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sábado, 31 de maio de 2014

Matinal (tribute to Franciso Ribeira, 1966-2010)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Missão-Marte


Planeta Marte

Será que, passada uma década, ainda manterei a lucidez - ou a estupidez - de querer mudar não o meu mundo mas um outro, que em função, defesa e amor a uma pátria e bandeira ainda por registar, me consignará uma existência extraterrestre...? Haverá arrependimento, inadaptação ou sequer a ilusão de estar perante uma omnipotente missão sem retorno? Terei agido bem? Serei recordada por esse facto...ou apenas e tão somente dignificada com um número nas costas e outro em código de barras espacial?

A Missão Impossível/ Missão-Marte
Há seis anos atrás tudo me parecia lógico. Pontual, correcto e certeiro nos objectivos a cumprir. Saíra da Universidade com um diploma de licenciatura em Psicologia e uma vontade de comer o mundo à dentada! Eu...e as minhas outras duas amigas que comigo agora partilham o apartamento que alugámos há pouco num concelho limítrofe de Lisboa: a doce Catarina e a estouvada Marta, ambas o meu porto seguro em ombro para rir, chorar ou apenas abraçar em noites de Bairro Alto.
Todas comungámos da loucura generalizada de nos candidatarmos à ensandecida viagem a Marte, em inscrição e doideira latente de quem pouco ou nada sabe da vida mas, a deseja toda! Num ápice! Sorve-se a vida como espécie de «shot» pelas goelas abaixo e se isso nos deixa entorpecidas e felizes, então assim se cumpra. Por essa liberdade, deixei a casa-mãe, a casa de ambos os meus pais que, deslizando por esta sem que um ou outro se cruzem, vão coabitando, tentando esquecerem-se um do outro ou lembrarem que um dia se já amaram. E muito! Eu não queria repetir os seus erros, as suas angústias, os seus receios e pior, as suas omissões em palavra e em sentimento demonstrado que agora ambos fecham em si, como estigma ou maldição nestes impostas. Eu queria amar, amar muito, amar tudo! E este mundo pareceu-me pequeno demais. Daí...a escolha sensata ou não, imprudente e impulsiva talvez, de me lançar na aventura do Espaço...para quem este território mundano de licenciatura, mestrado e por fim...as horas mal pagas em call-center não reprodutivo e muito menos ambicioso de qualquer subida de carreira profissional, e nada a perder, senti. Mas...Marte? Estaria louca de vez, remeteram-me todos os outros amigos em considerações suas muito limitativas ou exíguas demais para a minha ambição e...liberdade! Eu, como sagitariana e senhora do meu nariz, pois que Marte seria, se a Lua já era tão próxima, próxima demais para os meus intentos de me libertar de todos os males terrenos e, deste lindo planeta azul que agora observava cinza e negro, tão negro como as minhas perspectivas de neste continuar! Se estava errada, a vida mostrar-mo-ia, acreditava!

A Investigação sobre Marte
Desde que o calhau com o bonito nome de: ALH 84001 foi encontrado em 1994 e posteriormente analisado por cientistas e muitos outros entendidos, que a minha curiosidade - aliada à sonda do mesmo nome que cruzou os solos marcianos, instada pela NASA - que eu me dei ares de erudita e muito culta e fui à procura de eventuais desígnios sobre este planeta vermelho. Não tardou a que soubesse de muita coisa. Marte, é um corpo celeste gelado. Começávamos mal. Sabia não ser um planeta aprazível mas ainda assim...não pensei que tão árido, agreste e tão sem graça de se viver! Porra! Eu tenho 24 anos...há que beneficiar da dúvida e de uma certa irresponsabilidade, convenhamos. Não tenho de saber tudo. Para já!...
Continuando...há 4000 milhões de anos que Marte possivelmente teve também os mesmos rios, lagos e mares que a Terra. As descargas eléctricas atmosféricas e os vulcões forneciam-lhe energia. A água e a crosta rochosa do planeta protegiam-no dos mortais raios ultravioletas. Mas, na actualidade, Marte está praticamente morto do que se conheceu até aí. Terá sofrido um impacte brutal, terrível e terrífico na dimensão exacta de tudo o que posteriormente lhe surgiu. Tendo sido atingido por um meteorito (ou vários) de grandes dimensões em designação de Meta-Meteorito, a colisão foi imediata e devastadora, originando uma explosão colossal e, criando várias crateras em si. Possui mais de 20 vulcões activos, sendo igualmente atingido por várias erupções, chamadas as super-erupções por tão rasantes e nocivas neste planeta serem.
Nada disso me atingiu. Eu sentia-me indestrutível no meu pensamento e, na minha estóica vontade de fazer lenda e mito sobre a minha pessoa. Eu ia para o «Inferno», mas ia feliz...
Marte - Gravidade menor do que a Terra. A Atmosfera pouco densa. Possui organismos refugiados nas profundezas do interior do planeta. Há nanobactérias que vivem no interior das pedras sem depender da energia solar. São umas sobreviventes natas, portanto! Sê-lo-ia eu também...?
O solo de Marte tem uma superfície avermelhada (rocha tipo basáltica); tem um diâmetro de 6787 quilómetros e a Atmosfera é formada por 95% de Dióxido de Carbono, 3% de Azoto e 2% de Árgon.
Estava fodida! Aqui...as minhas defesas foram-se abaixo. Era um planeta inóspito, traiçoeiro, maligno! Para além de irrespirável era também pouco majestoso ou amistoso com quem lá pusesse os pés. E onde tinha eu a cabeça para ter dado o meu aval em inscrição e reiteração de mulher adulta ou coisa parecida para me fazer ser astronauta de trazer por casa? Teria agora tanta certeza disso? A parte melhor era, que ainda faltavam dez belos anos para pensar ou deixar de pensar na coisa. O pior...era não poder anular essa inscrição de mim na Mars One em vias de outsourcing da Space X. Quem entrava não saía. E quem saía era porque já estava morto! Não me deixavam grande escolha. Os custos eram enormes, a proporção de empenhos e logística, cursos administrados e reitorias sobre essas pequenas e quase mágicas alíneas que raras vezes se lêem em precursão imediata. Mas tudo bem. Quem se enfia de cabeça, tem depois de sofrer as eventuais consequências para os seus dislates impulsivos de pouca consciência ou adolescência prolongada. Arquei com o que fiz. Não valia de nada incomodar fosse quem fosse com esses meus infundados receios (ou não!) de me fazer à vida em nave espacial estrangeira e, um até nunca que me vou embora para não mais voltar. Taxativo, não é? Pois é. Mas foi assim.

