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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Happy Halloween from NASA

Crop Circle Ghost - West Knoyle 27/10/19

19 UK Crop Circles of 2019 Compilation

Ancient Aliens: Secrets of the Roswell Rock (Season 9) | History

Top 10 CREEPY Crop Circles

UFO uses Storm to Materialize in Argentina

NASA JPL Engineers Compete in Annual Pumpkin Carving Contest

1st Modern Arc Crater, Earthquake, Magnetic Plasma | S0 News Oct.31.2019

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

What is Macular Degeneration?

(Video 4 of 8) Proteomics: Proteins At Work

Quando o dia se torna noite...


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A Degenerescência Macular: uma das mais temíveis doenças degenerativas que neste específico caso afecta a área central da retina (mácula) e conduz a uma diminuição acentuada e irreversível da visão central - com conservação da visão periférica. Esta doença é a principal causa de perda de visão em pessoas com mais de 65 anos de idade, sendo provocada por factores ambientais, envelhecimento e predisposição genética.

                                                                   Estou Cego!

"Tudo começou como uma espécie de enevoamento. Num dos olhos. Primeiro um e depois o outro, sem pedir permissão ou qualquer explicação para tanto atordoamento. Não conseguia focar ou discernir distintamente nada. Nada! E a raiva apoderou-se de mim como monstro ensanguentado e ávido de sangue, ávido de morte. Deixei de conseguir ler, o que tanto prazer me dava, em horas que não controlava ou sequer dominava sobre um espaço-tempo em que me perdia como se me tivesse feito transportar para essa outra dimensão de participante - ou colaborante - dessa outra história, dessa outra mágica narrativa que tanto me colocava como herói como o mais ignominioso pária de todos os tempos. Sei que a idade é um factor de risco, assim como o tabaco que fumei e condensei ao longo de toda a minha vida, ou quando me expus em existência crónica e errónea, reconheço hoje, à radiação ultravioleta de quando enfrentei as minhas mais duras e loucas aventuras de jovem caminhante e, tresloucado alpinista, em tempos que mal recordo mas me dão a certeza de os ter vivido de forma categórica. E aleatória. Hoje pago por isso. Hoje peno por saber que tudo poderia ter sido evitado e talvez menos aviltado se tivesse sido mais cuidadoso, mais protector com o meu eu, não só pela diminuição da acuidade visual central existente, mas por toda a consciência do que só poderei lembrar em arquivo neuronal e não visual sobre tudo o que amei. E senti. Não vejo, mas pressinto, que sou ou posso ser ainda, uma efectiva presença em utilidade e avença de algo em que poderei contribuir como velho que sou, na cegueira e na pieira do que estes velhos pulmões também me ditam. Estou cego mas não sou cego, pois vejo muito para além do que me dizem... E estou vivo! Sei que errei e vivo para o redimir, para o expelir de mim como o mais terrível ectoplasma que se me associou, se me colou à pele e ao outrora campo de visão que tudo via, tudo resplandecia. A cegueira não me vai vencer, estou certo, pois sei que com ela aprendi a caminhar, a dar outros passos, a encontrar uma outra luz, ainda que pelo meio de muitas outras sombras... O meu dia tornou-se noite, não de repente, mas muito devagarinho, como um humilde exilado ou errante peregrino que não sabe qual o seu destino. Estou cego eu sei, mas não o sou! Não mo permito!!!"

                                                               Degenerescência Macular

A Degenerescência Macular Associada à Idade (DMRI) afecta mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo, estando por sua vez associada à deposição de lípidos e proteínas «gordas» na retina. Estima-se que corresponda à principal causa de cegueira nos países ocidentais. Em geral a doença aparece por volta dos 55 anos, sendo progressiva, aumentando a sua prevalência com a idade.

A Incidência e a Prevalência da Degenerescência Macular têm vindo a aumentar, o que resulta do envelhecimento geral da população, do aumento das situações implicadas no seu aparecimento, e também, da melhoria da capacidade de diagnóstico para esta doença. Em Portugal, há a estimativa de que cerca de 12% das pessoas com mais de 55 anos de idade, sofrem de degenerescência macular.

As pessoas afectadas por esta doença geralmente queixam-se de terem visão turva ou cegueira no centro do campo visual. Existem duas formas de Degenerescência Macular associada à Idade/DMRI: A Exsudativa e a Seca (ou Atrofia Geográfica). Na primeira (exsudativa) existe tratamento, sendo esta responsável por aproximadamente 15% dos casos de degenerescência macular associada à idade. No segundo caso (seca ou atrofia geográfica), e por conseguinte na forma encontrada mais comum e que afecta cerca de 85% da população mundial, ainda não existem terapias eficazes.

Sabe-se que a Degenerescência Macular tem um significativo impacto na vida do doente e da sua família, no que acrescenta um peso enorme em termos económicos para os Sistemas de Saúde.

A Prevenção Possível poder-se-à relacionar com os factores de risco, nomeadamente: O tabagismo, a hipertensão, as carências alimentares, e a intensa exposição às radiações ultravioletas. A idade e a história familiar também são factores de risco.

As Carências Vitamínicas e os Oligoelementos são apontados em grande parte como os efectivos causadores da degenerescência macular, sem se excluir obviamente a já referida exposição crónica à luz intensa e à radiação ultravioleta, mas também à hipertensão arterial assim como, à Aterosclerose como potenciais factores de risco.

A Terapêutica: A cura total é ainda uma meta por atingir; todavia, existem hoje grandes avanços que seguidamente se reportarão na senda de uma eficácia mais realista com o que esta doença define.

Há que registar de que, o tratamento profilático das formas precoces da doença (que contribui com cerca de 85 a 90% da  dos casos em em regra não provoca sintomas relevantes), sugere suplementos vitamínicos e minerais em altas doses - como o Zinco - que é indicado no caso dos pacientes com maior risco de progressão.

Em relação às formas tardias ou avançadas da doença (degenerescência macular com atrofia geográfica e degenerescência macular exsudativa), esta pode ser abordada através da fotocoagulação com raios laser, através da terapêutica fotodinâmica ou ainda das injecções intra-oculares de substâncias capazes de melhorar ou de controlar o processo degenerativo.

Estima-se que em Portugal existam aproximadamente 310.000 pessoas com a Forma Precoce da Doença e cerca de 5.000 novos casos com a Forma Tardia ou Avançada - e cerca de 30.000 com a Forma Exsudativa e 15.000 com a Forma de Atrofia Geográfica (ou degeneração macular seca).

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As Terapêuticas depois das descobertas científicas. Células estaminais ou mesmo Estatinas (medicamentos capazes de diminuir os níveis de colesterol), poderão reverter os efeitos da Degenerescência Macular Associada à Idade (DMRI). Finalmente a esperança foi recobrada no que poderá ser a breve termo uma ou mais vias para se conseguir com sucesso algo que até aqui era impensável: criar luz ao fundo de um túnel muito escuro no mundo da degenerescência macular da idade, também conhecida por DMI.

As Descobertas
Em 2015 veio a público a feliz notícia de que cientistas do Instituto de Medicina Regenerativa Cedars-Sinai, nos EUA, tinham finalmente conseguido abrir mais uma «fresta de luz» a quem tanto se mantinha na escuridão ocular sofrendo desta doença.

Para o estudo, os investigadores do Cedars-Sinai converteram células adultas da pele de seres humanos em células estaminais pluripotentes induzidas (IPSC) que se podem expandir indefinidamente, e transformar em qualquer tipo de célula do organismo humano. De seguida, as IPSC foram orientadas para se transformarem em células neurais/neuronais progenitoras, conhecidas como Células Estaminais Neurais Progenitoras Induzidas (iNPCS).

Segundo os cientistas, as iNPCS constituem assim uma nova fonte de células adultas derivadas que produzem efeitos significativos na redução da perda de visão associada à Degenerescência Macular.

Na experiência entabulada por estes investigadores sobre pequenos roedores (na já referida aplicação endovenosa em ratinhos), verificou-se uma migração de células saudáveis à volta da retina, formando então uma camada protectora que evitou a degenerescência de células da retina que, de acordo com os especialistas, são indefectivelmente fundamentais para a visão.

"Este, é o primeiro estudo a demonstrar a preservação da visão após uma única injecção de células humanas adultas derivadas num modelo de ratinho com degenerescência macular da idade." (Afirmação de Shaomei Wang, o autor principal do estudo)

A realização de muitos ensaios e testes clínicos têm desde então dado azo a novas descobertas, no que estes investigadores mostraram na altura a sua total confiança de, em breve, poderem utilizar Células Estaminais - derivadas de células adultas -  para tratamentos personalizados nesta e noutras doenças. E, testar assim, os potenciais benefícios da Degenerescência Macular da Idade em fases mais avançadas da doença. Mas mais haveria.

Em 2016, foi publicada a notícia (na revista científica EBioMedicine) de que - As Estatinas - podiam ser utilizadas como possível tratamento na Forma Seca ou de Atrofia Geográfica da Degenerescência Macular Associada à Idade - a principal causa de cegueira no mundo desenvolvido.

"Verificámos que, a utilização de doses elevadas de Estatinas, podem eliminar o debris lipídico que pode conduzir a problemas de visão. Esperamos que este ensaio clínico preliminar seja a base de um tratamento eficaz para milhões de pacientes que sofrem de Degenerescência Macular Associada à Idade." (Revelação de um dos autores do estudo de então, Joan W. Miller, em comunicado de imprensa)

Os Investigadores suspeitavam há já algum tempo que poderia haver uma ligação entre a Degenerescência Maculada Associada à Idade Seca (ou atrofia geográfica) e a Aterosclerose.

Daí que tenham observado de que os pacientes afectados por esta forma de doença apresentavam, frequentemente, drusas (lesões de coloração amarelada localizadas sob a retina) ricas em lípidos na retina exterior - muito semelhante à acumulação de material lipídico presente nas paredes dos pacientes com Aterosclerose.

Neste estudo, os Investigadores da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, e da Universidade de Creta, na Grécia, prescreveram 80 mg de Atorvastatina a 23 pacientes com degenerescência macular associada à idade seca ou na forma de atrofia geográfica, marcada por depósitos lipídicos. Dos 23 indivíduos que se submeteram a este teste, 10 apresentaram uma eliminação dos depósitos lipídicos, assim como uma pequena melhoria na Acuidade Visual.

