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terça-feira, 15 de julho de 2014

A Mítica França


Ilha do "Le Mont-Saint-Michel"         Normandia                        França

Este monte sagrado dos Gauleses ou obra de arte dotada de magia própria, terá sido efectivamente trazido pelos deuses em todo o seu esplendor e magnitude na Terra? Que poderes mágicos emergem assim desta tão magistral abadia - que se ergue a 80 metros de altura acima do mar - e, os Druidas, terão celebrado aí (no monte), cerimónias de iniciação em total entrega a uma causa maior sob o olhar dos deuses - em monte vazo ainda da abadia - mas não, de toda essa mítica energia que já exumava em si? E que celebrariam estes sob esta mesma energia que os revertia veneráveis e submissos a essa crença, a essa devoção?

França - Terra de Lugares Míticos e Mágicos
A França possui uma grande quantidade de locais mágicos, nos quais eram celebrados ritos invulgares e cultos misteriosos. Desde o princípio dos tempos que os seres humanos acorreram a estes lugares, para melhor poderem sentir as próprias forças vitais, para obter benefícios de saúde ou mesmo em busca de eterna juventude. Os lugares de culto das populações primitivas foram mais tarde aproveitados pelos Gauleses, pelos Romanos e finalmente pelos Cristãos. O monte sagrado Puy de Dôme, situado na região de Auvergne, o impressionante "Mont-Saint-Michel", na Normandia, e as catedrais de Notre-Dame de Chartres e de Paris, constituem assim e ainda hoje para muitos dos seus visitantes, locais capazes de proporcionar curas, capazes de ajudá-los a reencontrar a harmonia e a espiritualidade perdidas.

A Acrópole de França
A catedral de Chartres é conhecida, não só pela sua beleza mas também pela sua importância arquitectónica, como a «Acrópole de França». Este edifício possui antes de mais uma aura alquímica, nele se reúnem o Céu e a Terra numa invulgar vibração. Está situado sobre uma linha geomântica, a qual liga a cidade de Reims à Bretanha. Debaixo do centro do coro, radioestesistas conseguiram detectar 14 veios de água subterrâneos, o que faz deste lugar um verdadeiro centro de ondas electromagnéticas.
Desde há muito que se reconhece a importância da catedral, cujas linhas apuradas e definidas se desenham claramente contra o horizonte, como uma espécie de «antena cósmica».
A catedral de Chartres, tal como as outras grandes catedrais posteriores, foi planeada e construída em proporções tão gigantescas e ousadas que, ainda hoje entrar nela, continua a ser uma experiência inesquecível! Diante de tais dimensões, o mundo dos seres humanos parece pequeno e de pouca importância.
Sendo a primeira igreja deste tipo, Chartres deu pela primeira vez aos crentes uma noção de um mundo diferente. No "Apocalipse 21" haviam já ouvido falar da Jerusalém celestial, com as portas de pedra preciosas e pérolas, as casas e as ruas de ouro puro e vidro transparente.
Esta visão, porém, só aparentemente se tornara realidade: a pobreza que continuavam a experimentar recordava-lhes constantemente a miséria da sua existência humana aqui na Terra.

O Labirinto de Chartres
Um labirinto circular ocupa toda a largura da nave da igreja e, com um diâmetro de quase 13 metros, é um dos maiores que jamais foram construídos.
Os peregrinos utilizavam-no em tempos como uma espécie de percurso iniciático, percorrendo-o a cantar e a rezar, muitas vezes de joelhos. Este processo desencadeava frequentemente reacções violentas por parte do corpo, como estremecimentos ou mesmo convulsões; bem como alterações do estado de consciência. Hoje em dia o labirinto está tapado pelos bancos da igreja, de modo a que se evite uma repetição desses velhos rituais. Mas, agora, em limiar dos novos tempos que se vivem e nos dão igualmente uma outra e nova consciência cósmica, aqui se sugere a seguinte questão: Serão portais estelares estes labirintos que rodeiam as igrejas e claustros numa tomada completa da nossa consciência física, mental e psíquica?...

O Reino das Pedras
Também a catedral de Notre-Dame em Paris fica situada numa encruzilhada entre dois eixos magnéticos, cuja acção recíproca a nível energético lhe empresta  a sua força resplandecente.
A catedral não é propriamente visitada, é vivida no mais profundo do íntimo de quem lá entra como um local propício à meditação.
De acordo com a tradição, cada um daqueles que participou na construção deste monumento, terá conseguido trazer a matéria um pouco para mais perto da luz. Deste modo, ter-se-à tornado possível a futuros visitantes alcançar uma forma de consciência mais elevada. Com efeito, quando se visita a catedral e nela se entra, tem-se precisamente essa sensação: os próprios historiadores de arte falam de «Luz edificada», quando se referem aos espaços interiores das catedrais góticas. Esta experiência deverá ter sido verdadeiramente impressionante para qualquer pessoa na Idade Média.

