estarem preparados é essencial para que não sejam ainda mais afectados pela doença e pelos episódios que entretanto surjam.

Tudo isto é essencial para que se evitem futuras lesões. Ou mesmo aquando a perda de consciência, não ficando o paciente à mercê de quem o não saiba auxiliar nessa contenda. Todos temos de contribuir para que, a haver perto de nós alguém nesse estado clínico, saiba prontificar-se a ajudar e não a complicar ainda mais o procedimento em si.

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Epilepsia e o mundo da imagem. Hoje, os médicos realizam estudos em que investigam e analisam até ao mais ínfimo pormenor esta doença; e isto, através de técnicas exemplares em imagiologia gloriosa que vem determinar em maior especificidade as semelhanças e diferenças anatómicas presentes nos cérebros dos indivíduos/pessoas com diferentes tipos de Epilepsia.

Técnicas actuais
Existe um mundo técnico actualmente munido de todas as ferramentas possíveis para se detectar as semelhanças e as diferenças dos portadores desta doença/patologia crónica chamada de Epilepsia. Por todo o planeta se insta contra esta doença, havendo investigações ou pesquisas multicêntricas esse sentido.

Foi o que sucedeu com o Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), universidade pública no estado de São Paulo, Brasil. Os resultados foram publicados na revista científica «Brain», em divulgação posterior em Março de 2018.

"O avanço nas técnicas de neuro-imagem tem permitido detectar alterações estruturais no cérebro de pessoas com epilepsia que antes passavam despercebidas." (Confidencia Fernando Cendes, professor da Unicamp e coordenador do BRAINN)

Sabe-se que o termo - Epilepsia - abrange um conjunto de desordens neurológicas cujo traço comum é a alteração temporária do funcionamento cerebral sem causa aparente, como febre alta ou o uso de psicoactivos.

Daí que, por alguns momentos, parte do cérebro passe a emitir sinais incorrectos - que podem ficar restritos a um local ou a espalhar-se por todo o órgão. Essas falhas no processamento causam então as chamadas Crises Epilépticas.

A Frequência e a Gravidade das Crises - bem como a resposta à terapia medicamentosa - variam de acordo com a parte do cérebro afectada entre outros factores desconhecidos. Dados da literatura científica indicam que, aproximadamente um terço dos pacientes, não responde bem às drogas anti-epilépticas.

Daí que os estudos tenham mostrado que esses indivíduos são mais propensos a desenvolver alterações cognitivas e comportamentais com o passar dos anos.

Neste estudo de Fernando Cendes, todos os intervenientes foram submetidos a exames de Ressonância Magnética. Foi então usado um protocolo específico para aquisição de imagem 3D.

Nesse processamento de imagens, em que estas foram segmentadas em milhares de pontos anatómicos,  foram avaliados e comparados um a um todos os exemplos.

O estudo compunha assim de vários pacientes divididos em 4 subgrupos: Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à esquerda; epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à direita; epilespia generalizada genética; e um quarto grupo que abrangeu vários subtipos menos comuns da doença.

Por conclusão: os exames de Ressonância Magnética não revelaram alterações anatómicas nos casos de epilepsia generalizada genética; e quanto ao objectivo do estudo em determinar se haveria ou não atrofia nestes pacientes, chegou-se à conclusão que sim.

"Foi possível notar que os 4 subgrupos apresentavam atrofias em regiões do Córtex sensitivo motor, e também em algumas áreas do Lobo frontal." (Afirmação de Cendes)

Segundo e ainda o investigador, esse dado mostra que existem alterações que vão além da área onde as crises epilépticas são geradas (hipocampo, para-hipocampo e amígdala). O acometimento do cérebro é assim ainda maior do que à priori se julgava, reverteu Cendes.

Os resultados confirmaram que, à medida que a doença progride, mais regiões cerebrais vão ficando atrofiadas e por conseguinte mais prejuízos cognitivos aparecem; e que, a Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à esquerda, apresentava alterações em circuitos neuronais distintos dos afectados pela Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à direita.

"Uma doença não é simplesmente o espelho da outra. Quando o hemisfério esquerdo é atingido o acometimento é mais intenso e mais difuso. Antigamente, acreditava-se que isso acontecia porque o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem, mas parece ser algo além disso. Ele é, de alguma forma, mais vulnerável que o direito."

Na avaliação do coordenador do BRAINN, esta recente descoberta irá implicar que de futuro se possa ser mais fiel no diagnóstico da doença, assim como - ou em paralelo -  se realizem pesquisas na análise das Alterações Anatómicas (as quais este grupo continuará a analisar as alterações genéticas que poderão possivelmente explicar o porquê de determinados padrões hereditários no contexto das atrofias cerebrais).

"Sabendo que existe uma assinatura mais ou menos específica de cada subtipo da doença, em vez de procurar alterações em todo o cérebro, poder-nos-emos concentrar nas áreas suspeitas, reduzindo o custo e o tempo, ampliando o poder estatístico das análises. Em seguida, será possível correlacionar essas alterações com as disfunções cognitivas ou alterações comportamentais." (Em resumo e conclusão do investigador Fernando Cendes, do BRAINN).

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Epilepsia (Janeiro de 2016): «Portugueses criam sistema que diagnostica e trata epilepsia.» Foi este o título e o anúncio que, em língua portuguesa, viria a eclodir para o resto do mundo o que os cientistas e investigadores portugueses descobriram sobre a Epilepsia. Estávamos em 2016, numa divulgação feita pela agência Lusa, do que uma vigorosa equipa do INESC TEC criou no primeiro sistema do mundo a usar a tecnologia 3D para detectar movimentos corporais durante as crises epilépticas.

Descobertas em português
Há aproximadamente dois anos que soubemos pela nacional agência noticiosa (Lusa) de que, os Portugueses, haviam de dar brado científico sobre esta patologia que tanto enferma os seus portadores.