"Este é um medicamento muito acessível, aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), com o qual temos uma enorme experiência. Existem milhões de indivíduos que o tomam para tratar níveis de colesterol elevados e doenças cardíacas; e com base nestes resultados, preliminares, acreditamos que estes fármacos possam combater a progressão desta doença e, possivelmente, restaurar mesmo a função em alguns pacientes com Degenerescência Macular Associada à Idade Seca." (Conclusão do investigador grego Demetrios Vavvas, um outro autor deste estudo).

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Células-tronco na relevância da recuperação da acuidade visual nos pacientes de idade avançada, vulgo idosos, para quem esta doença atormenta na nebulosa dos dias que julgam noite, curvados perante a inevitabilidade de um negrume visual tão escuro e hermético quanto o vácuo da desesperança de um dia voltarem a ver...

Diagnósticos e Descobertas
Define-se o diagnóstico de Degenerescência Macular através de um exame oftalmológico que permite observar a Retina e a Área Macular.

A Realização de uma Angiografia - que permite observar a circulação da retina -  coloca desde logo a degenerescência macular em evidência se registada e, que se pode apresentar em diversos estádios, das formas mais precoces da doença às mais avançadas, com um padrão que se definirá como de Atrofia ou Exsudação.

A Tomografia de Coerência Óptica vai permitir também avaliar as diferentes camadas da retina, possibilitando assim uma informação muito mais detalhada sobre as alterações presentes.

Registo de 2018: Um estudo da  da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), em São Paulo, no Brasil, em estimativa feliz de mais uma descoberta, veio confirmar a eficácia do auto-transplante de medula para degeneração macular.

Ou seja, a efectivação do auto-transplante de Células-tronco derivadas da medula óssea, realizado por meio do procedimento de injecção intra-ocular, no que viria a revelar uma significativa melhoria de visão, assim como uma maior estabilidade na fixação em pacientes com Degeneração Macular em Relação à Idade.

O Procedimento envolveu a participação de 10 pacientes com mais de 50 anos que apresentavam a Degeneração Macular Seca Avançada (ou degenerescência macular com atrofia geográfica). O material da medula de cada paciente foi então recolhido no próprio hospital das clínicas de Ribeirão Preto,  por meio de punção do osso da bacia, procedimento considerado simples pelos especialistas.

De acordo com estes mesmos especialistas «A medula óssea aspirada é rica em células que se podem transformar noutras células, apresentando também grande potencial em libertar factores de crescimento que melhoram assim o ambiente da retina e resgatam ainda aquelas células doentes».

O Material Recolhido em Amostra foi de seguida processado e, as Células-tronco isoladas nos laboratórios do Hemocentro do Hospital das Clínicas da FMRP, onde foi posteriormente injectado uma quantidade de 0,1 ml no globo ocular (olho) que mantinha a pior visão. Após este rigoroso procedimento, os pacientes foram sempre sendo acompanhados trimestralmente até completar um ano desde o início do procedimento.

Nesse período, segundo relata a oftalmologista brasileira Carina Costa Cotrim do Serviço de Retina e Vítreo do HCFMRP, da USP: "Todos os pacientes passaram por procedimentos como medida da melhor acuidade visual corrigida, microperimetria, electrorretinografia, auto-fluorescência, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica para avaliar a função visual; e também (em aditamento para uma melhor conclusão), as respostas que em questionários individuais fizeram para se poder avaliar a sua qualidade de vida."

Segundo Carina Cotrim, durante todo o acompanhamento dos pacientes, o tratamento mostrou-se seguro, sendo que o exame realizado de Angiofluoresceinografia não apresentou qualquer crescimento de vasos indesejados ou tumores na retina. Esclarece ainda: "Houve uma melhoria de visão na maioria dos pacientes tratados, assim como uma maior estabilidade na fixação. Os idosos com menor grau da doença, ou seja menor atrofia, apresentaram melhor evolução que aqueles que com maior atrofia."

Segundo a especialista, a explicação para esse facto está no possível resgate funcional das células que ainda não morreram, contudo não funcionam devido ao sofrimento. "Na avaliação da qualidade de vida, houve uma melhoria significativa com ênfase na melhoria da visão de cores e na saúde mental desses pacientes já registados aos 6 meses de acompanhamento."

Carina Cotrim recorda então que diversas Células-tronco estão sendo estudadas para as doenças oculares em todo o mundo. Células semelhantes às utilizadas no seu estudo também forma avaliadas pela investigadora Susanna Park, na Universidade da Califórnia, nos EUA, que mostram resultados igualmente animadores, por conseguinte, de algum efectivo sucesso.

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Células ligadas à principal causa de cegueira nos idosos. Este o mais recente estudo - prontamente divulgado pela Universidade de Yale - que nos vem mostrar que, As Células da Glia (ou células de suporte),  e as células da vasculatura encarregadas de fornecer sangue para a retina - bem como as células-cone (células que têm a capacidade de reconhecer as cores) - contribuem para a degeneração da mácula, na parte central da retina.

(Uma nova descoberta que a ScienceDaily nos reporta em 25 de Outubro de 2019 de uma publicação da revista Nature Communications desta mesma data em que expõe a publicação «O Atlas Transcriptómico de Célula Única da Retina Humana identifica os tipos de célula associados à Degeneração Macular Relacionada à Idade)

A DMRI e os estudos do Genoma
A Degenerescência Macular/Degeneração Macular Relacionada à Idade (ou associada à idade), é uma das principais causas de cegueira, sendo nestes últimos tempos a grande preocupação dos cientistas que procuram por sua vez tentar colmatar - ou talvez mais exactamente amortizar - a dor de quem sofre desta doença em quase opacidade total sobre a visão. Esta doença que leva à perda progressiva da visão central, afecta mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos. 150 milhões ao todo no resto do planeta.

Se os números são elevados, a inquietação uma constante, pois urge combater esta doença com todos os meios possíveis, reconhece-se. Estudos abrangentes (e recentes) do Genoma, identificaram agora quase três dezenas de genes que desempenham um papel crucial na doença, especificando com mais exactidão onde, nos olhos, é causado concretamente o dano - o que até aqui era desconhecido.

Investigadores da Universidade de Yale, do Broad Institute de Massachusetts - Institute of Technology, em Boston - e da Harvard University, relatam na edição de 25 de Outubro de 2019 da revista científica Nature Communications de que Células Gliais (células de suporte) e células de vasculatura encarregadas de fornecer sangue à retina - bem como as células-cone -  contribuem para a degeneração da mácula, na parte central da retina.

"Este estudo ajuda a identificar vários tipos de células que podem ser investigadas de perto para desenvolverem novos tipos de terapêutica." (Afirmação do co-autor sénior Brian Hafler, professor assistente de Oftalmologia e Ciências Visuais e de Patologia, em Yale)

Segundo os especialistas, existe assim um número limitado de tratamentos eficazes a longo prazo disponíveis para as duas formas de Degeneração Macular/Degenerescência Macular.

A Forma Húmida é causada pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais sob a mácula, que podem ser mitigados por injecções regulares no olho. Além dos suplementos vitamínicos oculares, não existe nenhum tratamento para a forma seca da doença, marcada por um acumular de depósitos amarelos chamados «drusen» (drusas) na mácula.

Embora os Tratamentos Actuais ofereçam presentemente alguns benefícios, com o tempo, há que acrescentar, pode haver uma perda progressiva e contínua da visão em ambas as formas da doença.

Reconhece-se todavia que embora os genes associados ao risco de desenvolver degeneração macular tenham sido identificados, a equipe de Yale/Harvard/MIT utilizou o novo sequenciamento de célula única para gerar o Primeiro Atlas abrangente da Retina Humana, empregando para isso tecnologia de análise de dados, para assim localizar esses seus efeitos nos específicos tipos de células associados à doença.

Por conclusão, há a registar de que embora tenham encontrado genes de risco associados aos cones -  a chave do tipo celular para a visão central -  os investigadores também encontraram uma associação com as Células Gliais e Vasculares, no que directamente vem fornecer assim possíveis alvos para Novas Terapias na melhoria e restauração da visão.

(Em espécie de Posfácio): Não sei quando o meu dia se tornará uma noite escura, ou quando a minha visão se me toldar de vez. Não sei. Mas sei que existem seres humanos que, afligidos pela dor do que padecem desta e de outras doenças semelhantes ou não, envidam todos os seus científicos conhecimentos e esforços para rastrear e tentar debelar tais doenças, tais humanas agonias.

Talvez que um dia a noite se faça dia, e tudo ilumine, seja num asséptico quarto de hospital seja num campo coberto de girassóis, papoilas e crisântemos, e tudo o mais num doce aroma perfumado de todas as cores, todas as esperanças de uma acuidade visual perfeita; ou pelo menos parcialmente recuperada ante todas as diligências feitas e executadas por toda esta gente da Ciência Médica.

Um dia haverá que a noite só será, quando as nossas pálpebras se cerrarem e o sono fluir, sendo que o dia chegará e a miríade de cor e sonho se fará, sem nuvens negras, sem distorção de imagem, sem a diminuição ou perca daquela sensibilidade que nos é tão natural quanto real, ao contraste e ao visual.

Não somos cegos, estamos apenas temporariamente cegos... até que a luz da descoberta nos acorde e nos anuncie que vamos nascer outra vez, em luz e em cor; em paz e amor! Para todo o sempre talvez...

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Can we cure genetic diseases by rewriting DNA? | David R. Liu

A Versatilidade da Edição Principal


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Prime Editing: o sistema chamado "Edição Principal" que tem a capacidade de editar directamente as células humanas de maneira precisa, eficiente e altamente versátil, segundo nos reporta a notificação científica ScienceDaily (21 de Outubro de 2019). 

A Explicação científica: Segundo os especialistas, A Edição Principal combina duas proteínas-chave e um novo ARN (RNA) para fazer inserções direccionadas, delecções (em genética, a designação dada à perda total ou parcial de um segmento do cromossoma, relacionada com várias anomalias cromossómicas) e todas as possíveis alterações de uma letra no ADN (DNA) das células humanas. 

Este Novo Sistema de Edição de Genoma CRISPR, de acordo com o que recentemente foi divulgado, oferece assim uma ampla variedade de versatilidade em células humanas.

Especificando de forma mais abrangente, poder-se-à afirmar de que esta portentosa ferramenta de ADN pode inclusive corrigir 89% dos nossos defeitos genéticos, galgando assim um novo lance na já longa escadaria por nós humanos percorrida nas áreas da Medicina e Biologia Molecular (no vasto mundo das ciências médicas e biomédicas), utilizando esta tão revolucionária tecnologia que foi descrita como «um processador de texto genético» capaz de reescrever com precisão o Código Genético.

