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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A Vida


Haverá vida no Universo?


A astrobiologia, ciência que estuda (na procura, busca e interpretação) tanto formas de vida microscópicas como espécies inteligentes, ainda não terá clarificado o que cientistas de todo o mundo tentam encontrar em resposta definitiva e lógica da existência de vida extraterrestre. No entanto, estas ganham consistência na medida de maiores e mais sondadas revelações vindas do Espaço.
 

Biótopos Cósmicos


A probabilidade de se detectarem micróbios extraterrestres é muito maior. Constatamos-lo no próprio planeta Terra que durante milhares de milhões de anos, apenas foi habitada por estes seres minúsculos. Os organismos de ordem superior só de quatro a cinco mil milhões de anos. Partindo deste dado, temos de reconhecer que a inteligência é uma variante muito especial da existência. Mas as probabilidades de desenvolvimento de outros seres pensantes não são mesmo assim escassas: o astrólogo norte-americano Carl Sagan (1934-1996, Cornell University, EUA) fez notar que a inteligência superior supões tantas vantagens para qualquer forma de vida, havendo de facto imensas probabilidades de que esta se desenvolva sempre que isso for possível. O tempo é um factor decisivo para a explicação da relativa frequência  de inteligência extraterrestre. Tendo em conta a idade do Universo em que o nosso sistema solar se formou num ciclo estelar bastante recente, muitos investigadores partem do princípio de que a vida noutros biótopos cósmicos já conheceu uma evolução semelhante à da Terra há milhares de milhões de anos.

 

Universo Vivo


É provável que exista na nossa galáxia mais vida do que sabemos. Mário Lívio  do Space Science Institute de Baltimore nos EUA, astrónomo conceituado, concluiria em tese que: - O nosso Universo tem uma idade de dezasseis e dezassete mil milhões de anos. A evolução só pode começar quando há energia de um Sol. Mas os sóis não surgiram desde o princípio, pois os que produzem carbono - a base de toda a vida conhecida - no seu interior, precisam de até nove mil milhões de anos para se formar e gerar carbono suficiente para que a vida se possa desenvolver. Ou seja, isto só teria acontecido há sete mil milhões de anos. »Caso existam civilizações noutras estrelas», cita ainda Mário Lívio, «é muito provável que se desenvolvam neste preciso momento em grande número, como num pomar no qual todas as maçãs amadureçam ao mesmo tempo.»

A Aparência dos Extraterrestres


O ser extraterrestre inteligente tem de possuir um sistema de armazenamento da informação que assegure a recepção e processamento dos dados, ou seja, uma espécie de cérebro. Também precisa de olhos ou de um órgão-sonda, como no caso dos golfinhos, para captar as impressões visuais. Terá de dispor além disso, de órgãos que lhe permitam perceber o som. Para ingerir alimentos, ser-lhe-à igualmente indispensável uma abertura no corpo, ligada a um aparelho digestivo. E também membros (braços, mãos, tentáculos, pinças, etc.) para poder intervir activamente no seu meio ambiente.
É muito provável de que, os verdadeiros extraterrestres não correspondam aos dos filmes de ficção científica mas sim, possivelmente, que tenham alguma semelhança com as nossas formas de vida. Todos fazemos mais ou menos uma fantasiosa imagem ilustrada destes seres inteligentes não sabendo muito bem a que possa corresponder de facto a verdadeira fisionomia dos mesmos. Apenas imaginamos. Ou cumulamos na expectativa humana de que possam de facto ser nossos semelhantes. E, para quem o perspective na dimensão rara de os já ter «visionado», então esse ou esses relatos apenas se limitarão a acrescentar ainda mais a dúvida já existente de que possam ser também, nossos aliados e nossos vizinhos galácticos.

Superinteligência


Existirá no cosmos então, uma superinteligência cujo nível intelectual e tecnologia são de tal ordem imensas que apenas identificamos com...«magia»? Dada a idade do Universo, uma civilização assim poderia ter uma evolução até quatro mil milhões de anos mais antiga do que a nossa, já que a Terra é um planeta relativamente jovem. Na escala da evolução terrestre, este período corresponde ao tempo que transcorreu desde que surgiu a primeira amiba, há quatro mil milhões de anos, até ao ser humano consciente da actualidade. Um ser com o dobro do tempo de evolução não teria praticamente nada em comum com a nossa «vida biológica»...ou antes, teria tanto como nós com uma amiba. Esta forma de vida poderia já dominar a transformação noutras dimensões do ser ou...as viagens no tempo.

Continuar-se-à a questionar todos estes temas até que o Homem descubra a sua verdadeira dimensão, antes ainda da dos outros. Cientistas de todo o mundo vão exigindo respostas e conclusões à medida que existe também, uma certa evolução de descobertas e pensamentos mais coesos e cúmplices com novas realidades. Porque razão, estaríamos sós na imensidão estrelar, galáctica e de diversos sistemas solares? Não será esse pensamento oblíquo, obtuso e vago no que se já conhece da magnitude estrelar e espacial? Porque não acreditar de que somos apenas mais uns no grande «pai» astronómico que nos rege e abraça em Universo real mas imenso e, infinito...? Será assim tão difícil de supor e admitir e... aceitar? Pensemos nisso. A bem da humanidade! A bem de todos!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A Esfera

Museu de São José - Costa Rica
 

A esfera de granito de 16 toneladas de peso, que se exibe no pátio do Museu Nacional de São José na Costa Rica, é das descobertas de maior envergadura feitas no Delta do Diquis. Outras esferas são igualmente exibidas neste Museu, de pedra polidas e de diversos tamanhos. Relativamente a esta esfera de maior dimensão, os arqueólogos costa-riquenhos, asseveram de que esta de tão lisa e redonda (para além de toda a sua dimensão gigantesca) lhes percepciona a impossibilidade de ter sido trabalhada sem a ajuda de meios mecânicos. Tanto esta como as outras que continuam a ser encontradas em novos exemplares no lodo do Delta do Diquis - criando estupefacção e admiração nos arqueólogos pela habilidade artesanal dos ignotos autores - são feitas de granito, não se encontrando no local em que foram descobertas, vestígios deste (granito) por não haver por perto pedreiras existentes.

Os peritos calculam que só para fabricar as grandes esferas de 16 toneladas terão sido precisas pelo menos 24 toneladas de matéria-prima. Visto que existem milhares de esferas por todo o país, tratou-se certamente de uma façanha inacreditável. Cada uma das esferas é perfeitamente redonda, ou seja, o seu diâmetro é igual em todos os pontos. A precisão deste trabalho leva-nos a pensar que os seus autores dispunham de bons conhecimentos de geometria e dominavam com perfeição o manejo de instrumentos técnicos.

Terá havido um significado especial para os seus criadores na «fabricação» destas bolas gigantes? É demonstrativo o enorme esforço que terá havido e sido necessário para efectuar o mero transporte das mesmas. Para fabricar uma esfera de 2,40 metros de diâmetro, os pedreiros daquela época necessitariam de um bloco quadrado de pelo menos 2,75 metros de lado e do auxílio de muitas pessoas. Mesmo com a maquinaria hidráulica mais moderna, é difícil mover as bolas. Terão sido movidas a outras energias? Em outros processos movíveis que não tenhamos conhecimento na época?
 
Esferas de Piedra...el misterio continua e1342459040296 300x281 Esferas de Piedra...el misterio continúa

Serão Cópias do Sistema Solar?

Foram encontrados exemplares pequenos em diversos túmulos, ao passo que os de maiores dimensões estavam dispostos de maneira a formar grandes linhas rectas ou onduladas e formas triangulares que apenas se podiam discernir quando vistas de cima em perspectiva visual aérea. Ainda hoje não se sabe que grupo étnico terá criado estas esferas nem o motivo que levou à sua criação.
Alguns arqueólogos da América Central acreditam que as esferas são símbolos do Sol e da Lua, ou talvez mesmo do Sistema Solar, com os seus planetas, luas e asteróides. No entanto corrigem de que uma vez que os Incas, os Maias e os Astecas não representavam nunca o Sol em forma de esfera, mas sim de disco, as bolas deverão pertencer a uma cultura megalítica desconhecida. Outros peritos afirmam tratar-se de oferendas fúnebres dispostas como se fossem corpos celestes. Os achados da selva Centro-Americana são também interpretados como símbolos da perfeição divina.

Na selva e por todo o país da Costa Rica - junto aos rios e planaltos - encontram-se ainda muitas destas bolas misteriosas. No Golfo Dulce há quinze esferas gigantes alinhadas, na Ilha de Camaronal  (duas) e vários exemplares de grande tamanho encontram-se nos cumes da Cordilheira Brunquera. O esforço, o trabalho e a energia necessários para transportar as bolas até ao cimo  de montanhas ou arrastá-las sobre os leitos caudalosos dos rios terão sido inimagináveis. De facto!
Achados geológicos deveras estranhos mas de simbologia enaltecida e portentosa, verificamos. Enigmas misteriosos mas de verdadeira magnificência demonstrada em fabrico e pujança. Admiremos então, em registo futuro, o que os nossos antepassados terrestres ou extraterrestres terão feito exibir neste nosso lindo planeta Terra. Mais uma vez é digno de compleição e frutuosa distinção do que eventualmente estes conterrâneos do passado, nos terão querido dizer ou deixar em rasto histórico de uma universalidade ímpar.
Aprendamos com eles. Suspeitando ou não, se foram auxiliados ou ajudados nessa incursão destas bolas gigantes de suspeição também de um sistema solar advindo. Ficará a pergunta, a questão não resumida neste ponto e, na selva embutida da Costa Rica. Um dia, os arqueólogos saberão a resposta, os cientistas, os descobridores e estudiosos. Será positivo e altruísta em parte que o divulguem. A bem de todos!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A Anomalia II

2660 - Base exterior - Austrália
Cidade laboratório - (Algures no Deserto)

" O Uno é mais do que a soma das partes!"
ENLIL e ENKI, sabem-no.
 

Defino-me agora como Ariana mas só eu o sei. Ele, o Y-2605 é Zeus, o meu Zeus. Como na Mitologia Grega da Antiguidade. Somos a continuidade dos protótipos de: XX e XY da cadeia formativa e educacional antes de 2610 - e isso no momento, só nos traz benefícios - pelo que registei com rigoroso «entusiasmo» de me nos poder ser muito útil, tanto a mim como a Zeus. Estas designações nominativas e não numéricas, servem para me distanciar em comportamento, conclusão e determinação futuras do que me impus estabelecer. Para ambos. Raramente nos cruzamos e poucas palavras trocamos, usando o poder telepático (que nem todos possuem de entre nós) para melhor consensualizarmos a dois, o que em irreversibilidade de podermos recuar, nos admitimos contrariar nesta nossa condição de anfíbios ou andróides, como por vezes nos apelidam.