Sabendo-se existirem cerca de 50 milhões de doentes de Epilepsia por todo o mundo - e com 2,4 milhões de outros novos casos diagnosticados a cada ano que passa - é natural que os esforços se avolumem. Daí não estar esquecido o que há sensivelmente dois anos os investigadores portugueses estimaram e, aventaram, sobre a Epilepsia.

Este Sistema Tecnológico revelado ao mundo em 2016, foi desenvolvido pelos investigadores do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, em Portugal, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. Os resultados do trabalho realizado com doentes epilépticos foram posteriormente publicados na revista científica «PLOS ONE».

Um Auxílio no Diagnóstico e no Tratamento: "O nosso sistema 3D consegue extrair trajectórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados; e, em conjunto com o EEG (electroencefalograma, registo gráfico da actividade cerebral), oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e as decisões terapêuticas em epilepsia."

Esta, a explicação do responsável do projecto de então, João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER), do INES TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) em comunicado enviado à imprensa na época.

Este sistema foi testado então com muito sucesso desde há um ano a esta parte, reiterou na altura João Paulo Cunha, por conseguinte desde 2015,  no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique (Alemanha), não requerendo nenhum tipo de intervenção no doente.

"Damos a informação dos padrões de movimento ao longo das crises epilépticas e, com essa caracterização, damos mais informação para uma decisão terapêutica mais precisa, sendo que as crises têm movimentos corporais que caracterizam o tipo de epilepsia." (Esta, a também informativa explicação de João Paulo Cunha, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Portugal)

Este grupo de investigação propôs-se assim adaptar esta tecnologia para futuramente verificar e analisar alguns dos testes motores que se fazem aos doentes de Parkinson, e deste modo ajudar os médicos no diagnóstico e tratamento da patologia.

Ou seja, criando através desta nova ferramenta científica, a esperança para muitos doentes com estas patologias. Saudamo-los por isso. E que o futuro seja promissório.

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(Foto: Carlo Allegri/Reuters) O Cérebro humano: a ainda grande incógnita para a comunidade médica. Por vezes, existem métodos que se não julgam possíveis como os de uma criança em Espanha que foi submetida ao «desligar» de metade do seu cérebro para desta forma se controlar a doença de Epilepsia.

Mas há mais. Em novidade e muita esperança sobre esta terrível patologia de tempestade eléctrica do nosso cérebro. Aqui, iremos falar um pouco disso, havendo uma alegria incontida por todas as descobertas havidas e de muito sucesso garantidas sobre a futura saúde da Humanidade.

Por Espanha (Outubro de 2018)
Em Sevilha fez-se magia. Fez-se Ciência. Fez-se aquele máximo poder que, nas mãos de médicos e de muitos dos investigadores nesta área, se cometem e perpetuam deixando um enorme rasto de esperança no combate à Epilepsia.

A agora inovadora técnica decorreu favoravelmente a este menino espanhol de 9 anos de idade (que desde os 5 anos sofria com as crises de epilepsia) e que não mais se viu ser acometido desses ferozes ataques epilépticos de que era alvo.

Uma intervenção cirúrgica de cerca de 7 horas foi então realizada com grande êxito, pelo que acabaria com todo este seu sofrimento - ao que se apurou na divulgação feita através da publicação do jornal espanhol «La Vanguardia» - do que o menino padecera até aí em cerca de 10 crises diárias que o deixavam bastante debilitado.

Esta miraculosa intervenção médica foi realizada em Setembro deste ano, de 2018, no Hospital de Sevilha, numa inovadora prática chamada de «Hemisferoctomia funcional» que consistiu em extrair (ou desligar) a parte do cérebro que funciona como foco das crises.

O objectivo desta intervenção era que esse hemisfério não contaminasse a parte saudável do cérebro da criança. E assim sucedeu. Esta e outras crianças - e adultos - passarão assim a ter um maior controlo sobre a doença, facilitando a sua vida diária, ao que foi sugerido então pelos médicos especialistas.

Segundo o médico que operou o menino, o seu conceito é muito prático: "Às vezes, é melhor funcionar só com uma parte do cérebro do que com a totalidade. Quanto mais cedo desligarmos a metade do cérebro afectada, melhor. É até aos 4 anos de idade que o cérebro tem maior potencial de plasticidade." (Explicação médica de Juan Rodríguez Uranga, o neurologista interveniente desta operação).

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Epilepsia (Novembro de 2018): Cientistas descobrem função de estruturas no cérebro relacionadas com a doença da epilepsia. Cientistas dos Estados Unidos conseguiram finalmente decifrar a função de estruturas no cérebro à volta dos neurónios, acreditando piamente terem descoberto um potencial tratamento para alguns tipos de Epilepsia.

A Epilepsia ou «Esperança renovada...»
Segundo um estudo divulgado em inícios de Novembro de 2018, recentemente portanto, indicam que cientistas norte-americanos tenham decifrado - pela primeira vez -  a Função de Estruturas no Cérebro em torno dos Neurónios - aventando assim a possibilidade na descoberta de um inovador tratamento para com os doentes que sofram de Epilepsia.

A divulgação agora feita sobre todos os meios de comunicação social, em revelação mundial, veio indicar que as chamadas Redes Perineuronais foram descobertas pela primeira vez em 1893 pelo neurobiólogo italiano, Camillo Golgi, sendo que a sua função não era bem conhecida até a equipa do Instituto Carilion, da Universidade da Virginia (EUA) ter finalmente concluído o que regulam os Impulsos Eléctricos no Cérebro.

Existe a explicação de modo simplista (para nós, leigos na matéria) de que, quando estas redes são destruídas, sucedem então os já denominados ataques epilépticos de consequências por vezes gravosas no indivíduo.

Os Investigadores descobriram isso aquando se remeteram em ensaios sobre os cérebros dos ratos de laboratório que evidenciavam tumores cerebrais muito agressivos de denominação «Glioblastomas».

De que se trata então? A explicação é simples: Trata-se do único cancro que se não consegue espalhar porque está limitado pelo crânio. Derivado disso, segrega em grandes quantidades um determinado neurotransmissor chamado «Glutamato» que mata as células à volta permitindo ao tumor crescer.