Em Resumo: Uma equipe do Broad Institute do MIT e Harvard desenvolveu uma nova abordagem de Edição do Genoma do CRSPR combinando duas das proteínas mais importantes da Biologia Molecular - CRISPR-Cas9  e uma transcriptase reversa - numa única máquina.

Esta abordagem expande assim o escopo da edição de genes para futuras pesquisas biológicas e terapêuticas, tendo efectivamente o potencial de correcção até cerca de 89% das variações genéticas causadoras de doenças conhecidas, como por exemplo, a Anemia Falciforme.

                                                             Prime Editing

"O Prime Editing é semelhante a processadores de texto, capazes de procurar as sequências de ADN-alvo e substituí-las com precisão por sequências de ADN editadas." (David Liu, em citação à BBC)

Esta Nova Técnica de Edição Genética ainda mais poderosa do que a CRISPR, estabeleceu a plena confiança nos investigadores de Harvard de terem criado um método muito mais preciso e eficaz que irá sem dúvida alguma reconhecer a médio prazo estar-se perante um dos maiores feitos da Humanidade; ou seja, iniciar-se uma Nova Era na Manipulação Genética.

"Uma grande aspiração nas Ciências da Vida Molecular, é a capacidade de fazer com precisão qualquer alteração no genoma em qualquer local. Acreditamos que a edição privilegiada nos aproxima desse objectivo." (Afirmação de David Liu, membro do Instituto Central Richard Merkin Professor, vice-presidente do corpo docente e director do Instituto Merkin de Tecnologias Transformadoras em Saúde no Instituto amplo do MIT e Harvard)

Liu reitera ainda em absoluta certeza: "Não temos conhecimento de outra tecnologia de edição em células de mamíferos que ofereça esse nível de versatilidade e precisão com tão poucos subprodutos."

O que vem dar maior consistência e aprumo - ou aprimoramento - a este novo método do que até aqui se exibia em falta de precisão, elevadas taxas de erro e âmbito por vezes limitado, demonstrando as por demais vulnerabilidades existentes nos métodos actuais de edição de genes.

O Prime Editing (Edição Principal) desenvolvido agora em Harvard, supostamente abrirá muitas outras e flamejantes portas em criação de uma nova era biotecnológica que, de acordo com Liu «Vai permitir fazer qualquer alteração no ADN em qualquer posição de uma célula viva ou organismo, incluindo, potencialmente, pacientes humanos com doenças genéticas».

David Liu é o autor-sénior de um artigo publicado em 21 de Outubro de 2019 na revista científica «Nature», no qual se descreve a nobre edição. A investigação foi igualmente liderada pelo primeiro autor, o Drº Andrew Anzalone, um pós-doutorado de Jane Coffin Childs, no laboratório de Liu no Broad Institute.


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CRISPR: a mais recente e nova abordagem sobre este método, este extraordinário sistema que difere dos anteriores em maior rigor e precisão. O «Prime Editing» foi utilizado em cerca de 175 operações de Edição de Células, tendo os investigadores conseguido corrigir as mutações genéticas que deram origem a duas células em células humanas. (Em teoria, esta abordagem conseguiria corrigir os tais 89% das cerca de 75112 mutações genéticas que provocam as doenças, segundo relata a Cnet)

Uma Nova Abordagem CRISPR
A «Edição Principal» difere dos sistemas anteriores de edição de genoma, pois usa o ARN/RNA para direccionar a inserção de novas sequências de ADN/DNA nas células humanas. A primeira ferramenta CRISPR utilizada em Edição de Genoma em células humanas, pioneira no Broad Institute, MIT e Harvard, foi a proteína Cas9.

Cas9 realiza então pausas próximas em cada fita de ADN, cortando-o (ao ADN) completamente. De acordo com os especialistas, essas ferramentas podem interromper os genes-alvo num determinado ou específico local e, em seguida, possibilitar a adição de novas sequências por meio da recombinação de novo ADN no local, direccionado pela própria célula.

Os Editores de Base - desenvolvidos pela primeira vez pelo laboratório do cientista David Liu - desenvolvem essa tecnologia, fundindo assim o Cas9 a proteínas que podem efectivamente realizar Reacções Químicas para transformar uma única letra de ADN (DNA) em outra. 

Os Editores de Base actuais podem fazer quatro tipos de alterações de base única com eficiência: C para T e T para C; A para G e G para A.

O Novo Sistema de Edição Principal envolve o acoplamento do Cas9 a uma proteína diferente chamada «Transcriptase Reversa». O complexo molecular usa então uma fita do local-alvo do ADN/DNA para iniciar (ou iniciar) a escrita directa da Informação Genética editada no Genoma.

Um Novo Tipo de ARN/RNA guia de engenharia chamado pegRNA direcciona o editor principal para o local de destino, onde um Cas9 modificado corta uma fita do ADN/DNA.

O PegRNA também contém nucleotídeos de ARN (RNA) adicionais que codificam a nova sequência editada. Para transferir essas informações, o elemento da Transcriptase Reversa lê então a extensão do ARN/RNA e grava os nucleotídeos do ADN/DNA correspondentes no local-alvo.

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Corrigir com Precisão: o que este novo método, esta nova técnica vem sugerir e aplicar em termos mais confiantes nas variantes genéticas apresentadas. Remover, corrigir ou até alterar são as normativas científicas que a partir daqui se podem executar na profusão e, versatilidade, da Edição Principal versus Prime Editing. 

Edições feitas sob encomenda...
De acordo com o que reporta a revista Nature, a digníssima equipe deste recente estudo demonstrou a capacidade da Edição Principal em corrigir com precisão As Variantes Genéticas que causam a Anemia Falciforme. 

E isto, exigindo a conversão de um T específico para um A, e a doença de Tay Sachs - uma doença rara ou condição rara nervosa e fatal que geralmente é causada pela adição de 4 letras extras de código - e que por conseguinte exigirá a remoção de 4 letras de ADN (DNA) num local preciso no Genoma.

(Em registo: os elementos fundamentais do ADN são as 4 bases denominadas de Adenina, Citosina, Guanina e Timina - A,C, G e T. Três biliões dessas «cartas» formam o manual completo para a construção e manutenção do corpo humano, mas aparentemente pequenos erros ou anomalias podem causar as chamadas doenças. Uma mutação que transformou um específico A num T, resulta portanto na forma mais comum de doença das células falciformes)

Os Investigadores relatam ainda uma variedade de tipos de edição bem-sucedidos em células humanas e neurónios primários de camundongos (pequenos roedores), incluindo todas as 12 possíveis maneiras de substituir uma letra de ADN (DNA) por outra; Inserções de novos segmentos de ADN/DNA com até 44 letras de ADN; Delecções precisas de até 80 letras de ADN, e modificações que combinam esses diferentes tipos de edições.

"Com a nobre edição, agora podemos corrigir directamente a Mutação da Anemia Falciforme de volta à sequência normal, e remover as quatro bases-extra de ADN (DNA) que causam a doença de Tay Sachs, sem cortar o ADN completamente ou precisar de modelos de ADN. (A explicação de Liu, que é também professor de Química e Biologia Química na Universidade de Harvard e investigador do Howard Hughes Medical Institute).

Liu afere ainda de que «A beleza desse sistema é que existem poucas restrições na sequência editada. Como os nucleotídeos adicionados são especificados pelo PegRNA, eles podem ser sequências que diferem da cadeia original por apenas uma letra, com letras adicionais ou menos, ou que são várias combinações dessas alterações».

"A Versatilidade da Edição Principal tornou-se evidente à medida que desenvolvemos essa tecnologia. O facto de podermos copiar directamente Novas Informações Genéticas para um site-alvo foi uma revelação. Ficámos realmente empolgados!" (A efusiva exclamação de Anzalone)
                                  
(Nota de registo): Existem cerca de 75000 mutações diferentes que podem causar doenças na população humana. Sendo que a Edição Principal tem o potencial de corrigir 89% dessas mutações, 11%, no restante que fica, está inserido no que se chama de «instrução genética», quando existem muitas cópias de um gene ou mesmo quando este se encontra ausente. 

"A Edição Principal é o começo, e não o fim de uma longa aspiração nas ciências da vida molecular de ser capaz de fazer qualquer alteração no ADN, em qualquer posição de uma célula ou organismo vivo - incluindo, potencialmente, pacientes humanos com doenças genéticas."

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David Liu: o distinto professor e investigador de Harvard. O seu sorriso diz tudo, estando abertas todas as fronteiras e barreiras de uma nova era na manipulação genética. De registar que este eminente investigador na área da Biologia Molecular é ainda consultor e co-fundador da Prime Medicine e da Beam Therapeutics.

Na investigação liderada por Liu, a Edição Principal foi utilizada para inserir ou excluir com mais precisão as secções do ADN, bem como erros de digitação correctos numa única «carta» dos três biliões que compõem o Código Genético Humano. Segundo Liu «Os editores principais oferecem mais flexibilidade de direccionamento e maior precisão de edição».

Optimizando a Edição Principal
Ao fazer alterações de precisão, os investigadores relataram que a Edição Principal obtinha edições bem-sucedidas com uma taxa mais baixa de alterações indesejadas «fora do alvo», quando comparadas a abordagens que exigiam interrupções próximas em cada cadeia de ADN (DNA).

A Edição Principal também pode fazer alterações precisas de um único nucleotídeo nas sequências-alvo que, por norma, os editores da base têm dificuldade em aceder - de acordo com os dados revelados desta prestigiada equipe.

A Equipe de Liu pretende assim continuar a optimizar a Edição Principal, inclusive maximizar a sua eficiência em variados e diferentes tipos de células, continuando a investigar também os potenciais efeitos da Edição Principal (Prime Editing) em células, testes adicionais em modelos de doenças celulares e animais, assim como, continuar a explorar mecanismos de entrega em animais para deste modo fornecer um potencial caminho para futuras aplicações terapêuticas no ser humano.

Os Investigadores envolvidos e o Broad Institute estão actualmente a disponibilizar essa tecnologia de modo gratuito e sem fins lucrativos para com as Comunidades Académicas, inclusive compartilhando com estes vectores por meio da Addgene, também sem fins lucrativos.