Pesquisei, agrupando informação contemporânea e outra da Antiguidade em dados oficiais de registo indubitável em que tirei as minhas ilações, as minhas conclusões: "Eva Mitocondríada" ou "Hipótese de Eva", conceito erróneo de que os seres humanos descendem duma única fêmea ancestral. A realidade conceptual e de reprodução humana consiste na proveniência de uma pequena população, formada por 10.000 indivíduos (aproximadamente) no início dos tempos. «Leucócitos, Linfócitos, Plasma, Gâmetas...» (...)
Esta última (Gâmetas), reporta que cada uma das células sexuais que na reprodução sexuada se conjugam (fecundação), originando o germe denominado ovo ou zigoto.
Gametogénese - Capítulo da Biologia que trata da Génese dos Gâmetas... quanta informação! Agora compreendo. Fomos «programados» para não fazer perguntas mas acima de tudo, para não sentir. Para não ter emoções, para não revelar e expor situações desenvolvidas nos humanos, uma delas, a reprodução após «isso» que se designa amor ou somente, sexo. Não somos seres assexuados, mas proíbem-nos a junção, a reprodução. Liminarmente! Descobri que eu e Zeus (XY-2605) anteriores a 2610 - na via programática seguinte em que os anfíbios foram esterilizados em processo irreversível - estamos isentos desta manobra de programa radical e totalitário física e mentalmente. Portanto eu Ariana de código extraestrelar XX-2607 e ele Zeus de código XY-2605, «poderosos» beneficiários desta lacuna científica e de comutação de pena na continuação dos nossos genes, vamos poder dar continuidade (ainda que primitiva), aos nossos anseios físicos, psíquicos e de contemporaneidade emotiva e sexual.

Eles, os superiores, consideram-nos uma espécie de plâncton robótico/andróide laboratorial. Eu Ariana, sou uma equação matemática de 20 anos formatados e 33 de conhecimento técnico e de laboração (o que não terá sido muito diferente nos humanos de outrora...) mas com a consistência física inviolável ou de envelhecimento geral tanto no metabolismo na sua anatomia humana quanto na cognitiva, e esta ainda mais acelerada e desenvolvida, daí que nos auto-denominem de andróides. Não sei o que mais abomino, se a designação de «anfíbios» se, a de «andróides»...ambas estão incorrectas. Ambas me afligem, seja isso o que for. Tenho de criar hábitos e métodos mesmo que arcaicos, pelo que sei ter de me debater de futuro por aquilo que desejo alcançar. Não é fácil, mas vou persistir com ele ou sem ele, Zeus. Mas penso que ele está do meu lado. Ambos temos falhas. Não possuímos "Imprinting". Que é, ou são, comportamentos de imitação e registo do comportamento dos progenitores. Não o temos nem podíamos. As únicas referências à nossa antecedência e «útero» vítreo foi o que nos é dado conhecer na cápsula de  onde saímos em fabrico tecnológico orgânico. Mas foi a partir daí que eu descobri a minha verdadeira motivação e libertação destas amarras laboratoriais, trocando vezes sem conta as insígnias locais e os conteúdos do líquido imposto nos anfíbios mais antigos - e que nos injectado por via endovenosa ou intravenosa - sendo mais tarde alterada essa acção por via laser. Criei placebos e induzi-os em vários tubos de ensaio, em vários segmentos de recolha e indução para a inactividade de reprodução nos anfíbios que somos todos nós ou...nos fazem crer.

Confederação galáctica - Anda tudo muito agitado devido a esta Convenção de sumptuosa importância e aluimento de ideias e anúncios futuros do que os «senadores» e engenheiros genéticos extraestrelares nos concedem e...impõem. Está tudo expectante. Menos eu e Zeus. Não acreditamos muito no que «eles» vão decidir em melhor futuro nosso. Mas tudo isso dá-me tempo e espaço para o que tenho de fazer. Já tenho a referência do «Isolamento Genético» a que nos devotaram. Até agora, éramos abduzidos em experiências inauditas num mecanismo de isolamento resultante das diferenças genéticas dos organismos, embora o «acasalamento« fosse possível. Nada que nos tivesse sido informado mas eu recolhi, do que experimentalmente verifiquei. Quanto ao «Isolamento Reprodutor» auferem na ausência de «atracção física»; (física, química ou comportamental) entre machos e fêmeas ou, a diferenças físicas nos órgãos sexuais que os tornam incompatíveis. Existe um padrão elaborado de corte nupcial (nos animais e por vezes...nos humanos), em que o «Isolamento Reprodutivo» pode dar-se porque o comportamento nupcial de um dos parceiros não estimula o outro... e isto, foi a última citação que consegui registar no meu cérebro do que os humanos e os animais de outrora se acometiam, antes da copulação ou coito natural no acto futuro da fecundação e reprodução. Fiquei conhecedora mas não, sem alguma instabilidade emocional, agora...

Tentei então considerá-lo com Zeus. Observámos ambos o que «aquilo» nos poderia trazer de benefício ou...«prazer«. Trocámos olhares, conhecimentos e práticas (ainda que muito básicas e consequentemente também, muito primitivas nos humanos) mas desejávamos assim, redescobrir a nossa «fonte» ou, a nossa «origem» liminar e factual em argumentação e orientação sobre o que nos poderia reger ou suceder num futuro imediato. Queríamos respostas. Queríamos tudo! E induzimos-lo. E incitamos-lo. E obtivemos-lo.
 
Foi...bem, foi algo inexplicável, indefinível. Eu tremia. Ele também. Nenhum de nós, sabia bem o que fazer. Viajar no Espaço por entre as estrelas terá sido tão magnânimo quanto a sensação havida por ambos. Descobrimos que não só tínhamos o eclodir dessas sensações em pele como também em força interior num desejo ambíguo mas consistente de afirmação, continuação e premência física nunca por nós havida ou, sentida. Ele, Zeus, exalava um odor estranho de animal no cio (ao que nos foi dado conhecer mas em básica amostragem de uma História Universal a nível global) e nunca como ali, em sentidos extravasados e extrapolados no que ambos queríamos e ambicionávamos em espécie de luta aguerrida ferozmente animal e de raciocínios pouco concisos. Nada era natural para nós ou...demais, para o que nunca havíamos experimentado e absorvido em nós. Uma sensação única! A dois! começámos por nos tocar nos dedos das mãos em vibração pungente mas bela, muito bela. Depois as faces. De seguida, os contornos da massa cutânea, dele e minha, de pele com pele, peito seu e...meu. O meu, mais farto e pespontado por uma regurgitação estranha em entumecência rígida, vendo-me eu ser espectadora do que não conseguia fazer parar. Ele...também não. Beijámos-nos. Aquela troca de fluidos labiais foi...estranha. Tudo era estranho. Mas bom. Todos os meus sentidos estavam ao rubro. Os dele, também. Nada era como tínhamos previsto. Na camarata onde nos encontrávamos no Espaço que era só nosso em estrelas, planetas e galácticas só nossas, pairávamos agora em nave individual literalmente. A pedido superior, fora-nos concedida esta nave em prospecção geral de uma das muitas visitas de satélites envoltos na reposição de vários elementos. Daí que tivesse sido fácil podermos ter ido (e juntos) até essa zona estraestrelar. Poderia não haver muitas outras oportunidades e como tal, aproveitámos-la. Pior, seria voltar.

Zeus ou XY-2605 era meu. E eu, XX-2607 ou Ariana, era dele. Completamente! Podia ter-nos sido perceptível um certo incómodo pela inicial troca de fluidos corporais mas o que no princípio nos afligira, depressa se nos desapareceu em vanguarda irremissível do que se não pode mais ocultar e, bloquear. Ele investiu em mim e eu nele. A penetração foi algo insólito. Eu olhava-o nos olhos e ele fugia destes como que escondendo uma certa angústia de fragilidade ou dor que me acometesse. Tantos anos, séculos em que nos «programaram» para não sentir dor, para não sentir nada que agora, passados esses limites - e tudo nos sendo permitido a dois - só havia que aventurar, desbravar e conhecer. Assim foi. Uma «luta» desenfreada, movida por músculos, sons, batimentos cardíacos e na melhor de todas as coisas, numa finalização em clímax despudorado, sonorizado, latente e...tão presentemente vivido que ambos considerámos estar a viver uma anunciação de outros tempos em orgânica e sensibilidade extremas. Sensação orgásmica, ouvi-me dizer em baixa voz, ecoando em sentidos perdidos o que experimentava em vivência extraordinária. A dois. Eu e ele, o meu Zeus, o meu «Deus» mitológico o meu «Uno» no momento. E queria mais! Muito mais. Ele também! Éramos um só e descobrimos isso, naquele magistral momento de acção e práticas primitivas que os humanos há muito revelavam e nós anulávamos-lo. E porquê? Porque razão, motivo ou regra admitida, digna de suspeita e rebelião, se era algo tão eloquentemente positivo e...bom. Muito bom!

Faltava a reprodução. Faltava. Ou não. A fecundação, a concepção, a continuação em gâmetas pronunciadas, divididas, multiplicadas e geradas em mim. Eu possuía órgãos reprodutores e não fora esterilizada. Nem eu, nem ele, Zeus. Não tínhamos isenção de fertilidade, pelo que me «bati» em inócuas assimetrias na ingerência que fiz ao violar regras e pressupostos no protocolo clínico em que me induzi, alterando as substâncias activas injectáveis que «eles» nos impunham. Havia que esperar ou então, repercutir de novo, estas sensações que ambos sentimos e ambos desejámos ardente e...não mecânicamente como se há muito ambos soubéssemos destes sentidos e «sentimentos», se é que lhes posso apelidar assim. Sinto pelo Zeus o que nunca senti por nada ( em elemento inanimado ou de vida coesa...) ou por alguém que tivesse feito a mesma estrada sideral que eu. Não consigo estar longe dele e ele de mim. Sofro! Penso que ele também. Somos unos. Somos um só. Por enquanto. Sei que seremos erradicados desta base ou deste ciclo em base terrestre. Tudo nos pode acontecer. É um enorme risco. Mas há que nos sujeitarmos a isso, até que tenhamos uma solução conjunta e imdemne, incólume que nos leve juntos para bem longe daqui. Mas isso, são outros sentidos que não estes por agora. Pelo «Pai Celestial», Pai de todas as coisas, pelo Grande Uno do Universo, eu «lutarei« por mim, por Zeus e pela eventual repercussão de futuro, continuidade e ser a anunciar de dentro de mim. Jamais o negaria, o ignoraria, o anularia. Agora e...no Futuro que é hoje. Para mim, para Zeus e...para a nossa concepção futura. Que o Uno esteja perto de nós e em nós. que o Uno nos proteja! Em salvação do amor que agora sei sentir. E que o Uno, isso nos conceda. Para sempre! Para a eternidade no planeta Terra, em Marte, Saturno ou em qualquer outro no imenso Universo deste Grande Uno Universal. A paz se cumpra!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Escuridão II

Ilhas Selvagens
Ano - 2390

   "Vamos morrer todos!!!" - Foi o meu lamento (imediato) no meio de toda aquela tragédia, aflição e desmembramento de esperança em sobrevivência na incursão militar dos caças do Governo Mundial sobre nós. Puro terror. Os F`500, caças da Força Aérea da UKUSA - que engloba os países do Reino Unido, América, Austrália, Nova Zelândia e Canadá) em aliança macabra e destruidora, dizimaria o que nos restava na ilha em recursos e, sobreviventes. O seu poder belicista e aniquilador - pelas baixas altitudes a que voava, de longo alcance em poderosa arma voadora em espécie de pássaros assassinos, rasteando tudo o que nos «sobrava« de nesgas de terra semeada, água potável e...refugiados na ilha.