A Convocação
13 de Maio de 2014 - Chegou a carta de convocação. Para as três. No mesmo dia. Enquanto ainda ouvíamos aos cânticos de despedida à Senhora de Fátima pela televisão em peregrinação anual em homenagem à sua aparição há quase um século, que todas rasgámos literalmente os envelopes e, as almas - sentíamos - ao ver determinados os nossos destinos. A Catarina foi a menos exuberante. Há muito que me dizia estar deveras arrependida desse seu acto de há seis em que teve a infeliz ideia de se inscrever na missão a Marte. Mas já tinha a solução: o seu médico emitiria um atestado médico consignando-a portadora de uma deficiência cardiopática que a rejeitaria de imediato nesse circuito, o que não deixava de ser verdade, pois esta de início omitira esse facto clínico na pré-selecção. Como a sua missiva tinha sido de rejeição, ela pulou que se fartou e gritou, e esperneou efusiva e maluca de todo com tanta alegria por ter sido negado o seu ingresso na missão. Já a Marta, ficou furiosa por tal. Amas eram engenheiras, uma na área do ambiente e outra em química. Ambas recusadas! Eu...a mais parva, supostamente, a mais desequilibrada ou instável, insegura e convenhamos...um pouco fútil demais para tanta devoção extraplanetária, foi-me dado o visto de passagem e ingresso nas fileiras militares de um designado projecto Mars One, como se tivesse sido convocada para a guerra! Ou...para a selecção nacional de futebol, cá do meu burgo, de Portugal! E de qual delas...a mais temerosa, a mais premente, a mais eloquente e responsável...? Caí no sofá da sala como se me tivesse caído um raio em cima! Porra! (alvitrei) Por esta é que eu não esperava...então agora que o Cristiano Ronaldo está nas Champions e depois vai para o Mundial no Brasil, há os Rolling Stones no fim do mês no Rock In Rio...e...que faço eu agora, pá, já nem tenho cabeça para isto tudo...e o Benfica pá...como vou eu ao estádio se já nem tenho forças para raciocinar? - E fui amparada por ambas no meu derradeiro desgosto de me ter de preparar para a «guerra» espacial que aí vinha...ainda que, tivesse dez anos de vida para isso!