O Broad Institute tem vindo desde então a disponibilizar as ferramentas da privilegiada edição não só para o licenciamento (não-exclusivo) das futuras investigações e pesquisas que se façam nesse domínio, mas também na empreendedora fabricação - assumida pelas empresas -  com o objectivo de um maior desenvolvimento comercial de ferramentas e reagentes.

Para o Uso Terapêutico Humano (nos futuros tratamentos aplicados ao ser humano), o Broad Institute licenciou então esta tecnologia para a Prime Medicine, sob o modelo de inovação inclusiva. Tal como foi relatado publicamente, a Beam Therapeutics recebeu uma sub-licença da Prime Medicine na utilização da Edição Principal em certos campos e, para determinadas aplicações.

O Financiamento gerado para que este estudo tivesse sido possível foi fornecido em parte pelo Merkin Institute of Transformative Technologies in Healthcare, Institutos Nacionais de Saúde, uma bolsa de pós-doutorado e outra de estudos do Jane Coffin Childs (Memorial Fund For Medical Research); e por fim uma outra bolsa de pós-doutorado do Helen Hay Whitney e Instituto Médico Howard Hughes.

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As experiências. Os desafios. A comunidade científica atenta e envolvida sobre as últimas descobertas e toda a sua potencialidade que, não obstante as conclusões e as quase-certezas, se mantém todavia circunspecta ante o que esta recente «Edição Principal» pode ilustrar. Alguns especialistas dão-nos a sua opinião e muitos deles, cépticos ou não, acreditam poder-se estar no limiar de outras grandes descobertas e outros ainda maiores sucessos...

O Grande Desafio!
Não é insuspeito nem tão-pouco um absurdo tudo aquilo que já hoje se reconhece em inovação e alteração sobre todos os desafios e todas as grandes descobertas que se têm realizado nas ciências biomédicas. Seja no passado recente ou no presente, há que fazer essa grande reflexão mas também ágil acção sobre todas essas tecnologias de Edição de Genes.

Em relação ao «grande desafio» que actualmente compromete todos ou grande parte dos especialistas, é ou será eventualmente em futuro próximo, a obtenção de um mecanismo molecular que tenha a capacidade de realizar essas edições nas partes correctas do corpo humano, garantindo assim que elas sejam indubitavelmente seguras. 

Tal como Outras Tecnologias de Edição de Genes, é provável de que as primeiras aplicações incidam em doenças, nas quais, as células possam ser retiradas do corpo humano - e por conseguinte, editadas e verificadas para, supostamente, serem assim mais seguras e recolocadas.

"Podemos ser capazes de «consertar» variantes humanas conhecidas e associadas à doença, mas a capacidade de fazê-lo no certo tipo de célula e, de maneira clinicamente relevante,  pode demorar ainda um pouco." (A constatação de Hilary Sheppard, a reputada bióloga molecular da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, à BBC)

Robin Lovell-Badge, do Instituto Francis Crick, referiu à BBC News: "Este é um excelente artigo, típico da cuidadosa abordagem passo-a-passo, de forma inteligente e inventiva usada por David Liu. Como a grande maioria das doenças genéticas humanas se deve aos vários tipos de mutações que a Edição Principal pode corrigir, provavelmente os métodos serão (ou tornar-se-ão) úteis nas terapias para essas doenças."

Lovell-Badge acrescenta ainda em tom de desafio: "É claro que será necessário muito mais trabalho para optimizar os métodos e encontrar formas de fornecer os componentes de maneira eficiente antes que eles possam ser usados clinicamente no tratamento de pacientes; todavia, é certo que eles são uma boa promessa."

Helen O`Neill, da UCL(University College London), averbou por sua vez: "Esta emocionante pesquisa vem mostrar assim mais uma expansão da caixa de ferramentas de Edição do Genoma, que permite capacidade e eficiência de edição cada vez mais precisas. A pesquisa foi verificada «in vitro» em células humanas - com impressionantes 175 diferentes exemplos de edição, incluindo algumas das mais difíceis de editar doenças."

Já Gaétan Burgio, geneticista CRISPR da Universidade Nacional da Austrália (e sem afinidades a este estudo, note-se), refere que a nova abordagem é de facto versátil e que pode mesmo vir a ser executada com grande fidelidade e eficiência, de acordo com o documento a que teve acesso. Diz então:

"A maior limitação que consigo identificar tem a ver com o facto de o editor necessário ser enorme. Isto pode ser problemático, para o integrar em organismos vivos para Edição de Células Vivas."

Com o objectivo do aprimoramento do processo agora instado e publicitado à escala mundial, os nossos cientistas e investigadores certamente exigentes com o que este novo método induz, e no que futuramente projectarão e criarão em novas experiências, novos ensaios clínicos (com diferentes tipos de células e sob diferenciados modelos), se acredite que franquearão caminhos outrora fechados para o bem de toda a comunidade.

A Versatilidade da Edição Principal é talvez o primeiro trilho de muitos outros que, sob essa versátil e vigente realidade científica, nos trará de futuro uma melhor condição física, uma não-condescendência com todas ou grande parte das doenças que nos afligem e anomalias que nos restringem a ser felizes. 

A bem de todos nós e pelo incomensurável empenho dos nossos homens e mulheres das Ciências Médicas, um nosso planetário bem-haja, pois que é por eles e através deles que os mitos se vão desvanecendo e as crenças se abatendo, pelo que a cura é a meta e, a integridade com que a descobrimos, o galardão maior de hombridade e genuíno triunfo sobre a Humanidade. Bem-hajam por tudo isso!!!

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Um monumental neurónio | Cérebro – mais vasto que o céu

How to Read an MRI of the Brain | First Look MRI

100 MICRON MRI OF THE HUMAN BRAIN - AXIAL

100 MICRON MRI OF THE HUMAN BRAIN - CORONAL

100 MICRON MRI OF THE HUMAN BRAIN - SAGITTAL

A Última Fronteira do Desconhecido

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O Cérebro Humano. A sua verdadeira idade e o que ele em si comporta na função cerebral que exibe, assim como a degenerescência sofrida devido a causas ainda não totalmente compreendidas, são o que actualmente os neurocientistas tentam descobrir como a «Última Fronteira do Desconhecido».

A IA (Inteligência Artificial) dá uma ajuda inestimável nesse processo e, os estudos agora realizados e plasmados de maiores certezas ou acrescidas conclusões, ditam-nos de que o nosso cérebro é uma máquina perfeita, tão perfeita quanto a sua prestabilidade e funcionalidade exigidas numa impressionante rede de comando superior.

Todavia existem medos. A «Contingência do Medo» é talvez um dos nossos maiores exércitos das trevas, pelo que urge tomar medidas para que essas sombras nos não cubram não só da opacidade inflectida como da mediocridade havida de se não ir mais longe; de se tentar saber que portas secretas o nosso cérebro ainda encerra.

Quando se fala da IA, então o medo é certo! Ontem e hoje esses medos são como monstros à solta, que engrandecem e se enfurecem, cabendo-nos a nós reflectir sobre eles e «domesticá-los» cientificamente; senão tudo fica perdido, irremediavelmente perdido no mais profundo e lacrado sepulcro do desconhecido.

"O Desenvolvimento da Inteligência Artificial Plena pode traduzir-se no Fim da Espécie Humana. Os seres humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não podem competir de igual para igual e serão subjugados." (Stephen Hawking)

Estará Hawking certo? Não sabemos. Todavia sabe-se que a angústia e a ignorância sobrepõem-se muitas vezes à racionalidade ou dureza dos factos. O que não era o caso do brilhante e já desaparecido físico quântico Stephen Hawking.

Mas voltemos ao Cérebro Humano. Há e haverá sempre que questionar quem «inventou» tão mirabolante, poderoso e inebriante mecanismo... algo que certamente ainda não nos foi dado conhecer, não na sua totalidade e especificidade. Quando muito apenas poderemos insinuar de que somos - ou assim nos identificamos - com o poder criador magnânimo que nos é semelhante.

Seremos únicos? Seremos múltiplos? Seremos somente um (ou uma civilização inteligente) de entre milhões ou biliões de iguais espalhados pelo Universo...?! Que seremos nós, eis a grande questão. É o que os cientistas tentam saber, acredita-se.

Seremos seres especiais por possuirmos um cérebro que pensa e raciocina?... Se o somos de facto ou apenas tocamos o tangível desse ser supremo, dessa força-mãe do Universo, também não sabemos.

Apenas sabemos que navegamos à deriva, nadando num imenso mar de interrogações e respostas não havidas ou a nós concedidas. Muito do que somos é ainda uma estrangulada incógnita para muitos de nós; outros haverá que se expõem de todas as explicações que a Ciência reproduz, por outras que ainda não produz (quando muito tenta averbar) sobre a Consciência e, uma espiritualidade não-confessa, que além o físico nos transcende em sopro e coexistência de alma. Não é palpável mas que existe, existe!

No plano físico da Neurociência os campos estão-nos ainda de certa forma vedados ou tão minados que muitas afirmações podem nem sempre corresponder à verdade (como por ex: a idade do cérebro nem sempre corresponder à idade cronológica de um indivíduo).

Daí que seja pertinente a questão que muitos de nós fazemos «Se saberemos um dia de todos os seus segredos?...» Talvez não, mas tentaremos com toda a urgência possível, desvendar um pouco mais de toda essa sua enigmática complexidade que nos faz ser os seres inteligíveis que somos na habilidade e adaptabilidade ao que nos rodeia.

Há quem afirme que nunca se saberá exactamente qual a verdadeira idade de um cérebro - ou que legitimidade haverá na afirmação - de que a velocidade de caminhada de um indivíduo pode ser usada como um marcador fiel do envelhecimento do cérebro e do corpo; no entanto, os neurocientistas não desarmam, pelo que com a ajuda da IA (Inteligência Artificial) e os recentes estudos publicados nos reportam, confiarmos saber e, estar, perante o limiar de uma outra fresta de conhecimento sobre o que o cérebro ainda nos esconde de si.

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Imagem detalhada do Cérebro Humano. A tridimensional imagem de todo o cérebro humano no orquestrado tempo de digitalização de mais de 100 horas, numa incrível imagem só possível devido a uma poderosa máquina de ressonância magnética que possui a resolução potencial para detectar objectos com menos de 0,1 milímetros de largura.

Segundo a ScienceNews, estas imagens cerebrais vistas em detalhe podem efectivamente conter pistas para os investigadores que tentam identificar as «anormalidades cerebrais» de difícil detecção em casos pontuais.