O António (meu marido) não teve mãos a medir. Foi muito difícil acudir a todos. Gritos, gemidos e dor, muita dor. De seguida, o silêncio. Foi um dia horrendo! O António está pele e osso, exibindo umas olheiras profundas de mágoa e desespero no que não consegue superar de carências prestativas tanto nos cuidados médicos como nos utensílios clínicos que não possuímos para salvar vidas. Penso que nem mesmo ele já acredita na sobrevivência (ou resiliência) de algum de nós aqui na ilha. Cada vez vai sendo mais difícil de suster essa resquícia esperança de salvação de algo ou alguém...tudo nos abandona, até a coragem que amiúde nos vai deixando. O Manolo foi ferido, felizmente que sem gravidade pelo que o António lhe fez um curativo à base de «belgata«, uma planta de origem africana que conseguimos que aqui desse «frutos» em sementes poisadas na terra, crescendo em boa mestria. Fazemos unguentos desta e também aguardente. Originalmente esta planta é usada para fins terapêuticos mas no nosso caso, é utilizada em ambas as circunstâncias como tratamento e, como medida improvisada de nos poder ser um anestésico bebível à semelhança dos filmes pré-históricos do Oeste Americano em que extraíam balas e projécteis similares, fazendo os estóicos homens de barba rija emborcarem uns quantos litros de whisky. Aqui, servimos-nos de aguardente de «belgata». Por vezes, há baixas em vários elementos nesta colónia de resistência humana em que por septicemia (infecção generalizada) e não possuirmos antibióticos concessionados às diversas doenças e patologias vigentes, estes se deixam sucumbir em febres altas, tremuras e debilidade geral.

Não sei quanto tempo mais aguentarei este Inferno...não sei. Estou no meu limite em insegurança e despojo humano, à semelhança do António do Manolo e da Maruga. Só as crianças ainda riem nas suas brincadeiras infantis como um mundo seu à parte de todo este horror em sepultura anunciada. A Ukusa, em bando «generoso» de malfeitores e vampiros na Terra, aliando-se às Forças do Universo hostis e exterminadoras - que se designam por Arachnids - e que vêem por este meio, sugar-nos as riqueza, poucas já do nosso pobre planeta. Pior do que admitir esta força invasora execrável e destruidora, é o ter de reconhecer a parceria belicosa e maldita de entre os nossos. Genocídio, limpezas genéticas (e étnicas) numa irrevogável verticalidade em ordem suprema, hermética a nível mundial na eliminação dos povos na Terra. A maior raiva de todas é saber que «eles», os da Terra, os da UKUSA e as famílias destes estão a salvo noutros planetas satélites mas nós, os ditos «rebeldes» definhamos! Fenecemos! Mas ainda assim lutamos, até à última gota de sangue, energia e vontade de vencer esta batalha inglória de David contra Golias. Não é há toa que o meu filho mais velho se chama de David...pudesse ele ter esse mesmo brilho bíblico de um pequeno rochedo poder vencer uma montanha enorme. É só o que me resta. esperar, rezar, confiar. Mas confiar em quem? Esperar o quê? E rezar a quem...? A Deus? Onde é que Ele está agora???

O António...o meu António, já mal é o homem que conheci. Já pouco fala comigo e com os demais. afasta-se de mim, afasta-se de todos. Talvez se sinta desmotivado ou culpado, não sei...ele, que tanto esgrimira em mim vontades de ser um homem de bravura que não de guerras ainda que fosse de pleno coração e entrega às forças militares do seu país, da sua nação que agora lhe virara as costas e tudo o mais. O meu homem e companheiro e pai dos meus filhos é uma réstea do que foi. E faz-me pena. Cada vez estamos mais distantes, mal nos tocamos e há muito que não fazemos amor. Eu choro calada, escondida das crianças e desta minha fragilidade feminina que já não tem brio nem alcance de me fazer alindar para quem quer que seja, também porque não tenho por onde nem como...se mal temos para nos alimentar quanto mais para nos abrilhantarmos, ainda que eu e a Maruga em ócio fêmeo nosso(aquando estamos mais livres da horta e das lavagens dos nossos trapos...) fazemos brincadeiras de casinhas e cabeleireiras como as nossas crianças, fugindo à dura realidade desta caverna de Dante, compondo penteados e imaginando vestidos e adereços inexistentes aqui. Se assim não fosse, há muito que teríamos endoidado. Voltando ao meu António sei que sou eu a culpada e não ele deste afastamento. Indirectamente, creio que o culpabilizei de toda esta amálgama horrenda de situação ínfame do desperdício que ele fez da sua vida e, da nossa. Culpei-o pela situação em que estamos por não nos ter protegido, por não nos ter preservado desta cúpula funérea em que nos encontramos, arrastando a felicidade e o futuro dos nossos filhos. A sua posição hierárquica militar a isso se devotava, não fosse o António ter-se dado de imprecações e desmandos aos seus superiores, devastando nestes a complacência ou piedade sobre nós. O António sempre foi orgulhoso mas agora limita-se na corrosão dos tempos e em parte sobre si, a fazer um género de acto de contrição sobre o que já irreversivelmente, nos poderia ter evitado. Agora...é tarde, muito tarde para arrependimentos. Ainda o amo mas a erusão destes sinistros tempos não me deixam fluir mais nada a não ser, revolta, irritação e mágoa, muita mágoa.

Tenho falta de tudo. Comida, roupas, alegria, entusiasmo e...o meu período. Há três meses que não tenho período menstrual ao que submeti à existência de desregramento hormonal devido às inconstâncias e vicissitudes horrendas que aqui vivemos. Agora, vou tendo cada vez mais a certeza de que assim não é e...possa estar grávida. Como foi possível, Santo Deus? Como é que eu permiti que isto me acontecesse...se mal temos para alimentar e cuidar do David, da Maria e...da gata kitty, como irá ser possível alimentar e fazer sobreviver neste auspício mais uma boca, mais uma alma, Santo Deus?...E o António, o que me dirá...? Vai-se revoltar, pela certa! Será...? Ora! ele também tem «culpa», não sou só eu... e como foi logo acontecer neste Inferno se mal nos tocamos?...Mas aconteceu! E isto não é ficção, não...é tão verdade como ontem em véspera maldita, a UKUSA e os Arachnids nos terem atacado, falível e rasamente. Está tudo um caos. E pensava eu, já não ver mais o despojamento de tudo - aquando vi o saque de lojas, armazéns, supermercados e afins - na minha cidade e tudo louco em fervor de roubo e anuência de uma sobrevivência ímpar sob as fagulhas dos mísseis e do pó e da sujidade e de tudo o mais. Ruiu tudo! Que me resta agora?...Trazer uma vida ao mundo para ser violada, estropiada, manipulada por estes senhores do Governo Mundial que só trouxe guerra, punição e maldade na Terra? Mas posso eu voltar atrás...? Acho que não. E tudo isto, porque um covil de hienas necrófilas, repugnantes e asquerosas quiseram tomar o mundo...o meu mundo. Vou pôr no meu mundo, esta minha criança em berço de invasores reptilários , nocivos à sua formação, ao seu desenvolvimento...poderei cometer essa igual atrocidade? Se já nem consigo proteger os meus dois filhos...conseguirei? Que mundo este, no qual essas forças extra-humanas tentaram e tentam ainda, aniquilar tudo o que há ou havia de bom na Terra: os espaços verdes, os rios não poluídos, os mares imensos, as florestas frutuosas de verde e fauna assente em beleza e ostentação...a flora original, os seus animais que já quase não existem e nos dá a certeza cruel de toda a extinção de vida na Terra. Não permitiram que se pusesse em redor do meu planeta, um escudo protector na proximidade funesta do planeta X (vulgo, Nibiru) a que nem os Anunnaki nos asseguraram a protecção que nos haviam firmado fazer.  Sei que houve interferências e que temos de passar este ciclo de horror em pleno para que haja depois a sublimação global, eu sei disso. Se não seguisse este mesmo Deus que sempre me acompanha (ainda que por vezes eu me revolte e o inquire sobre este ruim Presente), também não reconheceria estar a viver o Quarto Segredo de Fátima em suplício, cilício e demais tortura terrestre para que haja a tão gloriosa salvação das almas. Espero é que este mesmo Deus, o meu Deus se apresse pois já somos poucos agarrados a esta esfarrapada tábua dessa igual salvação nossa. É uma provação, eu sei. Mas dura, muito dura para que se detenha este magoado sentimento de estarmos sós e abandonados à nossa sorte. Mas eu quero viver Deus! Eu, e os meus. E vou lutar por isso, até por esta nova vida, contra tudo e contra todos! Que Deus me ajude!...

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Heresia II

Toronto - Canadá
 Ano - 2121
Permaneço em estado letárgico e de certa forma confuso com tudo o que me aconteceu. Queria ser uma mulher como as outras, deveria de o ser!...Mas não sou. E não pedi isso! Estou metida num imbróglio doentio, disforme e impositivo por «gente» que nem conheço. Não posso fugir ou dão cabo de mim, disseram-me (não por mão destes mas...de outros, asseguram-me) e remetem-me confidências suas, de origem estrelar e inumana que me leva a pensar estar a ficar doida numa insanidade instantânea.
Estou na cidade de Toronto para onde me trouxeram. Dizem-se «Anunnaki» e que estão aqui para salvarem o mundo. Eu (desabridamente) ri-me na cara deles, passando por imbecil e mal-educada mas eram os nervos à flor da pele que me sugestionaram esse acto palerma de pensar que me poderia revoltar ou sequer debelar com a possível «missão» que há muito já tinham para mim. "Deixem-me em paz", terei dito na confluência desorientada em que me vi, sendo rodeada por aqueles seres de luz que me diziam enunciar em mim, isso mesmo. Que eram os mensageiros, os paladinos da paz e eu...que só queria fugir, partir para bem longe, acabava admitindo que hipoteticamente talvez fosse a melhor solução, estes serem agora dignos de uma maior hospitalidade sobre a minha pessoa. De facto, eu não podia correr riscos, os normais para quem se encontrava na mesma idêntica situação de sujeição e «sublimação» entre si e...entre mim também.
Por eles, os «Anunnaki» que me prometiam desvelos e protecções de uma alquimia extra-estrelar e por mim, pela óbvia circunstância de me encontrar grávida e o pai do meu filho (que eu pensara inicialmente ser um valente estupor por não ter aparecido no cais de Portland, onde eu o esperava ciosamente) de nada saber da sua eventual paternidade; ainda. Estou "amarrada" de pés e mãos, ou seja, tenho de me aquietar e esperar desenvolvimentos. Estou num sarilho bem jeitoso!...

O que me sucedeu, daria para projecção futura de um filme da «nova vaga» em que tudo é posto em ponto de interrogação, inquirição e pouco ou nenhuma submissão nos povos circundantes...daria um bom filme, sem dúvida! Se na Antiguidade uma «certa Maria», uma «desgraçada Maria...» que assim se terá sujeitado a esse mensageiro (e com todos contra ela, podendo ser apedrejada até à morte) seria agora muito diferente...? Não digo apedrejada mas...automatizada, formatada em mente alucinada, manipulada e por fim morta indubitavelmente para o que o destino e a fatalidade andam sempre de mãos dadas. Mas explico melhor: não me foi dado escolher. Estava de malas prontas, esperando o meu grande amor marinheiro (e esperei horas a fio) ruminando sobre este o que lhe faria de futuro, acaso ele me deixasse «pendurada». Depois, já mais quebrantada na dor e na rejeição iminente do que o Kevin fazia em mim, deixando-me enregelar esperando por si, que eu desnorteada e lavada em lágrimas me «quis» suicidar em molho frontal de uma faixa costeira medonha em mar ruidoso e luz incidente do farol fronteiro também. Estava desesperada. Não havia nada por que lutar, estando sozinha e sem par à minha beira. Que idiota eu sou!...