A Família
O confronto familiar é sempre aquele que mais nos concerne a fraqueza de tudo, em consciência e práticas demonstradas. Agora, eu voltara a ser aquele rapariga indefesa que achava que ir para uma ONG, era o mesmo que dar um tiro na cabeça, de quando algumas amigas minhas me vinham dizer terem-se alistado nos «Leigos» de qualquer coisa e...nas associações de cariz cristão em busca de uma espiritualidade sua e, conhecimentos nos outros por terras de África. Venerava-lhes o altruísmo mas também, a pouca ambição de não começarem primeiro por um estágio a nível nacional e não, o irem intrusar-se por terras de além-mar. Eu estava errada...como sempre. Debitei isso em mim, já mais tarde...para uma posteridade que não veria na Terra mas sim em Marte, supunha, do muito que ainda teria de calcorrear e engolir nessa minha ousadia egoísta de só olhar para o meu umbigo! Culpei disso mesmo os meus pais e amorteci a dor dessa crueldade neles, ao revelar-lhes que finalmente se iam livrar de mim em fim de mesada e jugular preocupação sobre a minha pessoa, de quando me aferiam eu ser-lhes uma lança espetada no peito em jovem problemática - e muitas das vezes - distante, indiferente aos seus apelos de pais condignos.
Eu era de facto distante. Mas indiferente ou má, isso não! Apenas os estava a pôr à prova, à final prova que eu própria não sabia se passaria com desvelo e mérito: eu ia partir para sempre, sem lhes dar netos, genro, carreira profissional que os orgulhasse...ou sequer, felicidade de os ver a ambos envelhecerem sob a minha alçada. Demitia-me de tudo, assim! Fui cruel. E sofri por isso. Abraçaram-se a mim e disseram-me que tudo fariam para que eu recusasse essa tarefa ignóbil e...eterna, de não mais os ver, de não mais lhes mostrar a minha afeição de filha impecável que sempre lhes fora (era a primeira vez que mo diziam...) e que, comigo iriam até às últimas instâncias ou entidades maiores, superiores, militares ou outras, para que me reconhecessem inapta para a função, para a inacreditável missão sem retorno em Marte. Que apelariam a tudo e todos para que eu pudesse declinar com veemência esse mau caminho de quase perdição, de quase maldição, anuíram ambos ante o meu olhar concupiscente e, introspectivo. Chorei. Chorei muito agarrada a eles, como se fosse ainda uma menina de colo, arrevesando-lhes de que iria mas iria com o coração cheio de amor que não mágoa, de tanto amor lhes ver sobre mim. Que um dia tinha de partir...e esse dia, chegara!
Tentei desanuviar o ambiente pesado, dizendo-lhes que, em prol do meu «árduo» curso de Psicologia, tinha sido escolhida não-aleatoriamente por convénios superiores do "Projecto" que me veriam um dia como alguém distinto e, não- parasitário, numa sociedade que a cada dia mais se exigia forte e sã, inteligente e...ambiciosa de maiores futuros. Aquiesceram, mas não totalmente. Consegui fazê-los rir com as minhas piadas de caserna, em que só eu chorava por dentro. Como os amava...e não sabia, até aí. Disse-lhes que tinha de deixar o crucifixo de ouro que a minha avó já falecida me tinha dado em seu préstimo e honra de despedida desta vida. Que eles, lá nos States, não autorizavam que eu levasse nenhum tipo de amuleto nem nada a que me pudesse agarrar em corpo que não em espírito. Suásticas, Estrelas de David, Meias-Luas, Crucifixos ou coisas assim...não eram permitidas tanto nos treinos como na acção imediata que surgisse. Os credos ficavam em casa - asseveraram - em regras há muito anunciadas. Não se podia ter tatuagens, piercings, próteses ou outros apêndices disformes ou não-análogos à boa compleição física. Nenhum traço de adicção ou influência de psicotrópicos em comportamentos psicossomáticos diletantes da realidade ou alterados. Não se podia sofrer de nenhuma patologia, desde a leva constipação à doença degenerativa; miopia, estigmatismo, dentes cariados ou pé chato. Nada disso era suposto existir em cada elemento que mais tarde eles próprios - os da missão - nos veriam internamente. Como na tropa! No exército da Armada, da Marinha ou da fluente Força Aérea, ali mais reportada em nós, como peões espaciais ou simples neutrinos estelares, sobrevoando o Espaço, ouvindo as mensagens de Einstein e Tesla e...tantos outros que nos indiciaram nestas andanças espaciais. Eu estava pronta! Pensava eu...
Eles, os rapazes...tinham de ser uns «Kens» e as raparigas em igual género e função, umas «Barbies» mas, de camuflado e fato espacial de astronauta similares. A missão suicida, missão impossível ou missão completamente fora de tudo o que se conhecera até aí, ia dar-me a maior lição da minha vida: ser útil aos outros, não só à família, aos amigos, aos colegas de trabalho...como agora e ali, ao meu imenso planeta Terra que, fora dele, eu ia ver através de uma nave espacial em caminho para o Inferno vermelho, inferno gelado que nos iria receber como garganta funda pornográfica de um qualquer outro filme de terror, senti!
Tinha dez anos para me preparar...sem poder criar família, ter filhos, emoções ou delações de qualquer espécie para poder fugir, poder desertar como rato no deserto. Eu era dos «SEAL»...aferi às minhas amigas. Eu era um soldado, coisa que nem nos piores pesadelos supus poder ser algum dia...eu era o mais importante órgão militar em célula especial e, espacial, por tudo o que nunca viria a revelar na Terra...do que um dia possivelmente eu conquistaria, à semelhança do valente e honroso Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, os irmãos Corte-Real, Gil Eanes, Diogo Cão e tantos outros, pois que a memória já se me tolda de tantos navegantes quinhentistas que, do meu pequeno país desbravaram mundo e deram novos mundos ao mundo! E eu...que daria eu, ao mundo? Mundo esse que não mais veria nem...apreciaria mais em beleza geográfica (que não fosse de pés no ar em suspensão gravitacional de dentro da nave espacial), nem sentiria em amores terrestres, em corpos presentes, ferventes e amoroso de uma união, de uma acoplagem nem sempre perfeita!... E o vinho? Poder-se-à levar umas garrafas de vinho português...? E uns queijos da Serra, e umas queijadas e travesseiros de Sintra, e...meu Deus, como sou gulosa! Mas terei de deixar tudo para trás...? Esquecer os mares, os rios, os lagos, as montanhas, as planícies, o sorriso da minha mãe, o ar sério do meu pai, as risadas histéricas das minhas amigas, o meu cão, a minha gata, o som dos pássaros em chilreio...as buzinas do tráfego matinal, os cheiros, as cores, os sons, os sabores...meu Deus, vou enlouquecer! Ah, pois vou...mas Deus não o permita, pois Ele é o único a quem eu não posso decepcionar, o único que me irá observar, recolher e...abraçar, aquando me vir só e sem chão por pisar. Vou respirar fundo, de dentro da cápsula indumentária em que me vou ver também e, pedir a Deus, a só Ele, que me proteja, que me segure e me dê as honras suas de me perpetuar a vida lá em cima...no extenso e, intenso planeta vermelho. Que Deus não me abandone...ou estarei para sempre perdida...do mundo e, de mim!
Agora...só há que esperar. Uma década de suspensa aflição e, entrega e honra, de toda a minha pessoa singular! Que Deus para sempre esteja comigo e eu com Ele também!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Grande Metrópole