Distúrbios como «estado de coma» ou condições psiquiátricas tais como a depressão podem ser agora mais prontamente diagnosticadas com esta preciosa ajuda. (De registar: A FDA (Food and Drug Administration aprovou o primeiro scanner 7T para imagens clínicas em 2017, sendo actualmente uma incontestável mais-valia nos recursos médicos para diagnosticar e estudar as doenças)

A Idade Cerebral
De acordo com o que os cientistas nos dizem «A idade cerebral é diferente da idade cronológica», sendo que o tempo de vida de um indivíduo nem sempre corresponde ao mesmo nível proporcional de uma saudável anatomia e fisionomia.

Um recente estudo publicado pela revista científica Nature Neuroscience revela que, juntando as áreas da Neurociência, Longevidade e Machine Learning (na associação com a IA, Inteligência Artificial, num único algoritmo),  foi possível prever a Idade do Cérebro de um indivíduo com base unicamente em exames de Ressonância Magnética.

Se no caso da imagem acima referida se pode mostrar a evidência tecnológica sob amostras/imagens post-mortem (divulgadas pela ScienceNews, do artigo «A 100 hour MRI scan captured the most detailed look yet at a whole Human Brain», em 2018) e que os autores do estudo na altura mencionaram como «Tendo o potencial de avançar a compreensão da Anatomia do Cérebro Humano na saúde e na doença», agora se veja reforçado este mesmo potencial mas sobre um outro prisma.

Assim sendo, o estudo elaborou um ensaio que compôs 50 mil indivíduos de diferentes escalões etários, no primeiro do género a mostrar como distúrbios mentais comuns - como a Depressão e o Autismo -  afectam o envelhecimento cerebral, citado na publicação «Singularity Hub.»

Esta experiência consubstanciou além disso a identificação de vários conjuntos de genes relacionados com distúrbios neurológicos, os quais como se sabe, provocam a aceleração do Envelhecimento Cerebral.

"Esta é uma validação importante ao mostrar que a Inteligência Artificial  pode condensar informações de um grande número de imagens do cérebro, em dados interpretáveis,  sem perder completamente a informação sobre regiões cerebrais individuais. Por outras palavras, alguns distúrbios podem fazer com que uma região do cérebro envelheça mais rapidamente que outras. A IA pode decifrar essas diferenças e, ajudar a encontrar possíveis tratamentos." (Divulgação dos autores do estudo em publicitação na Nature Neuroscience, 2019).

A Contribuição Tecnológica da IA ou Inteligência Artificial tem estimulado assim os cientistas sobre a relevância deste cálculo (e do seu apuramento), vir a ser encarado como uma espécie de Biomarcador - sendo que através deste a informação médica pode claramente ser mais precisa numa decisão correcta sobre o diagnóstico e terapêutica a realizar, sobretudo em pacientes mais idosos.

Com a já inegável importância que a IA subleva neste domínio, os investigadores anunciam de que podem agregar, a partir de agora, dados de diferentes laboratórios obtidos por diferentes Scanners de Ressonância Magnética em diferentes configurações.

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A IA/biotecnologia: para muitos, o cognoscível ou agora acessível avanço tecnológico tão necessário quanto entendível ao ser humano, para que possa estar mais perto do conhecimento; parcial ou total sobre o Cérebro Humano. Muitos dizem que a IA não é mais do que um mero algoritmo que efectua super-cálculos rigorosamente programados. Mas será mesmo assim?...

IA e Biotecnologia: A soma das partes que é sempre mais, muito mais, em resultado adquirido do que em laboratório se projecta e enaltece na grandiosidade científica revelada. Fabricam-se «mini-cérebros» para a compreensão humana do que reveste e impele o nosso cérebro. Alcançam-se patamares prolíficos na verdade, desenvoltos e empreendedores em muitos casos (por ex: os implantes), reduzindo assim as carências e deficiências encontradas.

Dizem os cientistas que estas estruturas agora elaboradas representam um enorme avanço para o estudo do cérebro humano, as suas doenças e reacções a drogas e medicamentos. Mas estaremos a ir longe demais...? Estaremos a criar a nossa própria mutação genética...? Não sabemos.

Outras questões se avolumam: Se estaremos ou não a programar futuros cérebros artificiais que no futuro se nos sobreporão, se nos sublevarão e guiarão porventura até às trevas finais da Humanidade por tanto poder lhes termos dado...? Sinceramente não sei.

Cérebros de Laboratório
Quanto à IA estamos esclarecidos ou julgamos estar pelo que nos é dado conhecer desta ter influência e repercussão tecnológicas no Reconhecimento de Imagem, Diagnóstico Médico, Veículos Autónomos, Processamento de dados (matemáticos e outros) numa infindável lista de habilitações e apetências que o ser humano jamais ascenderia não fossem as suas capacidades quase ilimitadas (as da IA obviamente).

Possuímos sem dúvida alguma uma enormidade e quase excentricidade de faculdades exercidas pela Inteligência Artificial que hoje nos é dada sem contestação. Desde 1950 que assim é, provinda dos Estados Unidos (sob o impulso dos investigadores de Stanford e do MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusets) e desenvolvida depois um pouco por todo o mundo à escala planetária.

Passando à Biotecnologia, temos o espectro do «fabrico» de mini-cérebros ou organóides - agregados tridimensionais de neurónios criados em laboratório a partir de células epiteliais (da pele) - reprogramadas. E isto é só o início...

Estas estruturas muito pequenas (com tamanho médio entre 3 e 5 milímetros), apresentam algumas características semelhantes às observadas no cérebro humano em formação, principalmente no que respeita à organização das camadas primordiais e aos tipos celulares, segundo nos conta a Drª Lívia Goto do IDOR - Instituto D`Or de Pesquisa e Ensino do Laboratório Stevens Rehen, pioneiro no desenvolvimento de mini-cérebros no Brasil.

"Nesse sentido, são bons modelos para estudar alguns dos processos fisiológicos, bioquímicos e metabólicos observados no tecido cerebral." A convicta afirmação da doutorada Lívia Goto que mais tarde acrescentaria em conformidade com o que a sua equipe laborou e em profusão com a utilização de organóides:

"As culturas tridimensionais do tecido nervoso têm sido estudadas desde a década de 1950 (Séc.XX), passando por diversos aprimoramentos a partir de células animais."

A Concepção Laboratorial: Os mini-cérebros são concebidos a partir de células de pele ou de urina de um voluntário, induzidas em laboratório a voltarem ao estágio de células-tronco, e com o potencial de se transformarem em qualquer tecido do corpo humano - sendo portanto células-tronco de pluripotência induzida (iPS).

De seguida, são transformadas em neurónios e outras células do sistema nervoso num processo que as verte para um líquido com nutrientes semelhantes aos do ambiente de desenvolvimento do Embrião Humano.

Os Cientistas afirmam categoricamente de que, estes mini-cérebros, estão ainda muito longe de serem considerados factualmente «um cérebro», pois segundo estimam, eles não possuem consciência (por enquanto), nem pensamentos ou memória.

Além disso, asseguram, esses mini-cérebros possuem apenas 5 milhões de neurónios de entre os 86 biliões verificados no ser humano. Poderemos então ficar sossegados que não se está a ultrapassar os limites da decência biotecnológica...? Não sei responder com toda a certeza; no entanto, haverá sempre códigos de ética a confirmar se haverá ou não abusos e procedimentos anti-éticos que comprometam a nossa estabilidade humana de concepção e replicação.

De acordo com Rehen, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e investigador do IDOR (Brasil): "Apesar das limitações, os mini-cérebros são um bom modelo para estudo do tecido humano vivo. Com eles é possível fazer uma série de descobertas sobre alterações celulares e moleculares do tecido cerebral exposto; por exemplo, a agentes causadores de doenças."

Rehen especifica ainda: "Mas não só isso. Os organóides cerebrais também servem para entendermos quais são as respostas dos neurónios a medicamentos ou, a substâncias que podem vir a se tornar um novo remédio como é o caso dos psicadélicos."

Desde o ano 2000 que Rehen tem desenvolvido esses modelos tridimensionais (para o estudo do cérebro de ratinhos/camundongos que facilitaram a descoberta de factores capazes de influenciar a geração dos giros e sulcos ou dobramentos do cérebro); fê-lo nos Estados Unidos no início do século, mesmo tendo já na década anterior começado a estudar a Formação da Retina a partir de estruturas tridimensionais também.

A partir de 2014, o professor Rehen já no Brasil, daria azo à sua experiência e empenho nesta área, adaptando a receita de Lancaster para criar os Primeiros Mini-cérebros no Brasil.

De acordo com Rehen: "Esse «Avatar Biológico Vivo» tem facilitado bastante as investigações sobre a neurogénese normal e associada a enfermidades. Células-tronco de pacientes com doenças neurodegenerativas ou transtornos mentais podem ser usadas para criar mini-cérebros, que crescem durante meses em laboratório, para estudá-las e melhor entendê-las."

Rehen dá por rematada a sua tese, acrescentando o êxito de outros: Na utilização de Organóides Cerebrais (em território dos Estados Unidos) por Flora Vaccarino que então pela sua experiência pessoal, viria a revelar um desequilíbrio neuroquímico associado ao Autismo; assim como Kristen Brennand que descobriu alterações num receptor celular que irá futuramente facilitar a identificação de medicamentos para a Esquizofrenia.

Rehen explicou ainda: "Além disso, Fred Gage transplantou mini-cérebros para o interior do sistema nervoso de roedores. O objectivo era fazer com que vasos sanguíneos do animal nutrissem o tecido humano. Gage observou assim que houve uma troca de informação entre o organóide e o cérebro."

Novamente Rohen nos descreve de forma peremptória de que «Os mini-cérebros não se desenvolvem da mesma forma que o nosso órgão maior. E tão pouco possuem consciência» acentua. No entanto, poderá o professor Rohen dizê-lo também em sua própria consciência e exactidão absoluta do que está a aferir...? Não se sabe.

Todavia, enuncia ainda: "Mas já é possível mantê-los vivos por mais de 9 meses, período que consiste no tempo de uma gestação humana..." o que nos engrossa ainda mais a dúvida sobre os futuros procedimentos serem ou não devidamente executados. Em tom de desafio finaliza dizendo:

Paola Arlotta, cientista de Harvard, por exemplo, gerou organóides cerebrais sensíveis à luz, algo que poderá - no futuro -  permitir a comunicação entre eles e os cientistas."

