Translate

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A Fotografia Psíquica


Fotografia Psíquica de Ted Serios

Poder-se-à fazer viagens ao passado através destas fotografias psíquicas? E que dimensão poderão alcançar estas anómalas fotografias - em processo paranormal e, capacidade psicocinética - numa influência directa sobre as camadas da emulsão da película? Qual a razão de se verificarem estranhas alterações em relação aos originais, sem serem fruto da imaginação nas imagens aí representadas?

Fotografias Psíquicas
Ted Serios despiu a camisa, transpira e pragueja, após já ter bebido várias garrafas de cerveja. Há horas que vai para a lente de uma máquina fotográfica «Polaroide», através de um pequeno cilindro de cartão.
Olhar através do canudo de cartão aumenta a sua concentração nas imagens e, quando estas surgem, a máquina é accionada por indicação sua.
Este é o retrato de um dia banal de sessões experimentais com Ted Serios (n. 1930), um indivíduo oriundo de Chigago, um biscateiro sem emprego certo. A sua especialidade são as chamadas «Fotografias Psíquicas». Durante as suas experiências com Ted Serios na década de 1960, o psicanalista e parapsicólogo Jule Eisenbud (1908-1999) decidiu-se pela utilização de máquinas fotográficas Polaroid, visto que estas revelam as fotografias dentro da própria máquina - afastando desse modo qualquer possibilidade de manipulação da película, durante a revelação do rolo na câmara escura.

Fotografias do Mundo Imaginário
Numa fase inicial, apenas se viam fotografias esfumadas do rosto de Serios, até porque em todas as sessões experimentais, a focagem da objectiva estava regulada para o Infinito!
Após algumas horas conseguiam-se as primeiras cópias inexplicáveis: fotografias totalmente negras, embora a sala de experiências estivesse bem iluminada. Em geral, só depois é que se captavam as fotografias verdadeiramente impressionantes de cenas e edificações: colunas, cúpulas, uma fotografia de uma invulgar perspectiva do Hotel Hilton em Washington, entre muitas outras.

Viagem ao Passado através da Fotografia Psíquica
Certa vez, após um longo período de espera, uma equipa de televisão conseguiu obter 11 fotografias do motivo desejado: um ser humano pré-histórico!
Conforme se veio a verificar, Ted Serios havia reproduzido partes de um modelo demonstrativo em exibição no Museu de História Natural de Chicago. Por vezes, as fotografias de Ted Serios não revelavam quaisquer estruturas ou pessoas, embora apresentassem inexplicáveis anomalias: imagens completamente negras ou completamente brancas. Tais fotografias anómalas precediam habitualmente os retratos paranormais de objectos identificáveis. Não existe explicação para estes singulares efeitos.
Aparentemente, as capacidades psicocinéticas podem exercer influência directa sobre as camadas da emulsão da película, produzindo-se deste modo fotografias.

O Relógio de Música
De uma das vezes que pediram a Ted Serios para obter fotografias psíquicas no seu típico modo claro-escuro, este produziu duas fotografias que foram identificadas como representações do relógio de música da Câmara Municipal de Munique.
Após uma análise mais detalhada, as figuras mecânicas do relógio revelaram estar ao contrário, como se vistas ao espelho, e algo diferentes em relação ao original. Eram justamente estas divergências que os cientistas consideravam como um indício da autenticidade das fotografias psíquicas de Ted Serios.
Para além disso, uma das fotografias do relógio de música fora obtida com uma câmara sem lente, a qual estava a ser segurada a uma distância de cerca de um metro de Ted Serios. Neste caso, qualquer manipulação estava fora de questão. Fica por explicar o motivo por que se dão estas estranhas alterações em relação ao original. Uma vez que não se trata de fotografias que representem imagens que sejam fruto da imaginação, não se pode considerar que na sua origem estejam quaisquer lacunas da memória.
A maior parte das vezes, Serios não sabia o que iria aparecer nas fotografias. Era frequente não se concentrar em nenhum tipo de imagem, enquanto outras vezes surgiam fotografias completamente diferentes daquilo que ele havia imaginado. Ainda não é possível explicar o processo de produção das fotografias psíquicas, até porque dons como os de Ted Serios e Masuaki Kyiota são extremamente raros. Para além disso, não se procedeu ainda a experiências científicas em número suficiente.

A Estátua da Liberdade
Com apenas 14 anos, Masuaki Kyiota causou sensação no Japão devido às suas faculdades que lhe permitiam deformar artisticamente peças de faqueiro sem recorrer à força física.
Também pôs à prova estas aptidões psicocinéticas em fotografias mentais. Para a realização das experiências, retirou-se a uma máquina fotográfica Polaroid a objectiva e o obturador. Quando se levou a máquina para fora da sala da experiência, Masuaki Kyiota permaneceu lá dentro a concentrar-se e conseguiu-se obter uma fotografia que representava a Estátua da Liberdade em duplicado, sendo cada imagem um reflexo da outra.

Quanto a Ted Serios, nas muitas experiências efectivadas com o doutor Jule Eisenbud, este só conseguia obter fotografias psíquicas após várias tentativas. Como já se referiu, era então frequente este beber várias garrafas de cerveja - para dar ânimo - num facto raro para um sensitivo!
Costumava também fumar e praguejar ininterruptamente. Fazia tudo isto de propósito, induzindo-se deste modo num estado de excitação deliberada. Visto que nestas condições começava a transpirar, despia a camisa e ficava nu da cintura para cima. Surgiam então as primeiras provas anómalas, as chamadas «blackies» - fotografias completamente pretas. Depois disso produzia várias das suas características fotografias psíquicas, normalmente uma após a outra, com grande rapidez.

Ted Serios chamava «extras» às suas personagens ou aparições de pessoas que não conhecia e se retratavam assim nas suas fotografias. Estas eram produzidas recorrendo exclusivamente à força do seu pensamento, não sendo portanto «falsificações» obtidas, por exemplo, por meio de dupla exposição.
Que se poderá traduzir então sob estas experiências de Ted Serios em particular? Que reproduziria este em projecção mental e psíquica que se lhe transporia em registo fotográfico? Alcançaria ele um estado assim tão alucinado, tão fora de si, que o faria invocar outros espíritos, outros seres e dimensões que se reportavam depois em objectiva ou mesmo sem esta, em espaço próprio  mas ocasionado e, observado em fotografia?
Que poderes retinha em si - nesse tão alterado estado físico e mental - que o levava a redimensionar toda essa perspectiva psíquica para a retrospectiva fotográfica? E qual a razão, por que cientistas e demais entendidos o não terão pesquisado mais...ou, averiguado mais em pormenor nestas suas evidências fotográficas? Mesmo na actualidade, qual a razão de não se ter aprofundado ainda esta ciência, esta técnica ou...este estranho fenómeno inexplicável de, visualização fotográfica extraída de mentes alteradas...?
Muitas questões em aberto, sem dúvida, que por muito tempo ainda carecerão de resposta e...uma mais concludente afirmação sobre todos estes acontecimentos de fotografias psíquicas. Aguardar-se-à que em breve haja uma investigação mais rigorosa e, um estudo mais pontual, sobre estas muitas questões sobre o tema. Assim sendo, só nos resta desejar que, a bem da Humanidade e de um maior conhecimento, tudo se venha a revelar em profunda e criteriosa verdade dos factos. A bem das futuras gerações, que assim seja!

Sem comentários:

Enviar um comentário