Os Cientistas da Virginia Tech verificaram também de que este tumor ataca as redes, dissolvendo-as, o que torna por demais difícil regular os Impulsos Eléctricos no Cérebro, que pode então sofrer ataques epilépticos. Este estudo foi liderado pelo biólogo Harald Sontheimer, sendo que as suas conclusões se podem aplicar a outras formas de epilepsia adquirida.

"Este estudo sugere uma possível forma de modificar o desenvolvimento e a progressão  da epilepsia, o que diminuiria o transtorno para os pacientes." (Afirmação do investigador especializado em epilepsia, o doutor H. Steven White)

Para finalizar este texto, apenas me apraz confirmar de que todos os esforços são bem-vindos e gratos por todos os que padecem e sofrem desta doença neurológica crónica que tantos males lhes concedem. Aos cientistas e ao mundo científico no seu geral, o reconhecimento por todas estas fantásticas descobertas que tentam minimizar o sofrimento dos doentes de Epilepsia.

Com a infeliz estimativa global de cerca de 50 milhões de pessoas que sofrem desta maldita doença, segundo os dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo que um terço dos pacientes não responde aos tratamentos actualmente vigentes, urge que haja uma montanha de esforços e um muito gradual empenho científicos na demanda de se encontrar uma cura.

Como doença neurológica crónica que é e afectando tantos milhões de pessoas, havendo inclusive uma tendência até de acréscimo nos próximos tempos em novos casos diagnosticados com esta doença, há que haver simultaneamente uma consciência nessa luta ou nesse combate à doença e a uma melhoria de qualidade de vida sobre ela.

 Não é uma doença selectiva antes aleatória. De criança à idade adulta ou à idosa. Seja na infância ou na dita «terceira idade» ninguém lhe escapa. A sua tentacular patologia não selecciona nem idade nem raça ou género e muito menos classes sociais, pois pobre ou rico por ela pode sofrer.

A educação é essencial. De todos os lados e de todas as formas na sociedade. Assim deve ser. Neste processo, muitos são os que sofrem não só da doença em si, mas, dos seus factores associados ou dos seus efeitos também sobre si em depressões e ansiedades; além a discriminada situação que observam por parte de toda a restante sociedade sobre o que se lhes aplica implacavelmente.

Há que mudar isso. Há que mudar estigmas, estereótipos ou versões mais displicentes ou até por vezes encapotadas de uma certa indignação, mas que no fim, apenas se limitam a constatar que estes doentes, aquando os episódios epilépticos, são casos perdidos.

É Muito Importante aqui deixar expresso de que, as pessoas que sofrem de Epilepsia, podem levar uma vida normal, se tratada adequadamente por um especialista e não, ao contrário de tudo o que deve ser dito, pensado e ultimado, ver estas pessoas afastadas do mundo num outro que lhes foi consignado sem que houvesse justificação para tal.

Somos todos iguais; apenas com algumas diferenças entre nós. Diferenças que nos não identificam apenas esquematizam a vida que temos de levar e saber organizar como os restantes, os ditos «normais» da sociedade.

Somos todos o mesmo, seres humanos que, por alguma vez na vida ou por ocasião de uma ou outra anomalia cerebral, se vêem sujeitos ou submetidos à mais curiosa e por vezes terrível «Eléctrica Tempestade do Cérebro», sem que por isso sejamos apontados ou rejeitados devido a um cérebro que de vez em vez se atormenta por tempestades assim...

terça-feira, 6 de novembro de 2018

The Mystery of Our First Interstellar Visitor Just Got More Complicated

Harvard study: 'Oumuamua' space rock might be alien craft

First Interstellar Asteroid Wows Scientists

A Sonda Alienígena

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Oumuamua (Crédito: NASA/JPL)detectado pelo telescópio Pan-STARRS1, no Havai, EUA): asteróide, cometa ou indefectivelmente, o primeiro objecto interestelar de construção artificial, como o primeiro corpo celeste proveniente de outro sistema solar a entrar na Via Láctea; ou seja, como «invasor» espacial no nosso sistema solar.

Se foi chamado por nós, ou simplesmente se veio vincular naquela tomada de posição de exploração espacial de uma outra civilização, será algo que ainda está por escrutinar; se ainda tivermos tempo disso ou, os cientistas nos afiançarem ele nos não ser uma ameaça mas uma bênção, com toda a certeza que nem eles próprios saberão determinar!...

                                                    O Grande Invasor: Oumuamua   

Descoberto em 19 de Outubro de 2017 pelo investigador Rob Weryk, do Instituto de Astronomia de Honolulu, no Havai, este corpo celeste de seu nome, Oumuamua - que em havaiano significa «mensageiro de muito longe que chega primeiro» - registou-se como distintamente veloz, com uma inteligência própria e, uma sapiente movimentação que o capacitou de viajar através da Via Láctea durante centenas de milhões de anos graças à radiação solar.

Estes, os atributos do Oumuamua, que leva a que hoje os cientistas o cataloguem não como um simples objecto do cosmos em forma de charuto mas, como uma poderosa e quiçá ardilosa sonda alienígena (extraterrestre) com fins propositadamente específicos no que se induz buscar.

Se estaremos preparados para o que aí vem é que não se sabe; e os investigadores ou cientistas de Harvard também não; pelo menos, é o que assim transmitem ou, ofuscam, de uma outra realidade mais nebulosa ou tenebrosa sobre os nossos céus terrestres deste invasor crepuscular.

Com uma denominação científica que mais parece o nome de um líder tribal africano sobre a Terra (e que sabemos agora ter proveniência havaiana), este Oumuamua vem-nos relatar que, para além de todas as coisas possíveis e impossíveis do Universo, estamos sempre e inevitavelmente sobre o fio da navalha cósmico de podermos ser extintos como civilização (em poderio extremo, tecnológico e não só) de forças intervenientes do espaço interestelar.