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Notícias Científicas: «Caminhantes mais lentos possuem cérebros e corpos mais velhos aos 45 anos de idade.» Assustador?... Claro que sim, mas passemos à explicação dos investigadores sem o alarmismo óbvio de sentir que temos a morte à porta...

Segundo o que o ScienceDaily e o JAMA Network Open de 11 de Outubro de 2019 publicam, de um estudo que lhes foi comunicado pela Duke University - Universidade Duke, em Durham, no estado da Carolina do Norte (EUA) - os caminhantes mais lentos podem ser identificados pela Função Cerebral aos três anos de idade, segundo testes que vêm predizer se somos ou não maus caminhantes... e por conseguinte, se nos deixamos assim envelhecer prematuramente.

Ou seja, quanto mais nos mexermos mais activos seremos, mais o nosso cérebro corresponderá física e mentalmente às exigências da idade avançada ou da mudança de faixa etária. Sem a presunção de sermos eternamente jovens mas com a consciência plena de que quanto mais activos formos mais saudáveis seremos, este estudo agora realizado vem-nos dizer que nem todos somos assim tão lestos e tão audazes na caminhada ou na arruada das nossas vidas...

Ser saudável e fazer caminhadas...
Um estudo recentemente vindo a público e que foi criteriosamente analisado pela Duke University, nos Estados Unidos, vem-nos agora afirmar que a «A Velocidade de Caminhada» num indivíduo de cerca de 45 anos, pode ser usada como um marcador do envelhecimento do Cérebro e do Corpo.

Mesmo que muitos de nós não estejamos alegadamente aptos para a escalada, o alpinismo ou qualquer outro desporto radical, o certo é que todos os especialistas nos afirmam de que andar, correr ou simplesmente fazer curtas ou longas caminhadas nos determina talvez um pouco mais a longevidade e, a saudável permanência no planeta, até ao ditoso final físico. Penso que todos concordamos com isto.

Agora, o que esta universidade norte-americana nos apregoa é muito mais do que isso. Em resumo pontua: « A velocidade de caminhada em pessoas de 45 anos de idade, pode ser usada como um marcador do envelhecimento do cérebro e do corpo. A evidência estava presente nos testes neurocognitivos que esses indivíduos levaram aos três anos para indicar (ou como indicação) de quem se tornaria mais lento como caminhante; ou seja, quem se tornaria menos ágil e menos propenso a ter uma locomoção mais desimpedida e saudável. Em termos gerais é isto.

Os Investigadores/Pesquisadores de Duke, aferiram então de que, aos 45 anos de idade, os caminhantes mais lentos «aceleravam o envelhecimento» numa escala de 19 medidas - escala essa criada pelos investigadores - que tinha como propósito analisar os pulmões, dentes e sistemas imunológicos dos mesmos.

Foi então que se registou estes terem tendência para se apresentarem em pior estado do que as pessoas que andam de forma mais rápida ou acelerada.

"O mais impressionante é que isso ocorre em pessoas de 45 anos, não nos pacientes geriátricos que geralmente são avaliados com essas medidas." (Citação do investigador principal ou máximo responsável Line JH Rasmussen, investigador pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Universidade de Duke e Neurociência.

Os Testes Neurocognitivos foram igualmente impressionantes - os testes que esses indivíduos fizeram aquando eram crianças, prevendo-se quem se tornaria ou não um bom caminhante; e por conseguinte, muito mais saudável.

 Aos 3 anos, a contagem/identificação do QI (quociente de inteligência), compreensão da linguagem, tolerância à frustração, habilidades motoras e controle emocional, predisseram  a sua velocidade de caminhada aos 45 anos de idade.

A autora sénior Terrie E. Moffitt, professora de psicologia da Universidade Nannerl O. Keohane da Universidade de Duke e professora de desenvolvimento social dessa mesma universidade, impulsiona de modo emotivo:

"Os médicos sabem que os caminhantes lentos dos 70 ou 80 anos tendem a morrer mais cedo, mais precocemente, do que os caminhantes rápidos (ou mais acelerados) da mesma idade. Contudo, este estudo abrangeu o período desde os anos pré-escolares até à meia-idade, e descobriu que uma caminhada lenta é (ou pode ser), um sinal grave ou de um certo problema décadas antes da velhice se pronunciar."

Os dados agora adquiridos vêm de um estudo de longo prazo que se pontuou entre Abril de 2017 até Abril de 2019, e que contou com a colaboração de 1000 pessoas que nasceram durante um único ano em Dunedin, na Nova Zelândia. Os 904 participantes da pesquisa no presente estudo foram testados e monitorizados durante toda a sua vida, principalmente os de 45 anos e no período referido entre 2017 e 2019.

Os Exames de Ressonância Magnética durante a sua última avaliação mostraram que, os caminhantes mais lentos, tendiam a ter menor volume total do cérebro, menor espessura cortical média, menor área de superfície cerebral, assim como maior incidência de «hiper-intensidades» da substância branca, e ainda pequenas lesões associadas à doença cerebral de pequenos vasos.

Segundo Rasmussen nos especifica: "Algumas das diferenças de saúde e cognição podem estar ligadas às escolhas de estilo de vida que esses indivíduos fizeram. Mas o estudo também sugere que já existem sinais de quem se tornará os caminhantes mais lentos. Podemos ter aqui uma chance (ou oportunidade) de ver quem vai melhorar a saúde mais tarde na sua vida."

Esta pesquisa foi o resultado de um apoio conjunto efectuado por doações do Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA;  Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido; Fundação Jacobs; Conselho de Pesquisa em Saúde da Nova Zelândia; Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia; Fundação Lundbeck; Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e ainda do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano dos EUA.

Não sei se os confins do cérebro se abrirão para nós algum dia, esse dia em que a Comunidade Científica virá para a rua e festejará com os demais «A Última Fronteira do Desconhecido».

Sinceramente não sei. Penso que os cientistas também não, pelo que ainda há pouco a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (Portugal) projectou um evento em manifesta exposição de alto gabarito que, aludindo ao Cérebro, se denominava «Cérebro - Mais vasto do que o Céu».

Em última análise, penso que - A Última Fronteira do Desconhecido - será aquela que em nós e por nós fizermos sobre o nosso cérebro, sobre o nosso corpo e a nossa alma que, esta última, sendo ou não única no estabelecimento cósmico do Universo (ou universos) instalados, nos dará provavelmente a importância adquirida de também sermos influentes - e não indolentes - à semelhança do que conquistamos e não subestimamos.

A Última Fronteira do Desconhecido é talvez a minha mais indefectível consciência do ser humano que sou e que, cognitiva e liberalmente sinto pertencer, na mais lata abóbada celeste de inteligências que porventura povoam todos os domínios ainda não explorados.

Quando esta fronteira se abrir para nós, seres humanos, então ficará mais fácil compreender-se toda a genuína força criadora que nos deu cérebro e instância, personalidade e jactância de sermos tão poderosos quanto maravilhosos sem fronteiras que nos barrem o interesse e o conhecimento.

Quando não existirem fronteiras e não formos exilados de nós próprios, então o «Desconhecido» será aquele amigo que nos entra portas adentro e se faz aceitar, abraçar e consolidar de que não estamos sós e não somos inexistentes.

Ou acéfalos, pelo descrédito ou pela negação de que existirão outros por aí... mais espertos ou mais burros, mais eficientes ou proficientes, mas sem dúvida alguma muitos mais cerebralmente competitivos e inteligentes sem fronteiras do desconhecido, sem fronteiras de espécie alguma!!!

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A Interacção Celular

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A Célula, essa ainda tão misteriosa matéria viva que, pouco a pouco, vai sendo pelos cientistas desvendada para que compreendamos toda a sua essência, ligação e interacção não só com os elementos que a determinam, como essencialmente em face aos factores externos; neste caso o Oxigénio.

Algo que distintamente e, com êxito assumidamente garantido, foi no dia 7 de Outubro de 2019 distinguido pela Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia) no Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina ao fundamental trabalho de três cientistas que nos divulgaram de como as células sentem e se adaptam à disponibilidade de oxigénio.

"A Importância fundamental do oxigénio é conhecida há séculos mas a forma como as células se adaptam às mudanças nos níveis de oxigénio é, há muito, desconhecida." (A referência tornada pública pelo site do Nobel da Medicina)

                                   A mais impressionante matéria viva: A Célula!

Explicar o processo celular já não é de facto nenhum mistério nem labirinto enigmático que coloque os cabelos em pé dos cientistas. No entanto, é sempre impressionante a nível científico, o poder-se reconhecer não só esse ainda tão complexo mecanismo de vida, quanto todo o restante de como ele interage e se modifica, altera e replica, em termos de associação com diferentes níveis de oxigénio.

Para a Academia Sueca, esta imperiosa distinção surge no encadeamento de todo o laborioso trabalho dos agora galardoados William G. Kaelin Jr. (cientista norte-americano), Sir Peter J. Ratcliffe (cientista britânico) e Gregg L. Semenza (cientista norte-americano) pela sua fantástica descoberta de como as Células reagem ou respondem ao Oxigénio.

Futuramente, existe a expectativa deste trabalho conjunto poder contribuir de forma mais acelerada e eficaz no combate à Anemia, ao Cancro, e a muitas outras doenças.

Desde já os nossos parabéns aos nomeados que, exemplar e exaustivamente (acredita-se), se empenharam nesta luta nem sempre de sucesso, mas que felizmente hoje nos ilumina e entusiasma pelos tantos e futuros feitos que sobre a Medicina este trabalho vai compor - e dispor - em face às conclusões registadas.

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A Célula: o nosso grande ex-libris dessa tão imanente e bibliotecária constituição genética que, em dimensão física e de um modo geral, comporta de diâmetro entre 10 e 30 micrómetros, mas se agiganta à medida que dela vamos extraindo um maior conhecimento e uma maior sapiência. Assim sendo, há que esclarecer de que o ser humano possui cerca de 75 a 100 biliões de células, algumas delas com apenas 0,01 mm de diâmetro espalhadas pelo corpo, cumprindo então uma complexidade de tarefas.

Penso que não se poderá refutar, ou inteligentemente não deixar de se considerar, que tudo o que as move é algo de muito clemente, talvez intransponível para muitos de nós, no seu majestoso e inacreditável mecanismo de formação e constituição como um «pequeno cérebro» ou, uma grande caixinha de surpresas que se vai revelando.