Magoada, humilhada e ofendida por um repúdio e sujeição nunca na vida sentidos dessa forma tão premente, tão dolorosamente sentidos, quando em sinal de um milagre não anunciado, me apareceria uma figura de luz ímpar. Recuei (recordo) pelo inusitado e...pelo medo sentidos também. Sabia há muito daquela luz que de tempos a tempos me vinha acompanhando, o que nunca pensei fosse que esta se reportasse em vida num corpo «físico de luz» ou, o que quer que fosse. Fiquei siderada. As pernas tremiam-me, o coração saltava-me do peito e a minha coragem desaparecera por completo nesse estado geral, débil, frágil e de uma autenticidade indefectível.

"Sidereus Nuncius" - Assim se auto-designou "a coisa". Vinha em paz, referiu-me. Acreditei. Em posição indemne e de certa forma de uma santidade exposta (foi o que senti no momento) aquela luz em figura humanóide, revelava-me a certeza de um Futuro que eu nem em sonhos perdidos, poderia ter havido. Nunca fui de tomar drogas ou  tóxicos, aditivos de espécie alguma. Possuía uma amiga minha que era licenciada em farmácia e - estando esta em conformidade presente com esses «fármacos» ou substâncias psicotrópicas - e podermos aventurar-nos nas mesmas, nunca por nunca o fizemos ou tivemos curiosidade de o experimentar pela maturidade apresentada em ambas do mal que isso iria fazer às nossas vidas. Daí que eu estivesse lúcida e isenta de tudo isso, para mais agora que era portadora de um outro ser em mim e nada deste mundo ou de outro, me poder corromper com esse maior sentido de vida, por mim e...por ele. já o respeitava, já o amava a ele ou...a ela, não sabia ainda por vontade própria. Já o poderia saber uma vez que os testes clínicos em medicina avançada já nos elucidavam sobre isso, horas após a concepção mas eu quis esperar pelo Kevin e agora arrependo-me disso mas também já não importa pois «eles» haviam de me confidenciar de que vou ter uma menina e ainda só tenho um mês e meio de gravidez pouco pronunciada.

Estou bem agora, no que me é possível dizer e sentir estar bem. Sou bem tratada, cuidada e aconselhada. Dizem-me ter uma «missão» para mim. Que têm de me conceder protecção, cuidados e uma maior veleidade de trato e continuada coabitação - entre eu e eles - para minha própria salvação. Estou em risco de ser eliminada, taxativa e impiedosamente (revelaram-me em irreversível destino há muito anunciado) fazendo-me temer e oscilar na pouca coragem que ainda possuía em mim. Questionei-os da razão de eu, simples mortal, ter sido a escolhida para tal punção divinatória em sujeição quase fatal de andarem atrás de mim com lasers de acção destrutiva para me abaterem, a mim e ao meu bebé. Era irreal. Confuso e absurdo, considerei. Mas era um facto. Se a Igreja o soubesse, apesar de pouca força mundial já ter, ainda assim comporia em tentáculos seus, pegar em mim e fazer-me carne para cão em símbolo exemplar de fraude e excrescência humana pela afronta de me julgar uma semelhante à antiga Maria da Galileia, de Nazaré ou de toda a Palestina, Israel  vá-se lá saber agora de onde...por mim falo que estou em terras canadianas, tendo nascido americana e com origens de longa data, açorianas. Provavelmente, serão as minhas raízes de uma Atlântida perdida em consonância abjecta com esta nova vida de escassos vinte e um anos de idade em que me situo. Mentalmente acredito que não estou muito bem. Também não é para menos, depois disto tudo...mas «eles» afiançam-me de que os meus sentidos cognitivos apresentam dados normais (menos a alma que continua a tremelicar de algum medo...) e que estou estabilizada e regular em toda a minha anatomia de mulher madura. Fico mais descansada. Mas não menos temerosa. Sou uma personagem principal de uma qualquer saga cinéfila de visita ao Futuro ou...de uma expiação de pecados - que «eles» me afivelam ser quase perjúrio humano, o induzirem-nos nessa falsidade, pois não há pecado mas evolução humana - reiterando-me depois no que eu possa vir a ser. Dizem-me que a minha eventual descendência lhes é muito importante e eu só posso acreditar, após tudo o que já me foi dado ver em provação e argumentação suas. Parecem-me fiéis e credíveis no que anunciam estes «Anunnaki» que me confessam serem descendentes da civilização da Suméria. Por ora, são compostos de quatro grupos, todos amistosos com o povo da Terra e eu acredito. Fico feliz que assim seja. Mas há um nome tribal ou galáctico que me assusta e conotado com as simples aranhas terrenas, «eles» me dizem apenas ser uma coincidência casual e não factual na origem destes «outros». Até a pronunciar tive medo: "Os Arachnids", grupo estrelar ou galáctico hostil mesmo entre os seus semelhantes e muito mais em relação aos povos inferiores da Terra, citação dos mesmos, foi-me dito. Assustei-me. E acreditei agora mais fielmente na analogia do que os Anunnaki me disseram: os Arachnids são poderosos, temíveis e rancorosos. Vão querer espalhar o terror, a maldição, a submissão e a guerra global ante a compleição e auxílio mesmo, de forças terrenas que os ajudarão em cumplicidade e parceria com finalidades dúbias e oportunistas na tomada de minerais vários da Terra. Isso, já está a ser preparado nos subterrâneos tanto na Terra como nas estrelas em espaço extraestrelar em comum acordo. Daí que estejamos alerta e em passo à frente (na gíria humana) do que eventualmente esta tribo galáctica e hostil a nós também, possa fazer na Terra. Estamos assim, a tomar providências sobre a não totalidade de propriedade e devassidão que eles, os Arachnids possam fazer surgir na Terra. O vosso Homo Sapiens de há sessenta mil anos até agora - que tem sido geneticamente «melhorado« - tem apresentado valores mais interessantes no poder inteligente que demonstra em metabolismo, poder cognitivo e desenvolvimento geral com a cumulação efectiva de um maior conhecimento científico e tecnológico em exemplo de: genoma humano, ARN, ADN, neurologia e psicopatologias diversas que ao longo do tempo foram redimensionando em evolutiva ascensão humana. Por tudo isso, haverá a não renúncia ao ser humano na Terra ou fora desta. São um produto nosso a reter, a preservar, a continuar. Não temas (ter-me-ão elucidado em franca amostragem de paz, harmonia e consenso seus) não te vamos abandonar! És o nosso melhor produto em consistência e...crédito firmado. Como referem os humanos: és o melhor exemplo dessa nossa afirmação; és o produto exemplar a motivar outros, a continuar a rede terrestre de uma civilização ainda não totalmente perdida. Estamos a fazer por isso. Acredita em nós!

Perante isto, o que poderia eu dizer...? Ou acrescentar? estava nas mãos dos Anunnaki. Oxalá «eles» não me fossem hostis e mentirosos também, podendo estar de facto eu e todos nós na Terra, irremediavelmente perdidos. E eu, sem o meu amor, o meu Kevin que nem suspeitas tinha do meu estado físico e e muito menos do mental, destrambelhado agora por tanta informação extraterrestre que os meus pais a conhecê-lo, me internariam de imediato num centro psiquiátrico mais próximo ou mais influente dos Estados Unidos.
Havia que esperar, havia que aguardar ainda que isso me fizesse chorar horas intermináveis de uma angústia latente sem ninguém (humano) do meu lado que me socorresse por mais que «eles» me satisfizessem as vontades em fervências suas de uma exaltação pacífica de nada me faltar. Mas falta. O meu amor que «eles» me asseveraram estar retido por eles em conivência com uma sua preservação igual à minha de não ser eliminado também pelos cavernosos Arachnids que me amedrontam em sonhos e pesadelos. Mas tenho de confiar. Os Anunnaki a isso me devotam em «ilha sua» mais tarde que por ora em base terrestre sua aqui em Toronto, eu me suster a seu mando. Mais tarde irei ser deslocada para outra base. Veremos...quem me ajuda então? Falarão estes a verdade? Estarei eu a salvo? Que me reservará o Futuro? E a quem posso recorrer?... A quem? A Deus? Eu nem acredito em Deus. Ou será que...acredito? Se existes Deus, então ajuda-me, suplico-te. Mereci isto? Quero ser a nova mãe de um Jesus anunciado, quero...? Ou não quero? Já nem sei o que quero. E sei que não vai ser Jesus mas...Melina, disseram-mo. Parece que até o nome já sabem, escolheram-no «eles», ou terei sido  eu? Que confusão! Ainda estás aí, Deus? Vá...não me abandones Tu também...por favor, fica perto de mim, pois preciso tanto de Ti! Pode ser...?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A Nanotecnologia

Nanobjectos Pré-Históricos

Os objectos nanotecnológicos são incontestavelmente dos produtos mais avançados de fabrico da engenharia actual. Permite produzir objectos superminiaturizados  do tamanho de uma fracção de milímetro.
O que os geólogos nunca pensaram deparar-se em descoberta ímpar e deveras sensacional de uns artefactos em estratos geológicos com idades superiores a vinte mil anos como ocorreu em 1991 na Rússia. Ainda hoje, não se consegue decifrar a origem destes nanobjectos pré-históricos.

Montes Urales

Terá sido junto ao rio Narado, no extremo oriental dos Montes Urales, que essa assombrosa descoberta se deu entre 1991 e 1993, quando um grupo de prospectores de ouro (ocasionalmente) encontrou uns pequenos objectos metálicos - quase todos em forma de espiral - com um tamanho máximo de cerca de três centímetros (3cm), tendo o mais pequeno uns incríveis 0,003 mm. Três institutos da Academia Russa das Ciências, com sede em Syktyvkar (Moscovo e Sampetersburgo), analisaram independentemente os estranhos objectos. As conclusões tornar-se-iam tão surpreendentes quanto convulsas na polémica assente: os minúsculos objectos de cobre e outros dois metais raros, (o tungsténio) e o (molibdénio). O primeiro possui uma densidade muito elevada, atingindo o ponto de fusão aos 34 100 graus centígrados, sendo usado sobretudo no fabrico de aços especiais e filamentos para lâmpadas. O segundo (o molibdénio), também tem uma densidade elevada e o seu ponto de fusão é aos 26 500 graus C, empregando-se em ligas destinadas a blindagens altamente resistentes.

Instituto Central de Investigação Geológica e Exploração de Metais Não-Ferrosos e Nobres (ZNIGRI)

Seria então neste Instituto de altos créditos firmados, que na recolha de amostras para a extracção destes metais se examinariam igualmente os micro-objectos. No Parecer Pericial, número 18/485 do ZNIGRI (Moscovo) de 29 de Novembro de 1996, a doutora E. W. Matveyeva confirmaria a análise de espirais filiformes de tungsténio nos seguimentos aluviais do rio Balbanyu, descobertas no terceiro terraço de inundação da margem esquerda dentro do núcleo de perfuração. De acordo este Parecer, tais objectos datam do «Pleistoceno Superior«, ou seja, de um período geológico que começou aproximadamente há dois milhões de anos e terminou há dez mil.