Daí que este Oumuamua, nos seja agora e tão recentemente quanto há um ano se destacou a esta parte, um corpo estelar jamais visto - ou assim observado pelos especialistas - em longo e inteligível corpo artificial de grande aceleração que, por momentos se pensou, nos poder ser a adaga ou a catana fatal de todo um planeta que até aqui julgáramos nosso: a Terra.

Isto, no pior dos cenários. No melhor, é «apenas» uma nave/sonda alienígena que somente nos quer conhecer ou responder aos nossos sinais e frequências sonoras do SETI, agora em volume e identidade física nunca vista, de se nos fazer ser visitante ou um possível hóspede (futuramente hostil ou não) sobre os nossos céus, os nossos solos e as nossas almas.

E aí, é que a coisa fica mais séria e mais pungente; ou crítica, se pensarmos em termos reais do que poderá a nossa civilização (Humanidade) ou o nosso planeta (Terra) transformar-se, adaptar-se ou domar-se, consoante a agenda alienígena que esta hipotética sonda também com ela transporta nos motivos e objectivos de nos atingir o planeta, sem que nós, terrestres ou terráqueos, o possamos evitar, anular ou neutralizar.

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Uma Imagem do Oumuamua (Foto de 22 de Novembro de 2017, de Aliens and Ufos). Ilustração, imaginação lúdica do que o cérebro compõe, ou mais exactamente a perspectiva física e espacial de uma corpo artificial ou sonda alienígena em viagem interestelar...?!

Os cientistas de Harvard dão-nos agora respostas sem especulação ou evasão de outras garantias, afirmando que sim, que é muito possível que este Oumuamua possa ser efectivamente uma Nave Estelar/Sonda Alienígema em viagem pela Via Láctea. E nós, humanos, apenas se nos dá para inquirirmos: E isso, é bom ou mau???

"Pode ser uma sonda totalmente operacional enviada intencionalmente à vizinhança terrestre por uma civilização alienígena." (Afirmação do comunicado feito por uma equipa de astrónomos da Universidade de Harvard, em Novembro de 2018, divulgado pela publicação The Astrophysical Journal Letters. Esta afirmação foi baseada sobre um estudo/conclusão a que chegou um grupo de investigadores do Centro de Astrofísica Harvard Smithsonian)

Uma Nave Estelar em forma de charuto...
Por mais incrível que nos possa parecer ou termos essa intuída perceptibilidade imediata de estarmos a lidar com algo muito criterioso a nível tecnológico, temos também a certeza - baseada em muitas outras dúvidas - de nos podermos confrontar com uma outra realidade de uma outra e suposta civilização avançada que vem pelos seus próprios meios conhecer-nos ou... invadir-nos.

Da cor da ferrugem (vermelho) e com uma dimensão longitudinal de acerca de 400 metros (em 10 vezes mais a sua largura), este poderio tecnológico demonstraria uma «aceleração excessiva, segundo as palavras dos investigadores que se debruçaram sobre este Oumuamua.

No entanto, para apaziguar mentes mais nervosas ou menos consistentes com esta outra realidade da existência de outras civilizações interestelares que nos possam de certo modo fragilizar a nossa vida quotidiana de comuns terrestres que todos somos, os cientistas aferem de que este corpo celeste - artificial ou não - já tenha deixado o nosso sistema solar em Janeiro deste ano (mantendo-se em vigia sobre nós, não o sabemos). Esta, a tal pergunta para um milhão de dólares, como é comum dizer-se.

Este novo estudo - escrito por Shmuel Bialy (pós-doutorado) e Abraham Loeb (professor e presidente), do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, analisou a forma como a radiação solar pode ter impulsionado o movimento do Oumuamua no Espaço. Pode ter uma origem artificial, admitem os investigadores. Dizem-nos então:

"Pode ser uma «vela solar» a flutuar no Espaço, como um destroço do equipamento tecnológico avançado. Em alternativa, num cenário mais exótico, o Oumuamua pode ser uma sonda completamente operacional enviada intencionalmente para a Terra por uma civilização alienígena vizinha." (Este o comunicado do professor Abraham Loeb e Bialy em total sintonia sobre o que concluíram deste Oumuamua)

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Oumuamua (Crédito: ESO). Uma nave estelar, alienígena, que pode - ou não - já não estar operacional. As dúvidas mantêm-se mas os cientistas não desarmam. Continuam vigilantes.

O Oumuamua tendo já saído do nosso sistema solar, da nossa galáxia (em Janeiro de 2018) apenas pode estar a rectificar as suas coordenadas estelares ou, quiçá, a invectivar alguma outra medida/missão ainda antes de se investir no que objectivamente se propôs. Não se pode especular. Mas também não se pode desde já desactivar qualquer outro pressuposto na nossa mais humana temeridade do que ele nos possa admoestar.

Tudo é um misto e mito de perguntas, suposições e análises por parte dos astrónomos da Terra. (Oxalá, sentimos nós, este Oumuamua não volte para trás e nos faça a todos tremer pelo que ainda não sabemos ou, nos nossos mais profundos e temidos pesadelos, ele nos acerca, sequestra e toma despudoradamente sem piedade ou refreio algum...).

"Não Vemos Nada Assim no Nosso Sistema Solar." (Palavras dos cientistas que teorizam o que afirmam sob uma base científica deveras considerada, do que então analisaram da trajectória fora do normal que o Oumuamua realizou; e que, segundo os mesmos, pode estar relacionada com o facto de já não estar operacional)

Nesta corrente agora admitida, já antes (em Novembro de 2017), um outro astrónomo nos afiançava poder corroborar sobre esta recente teoria - ou agora rigorosa tese científica em relação ao Oumuamua - Paul Chodas, o responsável pelo Centro de Estudos de Objectos Próximos da Terra, da NASA, que nos afirmou então com toda a assertividade possível:

"Efectivamente nunca vimos nada assim. Este objecto é de um Outro Sistema Solar, que foi expelido para o espaço interestelar. Não vemos nada assim no nosso sistema solar. Nenhum asteróide do nosso sistema solar tem essa forma. É intrigante como obteve esta forma."