Quem faz mover este mecanismo? Que força é essa? Que ser profundo, poderoso e exequível produz e reproduz tanta magnificência em nossos corpos, nossa almas...? Perguntas para as quais ainda hoje não há resposta, mas que, a seu tempo, os cientistas desvendarão - pelo menos no campo físico...

Uma Matéria Viva!
Não há dúvida alguma que estamos em presença de algo de facto maravilhoso que exalta vida: A célula! Nada é mais gratificante do que se observar a olho nu ou não (pois a dimensão das células varia imenso, sendo que a célula média é invisível a olho nu), esta maravilhosa massa de matéria viva que é rodeada por uma membrana fina (a membrana plasmática) que por sua vez é composta por lípidos (gorduras) e proteínas. No geral é isto.

São tão magnânimas que se sabe terem a capacidade de se auto-manter e auto-reparar e, normalmente, de se reproduzir. Toda a célula presente no mundo actual é proveniente assim de uma célula preexistente. No caso das células humanas, os cientistas dizem-nos de que existe também uma enorme diversidade de tarefas que elas cumprem na generalidade com muita eficácia.

Muitas compartilham características estruturais no que compreendem e formam tecidos especializados numa ou mais funções, enquanto outras se especializam numa só função. Por exemplo: Os Glóbulos Vermelhos ou Eritrócitos são células sanguíneas responsáveis pelo transporte de Oxigénio para os tecidos do corpo.

Já em relação às Células Fotorreceptoras da Retina, estas incumbe-lhes a função de emitirem sinais eléctricos quando detectam luz, ou mesmo os Espermatozóides (proveniente do esperma) que têm como função fertilizar um óvulo.

Numa versão mais abrangente pode-se referir a existência de dois tipos de células: As Células Procarióticas (as mais simples) que possuem um único compartimento encerrado numa membrana e que não têm quaisquer estruturas ou compartimentos bem definidos no Citoplasma - o material gelatinoso contido no interior da membrana plasmática.

As Células Eucarióticas (que em grego significa «o verdadeiro núcleo»), que são todos os organismos vivos que contêm um certo número de compartimentos especializados envolvidos por membranas (organitos), um dos quais - o núcleo - encerra o material genético.

Os Organitos têm a particularidade de criar uma série de micro-ambientes dentro da célula, nos quais certas sequências de reacções se podem processar com a máxima eficiência. Separam, no espaço e no tempo, reacções químicas diferentes; além de possuírem também a função de aumentar a área membranosa da célula.

Muitas Reacções têm lugar nas Membranas. Reagentes sucessivos podem ser dispostos perto uns dos outros na sequência correcta, acelerando assim as Reacções Metabólicas.

Em Síntese - Cada célula animal possui as seguintes partes: Núcleo; Nucléolo; Membrana Nuclear; Protoplasma/Citoplasma; Mitocôndrias; Vacúolo; Lisossomo/a; Ribossomo/a; Retículo Endoplasmático Rugoso; Complexo de Golgi; Centríolo; Microtúbulo; Membrana Celular; Nucleoplasma, Peroxissomo/a; Vesícula Secretora.

Poder-se-à dizer que a Estrutura da Vida é uma simples célula?... Impossível!Desde o Núcleo - que contém não apenas o plano para a construção de células semelhantes como o plano de todo o organismo na composição genética que nos define a todos -  existe a espectacularidade de uma inteligência movível e empreendedora que, em consciência ou ausência desta, nos atribui e distribui o destino individual. Estaremos à altura de saber tudo sobre si...? Não o sabemos.

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O «Cérebro» da célula: o seu núcleo na sua autenticidade - e identidade - que nos rege em ADN absoluto; e na diferenciação e constituição genéticas que apresentamos.

O Plano Genético da Célula formula a característica individual do ser vivo, pelo que hoje se conhece em Genoma e Genótipo que se pronunciam respectiva e cientificamente através do conhecimento da totalidade dos genes no organismo e da constituição genética de uma célula (alelos do indivíduo ou simplesmente aos alelos de um gene ou de alguns genes em particular).

Daí que não haja qualquer dúvida de que «Uma Célula» não é simplesmente uma pequena e insignificante célula, pois tudo define em seu redor na totalidade da sua essência e esplendor!...

A Célula: a sua composição
Todos os seres vivos são compostos de um ou mais compartimentos ou células. E a sua composição é tão extraordinária quanto magnífica se tivermos em conta essa sua dimensão e coexistência que se chama de vida. Por isso teremos de explicar de como ela se estrutura e define. E não é pouco!

O Núcleo (o organito mais importante na maioria das células): O centro de controle celular onde a informação genética é registada, ocupando cerca de 10% de toda a célula; O Nucléolo, (o centro  do núcleo celular) que tem por função a organização dos Ribossomos; A Membrana Nuclear, uma fina membrana de duas camadas, no que a sua superfície contendo poros, vai permitir a introdução e expulsão de substâncias no Núcleo.

O «Protoplasma» (a totalidade da estrutura da célula) que se situa entre o Núcleo e a Membrana Plasmática, no sentido lato e abrangente da célula que engloba o Citoplasma e o Carioplasma (o meio interno de certas células e onde ficam alojados os nucléolos). Portanto, Citoplasma + Núcleo. Assim sendo, o Citoplasma limita-se a uma certa parte do Protoplasma que, nas células eucarióticas,  se encontra entre a membrana Plasmática e o Núcleo.

(O Protoplasma é maioritariamente constituído por água, possuindo hidratos de carbono, proteínas, enzimas, lípidos e electrólitos, componentes que lhe permitem desenvolver desenvolver diversas funções a nível metabólico. Proteger os diferentes órgãos do corpo, actuar como um depósito de energia, transportar oxigénio, regular as propriedades térmicas e propiciar numerosas reacções químicas, são algumas das tarefas que o Protoplasma cumpre no organismo).

O Citoplasma que, como já foi referido, é o espaço intracelular entre a Membrana Plasmática e o invólucro nuclear entre seres eucariontes, ou seja, nas células eucarióticas. É definido como sendo um fluido de consistência gelatinosa em que as organelas são encontradas.

 As Mitocôndrias - que são das organelas celulares mais importantes (em particular para a respiração celular) - e que, por meio de enzimas,  convertem a energia dos alimentos em Trifosfato de Adenosina, para que a célula possa afectar a digestão de gorduras e açúcares, assim como a produção de energia.

Os Vacúolos, que são estruturas celulares muito abundantes nas células vegetais (presentes em algumas células procarióticas/procariontes e eucarióticas/eucariontes animais) com a capacidade de armazenar e transportar água, resíduos, e várias substâncias ingeridas.

As Lisossomas/Lisossomos (organelas/organitos) que se definem como organelas celulares citoplasmáticas que possuem a capacidade de degradar partículas, pelo que possuem bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas (na produção de enzimas para ajudar na digestão), favorecendo ainda a eliminação de resíduos e organelas desgastadas.

AS/Os Ribossomas, estruturas nas quais são produzidas as proteínas das células (na organela que ajuda a sintetizar as proteínas), podendo flutuar livremente no citoplasma - tanto nas células procarióticas/procariontes como nas eucarióticas/eucariontes - ou ser associado ao Retículo Endoplasmático.

Retículo Endoplasmático (ou ergastoplasma) Rugoso: É uma organela que está relacionada com a síntese de moléculas orgânicas. No geral, o Retículo Endoplasmático define-se como um organelo exclusivo de células eucariontes. Mas também como uma rede de membranas dobradas e curvas que produz proteínas e ajuda a transportar materiais através da célula.

Complexo de Golgi, também conhecido como «Aparelho de Golgi», retrata uma organela membranosa de células eucarióticas/eucariontes. O Complexo de Golgi define-se então como uma estrutura existente dentro das células com a função de armazenar, transformar e exportar substâncias.

Os Centríolos: Na biologia celular, o Centriólo é uma organela cilíndrica composta principalmente por uma proteína chamada «Tubulina». São organelas citoplasmáticas presentes em células eucarióticas, ou seja, organelas não-envolvidas por membrana e que participam do processo de divisão celular, consistindo em dois túbulos importantes na reprodução celular.

Contudo, a célula também possui um esqueleto, o qual insere outras estruturas proteicas. O Esqueleto da Célula - Citoesqueleto - regista todo uma estrutura de tubos minúsculos (microtúbulos e microfilamentos) constituídos por proteínas. No fundo é uma Rede de Fibras longas e Microtúbulos ocos. Funciona como suporte ou estrutura-base da célula. Está envolvido assim na divisão celular.

Por conseguinte - Os Microtúbulos - são polímeros dispostos em forma de tubo que fazem parte do Citoesqueleto da Célula. Ou seja, são estruturas proteicas que fazem parte do citoesqueleto nas células (com filamentos de um diâmetro aproximado de 24 nm de comprimento e micrometros variados).

A Membrana Celular ou Membrana Plasmática que é uma estrutura que delimita todas as células vivas (tanto as procarióticas como as eucarióticas), numa fronteira biológica que delimita o perímetro da células, separando o meio intracelular do extracelular. A membrana celular envolve o citoplasma e toda a célula, para assim manter a sua forma e poder monitorizar a entrada e saída de substâncias.

A Célula também compõe o Nucleoplasma, sendo o líquido contido no núcleo, aquele onde os Cromossomas e o Nucléolo flutuam.

O/A Peroxissomo/Peroxissoma (também conhecido como «Microcorpo»):  é uma organela envolvida por uma membrana e que está presente no citoplasma de quase todas as células eucarióticas, produzindo assim enzimas necessárias para a oxidação de várias substâncias tóxicas.

Por fim, a Vesícula Secretora que contém vários tipos de substâncias que a célula produz e que devem ser excretadas para fora da célula.

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Alterações Celulares: a multiplicação de células de forma anómala (fora do normal) e cobrindo áreas que não devem ocupar, justifica o que os médicos consignam por evidência de doença oncológica na proliferação anormal das células.

Cancro/Câncer, Neoplasias de células plasmáticas (células cancerígenas), Doenças Mitocondriais (ex: diabetes Mellitus e Esclerose Múltipla) e Anemia Falciforme são algumas das doenças que pontificam este disseminado processo celular que muito nos preocupa a todos; em especial a comunidade médico-científica que tem procurado respostas para uma eficaz terapêutica.