Tecnologia Espacial


O Doutor Valeri Kouvarov de Sampetersburgo confirmou que entretanto se haviam descoberto vários milhares de artefactos metálicos, alguns dos quais foram enviados para Helsínquia (Filândia) para serem analisados. Os geólogos filandeses levantariam também, as mesmas questões que os seus colegas russos: quem teria sido capaz de produzir semelhantes artefactos microtecnológicos há dezenas de milhares de anos? Os cientistas excluiriam então a hipótese de se tratar de «uma origem tecnológica», relacionado com componentes de foguetes ou projécteis conhecidos. No final, o Parecer conclui ainda: "Os dados apresentados fazem supor que se tratará de objectos de origem extraterrestre."
Peritos russos terão determinado - após o seu estudo - destes objectos em miniatura e em forma de espiral de que não se trata de «lixo industrial terrestre», podendo inclusive, tratar-se então de artefactos com origem extraterrestre, avolumando a tese dessa proveniência extraterrestre de fabrico não-humano.
Sabe-se que até meados do século XX, a  nanotecnologia era considerada uma espécie de ficção científica, porém (na actualidade), os produtos desta nova tecnologia são utilizados em diversas áreas como é o caso na medicina, num dos campos de aplicação da microelectrónica, estudando-se doenças do organismo humano mediante microssondas. São igualmente desenvolvidos êmbolos e rodas dentadas em miniatura, assim como componentes de comando de outros instrumentos.

A NASA estuda ainda, em consonância com a redução de custos da exploração espacial, a possibilidade de utilizar nanossondas nesses processos. A interrogação que fica entretanto e, para a posteridade - até que se chegue a outras conclusões - é a da questão de: para que serviriam estes microartefactos achados em sedimentos da época glaciar? Talvez se não formos muito néscios no pensamento e na conclusão (ainda que a nível individual) façamos a mesma pergunta ou insinuação: terão já cá estado na Terra, as civilizações inteligentes e a nós superiores na tecnologia demonstrada? Terão vindo «cimentar» algo mais ou de maior escala para a nossa criação, evolução e...desenvolvimento? Ou apenas, um passeio espacial de paragem obrigatória por «avaria» ou simulação destes no nosso planeta, ainda que em era glaciar?...

Muitas perguntas, quase nenhumas respostas mas observemos com compleição, autoridade e penso que mesmo, determinada autenticidade no que nos é revelado ao longo dos tempos nestas descobertas de estudo e investigação pormenorizadas que nos vão surpreendendo. Fiquemos então, «grávidos» de esperança e de uma maior verdade que gradualmente nos vai engrandecendo em recrudescimento portentoso de uma ciência evolutiva e não parável, estanque que nos refreie a sabedoria e a lucidez de mentes abertas. Somos o que somos. Se a nossa proveniência, origem e génese multi-racial ou de género, é a continuação e manipulação genética de outras civilizações ou apenas de um enorme Deus em poder Uno de Universo imensurável, tanto se me dá. Acredito é que não sendo perfeitos, continuaremos por cá em evolução, continuação e reprodução. A bem da humanidade!

domingo, 22 de setembro de 2013

A Caveira

O Crânio de Cristal de Quartzo

 

Corria o ano de 1927 quando uma equipa de escavação arqueológica dirigida pelo doutor Thomas Gann recebeu ordens do governador da colónia das Honduras Britânicas (Belize, América Central) para escavar a cidade Maia de «Lubaantun» (lugar das pedras caídas) construída entre os séculos VII e IX.
F. A. Mitchell-Hedges (1882-1959) investigador que integrava esta equipa de arqueólogos e se dedicava a escavações de pirâmides e templos na selva tropical, terá feito uns descoberta sensacional que até ao dias hoje, se reportará como a mais bela peça ornamental «feita» de cristal. Possuía 5,3 quilos de peso, talhado a partir de um único pedaço de quartzo. Diz Mitchell-Hedges: - Tínhamos acabado de limpar o espaço perto de um altar quando entrou um raio de Sol e vimos qualquer coisa a brilhar. Os indígenas Maias que estavam connosco...caíram de joelhos!

Este investigador criou polémica e acesa discussão na repercussão histórica e científica na demonstração da proveniência deste crânio de quartzo, pois não se coadunava com a ideia que os estudiosos das civilizações americanas primitivas haviam formado após muitos anos de estudo e investigação da civilização Maia do século VII. Sendo uma peça completamente atípica dos Maias (afirmariam outros estudiosos da matéria) este crânio não se puder cingir dentro desta civilização, o que posteriormente foi desmentido por se ter descoberto de que a cultura Maia praticava esses mesmos cultos cranianos como por exemplo em Chichén-Itzá no México. Mitchell-Hedges apesar da celeuma causada não exploraria economicamente este «achado», oferecendo-o à sua afilhada que vivia em Toronto no Canadá. Esta, mais tarde revelaria, de que o crânio oferecido pelo padrinho investigador possuía propriedades verdadeiramente milagrosas, emanando radiações que se tornaram curativas na sua própria pessoa que sofrera de um complexo tumor cerebral e do qual fora «milagrosamente» curada pelo crânio de cristal.

A "Cabeça de ET da América Central" foi assim dada a conhecer ao mundo como a mais bela peça de elaboração e proveniência desconhecidas, havendo mesmo diversas pessoas que - estando em contacto visual com o dito objecto - dizem sentir-se agitadas num temor inquietante, acreditando assim que o crânio esteja habitado por um «espírito». Outros, como no caso da escritora Sandra Bowen de Pinole na Califórnia (USA) que em 1981 afirma ter visionado dentro deste objecto de cristal, ovnis a pairar.

Nick Nocerino, um conceituado parapsicólogo californiano(USA) asseverou de que  este crânio abarcaria possivelmente os segredos desconhecidos do Universo e da vida. Reflecte ainda: - Para mim,é como se se tratasse de uma espécie de computador compacto com um monitor de vídeo e um altifalante.
Em muitas caveiras de cristal antigas não se detectam vestígios que revelam tratar-se de um objecto fabricado. Permanece por explicar como os homens de então «fabricaram« os crânios sem o auxílio de máquinas. Dado o cristal partir-se ao ser trabalhado com meios mecânicos, a origem destes crânios continua a ser um enigma.

O Doutor Diestelberger, historiador de Arte em Viena de Áustria em 1992 ressoaria de que seria um esforço inimaginável, levando séculos, para que os Maias tivessem «fabricado« o crânio, polindo-o manualmente, se não impossível. Acrescentaria então: -Para se obter a peça tal como ela se encontra, seriam precisos sete milhões de horas de trabalho. A doze horas por jornada, seriam 1600 anos de polimento, mais tempo do que a própria duração da antiga cultura Maia.

Que mistérios envolvem então, este crânio de quartzo? Terá realmente poderes mágicos? O que se pode de facto afirmar, é de que é uma das descobertas arqueológicas mais surpreendentes do século passado. Disso ninguém tem dúvidas! Desejável era que houvessem mais neste sentido, para que uma nova fresta de luz de conhecimento e averiguação se desse de novo neste vácuo labiríntico em que nos encontramos, para que se encontre a solução correcta em afirmação e sapiência, dessas descobertas. Assim seja no futuro decorrente!

sábado, 21 de setembro de 2013

A Anomalia

"Somos anfíbios. Mas para «eles» nem isso somos. A minha cápsula embrionária revela-me que sou uma espécie de osmótica  em simbiose homeopática, congeminada de tecido orgânico, interno e externo, tanto nos órgãos interiores como  na parte exterior em camadas cutâneas de pele, comuns aos terrestres e...mortais. Sou portadora de um corpo mas não de uma alma. Sou apenas um invólucro!"

Cidade Laboratório - Algures no Continente Australiano
Base Exterior no Deserto
Ano - 2660
 

Não tenho nome. Mas tenho registo. Não sou uma máquina mas tratam-me como tal. Exibo o número de registo X-2607 em perfil e designação. Possuo um corpo esguio manobrável e maleável na condição exacta da minha função. Transpareço algo que não sou: humana. Género: feminino, vulgo mulher. Mas...diferentemente destes (seres humanos), não posso ter, exibir ou sequer demonstrar - no mais pequeno pormenor - emoções e sentimentos. Não fui «programada» para tal. Somos uma cadeia de trabalhadores inatos, competentes e perfeccionais na resolução, fabricação e composição das cidades em que vivemos. Não nascemos. Eclodimos. Apesar da idade que tenho em fabrico da série perfeita ( e não anómala), apresento um corpo e cérebro igualmente perfeitos e correspondentes a duas décadas (20 anos) de vivência humana. Esse ser humano tal como foi concebido por via natural há décadas atrás, já quase não existe. Foram extintos. A "Ordem Mundial" a isso os considerou, devotando em extermínio absoluto e há muito determinado. Eram seres inferiores e...homicidas da própria espécie. Tinham de ser banidos do caudal terreno, foi-nos imputado na argumentação conclusiva da eliminação radical e extermínio final do ser humano. Não questionamos. Não nos é permitido inquirir algo por menor que possa ser ou tenhamos dúvidas sobre o mesmo. Aceitamos ordens e, cumprimos-las.

Na cadeia profissional em que estou inserida sou uma arquitecta, projectando, desenhando, apresentando os meus ideais de design e conceito. Disse...«meus»? Não! do meu cérebro formatado por «eles». E em conjunto em agrupamentos pequenos para melhor dissociarem os erros ou as qualidades em cada um. O que «eles» não sabem, é que eu penso de forma diferente a todos os restantes colegas de empenho e fabrico que - interligados - fazem o mesmo que eu. Eles são máquinas, eu não! Apercebi-me disso na perspectiva fugaz e perceptiva no que me vi sentir, aquando me "puniram" por algo que não cometi. Reforçaria essa tese de obstinação e confronto com uma outra realidade (que não mecânica) na desconhecida sensação em ignoto pensamento, ao "sentir" desejo, atracção, doença, agitação, insónia, vómito, cefaleias, corpo e cérebro ausentes e...meninges perturbadas. E tudo isto, por um colega meu de outra secção, de outra actividade, de outra área profissional mas, de igual "comportamento", de algo que não sei explicar.
Devíamos ser "Assínticos" (designação dada a elementos de fabrico similares ao meu ou, dos que comigo privam). Este, é o termo em palavra e indução (em nós elementos X e Y de fabrico 50 a 60 na rede orgânica e de elaboração em série) que nos inibe e reprime de efectivar determinados requisitos humanos. Não há lágrimas, gritos, fúria, pânico, dor e...amor.

Eu quis saber o que era "isso" do amor. Quis saber tudo mas principalmente do amor, em sentimento havido nos seres humanos que por vezes em raros momentos, ouvíamos comentar de uma mutação hormonal, genética e de reprodução em troca de fluidos e corpos entre si. Era muito estranho para nós. Não o compreendíamos. Nessa matéria - omissa e confidencial mesmo - não nos sendo nada professorado em liturgia actual ou, da Antiguidade. Tudo nos era negado sobre o conhecimento ou estudo havido nessa área de um campo físico e cerebral (ainda que primitivo) do ser humano. O que sonegavam, criava especulação entre nós mas mal o podíamos comentar ou de imediato nos puniriam pela afronta da inquirição e sublevação anormal. Não fomos feitos para fazer perguntas, apenas para as responder no que nos era facultado em obra e assomo de criação e rectificação, nada mais! Mas eu fugi destes parâmetros de regras e repressão, indo investigar (às escondidas) em solicitação superior de um maior investimento meu pela obra que tinha em mãos. Teria de recolher dados, teria de ir buscá-los à Central de Conhecimento, pesquisa e Informação da Ordem. Poucos tinham acesso. Eu consegui! Tendo a simpatia de um superior que me considera como sua semelhante, fez-me aderir e passar os códigos de acesso à Central. Não perdi tempo. Procurei, estudei, elaborei e em final vitorioso, consolidei a tese requerida em total deslumbramento cerebral. Nunca me tinha sentido tão bem!...