A Caaba em Meca                             Arábia Saudita

«O homem estava transido de medo. Fosse para onde fosse que dirigisse o olhar no crepúsculo da manhã, via sempre a figura de um Anjo no horizonte. Uma voz abalou o seu âmago: "Foste escolhido para profeta!"»                                                      - Arcano Gabriel a Maomé -

Quem foi Maomé - que com a sua mensagem - teve influência sobre o destino de milhões de pessoas de todas as nações e, mediante o qual o Islão, se tornou uma das grandes religiões do mundo? E que poderes terá de facto esta Pedra Negra - Pedra Sagrada - que todos veneram e consideram divina?

Meca - O Coração do Islão
O Fundador da Religião - Maomé, que mais tarde veio a fundar o Islamismo, começou por rejeitar aquela revelação divina. Só quando o Arcano Gabriel lhe apareceu uma segunda vez é que se compenetrou do seu destino. O acontecimento que transformou um homem simples em mensageiro de Deus e fundador do Islão - uma das comunidades religiosas mais poderosas do mundo - ocorreu no ano 610 na Arábia Saudita, nas proximidades da velha cidade de Meca, importante centro de comércio. De acordo com a tradição, a partir de então Maomé prega que «não há mais nenhum Deus para além de Alá».

Alá é Grande (Allah Akbar)
Alá é o criador do mundo e o Todo-Poderoso. Assim está escrito no Alcorão - que Maomé escreveu sob indicação do Arcanjo Gabriel (ou ser estelar...?) e, onde está contida a revelação divina.
A rica metrópole comercial de Meca transformou-se assim no pulsante coração do Islão. O próprio Maomé lhe modificou a face em nome da sua nova fé e, declarou-a um centro de convergência, pois foi aí que recebeu as primeiras revelações divinas e aí terá também existido a primeira igreja da Humanidade, erigida por Abraão, o patriarca bíblico.

A Sagrada Caaba
No Islão, todos os crentes - tanto homens como mulheres - devem pelo menos uma vez na vida empreender a chamada «hadj» - uma peregrinação a Meca.
O objectivo dessa viagem de peregrinação e simultaneamente centro de toda a fé, é a Caaba - um edifício em forma de cubo no interior da Grande Mesquita. Aí está depositada - no canto sudoeste da Caaba - a Pedra Negra Sagrada, a «Al-Hadjar al-Aswad».
Este objecto enigmático - que muitos tomam como sendo um meteorito e do qual se supõe haver propriedades de urânio e radiações diversas - fora já objecto de culto de tribos pagãs em tempos pré-islâmicos. Para os muçulmanos, porém, constitui um resquício dos tempos primordiais de Adão. Terá supostamente caído do Céu, outrora - e ainda hoje é vista como um elo de ligação, um símbolo da união entre o Criador e, as suas criaturas: o ser humano!