Em 2017 Chodas afirmou-o. Em 2018, Loeb e Bialy confirmaram-no. Ou seja, estão todos em comunhão com o que sentem em relação a este estranho mas mui determinado objecto estelar que parece ter vida própria sob o estímulo e reacção de uma qualquer inteligência.

Pode ou não ser tripulado. Pode ou não ser comandado à distância como uma espécie de jogo de computador; ou pode, mesmo em atrevimento da nossa maior imaginação, ser um veículo espacial que esteja a fazer uma leve ou sinuosa inspecção interestelar tal como circuito de vigília cósmica com determinados fins que não atingimos. Ou não compreendemos.

Seja como for, foi excelente que a Comunidade Científica o possa ter mundialmente divulgado sem alarde ou, inversamente manipulado, em desfavor de um maior conhecimento científico (astrónomo e astrofísico) por parte de todos nós.

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Açores, Portugal - Ilha de São Miguel (Crédito:ESA) Hoje Açores - outrora Atlântida?... - pelo que a ESA (agência espacial europeia) nos coloca em enorme desafio e sobre a instalação/gestão de um porto espacial nos Açores, com a realização dos primeiros lançamentos já em 2021.

A expectativa é grande e o entusiasmo ainda maior. Dos Açores para o mundo, o cunho português de um desafio à escala global de um projecto magnânimo que se chama: Odisseia no Espaço.

Em 2021, dos Açores para o mundo em envio e lançamento de satélites, em envio e lançamento de outros ideais que se perpetuarão pelos esforços havidos de se não ficar para trás nos grandes projectos espaciais!

Dos Açores para o Mundo...
É um projecto ambicioso. Muito. Talvez demais para a pequenez territorial de Portugal. Mas não para o sonho que se faz em português, em gene e genoma, de tudo o que se deve ou pode ir mais além.

Da faixa territorial à faixa costeira marítima (na extensão da plataforma continental que excede em muito a do território nacional) e nos faz ainda aventurar mais por outros mares e outros céus... possivelmente de outros planetas.

Somos pequenos mas de grandes oportunidades. Ou vaidades. Mas não desistimos. Está-nos no sangue, no ADN. A nossa terra e o nosso mar - e agora o nosso céu - são todos pequenos demais para nós. Vamos subi-los, aos céus, como se possuíssemos os feijões mágicos dos contos infantis.

Se Fernão de Magalhães o não fez, em não-desistência e inversamente muita persistência, infere-se, e há cerca de 600 anos em projecto marítimo de circum-navegação, deixando-se ficar para a História como a grande referência de navegante visionário que foi - que até à Google faria corar de inveja em confrangimento de se ver diminuída (é bom que saibam que estou a ironizar mas no bom sentido) - hoje também o não faremos em recuo ou receios de um menor sucesso. Olhar para trás não é permitido. Em frente é o caminho.

Hoje, os meandros pelos quais nos regemos são-nos igualmente frutuosos, se encarados com todas as possibilidades de os deixarmos voar - aos projectos, aos eventos, aos fenómenos, ou até às ambições futuristas, desde os Web Summit`s (que a cada ano se fazem no meu país), como às mais inacreditáveis e inimagináveis produções e desenvolvimentos.

E isto, em alargamento e conceito de projectos não só tecnológicos terrestres mas, de índole espacial, através e também do grande estímulo e contributo da ESA.

Sabe-se que, este Novo Projecto, teve início após um escrupuloso estudo da Universidade do Texas, em Austin, EUA. Estudo este que foi divulgado em 2017, em parecer favorável à instalação de uma Base Espacial para lançamento de pequenos satélites nos Açores.

Ainda que esteja tudo e em grande parte numa fase embrionária (ou fetal, para não ferir susceptibilidades de ambas as partes), poder-se-à acrescentar de que existe ainda um extenso e avolumado caderno de encargos, os quais, se tem de ter em conta executar em rigorosa regra de cumprimento.

Daqui se pode fazer imbuir - e influir, na determinante aposta que tudo isto trará na visão mais optimista sobre a economia nacional - a colaboração de várias empresas portuguesas durante todo o processo (da concepção à operacionalização).

Haverá um estudo ainda sobre o Impacte Ambiental na região - recorde-se de que os Açores possuem uma flora e faunas estrondosamente únicas no mundo, as quais se não querem ver desvirtuadas ou adulteradas e possivelmente extintas se esse impacto for negativo - além de se ter de saber previamente a quantidade destes exercícios espaciais em transporte e número de lançamentos anuais.

Para haver consenso tem de haver bom senso. Nada poderá ser feito levianamente ou com a alucinação indevida pela rapidez do projecto; ou seja, tudo tem de passar primeiro por um crivo apertado de obrigações e imposições, para que de futuro se não registem eventuais danos ou prejuízos para com toda a região afectada.

Terá de ser, sempre, pelos Açores e não contra os Açores. Pela Terra e só depois pelo Espaço, por muito que se defendam estas tecnologias, estes projectos, e estas alquimias de outros poderes que por vezes se sublevam sem ter a mínima consideração pela população - ou pela zona referenciada - em que estas laborações se fazem.

Estaremos virados para o Futuro sim, se antes tivermos consideração pelo Presente e até pelo Passado (se anotarmos o tanto que nos ficou de podridão tóxica, em infiltração e contaminação dos solos, em registo também de radioactividade no subsolo da Base Aérea das Lajes, na Praia da Vitória, situada na ilha Terceira dos Açores). Olhar o futuro sim, mas em consciência; ambiental e não só!

Sem mais assunto de momento, aqui fica o repto de, havendo ou não próximos corpos celestes por aí - naturais ou artificiais - ou distintamente projectos da Terra para o Céu em que em qualquer dos casos tenhamos sempre de ponderar o benefício ou os prejuízos científicos de cada um, sejamos coerentes com a civilização que somos e compomos na Terra.