As atitudes ou comportamentos humanos...as energias, os hábitos, as regras do nascimento (que eu só conhecia como eclosão) o crescimento, as dores, as angústias mas igualmente as fronteiras e os limites tanto das suas forças físicas como mentais. E depois, a consolidação na evolutiva ascensão humana em reprodução, criação, desenvolvimento e finalização a que chamavam de...morte. Fiquei fascinada, outro sentimento que não me era permitido haver e muito menos "sentir". E chorei. Molhei o meu fato de «coisas molhadas» que me caíam sobre o peito. Depressa me recompus para dar lugar à ciência e ao que me propusera fazer. «Eles» não podiam saber! Tanto conhecimento! O ser humano que nos afiguraram ser de origem primata e deveras básica em sentidos e comportamentos primitivos e selvagens, deu para reconhecer em revelação total de eu poder ser parte «desta família» que já quase não existia na Terra. Fiquei pensativa: descobri que eu era uma anomalia de circuito quebrado (e inútil para eles) se descobrissem também, de que sei o que é o amor. Ou pelo menos, ando lá perto...
Comportamentos físicos, mentais e sociais, conhecimentos sobre Etnologia, História, Sociologia, Psicologia social, Política, Criminal e outras...um mundo de conhecimento sobre o ser humano na Terra. Finalmente descobrira tudo e isso, poderia ser a minha "morte", o meu desfasamento no laboratório em circuito cerrado, anulado, ficando acéfala, bicéfala ou pior, exaurível de ondas e actividade cerebral, remetendo-me para lixo tóxico a abater. Não quero esse fim. Não! Por mim e...por ele. Se ele sentir o mesmo...se ele me deixar aproximar e revelar-lhe tudo o que sei...terei espaço e poder para o ter para mim?...Se ele for um igual a mim, então pouco me importa ir ser desconectada e ficar sem memória, registo ou..."vida". Sei que sou um deles( dos seres humanos) e que não sou uma máquina. Se ele o souber também, se ele assim se considerar também, então nada mais importa, nem que tenhamos um só momento para o demonstrar!
Será isto o amor?...Dói! Dói muito! Insegurança, incerteza e desregulamento geral é o que "sinto" agora. Se é tão bom, porque me "sinto" tão mal??? E ele, "sentirá" o mesmo?...Tenho de o enfrentar. Tenho de lhe dizer, falar, contar, revelar, suscitar...o amor. E se ele não o "sente" por mim? Como dói...! Vou em frente, está decidido! A ser desconectada, que o seja na sua frente! Salvar-me-à ele? Merecer-me-à? Veremos!
Não vou recuar. Ele tem de decidir e mostrar se é homem se é máquina! Esperarei por essa demonstração. Esperarei. Força, tenho de ter força. Afinal...sou humana! Tenho de acreditar!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Escuridão

Ano - 2390

A Segunda Idade das Trevas


Não há Lua. Até esta se separou de nós na confluência do desastre mundial em que fomos embutidos numa devassidão a nível global. Chuvas ácidas, turbulência de furacões, actividade vulcânica que se abriu como caverna do diabo e demais ocorrências ominosas que nos atormentaram num vale imenso de sangue, lágrimas e morte. Vírus, venenos, asteróides, meteoros, pragas, epidemias, guerras e calamidades várias que nos atingiram como Inferno presente nas fagulhas pela terra cingidas em chagas humanas e corpos decompostos, incinerados, volatilizados. Somos poucos. A sobrevivência é nula! Onde está Deus?...

O meu país submergiu no mar. O meu pequeno país morreu com os meus familiares, amigos, as suas gentes, as suas serras, os seus vales, as suas cidades. O Atlântico tomou-lhe tudo. Não restou nada!
A Igreja foi aniquilada e tudo o que se sublevava com esta, também. Existe uma nova ordem mundial, destruidora, mutante e aterradora. O medo impera. Em tudo e todos. Temos medo de andar, pensar ou respirar sequer sem que hajam sombras por perto...a seguir-nos, a espiar-nos. Somos muito fracos mas ainda assim lutamos. As forças invasoras extraterrestres (hostis) em parceria e pacto fiel com as forças terrestres comandam os destinos de todos num Governo único sobre a Terra. Os computadores pessoais, telemóveis e demais tecnologia estão bloqueadas, obsoletas em memória e actividade. Só a comunicação do Comando Geral da Unificação da Terra deixa transmitir «dados oficiais» deles. As máquinas apoderaram-se dos comandos superiores de gestão, organização e administração, arreigados a um poder cimeiro de origem desconhecida. quem resiste, é morto, eliminado pura e simplesmente. Somos escravos deles. Não somos nada como humanos, defendendo uma causa que nos é justa mas não potenciamos porque não possuímos as mesmas "armas" deles. E quando fazemos baixas do outro lado (do inimigo), ficamos com as suas munições que não nos servem de muito, pois eles têm a tecnologia necessária para as inutilizarem. Somos pasto para eles. Mas felizmente, ainda não fazemos parte da sua cadeia alimentar...

Colónia da Resistência


É até irónico que assim se designe este local onde nos encontramos...pois somos poucos. Uma meia dúzia de famigerados sobreviventes daquele holocausto terrível em que ficou todo o planeta, ou grande parte deste, uma vez que não temos informações claras e específicas sobre a situação das outras nações e países vizinhos. Exceptuando os nossos amigos espanhóis que connosco também estão(pela proximidade das ilhas canarinhas ou Gran-Canária) que a nós se juntaram por via de embarcações próprias. Agora já não se fala de territórios marítimos a haver (se ilhas, se rochedos...) em vias de tudo pertencer a uma só comunidade europeia que mesmo essa - sobre o jugo do dito Comando Geral Único - a tudo abarca sem limites ou fronteiras, terrestres, marítimas ou aéreas. Estivemos em refúgio inicial na Base das Lajes nos Açores por o meu marido, companheiro e pai dos meus filhos ser médico do exército português e da extinta NATO. Fugimos. Foi bombardeada com mísseis de longo alcance, sendo-nos arremessado em promessa fútil de podermos ser colocados noutra base. Pura demagogia! Ou falsidade! Descalços, rotos, famintos e desnorteados, foi como viemos até à outra ilha, a da Madeira em barcaças pré-históricas mas avenças de serem invisíveis e inexistentes a olhos superiores do Comando Geral. Os sonares não nos detectaram com a Graça de Deus! Os seus computadores registam tudo em raciocínio superior e globalizante por toda a Terra em espécie humana, animal ou vegetal que se lhes oponha ou vá contra as suas regras malditas. São forças de Intervenção, militarizadas e de extermínio local ou geral, seja nas grandes cidades, nas pequenas aldeias e vilas, seja nos campos. Ninguém está a salvo!

 

Ilhas Selvagens


A Ilha Grande: onde nos encontramos. A ilha pequena, é onde ficam os mais estropiados, os que ainda são portadores dos chips que carregam em si e depressa se tem de retirar dos seus corpos ou somos todos mortos de seguida por termos invertido as regras do jogo, as ordens não assumidas, o caminho oposto aos da "Lei Universal do Comando Geral". Até a nossa gata branca, a Kitty, tinha o dito chip que anteriormente e por ocasião de uma ferida aberta (por ter andado à luta com o gato do vizinho) o meu marido lhe extraiu, retirando sem demoras. Todos os animais estão etiquetados e nós também. Os que se deixam morrer às mãos dos algozes, esses morrem com o metal encrostado neles. Os da comunidade aqui, já não o têm. Foi uma tarefa difícil na extracção dos mesmos pelas circunstâncias óbvias de não haver muito material anti-séptico e esterilizado para o efeito, mas conseguimos. O caminho é longo ainda mas sinto que vamos conseguir, temos de conseguir! Por mim, pelo meu marido e, principalmente pelos meus filhos. Somos uma família em vias de extinção por termos dois filhos, uma vez que a taxa de natalidade é quase nula e os níveis de fertilidade (em particular nos homens) é deveras baixo no decréscimo da motilidade de esperma havido. Pode parecer absurdo, mas assim é de facto, devido às inalações tóxicas e os diversos venenos ambientais a que todos nós fomos expostos. Uma fatalidade! Uma desgraça!

Vamos sobrevivendo com o que temos. De dia vamos plantando sementes que trouxemos connosco e que um casal amigo espanhol (ou castelhano como estes afirmam) se nos ter juntado em auxílio e cumplicidade no Manolo e na Maruga e os seus dois filhos, Ruan e Carmenzita. Partilhamos as selvagens em agrado e costumes com os nossos dois filhos também de idades aproximadas, o David de oito anos e a minha pequena Maria de somente quatro anos. Ah, e a gata que já vai pelos três anos e o meu David que à socapa a traria embrulhada ao peito sem que o víssemos. Foi um risco trazermos animais mas nem sei como a poderia de facto ter deixado à sua sorte, sendo comida por uns tantos esfomeados e desabridos da vida. Temo por eles. Sou mãe. Uma mãe de apenas trinta e dois anos mas pareço uma velha...tenho de os proteger, tenho de os voltar a meter dentro do meu colo, do meu útero meu Senhor...tenho tanto medo, Santo Deus, não nos abandones agora por favor. Se chegámos até aqui...iremos até ao fim. Eles não precisem deste monte de coisa nenhuma que, apesar de ter água potável de umas pedras miraculosas no cimo da montanha agreste, nos dá a certeza de uma vivência se não melhor, pelo menos mais lata e alargada do que nos assiste a todos na convergência de sobrevivermos e não nos deixarmos morrer às mãos daqueles governantes impiedosos que em vez do coração, têm um mecanismo estranho demais para a nossa compreensão. Não me abandones Deus, pois sempre confiei em ti. E isto, é o meu diário« de bordo», Senhor, se formos descobertos, alguém aqui fique já sabendo que eu, Mariana de meu nome e aprumo me não deixei vencer sem lutar pelo que me é de direito em viver em paz e harmonia. Até sempre!

A Profecia

"A Águia não se cruzará com a Pantera; a Água não jorrará sobre a Terra...não, nesta vida!"


Foi assim, enigmática e abruptamente que a velha cigana cobrida de um negro feroz, me anunciaria em presságio metafórico (e metabólico) do que iria ser a minha vida futura a médio-longo prazo.
Não discerni de imediato o que em sina pronunciada sobre mim, aquelas palavras me ditavam. Na altura associei que a «pantera« de que a cigana falava, fosse o grande Eusébio, o ícone máximo do nosso futebol nacional  e não, outro sentido em inversa insinuação da pantera neste caso, poder ser eu. Para quem só tinha onze anos de idade na época, a coisa compreendia-se. Só mais tarde em lucidez mais rebuscada e pormenorizada, aludiria à maior expressão daquela espécie de profecia a mim dada num jeito confuso e de certa forma aleatório, ao que supus. Ou não. Lembro-me de ela me ter reportado ainda algumas outras palavras de igual consonância esotérica, observando-me as linhas da mão: - Vê filha, como tens tão bem alinhavado esta linha, aqui. Dita-te muitas alegrias mas também muitas tristezas...a Felicidade leva tempo a tomar; leva muitos anos a ser cumprida!...