Crescimento Anómalo/Mutação
É do conhecimento geral o reconhecer-se que, quando surge de forma anómala ou anormal uma multiplicação celular, se poder estar de frente a uma das mais duras realidades: O Cancro!

No entanto, sem eufemismos ou pieguices de se pensar que estamos logo condenados à partida, sentir que os avanços na área da Medicina se têm feito de forma surpreendente, havendo grandes taxas de sucesso em muitas doenças oncológicas que até ao século passado eram de facto fatais.

As Mutações Genéticas dependem de vários factores que vão desde a herança genética do indivíduo até aos aspectos ambientais que influem em cada um de nós. Todavia, existem muitos outras considerações que ainda hoje nos escapam sobre a mutação que os genes sofrem através de um qualquer mutagénio (agente que provoca ou acentua a taxa de mutação dos genes duma população).

A Mutação é, como se sabe, a alteração hereditária num gene no nosso organismo, provocada por uma mudança na sequência de bases dos nucleótidos dos seu ácido nucleico.

As Mutações em geral resultam de um erro no decurso da replicação das moléculas de ADN, de erros resultantes do «Crossing Over» - durante a meiose - ou da acção de certos produtos químicos e de determinados tipos de radiação.

Existem vários tipos de mutação, mas contudo, nem todas afectam o organismo, porque se verifica um certo grau de redundância na Informação Genética. Outros, afectam os genes que controlam a produção de proteínas ou, a parte funcional das proteínas, sendo a maioria letal para o organismo.

Assim sendo, há que referir que existem muitas outras mutações  que vão da Mutação Pontual (na qual um nucleótido é substituído por um nucleótido diferente), até  às Mutações Induzidas (mutações produzidas por agentes específicos, tais como a luz ultravioleta, os raios-X e/ou certos produtos químicos, em contraste com as Mutações Espontâneas/Aleatórias (que ocorrem naturalmente na ausência de quaisquer mutagénios).

Em relação ao que acima se referiu sobre o Cancro, há sempre tendência para se formarem nódulos, tumores ou excrescências que serão fatais eventualmente. Em muitos casos já é possível contornar a doença sob rigorosas medidas de vigilância e terapêuticas adequadas. O factor hereditário assume grande relevância se houver efectivamente incidência familiar desta doença, havendo a necessidade de uma prevenção eficaz e não tardia.

As Neoplasias de Doenças Plasmáticas insurgem-se aquando o organismo produz um excesso de células plasmáticas - aquelas células que são libertadas pelos linfócitos B na medula óssea. Consequentemente, os tumores apresentam-se nos ossos ou nos tecidos moles.

Nas Doenças Mitocondriais registam-se em geral distúrbios que afectam muito o indivíduo quando clinicamente a equipe médica observa que as Mitocôndrias apresentam falhas nas suas funções. Tudo isto é derivado de Mutações no ADN localizado nas mitocôndrias.

Quanto à Anemia Falciforme, há que dizer de que os Glóbulos Vermelhos adquirem uma forma curva provocada pela mutação do gene da hemoglobina. Havendo então uma espécie de obstrução ou, uma maior dificuldade de passagem pelos vasos sanguíneos mais finos, esse suprir da corrente sanguínea trará inevitavelmente consequências, não sendo este (sangue) o suficiente para «bombear» os restantes órgãos.

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7 de Outubro de 2019: (Em directo da Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo, Suécia) - Intraduzível em sueco mas bem visível a sua imagem e a sua identidade que aqui revelaremos, estes três brilhantes cientistas (dois norte-americanos e um britânico que até é «Sir») foram galardoados com o prémio máximo de gabarito mundial: O Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina em 2019, pelo seu fabuloso trabalho sobre a reacção das células em face ao oxigénio.

São eles: o cientista norte-americano William G. Kaelin Jr. (à esquerda no plasma), o cientista britânico Sir Peter  J. Ratcliffe (ao centro) e o também norte-americano Gregg L. Semenza (à direita no plasma).

Cientistas que são o nosso orgulho!
Estes três laureados merecem-nos as nossas maiores saudações, ovações e todas as considerações possíveis e imagináveis pelo que em prol da nossa saúde fazem todos os dias. Devemos-lhes isso e muito mais certamente!

Aqui fica desde já um abençoado louvor por todos aqueles que devotam em si e, na Ciência Médica, anos e anos de trabalho e exaustão, mas também consolidação meritória sobre o que se debruçam na cura dos muitos males da Humanidade.

A conhecer:William G. Kaelin Jr.  é especialista em Medicina Interna e Oncologia, sendo um prestigioso elemento de Harvard (EUA); Sir Peter J. Ratcliffe é um também reputado nefrologista que trabalha no Francis Crick Institute, no Reino Unido; e por último (last but not least), o digníssimo pediatra Gregg L.Semenza que trabalha na Universidade John Hopkins (EUA), tendo sido ele o primeiro a trabalhar nesta área - nos anos 90 do ainda século XX - como adianta o Washington Post.

Um Papel Fundamental no Cancro, no Enfarte do Miocárdio e na Anemia será o que se projecta a médio prazo; de acordo com o que os especialistas evidenciam sobre este trabalho agora realizado ir estimar. Segundo o investigador português Sérgio Dias - investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa (Portugal):

"A investigação permitiu perceber que a resposta aos níveis baixos de oxigénio explica uma série de doenças e também explica o funcionamento normal de tecidos como os músculos, por exemplo." (A referência do investigador Sérgio Dias ao Observador)

Sendo o Oxigénio absolutamente fundamental para todas as formas de vida e, por conseguinte, as células e o corpo humano tendo de se adaptar a diferentes níveis de oxigénio, de acordo com o que nos explicam os especialistas «É necessário saber-se quais são as moléculas envolvidas, tornando-se assim possível começar a encontrar alvos para Novos Medicamentos».

E isto, para tratar problemas que envolvem exactamente estes mecanismos mediados pela resposta do oxigénio - como no caso do Cancro, da Anemia, dos AVC`s e dos Enfartes do Miocárdio. Segundo nos explica Maria do Carmo Fonseca, também ela investigadora do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, de Lisboa (Portugal) e professora catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa:

"São tudo situações onde é necessário interferir - ou estimular ou inibir -  a formação de novos vasos sanguíneos; e os vasos formam-se em resposta ao oxigénio."

Corroborando com Maria do Carmo Fonseca, está o investigador Sérgio Dias que admite ao Observador:"Quando os níveis de oxigénio baixam, o nosso corpo desencadeia uma série de mecanismos - e aí é que foi a contribuição deles -  que levam a alterações de níveis de determinadas proteínas. Essas alterações explicam, por exemplo,  por que podemos desenvolver Anemia."

Sérgio Dias afirma então que estes três laureados conseguiram explicar na perfeição por que razão precisamos tanto de oxigénio, sendo que terão inclusive percebido que «Na Ausência de Níveis Normais de Oxigénio, temos de facto uma série de complicações» acentuou Dias.

"Estamos a falar de três investigadores que fizeram descobertas sobre moléculas, células e genes, e o tema comum era como as nossas células respondem a níveis diferentes de oxigénio." (A explicativa afirmação Maria do Carmo Fonseca).

No caso da Anemia - que ocorre quando existem poucos Glóbulos Vermelhos no Sangue - o investigador português Sérgio Dias diz-nos considerar que este três cientistas agora laureados conseguiram perceber que «A produção de glóbulos vermelhos está directamente relacionada com os níveis de oxigénio (...) e que os investigadores perceberam quais os mecanismos envolvidos nestes processos.»

Já a catedrática portuguesa Maria do Carmo Fonseca dá o exemplo do Enfarte do Miocárdio explicando: "Esta resulta de um bloqueio na chegada de sangue - e portanto, do oxigénio transportado no sangue - ao músculo cardíaco, ao coração. Para tratar um enfarte do miocárdio temos de estimular a reoxigenação daquele músculo que, de repente, ficou sem oxigénio. Ou seja, nós sabermos quais são as moléculas que estão envolvidas na resposta à falta de oxigénio que irá permitir ajudar (ou criar modos de ajudar) a esta compensação."

A docente e investigadora explica ainda em relação às Doenças Oncológicas que funcionam de forma exactamente inversa  ao Enfarte do Miocárdio:

"O Cancro, à medida que cresce, induz a formação de vasos para levar oxigénio às células cancerígenas. Sabendo quais são as moléculas que estão envolvidas na formação de vasos, conseguimos encontrar inibidores. Se impedirmos a oxigenação da célula cancerígena, essas células vão morrer. Portanto, uma maneira de combater o cancro (câncer) é exactamente evitar a oxigenação das células cancerígenas."

O Investigador português Sérgio Dias acrescenta-nos também que: "A determinada altura da Evolução da Doença Oncológica, o nível de oxigénio que é transportado pelos vasos sanguíneos para os tumores é insuficiente. Então as células - neste caso, do cancro -  desenvolvem mecanismos que levam à formação de mais vasos sanguíneos, o que permite ao cancro crescer. Estes investigadores perceberam que esses sinais são devidos às descidas dos níveis de oxigénio."

Para a distinta professora catedrática Maria do Carmo Fonseca em conclusão ao Observador: "A investigação destes três laureados sublinha a importância de se fazer investigação fundamental sobre as células e os genes, já que são estes trabalhos que vão trazer os Medicamentos do Futuro!"

A Academia Sueca estabelecida em Estocolmo, na Suécia, publicitou em comunhão com tudo o que foi dito, que existe efectivamente um reforço e/ou um interesse inegável - e indissociável - na unificação de esforços para que Novos Medicamentos possam ver a luz do dia.

E que, pontificados e focalizados nesse grande empenho, se alinham para que haja de futuro a colaboração entre vários laboratórios e empresas farmacêuticas, todos eles vocacionados no desenvolvimento de medicamentos, que possam interferir (num futuro próximo) com diferentes estadios da doença, seja activando seja bloqueando, o mecanismo que permite a detecção de oxigénio.

Interagindo entre si, tal como existe na Interacção Celular de todos os organismos vivos do nosso planeta, haja vontade e assumo real de um dia se banirem de vez estas tão trágicas doenças que nos afectam.

E que, na impressionabilidade com que descobertas e avanços médicos se efectivam, termos sempre presente que somos apenas humanos, que somos «apenas» células e um tanto de outras tantas coisas em interacção sobre a Terra e sobre o Cosmos que um dia descobriremos também! Que haja interacção então, a nível celular e não só!!!