Sejamos idóneos, íntegros e expeditos; inteligentes, voluntariosos e até ambiciosos, mas nunca negligentes ou ausentes com quem nos viu nascer (pois que a Terra até ao momento é a nossa única casa disponível). Sendo que, desse modo, a tenhamos de saber manter limpa e asseada, e se possível longe de prováveis e maus visitantes que nos possam atormentar a alma por, de uma assentada, nos impor matar a todos erradicando-nos em civilização e vida planetária.

Por ora, sem Sonda Alienígena que me leve daqui para fora, aqui fica uma terna, plácida e terráquea saudação, além de um «Bem-haja» a todos os cientistas que nos alertaram para o ainda tão endossado e enquistado «Adamastor» chamado Oumuamua, vulgo calhau desconhecido que anda por aí... lá fora... em alienígena sonda como se de um fantasma se tratasse...

sábado, 3 de novembro de 2018

Richie Campbell - Heaven (Official Video)

Enquanto houver céu...

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O luto em vida. Um destino enlutado pela descrença da felicidade e, quando muito, camuflado de todas as mentiras, todas as ilusões havidas sem que por um momento só, nos tenhamos questionado se isso é vida ou morte; pois que há vidas que mais não são do que mortes concebidas, retalhadas, enxovalhadas e amarfanhadas tal qual a vida é.

Ou então, tão vil e despudoradamente desmembradas que jamais se recuperarão, ficando corpos e almas estilhaçados. E é aí que se vê (ou intui) o invisual campo do grande cemitério da vida que aleatoriamente nos arrasta - encapotadas e muitas vezes encapuzadas - sobre as telúricas e vãs alegrias fingidas de um só momento!

                                                - Os Vazios Capítulos da Vida -

Quantos anjos e demónios serão precisos para se afugentar a dor do ódio, das vísceras e das indignas confidências que uma mulher transporta por toda a sua vida...? Quantas prisões, quantos cárceres teremos de enfrentar, se por detrás de todos eles apenas se vislumbra a agonia das coisas gastas na ferrugem do descrédito ou dos lascados alicerces que mal nos seguram as imprecisões, as bestialidades do que dizemos boca para fora e nem sentimos?!...

Quem nos ouvirá no nosso mais profundo sofrimento de quando nos vimos sós e sem corda que nos salve e segure, e que nos não empurre ainda mais para o íngreme abismo ou final precipício?!...
Que fazer então de tamanha alhada, naquela que foi a nossa mais inextrincável encruzilhada da vida que nos diz para pararmos, para não continuarmos ou talvez reflectirmos?... E nós não ouvimos.

Escolhemos sempre o pior caminho, o da indecisão ou do retorno; o da subserviência e muitas vezes até sobrevivência de um ser sobre o outro - tal como rafeiro cego de um só dono que dele leva pancada mas sempre para ele volta, dando-nos ao sacrifício (que mais parece desfrute) de tudo esquecermos à mais leve entrega de uma redenção desmedida. E que muitas vezes é tão falsa quanto a maquilhagem barata que pela nossa face escorre perante a mais súbtil lágrima de gratidão ou... submissão. E tudo volta ao início.

Da violência física à verbal, ao desentendimento, à agressão e ao isolamento. Ou àquela tão intensa mas errática carnificina dessa vida a dois que mais não é (ou foi) do que um mero e infame estratagema - quiçá vilipendioso e ardiloso esquema - de continuarmos a ser prisioneiros (as) de quem nos ofereceu o mundo. O seu mundo. E tudo isso, sob uma grossa capa de opacidade conjugal que muitas vezes mais não é do que um ataque cerrado a todos os princípios, a todas as liberdades!...

Se é que há liberdade alguma, em expressão e pensamento, ou aquela que de repente nos foge por entre os dedos, que é também e sempre a mais dolorosa, a mais custosa de aceitar, de a ter ou perder, na dificuldade dos dias mortos e das noites ainda mais cadáveres em que ambos os nossos corpos se demitem de serem vida.

Falseámos tudo. Defraudámos expectativas e ideais e ficámos como os demais, absortos e sem força nem ganas para correr atrás, para pedir desculpa, pedir perdão ou nada disso, ficando o silêncio de antemão, sentindo nós que já tudo foi dito. Ou não.

E novamente nos entregamos às balas, aos punhais, ao saque de toda a nossa vida, de rir e brincar, de querer e aceitar, de desejar e amar, só ficando os despojos, as feridas abertas e em carne viva; a sangrar. Tal como o Ébola, implodimos. Sim, como se de dentro para fora quiséssemos depor todas as nossas angústias, as nossas impotências, fraquezas e impurezas, nada restando depois. Mas o sangue coalhou, vitrificou, espalhando o horror, nosso e não-nosso de quem connosco viveu e partilhou e até amou... E depois odiou.
   
O ADN colou-se-nos à pele; e aos lençóis. Tudo é endógeno do que somos e fomos e assim ficou. E a hemorragia que pensáramos ter sarado e cicatrizado volta de novo. Volta sempre. E com mais força, como o pulsar ritmado do coração, bombeando o sangue da vida, mesmo quando já não há pinga dele por onde colmatar tão excruciante dor; ou tão terminal doença que nos leva, devagarinho, para o maior cadafalso de todos: O Morrer em Vida!

                                                     - Todos os Capítulos da Vida -

Tu e Eu: Na dança da vida, tu eu fomos Fred e Ginger, mesmo que hoje já ninguém saiba quem foram eles. Não importa. Dançámos. Mesmo que fosse uma dança de cada um para seu lado e o «New York New York» dos anos oitenta tivesse sido inventado apenas só para nós, pelo menos era o que assim pensávamos naquele tempo, num tempo em que havia tempo para nós. E éramos o que pensávamos ser e mais não queríamos saber. Até porque, havia muito tempo... todo o tempo do mundo!

E um dia tudo desmoronou. Nem lembro que dia era. Mas era. Foi. E tudo se precipitou naquele dia que sempre dizemos ser o primeiro dia do resto das nossas vidas. E aí tudo se finou.