O Milagre do Mont-Saint-Michel
Não apenas devido à sua situação invulgar, o «Mont-Saint-Michel», na Normandia, constitui um dos lugares mais fascinantes de todo o Ocidente! Verdadeira obra de arte da Natureza, esta ilha constituída por um rochedo de granito com 80 metros de altura, ergue-se acima do mar.
Para os Gauleses, o monte servia como local onde se celebravam cerimónias de iniciação para os Druidas, os quais terão detido o poder mágico de acalmar tempestades - ou quem o saberá...? - aos deuses a que se devotavam na época.
Em 1017 foi erigida uma abadia consagrada a São Miguel. O Arcanjo terá aparecido ao arcebispo de então e, de seguida, terá realizado milagres impressionantes em favor da população local.
Desde a partida dos monges da lha em 1886 que, a abadia, se tornou então um local de peregrinação em honra de São Miguel. No seu interior, o Arcanjo está - à semelhança dos cavaleiros medievais - representado com uma armadura prateada! Com espada e escudo, acabou de derrotar o dragão, que jaz a seus pés.
A abadia é uma das mais importantes igrejas rurais de França e, espelha bem o encanto despojado da região onde se insere. Obra de arte dotada de uma magia própria, que terá sido trazida pelos deuses para a Terra, este monte sagrado dos Gauleses, constitui assim um dos locais de passagem obrigatórios para quem visita esta região e, é venerado pelos Franceses como monumento cultural e natural - único que é!

O Centro Energético
A região de Auvergne é, de acordo com as declarações dos geomantes, o centro energético de França ( o «Hara» - como a noção de centro energético é conhecida na Índia), a partir da qual se expandem as energias telúricas em espiral por todo o país.
O ponto de partida é o mais antigo, mais alto e mais conhecido vulcão de França - o Puy de Dôme - que, com os seus 1465 metros de altitude se eleva bastante acima das crateras vizinhas.
Nesta montanha sagrada , os Gauleses erigiram um templo em honra de Teutates - um dos seus principais deuses - sobre o qual os Romanos construíram mais tarde um outro, em honra do deus Mercúrio.
Este templo contava ainda com os serviços de um Oráculo. Alcançava-se este recinto após uma sucessão de patamares e escadas, ao longo dos quais os visitantes não só iam podendo visitar a impressionante estátua de bronze do deus Mercúrio, como também se iam aproximando do desejado esclarecimento e, iluminação.
O maciço montanhoso do Mont-Dore, cujas rochas são constituídas por dois tipos de lava diferentes, sendo uma delas rica e a outra pobre em ácido silícico, é considerado um centro energético. Possivelmente este invulgar fenómeno dos dois tipos diferentes de pedra vulcânica será mesmo a causa e, a origem, da energia que aí se regista!
Também o pico de Le Puy e o vulcão de Puy de Sancy constituem locais com uma aura de magia e sacralidade. Na região em redor de Mont-Dore, também as nascentes de água quente - por exemplo nas Termas de La Bourboule - ou mesmo a nascente que no parque da pequena localidade de Fenestre brota do chão, contribuem para criar este «Reino Mágico» da região de Auvergne!

Inversões Térmicas
Uma parte das propriedades mágicas do monte Puy de Dôme pode ter a ver com a energia irradiada pelas rochas vulcânicas, pois estas contêm partículas ínfimas de óxido de ferro que possuem a propriedade de, aquando as erupções vulcânicas e no estado líquido, se orientarem de acordo com o eixo magnético da Terra. Entre os segredos deste monte sagrado contam-se também o fenómeno atmosférico das «inversões térmicas»: se bem que o tempo esteja efectivamente muito frio, no cimo do monte Puy de Dôme sopra uma brisa amena. O ar frio, mais pesado, desce e condensa-se na planície, ao passo que o ar quente sobe.
Hoje em dia este fenómeno meteorológico é perfeitamente conhecido e, está amplamente explicado, mas os Druidas entendiam este processo (para eles mágico!) como se tivesse ocorrido uma intervenção dos deuses.

Curas Milagrosas
De acordo com uma lenda local, muito antes do nascimento de Jesus Cristo, um anjo anunciou a um Druida - na região de Chartres - que uma virgem viria um dia dar à luz um deus.
Bardos errantes trataram de espalhar e fazer chegar esta mensagem a todos os cantos da Gália. Em consequência disso, grandes massas de peregrinos acorreram à cidade, que no século X se tornou conhecida pelas curas milagrosas que aí tinham lugar. Os doentes eram acolhidos na cripta da catedral, onde tinham de passar nove dias a rezar e meditar, observando também um jejum rigoroso.

Quanto ao labirinto gótico no chão da catedral de Chartres, foi desde sempre percorrido e devotamente contemplado por milhares de visitantes. Situado à entrada deste edifício, trata-se de um desafio alegórico aos crentes, no sentido de estes repensarem e analisarem as suas vidas, antes de se dirigirem ao altar.
Após 294 metros percorridos em 11 círculos concêntricos neste caminho de devoção, o peregrino alcança o centro do labirinto, onde se deverá ajoelhar e rezar.
Voltando à Ilha do Mont-Saint-Michel (na imagem do texto) surge-nos aqui como se de uma miragem se tratasse. Vista de longe, parece flutuar nas ondas do Atlântico. Com a maré baixa, este monte sagrado onde se ergue a referida abadia medieval, pode ser facilmente alcançado a pé.
A energia que se usufrui, alada a uma misticidade única, confere nos visitantes uma atmosfera digna de deuses em espiritualidade plena. De uma beleza ímpar, consegue-se sentir essa fragrância celestial - ou estelar - em toda a sua magnitude. Há que o sentir e reter em si, na meditação ou oração aí cumpridas. Só me resta então acrescentar que, a bem dessa paz, harmonia e placitude divinas - de deuses ou seres estelares - hoje e sempre, se continue a usufruir dessa magia tão peculiar da mítica terra francesa. A bem de toda a Humanidade, assim seja!

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