Metrópole do Mundo
Os Muçulmanos prostram-se cinco vezes por dia na direcção de Meca. A «Mãe das Cidades» fica situada num planalto bastante despojado e atrai todos os anos centenas de milhares de peregrinos.
Em vagas humanas em contínuo movimento, os fiéis circulam em redor da Caaba e no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio; aproximam-se depois, respeitosamente e em oração, do santuário - que, com a suas paredes de 15 metros de altura - impõe a sua presença maciça no pátio interior da Grande Mesquita.
A dois metros de altura encontra-se uma moldura oval prateada, através da qual o fiel pode tocar os lábios na Pedra Negra. A não muçulmanos, é até aos dias de hoje, completamente proibido o acesso a Meca.
Também um exame mais aprofundado da Pedra Negra, permanece até à actualidade algo de impossível de levar a cabo. Reza a lenda que, quem profanar a pedra desse modo, terá de pagar com a própria vida.

O Mensageiro de Deus
Sobre Maomé ainda, há e haverá sempre algo de muito enigmático também sobre a sua origem e, a sua propagação de fé em crença islamista. Que mensagem tão influente foi esta então, que o terá levado a requisitar milhares de seguidores que, nos dias de hoje, se difundem já por cerca de 1000 milhões por todo o mundo? Vamos elucidar então a sua origem.
Maomé nasceu por volta do ano 570 em Meca, tendo ficado órfão de pai e mãe desde muito cedo. Um avô e um tio tomaram-no a seu cargo. Aos 21 anos Maomé obteve um emprego a trabalhar para uma importante negociante negociante chamada: Khadidja.. Como caravaneiro, viajou o jovem Maomé em negócios até à Síria, sendo mais tarde escolhido por Khadidja para administrar os seus negócios.
Aos 25 anos Maomé casou com ela - que era quase quinze anos mais velha. Passados outros quinze anos, Maomé tornou-se fundador de uma das religiões mais importantes do mundo. Por proclamar o monoteísmo em Meca, que era pagã, teve de fugir em 622 para Medina - sendo a partir daí que, empreendeu uma luta contra o politeísmo pagão até pouco antes da sua morte, ocorrida a 8 de Junho de 632.

Muitas questões são hoje em dia levantadas sobre a dimensão - não da crença religiosa - mas, da verdadeira dimensão desta exemplar Pedra Negra que se supõe da esfera estelar em meteorito alcançado na Terra. Propriedades minerais cósmicas ou divinas, o certo é que se mantém na actualidade essa mesma dúvida existencial sobre o que se não pode verificar por meios científicos. Respeitar-se-à efectivamente essa analogia de Pedra Sagrada e, pedra intocável por mãos de investigadores e estudiosos da matéria. No entanto, lamenta-se que assim seja, pelo tanto que haveria por descodificar e, futuramente revelar ao mundo sobre a verdadeira proveniência desta miraculosa Pedra Negra de veneração em Meca. Seja como for, há que lembrar que Maomé - como ser escolhido pelo Arcano Gabriel - terá sido mais um veículo e mensageiro na Terra de Deus em ordem e seguimento. Arcanjo Gabriel ou...ser estelar, digno desse ou outro nome no imenso cosmos de um Universo infinito (ou finito, segundo alguns...) de carisma e essência profundamente reveladora, bela e...por certo audaz na reiteração havida - e cingida em Maomé - de uma regra a estabelecer, a seguir, a venerar e...a impor ao mundo.
Todas as crenças, as religiões, as ordens do espírito ou do Universo serão sempre bem-vindas, se o Homem assim quiser, assim aceitar e assim o desejar...pois só assim evoluirá. Até mesmo na descrença, no cepticismo, no paganismo ou na total acefalia destes novos tempos se assim se determinar também, pelo muito que terá ainda a aprender, a deixar-se receber, a deixar-se imunizar pelos ódios e pela aversão visceral da alma que a idade contemporânea nos remete. Mas há sempre escolha, opção e livre arbítrio para o que se decide fazer na nossa vida. Apenas há que seguir um caminho e se for do bem...então a luz virá! A Humanidade carece de luz! Carece de muita coisa que, a seu tempo, recrudescerá! Pelo bem da Humanidade em todo o seu esplendor, seja qual for a religião ou credo por que nos regemos, assim possa ser através dos tempos em continuidade e, elevação. Assim seja então!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ä Cidade Santa


Jerusalém - A Cidade Santa - Israel

2º Livro de Moisés (sobre a Arca da Aliança):
"Fareis uma arca de madeira de acácia, e terá de comprimento dois côvados e meio; um côvado e meio de largura, um côvado e meio de altura. Revesti-la-às de ouro puro, tanto no interior como no exterior, e cercá-la-às de um cornija de ouro. Fundirás, para a arca, quatro argolas de ouro e fixá-las-às nos seus quatro ângulos: duas de um lado, duas de outro. Mandarás fazer varais de madeira de acácia revestidos de ouro; introduzirás os varais nas argolas, ao longo dos lados da arca, a fim de servirem para a transportar."
                                                                                                                (Êxodo 25, 10-14).