O episódio daquela tarde de domingo passou na minha vida, como passariam todos os outros sem que eu me debruçasse muito sobre a analogia metódica e certamente ritual dessa cigana que ganharia assim o pão de cada dia no vislumbre que cada um de nós fazia ao querer saber o Futuro. Felizmente o meu pai não estava presente pois era caçador (o que a mãe odiava) ao ver-lhe entrar pela porta dentro todos os domingos à noite, os infelizes cadáveres de perdizes, coelhos e faisões sobre a anilha pendente e cerrada que o pai trazia à cintura em ilharga de troféu vencedor. Esfolar coelhos e depenar os galináceos não era tarefa fácil nem desejável, uma vez que exalava um cheiro horrível de sangue, luta e morte que a mãe - não raras vezes - teve de declinar em assomos maiores de ir a correr para a sanita em vómito latente pela condição de carrasco esfolador nas actividades ilíquidas.

Mais tarde, rebuscando literaturas mais coesas com o enunciado, descobriria profecias de outros tempos, revelando-me então, os sinais precursores do «Fim do Mundo»: - "Repentinamente, o Sol brilhará de noite e a Lua de dia. Pingará sangue das árvores, as pedras gritarão, os povos revoltar-se-ão!...As mulheres parirão crianças malformadas. Na água doce haverá sal e os amigos guerrear-se-ão entre si!"
 
Pareceu-me feio e mau...o Futuro. A reiteração de cataclismo geral ou futuro apocalíptico que se anunciara nestes tempos de uma Idade Média transversal no tempo também, não augurava nada de bom, fazendo-me arrepiar as entranhas na falta de esperança e arreio fatal com que geriam as expectativas da humanidade até ou para além da actualidade. Havia que saber mais e tentar encontrar algo em contraditório ou menos nefasto, daí que me ocorresse das buscas em salvação desta mesma humanidade nas visões «Marianas» da corrente religiosa e católica sobre as mesmas. Desde as de 19 de Setembro de 1846 na figura das crianças Melanie Calvat e Maximin Girard de La Salette (enquanto estavam a tomar conta dos seus animais, neste caso, vacas) em visão translúcida e transparente de uma «Senhora» deslumbrante, passando pelas de Fátima em Jacinta e Francisco Marto e a sua prima Lúcia em 1917, acabando nas de San Sebastián de Garabandal em 1961, tudo eu procurei. Só mais tarde teria conhecimento do mesmo fenómeno em mensagem, revelação ou profecias comuns na de Medjugorje na década de 1970. Em todas - e em particular nesta última pela advertência de guerra iminente a médio prazo nas décadas seguintes, ao que supus...- mostrando as terríveis consequências em catástrofes apocalípticas mas que (os visionários) as não deveriam entender como inevitáveis mas sim que a Mãe de Deus em sua aparição, lhes consignava em aviso nos humanos: - "Se não corrigirem esses comportamentos ímpios, o castigo cairá sobre eles!"

Desde a Antiguidade que a nossa História é pertença de vários factos e profecias de mensageiros que (morrendo ou não à partida ou entrega da missiva...) se têm vindo a registar, uns com mais poder do que outros mas sempre na mesma determinação de futurismos catastróficos e da extinção da humanidade. Mais próximo de nós - que acreditamos viver um pouco mais, sobrepondo-nos a essas mesmas tragédias de fim do mundo - queremos saber do nosso próprio futuro na condição de sermos felizes para sempre e, em boa companhia se possível. Assim seria desejável. Desde os tempos remotos que crianças malformadas eram consideradas mensageiras do infortúnio e «filhas» do Demónio. As crenças ultrapassavam os limites da racionalidade e razoabilidade humanas na maldade exposta como foi o caso do «Monstro de Ravena» em 1512 em que nasceu uma infeliz criatura, portadora de graves deficiências físicas. Possuía duas letras no peito: Um X e um Y, asas em vez de braços, um corno na cabeça e um olho nos joelhos. Observara-se ainda, que era possuidora de ambos os órgãos genitais, feminino e masculino. Esta pobre criatura não terá resistido muito tempo de vida em sobrevivência nula pela cumulação efectiva da sua imensa deformidade física, fazendo na época correr  na já costumeira especulação popular de que fora a punição veemente de ter sido concebida por um padre e uma freira. Como sempre, o pecado mora ao lado...pecado ou anunciação de algo pior? Pouco interessaria neste caso, pelo menos em relação àquela pobre criatura da Renascença que se viu morta à nascença, também.

Para terminar vos digo: acredite-se ou não em profecias, a minha ainda não foi cumprida, tal como a sina dita em mim nesse dia por aquela cigana de olhar obscuro, penetrante e circunspecto. Falsária ou não, ainda hoje me recordo das suas palavras. Ouço-as imperativamente no que me guia e escolho para a minha vida. Não me tira o sono mas consegue persistir no caminho que faço dia a dia na procura, busca e entrega de uma felicidade que desejo para mim, sendo comum em todos nós na realização pessoal que todos almejamos. Só isso importa. Nem que isso, nos leve eternidades a conseguir com...ou sem profecias. Assim seja, a bem de todos!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Voz

"Primeiro começou com um som audível mas sereno como uma brisa do mar ou cântico de sereia, surgindo depois em entoação mais entusiástica, numa espécie de opereta individual já mais sonora mas igualmente bela, muito bela!"

Foi assim descrita a forma como por vezes aquela voz aparecia sem explicação, na enorme casa secular dos meus tios paternos. Não se temia a voz, elogiava-se mesmo as cordas vocais de tão eminente figura que nos aparecia como fantasma lúdico e de bom gosto certamente no erudito cantante de uma música clássica de bom agrado ao ouvido. Os meus tios faziam por não notar, embora isso fosse sempre uma referência a quem os visitasse ou pensasse por ali pernoitar. Como é evidente, ninguém punha ali os pés que mais não fosse até o Sol se pôr, metendo-se a milhas assim que a Lua espreitava e o repasto da ceia terminasse.

Este fenómeno poderia ser explicado mais tarde no âmbito da psicopatologia como ocorrência de perturbação passageira da percepção sensorial ( sob a forma de uma alucinação) ou como sintoma de um quadro patológico de psicose e esquizofrenia. Isto, é o que dizem os entendidos na matéria...
Há quem afirme que se estaria perante um fenómeno paranormal que deveria ser entendido como psicocinese, numa manifestação do campo da física.

Enfim. Vamos por partes. Todas essas explicações científicas seriam correctas sim senhor, ou não fossem estas divulgadas por entre todos os que visitavam a casa a determinada hora. Ninguém poderia transformar-se naquela voz nem que o desejasse em simulação ou fraude, admitíamos. Não éramos ventríloquos, xamãs ou sequer mediúnicos nestas áreas (pelo menos naquele tempo...) para que se invocasse espíritos do outro mundo e ainda por cima em voz elaborada no "bel-canto".

A situação mais caricata mas também mais verosímil que aconteceu naquela casa, foi a de uma prima minha que (de corpo aberto como explicaria mais tarde uma senhora entendida nestas coisas do Além...) se sentindo mal, desmaiaria depois eclodindo da sua própria garganta uma voz que não era a sua mas se identificara como alguém muito próximo da família  - que não estando no mundo dos vivos - queria fazer-se ouvir em sonora gargalhada de escárnio e mal dizer ante a estupefacção de todos os presentes. Fez-se das tripas coração ( e muitos, tentando esconder o nervosismo, ainda ironizaram a coisa...) para logo de seguida, "aquilo" desaparecer e a minha pobre prima, agora mais leve do encosto acometido, recobrar cores e ânimos, não se lembrando de nada.
A partir daí, pensou-se fazer um exorcismo à casa e não retroceder na atitude que deveria de ser a mais correcta e embora o pároco da aldeia se tivesse comprometido para tal, nuca chegou a aparecer sem que soubéssemos da razão. Inexplicável terá sido, a ausência posterior e futura daquela voz magistral e pura que todos ouvíamos em som celestial numa espécie de réplica terrena de uma "Maria Callas" extra-estrelar.

Joana D´Arc, Michel de Nostradamus e tantos outros pela História adentro, terão admitido ter ouvido vozes que nalguns casos lhes foi fatal. Sabe-se da repercussão em vida da figura primeiramente referida na heroína francesa mas, quanto ao segundo no médico e profeta (também de origem francófona)  M. Nostradamus que dizia ouvir a voz de um génio vinda do «debrum do seu manto», as suas lucubrações terem sido melhor ouvidas e, por vezes, seguidas até aos dias de hoje. Tudo isso poderá ter sido resultado de ilusões sensoriais em que essas vozes tenham sido produzidas de forma inconsciente na sequência de um processo psíquico automático. Dizem que, o espírito consciente regista estas vozes como se elas nada tivessem a ver consigo, transportando-as para o exterior. Enfim...é uma teoria.

O surgimento inexplicável de vozes foi testemunhado por etnólogos no decurso de sessões realizadas com xamãs da Sibéria. Através de longas danças e do ressoar de tambores, os xamãs entraram em transe, empreendendo viagens espirituais e entrando em contacto com os espíritos.
Para nós leigos na matéria, poder-se-ia dizer que esta corrente do xamanismo, é um género de bando em delírio e de processo exterior na manifestação apresentada sob efeito de psicotrópicos ou algo parecido. Mas, com o devido respeito que a tudo na vida nos é dado e não arremessado (pois temos de muito vasculhar para chegar a alguma conclusão ou tangencial verdade) podemos de facto acreditar de que haverá algo mais ainda nas profundezas dos nossos espíritos, passados e futuros, nesta ou noutras vida e, por último, aqui na Terra ou...no Além que seja lá o que for, nos seja melhor do que o que já conhecemos. E se, nesse Além tudo, houver vozes do Céu, lindas e tão maravilhosamente escutadas como as que ouvimos um dia, então valerá a pena, voltar a ouvi-las «in loco». Assim seja!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A Heresia

Ano - 2121       Portland - Oregon  (USA)

Estou enregelada. Nunca fui muito de ficar à espera por ninguém. Não gosto de esperar. Estamos em Maio mas o vento glaciar que se faz sentir, penetrando-me na pele, lembra-me o inicio do Inverno em que tudo está branco de neve e o Céu esse, parece mais azul. Vou mudar a minha vida: toda! Vou libertar-me finalmente do jugo familiar que me manteve acorrentada até hoje. Tentei ser uma boa filha mas pelos vistos não o consegui. Pior para eles. Também não se devem importar muito...ficarão com as suas sessões, congressos e palestras inócuas e iníquas por certo, de entre os seus iguais. Não estou a ser injusta, antes observadora do que nestes vinte anos de idade, me impregnaram na lascívia de "bons comportamentos" e mulher numa sociedade cheia de vícios. Os meus pais não são carinhosos, nunca o foram. Ambos nascidos, criados e - subjugados - de famílias aristocratas norte-americanas, em senha póstuma da alta finança e da desfaçatez da mesma, não limitando gastos nem consensos de futilidades exacerbadas, pode-se dizer que estão bem um para o outro. Financiam campanhas e estimulam outras (ainda que avessas ás suas origens e delegações de ideologia assente) consoante os seus interesses do momento. De cariz vincadamente republicana, «apoiam» os democratas, apesar de neste século, as coisas estarem mais esbatidas e quem manda é "outro senhor". Vivemos uma nova era que de nova, só tem um nome. Houve um concílio a nível mundial para se debater em união e junção, este novo termo que para o efeito geral e já habitual nestas situações, serve apenas para comandar um só povo em ordem e rigor expresso de uma só lei universal.