Mas um dia fomos felizes. Muito felizes. Ou julgávamos que éramos. E vivíamos isso com todas as nossas brutais forças de macho e fêmea, de desgarrada e garraiada como numa arena só nossa de pega e despega de laço e deslaço e de tudo e nada em que os nossos corpos se entrelaçavam e desnudavam à medida de todas as horas, de todos os momentos, de todas as vontades e sexualidades.

Não havia freio nem desenleio e tudo era nosso; teu e meu. E tu tão jovem, tal como um livre condor pelos céus de um tempo que não conhecias mas sabias poder-se escoar, por mim, por ti. E tu sempre atrás de mim, em corpo, em desejo, em cheiro e cor, como as plumas de Quetzalcóatl ou serpente emplumada de outras eras, outras terras, em sexo e cio de uma  férrea vontade de me fazeres tua; de me teres em ti.

E para isso, dançavas para mim, rodopiando-me no desejo ardente, cortejando-me o querer e o ser, sem que nada te travasse, te obstaculizasse, a ti e a mim, betumando todas as verdades numa só, tu eras meu e eu tua e nada mais importava, nada mais tu querias ou eu queria, e o Mundo era nosso! Só nosso!

Foram anos. Muitos anos. Desse querer e dessa vontade de ser, de pertencer, de tudo menos de morrer. Mas morremos. Tu e eu. Na sombra dos dias plasmados de fugas ou nas noites de breu em que tu não me vias e eu fingia lá estar, escondida de ti, escondida de mim, sabendo que nem tu nem eu nos ouviríamos ou sentiríamos por um momento que fosse.

Não tivemos a decência (ou a coragem) de admitir que estávamos errados, tu e eu, ficando longe, ficando a anos-luz de distância um do outro. Foi mais fácil fugir; foi mais cómodo e prático nada exigir, a não ser que o tempo passasse e fragmentasse o que então ficou para trás e em mim, e em ti, em vendaval de tufão armadilhado de todas as tristezas e todas as incertezas.

Nunca reconhecemos que estávamos a fugir um do outro, ou a digladiarmo-nos com frases feitas criando também um no outro a mais pura aversão de todos os ódios, de todas as incongruências e indulgências, resultantes dessa vida tão pouco sentida.

Os insultos, as humilhações, e até os impropérios vociferados a dois, voaram com o tempo mas nada fossilizou, antes replicou no remorso e na adversidade do vazio que a ambos retornou com uma ainda maior intensidade; e até crueldade, sobre renovados e tortuosos espasmos que infligíamos só para ter o «prazer» de ver ainda mais sangue, ou de um de nós ser lançado às cordas num ringue só nosso.

E depois as mazelas, os efeitos colaterais que sempre escondíamos do mundo, e depois forjávamos um no outro em discórdia e pouca parcimónia de ostensivas ofensas como verdadeiras pérolas de embrutecimento - e mesmo empobrecimento de ambas as nossas vidas.

E tudo para quê, para nos vermos envelhecer e até apodrecer sobre as calçadas da vida e de todas as nossas rugas sobre batalhas conjugais e, outras coisas mais, que tenho até vergonha de o dizer, ou desdizer, pois que a memória me é selectiva ou tão enriquecida mas furtiva, que me faz ver apenas e por só eu o querer, as minhas estóicas qualidades, e nunca as tuas, desculpa lá, mas somente os teus defeitos e nunca o contrário.

Onde foi que falhei, onde foi que errámos, tu e eu, eu e tu nas esquinas da vida?... E agora, por onde andas se é que andas por aí. E eu, como fico eu? Amachucada, maltratada e ensopada em tristeza e um quebranto que só Deus sabe.

Para quê lamentar agora, para quê voltar à estaca zero de todas as demandas, se eu e tu somos um caso acabado, finalizado nas entrelinhas de todas as deformidades, cansativas anormalidades e entropias de um universo só nosso; ou tão distinto que jamais o encontraríamos em fusão e confusão, estreito e direito, ou apenas tão perfeito e escorreito do que o que julgáramos poder haver um só para nós.

Ambos sabemos que poderá ter havido a suspeita da infiltração da monotonia, essa piolhosa e rameira espia sem escrúpulos que devassou toda a nossa vida, tal Mata-Hari do nosso lar; ou pior que isso, na sobreposição daquele jogo sujo em que tu dizes que fui eu que falhei e tu brilhaste, assim, como uma espécie de supernova de um céu só teu, não sabendo tu que depois elas se espalham e disseminam, essas estrelas do céu, em explosão e por vezes contaminação de tudo à sua volta.

E eu, que fui eu? Um perdido neutrino, um desperdício sem massa nem matéria, vagueando no lodo cósmico de toda a tua repugnância, de toda a tua ignorância sobre mim. E pior, assumo hoje, com toda a culpa minha; por ter deixado, por ter arrastado uma situação que definhava a olhos vistos e se consagrava apenas e unicamente sob uma estaca que apodrecia de quando a lembrança se fazia de um outro eu - e de ti, numa outra pessoa que já não eras...

E nesse disfuncional universo de Tu e Eu, ambos fomos consumidos pela nossa própria ganância, a nossa mais verosímil jactância para sermos apenas e tão-só, uns pobres seres deambulantes que um dia foram aquilo a que se chama de eterno amor - e hoje já sem cor - se desbota e se entrega ao mais terrível despudor de ser apenas e somente um fio de rancor. E ambos sabemos disso, infelizmente.

                                                  - O Próximo Capítulo da Vida -   

Por todos os becos te procuro. Por todas as ruas e vielas te chamo. Do Bairro Alto à Expo. Do outro lado do passeio ao outro lado do mundo. Não te vejo e não te ouço. Sinto que me foges. De novo.
Por todas as horas em que me lembro de ti (que são todas!), deixo-me levar pelas lágrimas que pensei já se me terem secado, pelas memórias que pensei também já se me terem abandonado... mas não. Tu estás lá. Sempre!

Existes para mim, na mais louca dança das labaredas de um demónio só nosso - que nos enfeitiça e queima a todo o momento - ensandecido nesse torpor que nos viu não só como amantes mas, como líderes e em possessão, de um ou mais espíritos que nos envolvem sem que haja cura específica ou um qualquer exorcismo que nos absolva. Ontem e hoje, esse fogo continua a queimar!