Jerusalém - A Cidade Santa
"Essa é a vontade de Deus!" - O fanático incitamento foi entoado por milhares de gargantas, entre o fogo dos cercos às muralhas de Jerusalém, por milhares de devotos cruzados que atacavam a Cidade Santa em nome de todos os cristãos - com vista a libertá-la do domínio muçulmano.
Mais de 70 mil pessoas encontraram a morte a 15 de Julho de 1099, durante a I Cruzada. Não foi essa a primeira vez que Jerusalém serviu de palco e esteve no meio de guerras religiosas, nem tão-pouco a última.

Os Fundadores de Israel
Na sua qualidade de lugar sagrado, Jerusalém é ponto de confluência de três religiões. Fazendo apelo a razões históricas, Cristãos, Judeus e Muçulmanos reivindicam o direito à cidade - uma cidade que desde os primórdios da sua existência sempre tem sido motivo de disputa, alvo de conquista e destruição - em nome da religião ou por razões políticas.
A história de Jerusalém surge registada em tabuinhas de argila no Norte da Síria por volta de 2500 a. C. O rei David (1004-965 a. C.) fundou o primeiro estado judeu e fez de Jerusalém a sua capital. Foi também no reinado de David que o objecto mais sagrado do Judaísmo - a Arca da Aliança (uma arca dourada que contém os Dez Mandamentos de Deus) - foi trazido para Jerusalém. Para melhor guardar as Tábuas da Lei, Salomão (até 926 a. C.), filho e sucessor de David, mandou construir o Templo de Salomão.

Um Muro de Lamentações para o Judaísmo
Após a obra sagrada de Salomão haver sido destruída pelos Babilónios em 587 a. C., foi erigido um segundo templo em Jerusalém. Muito embora o poder político mudasse de mãos por diversas vezes ao longo da História, esta construção manteve-se sempre ao longo dos séculos o centro religioso da cidade e ponto de confluência das peregrinações dos dos habitantes da Judeia.
No início da Era Cristã, o rei dos Judeus, Herodes - que governava sob a hegemonia dos Romanos - interveio no templo, fazendo dele o maior monumento sagrado do seu tempo. Quando no ano 70 o seu povo se sublevou contra os ocupantes romanos, esta construção sagrada foi destruída. Dela apenas restou o muro de suporte ocidental, hoje em dia venerado e conhecido como o Muro das Lamentações.

Um Caminho da Paixão para a Cristandade
O que o Muro das Lamentações representa para os Judeus, representa o monte Cólgota para os Cristãos. Aí, fora da cidade de Jerusalém, teve outrora lugar a crucificação do Filho de Deus. Quando no século IV o Cristianismo, através do Império Romano, se impôs em Jerusalém, foi - em jeito de evocação da morte e ressurreição de Cristo - construída a Igreja do Santo Sepulcro, que, tal como muitos outros monumentos, já não conserva actualmente o seu aspecto original. Em grande parte está destruído também o Palácio de Herodes, onde Pôncio Pilatos pronunciou a condenação à morte de Jesus Cristo e, onde ordenou que este fosse açoitado. A Via Dolorosa, as ruelas através das quais Jesus carregou a cruz, ainda hoje liga a parte velha da cidade ao monte Cólgota.
À direita do portal da Igreja do Santo Sepulcro deverá ter sido erigida a cruz na qual Cristo morreu. O mistério da Paixão estende-se ainda à pedra sobre a qual o cadáver de Cristo terá sido depositado e, ao sepulcro de onde Cristo terá ressuscitado ao terceiro dia.

A Cúpula do Rochedo do Islão
Lugar central da fé islâmica mantém-se hoje em dia o Monte do Templo, com a sua monumental Cúpula do Rochedo - uma mesquita ricamente ornamentada com azulejos cerâmicos azuis e amarelos e versículos do Alcorão. Foi no Alcorão que o fundador do Islamismo, o profeta Maomé (570-632), apresentou as revelações que lhe foram transmitidas por Deus através de visões.
No centro da Cúpula do Rochedo está a descoberto uma parte da rocha sobre a qual o edifício assenta. Desta rocha, onde outrora Abraão, o patriarca do Judaísmo, por temor a Deus quis sacrificar o seu próprio filho Isaac, terá iniciado o profeta a sua ascensão aos céus. Ainda hoje podem aí ser vistas as pegadas deixadas na rocha por Maomé, pelo seu cavalo Burak, bem como as impressões dos dedos do arcanjo Gabriel, que, de acordo com a tradição, terá segurado a rocha aquando da ascensão aos céus.
No Talmude judaico, resultante de um processo de recolha oral e escrita que se estende por diversos séculos, avança-se a hipótese de a rocha estar situada precisamente sobre a abertura de um precipício, no qual se pode ouvir o marulhar do Dilúvio. De acordo com a tradição muçulmana, a rocha está a pairar livremente no ar, sem qualquer apoio. Por debaixo flui a nascente das almas, junto da qual os falecidos se reúnem para orar.