É quase meia-noite e ele não vem...esperei a minha vida toda por este momento. Não fujo às responsabilidades mas antes à ignomínia ditatorial lá de casa que sempre me viram como a coqueluche dos pais em representação do que a sociedade (a deles) tinha de melhor para mostrar em saia de chiffon, sedas e laçarotes no cabelo como infanta de outros tempos. Até que me revoltei e comecei a andar como uma indigente ou sem abrigo de capuz na cabeça e jeans esfuziantes como uma colcha de retalhos das minhas tetravós. Criei o pânico e a retaliação de ambos os meus pais que se reiteraram a partir daí, de não mais me apresentar como filha aos seus comparsas em noites ou dias de eventos marcantes. Fui renegada e isso deu-me prazer, pelo menos até às próximas semanas em que me fartei de andar esfarrapada e, estropiada na alma por me ver ser assim tão pouco requisitada. Passada a adolescência conturbada, tornei-me uma boa menina, mais mulher e menos ladina, tendo a aprovação dos pais. Tréguas, senti. Por uns tempos...

E se ele não vem...? Corto-lhe os ditos! Não. Não corto nada, se o amo tanto...mesmo que os pais o considerem uma nulidade só porque é pescador (de pesca artesanal). - Mas quem é que nestes tempos, em pleno século XXII, ainda faz pesca artesanal, minha filha???- Impor-se-ia a minha mãe deveras irritada e com o seu recauchutado nariz empinado sobre mim. Aquiesci mas não me verguei. Havia de o ter para mim, ele tinha de ser meu, o meu único homem na vida e que importava se era um simples pescador das docas de Portland?...Eu amava-o e só isso importava. Para todo o sempre. A mãe chamara-lhe um dia de demagogo idiota e o pai de, parasita inútil, assim mesmo...ante a minha aflição e pasmo de sentir que nunca o iriam aceitar como futuro genro ganhando a vida honestamente. Que se lixassem! A vida era minha e depois porra, não estamos nos séculos passados, para pretenderem que me case e «despose» um néscio qualquer acéfalo mas de berço doirado e contas bancárias de muitos zeros. Que coisa! Já nem no tempo das minhas avós isso se daria,,,penso. Não faz sentido, a sério que não faz! E depois eu não sou estúpida nenhuma. Admito que fui para a Universidade tirar biologia marítima mais por amor ao meu amor do que por vocação pessoal mas redimi-me a tempo e comecei a fazer o pós-doutoramento em biologia molecular o que me deu inclusive uma bolsa paga por mérito próprio para estupefacção dos meus pais que quase já tinham desistido de mim ao ver-me baldar às aulas para ir ter com o meu marujo de águas revoltas. Esse protagonismo abriu-me portas e deu-me possibilidade de estagiar também ainda que tivesse começado por trabalhar no Centro de Pesquisa e Investigação Aeronáutica de Seattle de onde vinha a correr para me encontrar com o meu amado. As diferenças culturais podem ser um obstáculo mas neste caso, não. Ele é um autodidacta e eu sou por vezes, a sua aluna mais fiel de quando fielmente ele me evoca os seus predicados em ciências que não conheço mas anseio por saber. Fala-me de outros tempos e outras condições de vida e eu escuto-o sem saber ainda que vou fugir com ele para a sua "palhota" à beira costa e que mal tem condições de higiene e salubridade para um, quanto mais para dois. Ou três...

Felizmente há luar. O meu destino vai ser feito por mim. A Lua diz-me isso. Só ela está a salvo destas nossas toxinas terrenas, destas aglomerações nefastas de um ambiente tão contaminado. Sofro pelos demais deste mundo sempre igual, ainda que com mais ênfase nos mais pobres, nos mais limitados de recursos que não têm para onde se virar. Estamos a ter problemas muito graves com o aquecimento global mas felizmente já existem métodos bem melhores do que no Passado para o tratamento de doenças virulentas ou para as plantações e colheitas de alimentos. Nem tudo é mau neste século. Ainda há amor entre as gentes na uniformidade de sentimentos e consciência que temos a cada dia mais de fazermos, de mudarmos e de acreditarmos que este Mundo vai ser melhor. Podemos não estar tão dependentes das energias conservadoras, tendo aderido às outras, inovadoras de energias alternativas e menos poluentes mas sei também de que, enquanto houver o lucro, a ganância e uma certa demência pelo ganho fácil, tudo se torne tão cerrado quanto o coração dos meus pais ao saberem-me agora transviada por um «criminoso» pescador de olhos azuis e alma fervente.

O mar está bravio. Os meus cabelos soltos enunciam-me que a maresia nestes lhes confessa segredos. Que sou uma herege, uma falsa uma filha não pródiga que abandonou o lar quente e confortável da casa dos pais. Sinto-me mal. Mas depois...vejo uma luz ao longe que pisca em intermitências estranhas e me dita que devo seguir em frente, que não tenha medo e que me vigia. Vigia sempre, sussurra na minha mente atormentada. E eu acredito. A luz desaparece e eu obtenho respostas. A mesma luz que me seguiu desde que nasci, a que me ouve, a que compreende, a que me aceita como sou. A que me vigia os passos e nunca por nunca, considerará heresia o acto de partida do berço humano que deixei pelo outro que farei meu futuro.
Ouço o trilhar de pneus no caminho estreito de gravilha e mato que o conduz até mim. Ele sempre veio! Já vejo as luzes do seu (jurássico) automóvel que para mim, é a mais bela abóbora de encantar e que me dá a certeza do seu amor por mim. Pode haver viagens até à Lua...mas esta, para mim, será para sempre a mais bela viagem da minha vida. Heresia minha, seria recuar. Não mais o farei. Hereges sim, os que o mitigam por outras avenças que não têm nada a haver com o amor e isso, neste ou noutro século vindouro, será sempre igual. Com viagens ao espaço ou fora deste...agora, vou ter com o meu amor. Até breve!

A Geometria

Círculos geométricos, espirais


Têm sido detectados ao longo das últimas décadas, este tipo de fenómenos em searas e campos abertos por toda a Europa, América do Norte e Japão. Os investigadores continuam a indagar-se, procurando assim conclusões sobre o sentido e o objectivo destes desenhos geométricos num fenómeno ainda inexplicável que aparece sob a forma de bizarros padrões de uma simetria e beleza espantosas.
Teria sido visionado pela primeira vez (oficialmente), no Verão de 1981 no Sul de Inglaterra.

Existem sempre nestes casos, falsários que tentam plagiar em réplicas mal elaboradas, essas mesmas circunstâncias em terrenos que afincadamente vão sugestionando círculos mas, sem o conseguirem. Depressa se revelam os seus intentos de estúpida brincadeira pelo simples facto e ocorrência destes círculos vistos do ar - por aviões de baixa altitude e helicópteros - visionarem obras de perfeita assimetria e geometria deveras correctas e exímias nas dimensões e precisão dos padrões aí expostos.

Não é humanamente possível que estes círculos e espirais de complexos cálculos matemáticos e técnicos, se tivessem por sua mão sido erigidos ou seja, nenhum ser humano teria a capacidade técnica e de rigor geométrico para o fazer. Os investigadores nesta área acabariam concluindo também de que as verdadeiras amostragens no terreno identificavam-se das outras (das falsas) pelo simples facto dos primeiros não danificarem as sementes ao contrário das outras. Os caules nunca eram vincados, erguendo-se naturalmente ao fim de alguns dias. Os outros não, ficando irremediavelmente queimados, dilacerando por completo a área «ardida», acabando por apodrecer.
Os círculos chegam a ter um diâmetro de 180 metros e apresentam normalmente figuras geométricas, sendo igualmente observados hexágonos ou estrelas. A elevada precisão na execução, a criatividade das formas escolhidas e, em parte, a dificuldade de concepção deixam entender que tal, não pode ser apenas produto do trabalho de simples seres humanos, pelo menos não sem o recurso a cálculos muito complexos, como já foi referido, assim como a um enorme esforço técnico. Alguns símbolos observados, assemelhavam-se a cromossomas. Certos pictogramas apresentavam linhas tão estreitas que não cabia lá nem um pé, segundo as descrições dos vários investigadores no local. Havia também símbolos de grande formato cujos cales cortados formavam redemoinhos em camadas diferentes: o redemoinho de uma camada corria no sentido dos ponteiros do relógio e o da que se lhe sobrepunha, corria em sentido contrário.

12 de Julho de 1990

O britânico Steve Alexander estaria a filmar com a sua câmara de vídeo um padrão geométrico numa seara em Alton Barbes (condado de Wiltshire) em Inglaterra quando reparou num disco pequeno e claro que deslizava a baixa altitude sobre os campos. Diria S. Alexander: "Voava muito baixinho e brilhava. A determinada altura ficou cerca de três minutos parado por cima de um campo."
Uma análise posterior concluiu que o objecto gravado em vídeo tinha um diâmetro de 20 centímetros e que dobrava para o lado, as espigas em que tocava. A Força Aérea inglesa também parece estar interessada neste fenómeno, pois há anos que tem a região sob observação. O motivo apresentado para as acções no local é que estão a ser feitas «investigações meteorológicas»...

A nível pessoal, posso apenas reportar-me ao sucedido em 1980 na quinta do meu pai. Aí, o fenómeno estranho foi de que a eclíptica representada no seu campo em espiral extraordinária, tenha queimado a seara de girassol o que a ser verdade o já aqui mencionado, a «força exterior» o não possa ter feito, pois preserva sempre os campos de tal fatalidade. O mais estranho ainda é que, após aquela espécie de incineração imediata no campo de girassol, um mês depois deste acontecimento (por meados de Outubro) o viçoso campo tenha ressurgido das cinzas em magnífica e deslumbrante assumpção em vasto campo amarelo de girassóis. Ninguém queria acreditar que tal houvesse acontecido. Fenómeno estranho sem dúvida que fez calar muitos pelo inusitado da situação. O pai não perdeu a colheita mas ainda hoje se interroga: "Mas que raio aconteceu ali?..."

Universo Inteligente

Actualmente, estão ainda em discussão aberta (e permanente) quatro possíveis explicações para a formação dos círculos em searas: - Uma mensagem deixada pelos Celtas: na Europa, os sinais formam-se nos locais onde em tempos pré-históricos eram edificados monumentos megalíticos.
- Informações criptografadas de deuses-astronautas que preparam o seu regresso.
- Um Universo inteligente pretende, através de mensagens subtis, levar a humanidade a superar as limitações que se impôs a si mesma.
- Um «exército de sombras» terrestre, na posse de um novo tipo de tecnologia, produzindo nos cereais estes motivos de grande precisão.

O que seja, que o não seja por maldade, limitação ou pior, aniquilação total da humanidade. Assim esperamos, assim acreditamos, assim...cremos. Vamos ver. Que tudo nos seja por e, a bem da humanidade, pois só assim daremos valor à consistente formação em nós, de que vale a pena viver, subsistir e perpetuar a certeza de que estamos aqui por alguma coisa de maior e não, como simples amibas que já não somos. Por tudo isso, sejamos então benevolentes com esta invasão geométrica que não nos augurando nada de bom, também não nos afiança o escrutínio de intromissão e lapidação no ser humano; acreditemos nisso ou já nem dormiremos esta noite o sono dos justos. Que venham mas...por bem. Como sempre afirmo: a bem da humanidade! Temos de acreditar nisso!