Estamos irremediavelmente ligados por uma missão ou existência kármica ainda não totalmente compreendida. Algo que possivelmente vem dos primórdios do nosso primeiro encontro ou, daquele tempo, em que eu não previra ainda que tu me serias uma bactéria fúngica, daquelas que jamais saem de nós convivendo até à morte.

E se tivesse previsto, ter-te-ia deixado?... Não sei. Aí está uma boa questão. Que raio de maniqueísmo absurdo este que me levou sempre a tentar equilibrar o bem e o mal, mais bem do que mal, julgava eu. Nesse tempo, era só o bem que prevalecia. Era o tempo das viagens à boleia (hoje, uma heresia!), era o tempo da apanha da maçã, do levar da uva (da vinha para a adega) e amassá-la com os pés. Era o tempo de se dançar sobre os telheiros e garagens dos amigos.

Era o tempo de se saltar a fogueira de Santo António, de se provar a água pé, mas também os outros licores ou bebidas ditas espirituosas que disso não tinham nada e nos faziam vomitar do caixão à cova. Era o tempo da inocência. Ou seja, foi aquele tempo em que éramos felizes e não sabíamos disso ou não queríamos saber... e do qual, anos mais tarde, disso nos arrependemos!...

E nesse tempo, tu eras perfeito. Como eu. Bonitos e tolos. De uma púbere fragilidade que fazia os cães rosnarem à nossa passagem, o que penso se dever ao intenso cheiro de «patchouli» que ambos em juvenil inanidade exibíamos como se tivéssemos encontrado o nosso shangri-lá provinciano, na baforada que ficava para trás.

Naquele tempo a aldeia era a nossa cidade, a de férias e a de toda a liberdade, ou quase toda. Não mais esqueci esses tempos em que te conheci de cabelo comprido e um ar de mete dó; e eu, de fita no cabelo como «a última dos Moicanos» e um olhar concupiscente que na altura nem sabia o que é que isso queria dizer, gravitando por entre os teus sonhos e os meus sonhos, por entre uma música que era só nossa e nós não sabíamos, de cabelos  e almas ao vento sobre a tua ilusão que se chamava vida, e a minha, que se chamava outra coisa qualquer. E, talvez por isso mesmo, sei agora o que é ou foi - isso, essa coisa - ou aquilo a que ainda alguns persistem em chamar de... Amor.

Meu Amor, não sei mais que te diga. Só sei que ainda sonho com o teu corpo, com a tua mania de me fazeres tua. Ainda quero e não quero. Sonho, mas digo que não porque tu dizes não e nada mais se nos abriga que não atafulhe mais esta briga de, ser e não ser, e tudo acabar em desatino e fim de vida.

Nem Saramago me entenderia, pois que mil nomes não chegariam para te dizer aquilo que te quero dizer. Nem Pessoa nem Camões o definiriam, pois que também não chegaram a concluir que raio de coisa é esta do Amor, por muito bem que o tivessem escrito e até sentido, digo eu.

E se há Amor, há dor, pois há. Sempre!Que dói. Ah, como dói!... E fere como um raio!. Tal ferida ardente, tal colhida de touro, tal alma arrancada pela boca, pelo peito, por onde tu quiseres que mais não é do que morrer-se em vida e tudo se esvair e contrair numa roldana medieval que nos traga, nos tortura e nos mata enfim. Não sei mais que te diga. Não sei mais que fazer ou pensar que nesta ilharga de vida deixei toda a minha à sua sorte, morrendo de fome e de briga, em escalpe e fadiga como num velho conto do Oeste perdido.

Não sei quando me perdi dos contos de fadas e de outras enseadas que me viam sorrir pelo sol que nascia e um outro que se punha só para te ter aqui, do meu lado. Do lado do meu ser, do meu corpo em chamas e depois em chagas que só tu fazias - não de um amor exausto - mas de um exaustivo amor que me cansaste no querer e no reverter para que tudo acabasse em breve.

E desses delírios já não lembro ou não quero lembrar, antes esquecer o teu corpo no meu, a tua alma na minha, e ambas numa só que dava gosto e não dó como depois ficou, sem ter ponta por onde se pegasse, se é que havia alguma ponta solta por onde pegar... e tu não ficaste e eu não te pedi para ficares. Foi assim. Até hoje.

                                                   - O Último Capítulo da Vida -

Passam os dias e as noites. Os sóis e as luas de um amor que já foi ou talvez nunca tenha sido, e tudo permanece enegrecido, ficando o negro compacto daquela realidade amorfa e sem brilho como as noites sem luar. Noites que as nuvens toldam em céu carregado de partículas de má vontade para com os humanos. Para com os amantes. Para com todos nós.

O Céu desaba e tudo enlameia. O céu grita-me que está perto o fim e eu não sei qual fim será. Se partir se ficar. Se esquecer e recuperar ou se engendrar esse outro estranho e ímpar começo que poderá muito bem ser um outro fim, talvez igual, talvez desigual, a este que já foi e eu ainda não estou em mim.

Só sei que enquanto houver céu, eu estarei lá, Meu Amor. À tua espera. Ah, como te odeio por me fazeres esperar!... Logo eu que não sei esperar, que não gosto de esperar por ninguém. Nem por ti. Mas sei que o tenho de fazer. Não sei se está escrito nas estrelas ou se o Universo conspira a nosso favor, pois que pelo contrário teve uma vida toda para te levar de mim e eu de ti.

E voltámos ao ponto de partida, àquele ponto em que tu e eu somos iguais. Ambos esperamos que um avance para outro recuar e vice-versa. Somos um caso perdido; até para o Universo. Mas sei que um dia, naquele dia em que tu avançares, eu estarei lá. Sim, até porque, enquanto houver céu, ele não me deixará desistir de ti... Não, enquanto ele me abraçar e disser que tu ainda esperas por mim...