Mitologia e Presente
Uma convivência pacífica dos dois maiores grupos populacionais, não parece actualmente possível em Jerusalém. Tanto Judeus como Muçulmanos reclamam para si a Cidade Santa, as guerras religiosas e as desavenças políticas vão-se mantendo sempre acesas e, inflamando-se ocasionalmente.
Praticamente todos os habitantes judeus sublinham a importância essencial da posse da totalidade de Jerusalém e, o quanto esta é um propósito irrenunciável - ao mesmo tempo que, os povos árabes, falam da impossibilidade de uma paz duradoura entre as populações, enquanto Jerusalém não for também partilhada com o Islão.

A Arca de Deus
O sonho de qualquer historiador da religião é conseguir encontrar a misteriosa Arca da Aliança que contém os Dez Mandamentos. A Arca da Aliança, terá pois, sido construída por Moisés por volta do ano 1250 a. C. e trazida no século X a. C. pelo rei David para a sua capital, Jerusalém, como objecto de culto, tendo sido guardada durante o reinado de Salomão no templo que este mandou construir. Desde a destruição do Templo de Salomão no século VI a. C. que deixou de haver qualquer vestígio do paradeiro dessa arca dourada.
Muitos são os que a julgam enterrada na colina sobra a qual se ergue o templo. O arqueólogo israelita Ronny Reich acrescenta a propósito: "Efectuámos medições com tecnologia de raios infravermelhos e, de leitura térmica, na colina do templo; e pudemos então comprovar que todo o monte é percorrido por corredores e túneis secretos - como se de uma colmeia se tratasse. Se alguma vez aí viermos a achar a Arca da Aliança, será com certeza a maior descoberta de todos os tempos!"

A Disputa de Jerusalém
Em 1947, um plano de partilha apresentado pela ONU, deu origem a conflitos na antiga Palestina. De acordo com este plano, deveria haver em Jerusalém - para além de um sector árabe e um sector judaico - também um sector internacional.
Os Árabes, porém, e sobretudo os países árabes vizinhos, não estavam de acordo com este plano, pelo que não tardou a estalar a primeira guerra Israelo-Árabe, que do ponto de vista dos Israelitas era uma guerra de independência. Este conflito opôs os os exércitos israelitas aos exércitos árabes de países como o Egipto, a Jordânia, a Síria, o Iraque e o Líbano.
Israel ocupou assim cerca de 77% do antigo território - anteriormente sob o mandato da ONU e, declarou-o território nacional do Estado de Israel, o que ultrapassava em muito a terra a atribuir aos Judeus, segundo o plano de partilha de 1947.
Na segunda guerra Israelo-Árabe - entre Outubro e Novembro de 1956 - as tropas israelitas sob pressão das Nações Unidas retiraram-se dos territórios ocupados, mas os conflitos continuaram a fazer-se sentir.
Os Estados Árabes intensificaram a luta contra a existência de Israel enquanto Estado. Para se defender, Israel ocupa em 1967 - num terceiro conflito que veio a tornar-se conhecido como a Guerra dos Seis Dias - de novo, aqueles mesmos territórios e partes da Síria.
Em 1973, ergue-se então a Guerra do Yom Kippur e, em 1982, as tropas israelitas invadem o Líbano. Até hoje, não pôde ser encontrada uma solução que conduza a uma paz duradoura na região.

Estamos em finais de Maio do belo ano de 2014 e - por visita do Papa Francisco a Jerusalém - em medidas correctas e justas que unam e, edifiquem em todos essa paz que se deseja duradoura, tentou este Santo Padre da Igreja Católico-Romana a bênção e a junção de todos: Cristãos, Judeus e Muçulmanos.
Não se sabe se esta missão terá êxito mas de uma coisa estamos certos: a bem de todas as religiões e de todas as ideologias de fé e crença, entrega e oração, se amplie em coração e boa ventura essa almejada paz entre os povos. Os territórios não devem ser fronteiras nem barreiras ou algemas de qualquer espécie, sentindo o Homem ter de estar muito para além dessas pertenças terrenas que não eternas, sobrevivendo a si, sobrevivendo a tudo: até mesmo às guerras intestinas de entre si, também. Há que invocar a paz. Há que sugestionar uma solução, uma união entre povos e crenças e toda a Humanidade se engalanará em futuro próximo de maior e melhor convivência e, felicidade conjunta. É nisso que se acredita; por uma Humanidade sã, pacífica e frutuosa...além os tempos. Que Deus o permita e assim possa ser!

terça-feira, 27 de maio de 2014

IMORTAL by Rodrigo Leão

A Esperança XII




Planeta Thraeh - Próximo de Altair/Alfa do Centauro A

Poderá existir uma centelha de paraíso onde tudo parece perfeito mas não é? Levitar por entre ondas que não existem num incomensurável mundo virtual de mar, Céu e nada...? Estar apartada de uma parte da família e de tudo no fundo, ainda que saibamos dos muitos esforços para essa reunião? Alcançarei então a plenitude e, a felicidade, se tal vir a suceder mesmo que leve tempos eternos que  a esfera estelar me consigna em espera desesperada de não ter Dominus, o meu filho e, Siul, o meu amado Centauro?

O Abraço
É inevitável o confronto e a sujeição a que me vou impor perante os meus filhos. Dizem-me que estão bem e e eu acredito. Quero dar por finda esta maleita incrível de recuos e avanços numa dimensão extraordinariamente confusa e, diletante. Para todos! Não sei como me vão receber ou sequer, se me vão aceitar ante toda esta estranha epopeia ou diáspora pessoal de uma terrestre sua mãe, tão efusiva quanto impulsiva...nos actos e, nas acções cometidas. Nem quase me lembro dos seus sorrisos, das suas investidas de crianças sãs e bem resolvidas com a vida, naquele que lhes foi o único planeta de berço: a Terra!
Sinto frio. Sinto medo. Como mãe terráquea infringi todos os erros, todas as leis e todas as maldições ou defeitos que uma mãe, uma simples mãe não pode cometer em nenhuma fracção estelar: o demitir-se de tal. E eu...fi-lo! Inconsequente e, estupidamente sem olhar para trás, sem me deixar toldar pelos seus inocentes e frágeis momentos de alegria ou temor, aquando para os meus braços vinham em aconchego e protecção de singelo mas mui natural colo materno. Deixando-me corroer pelo ciúme doentio, pela imbecilidade em mim revelada de uma insegurança abstrusa, sentindo que podia fazer tudo, tudo mesmo, até preterir os meus queridos quatro filhos, agora indefesos e...perdidos de mim. E esse, era o meu maior castigo, a minha maior pena, o meu julgamento supremo de uma condenação que eu já fazia em mim. Absolver-me-iam eles de toda essa incongruente tomada de posição, de quando me desloquei para Marte, para o planeta vermelho, árido e funesto de tudo...até dos sentimentos por mim havidos de me deixar dissolver nesse imenso caldeirão do repúdio, da rejeição? E afinal para quê?...Para me ter deixado insolver mais em lamentos, percas físicas e psíquicas; cognitivas e outras que, impossíveis agora são de retorno e...perdão, acredito.
Estou gelada. Petrificada de medo. O pior julgamento da minha vida está prestes a consolidar-se e eu...inextirpável na minha dor de me saber uma terrível mãe, aguardo então serenamente que, a porta dessa evasão suceda, mas Deus Uno-queira, rápida e certeira!
E tal sucedeu. Os meus filhos correram para mim...num abraço terreno, forte e apertado...sublime e inviolável de todas as coisas! E eu fui deles e eles meus! Num abraço de longo alcance, longo e súbito de todas as coisas. Amava-os tanto! Mas tanto! Como pude ter sido tão egoísta ao ponto de os ter deixado por uma coisa de nada...fútil e completamente idiota! Tola, tão tola que fui!

A Adaptação
Ser-se mãe...é ser-se tudo! Recusarmos ou negarmos essa evidência, é assumir uma culpa e uma menoridade a toda a prova. Eu quase o fiz...deitando tudo a perder. Tinha de recuperar agora anos perdidos, anos não absorvidos naquela imensa dor de solidão e afogueamento contrário ao suposto: o ter de ser mãe antes de tudo o resto. Deixar para trás missões, ordenamentos e objectivos particulares ou individuais tanto de recrudescimento como de evolução prefeccionista  a nível profissional. Nada disso importava agora. Agora...eu ia finalmente ser aquilo que sempre deveria ter sido sem ter quebrado essa mesma minha promessa - ser uma mãe da Terra! Ainda que esta...estivesse tão longe de mim quanto eu dela por razões que agora me prostravam em conhecimentos holográficos que odiei registar.
Antes disso ainda, coloquei muitas questões a meu filho Anu - que com o seu semblante de adolescente irrepreensível em bigode precoce e olhar cirúrgico - me observava como se eu lhe fosse uma desconhecida, tendo eu de o inquirir se por acaso me acompanharia em missão especial - e individual - na procura de Dominus. Foi pronto e conciso. Disse-me ser solidário e guerreiro sobre esta causa, não só minha mas dele também na procura e resgate - se tivesse sobrevivido ao horrendo holocausto estelar (referi-lhe penosamente) - em que todos teríamos de permanecer juntos e fiéis a essa determinação familiar de não mais nos separarmos, fosse por que razão fosse. Aquiesci em abraço profundo como se lhe quisesse quase arrancar a alma do peito, em enlace sobre a minha. Tiki observava tudo isto em silêncio, registando em si um certo ciúme do que aquele meu primogénito híbrido me devotava. Anu de quinze anos, Tiki de treze - naquela idade do armário terráqueo em que as meninas se escondem, sufocam manias e defeitos seus (que os não há, a não ser na fértil imaginação de uma conturbada revolução hormonal de que são alvo!), para além de uns olhos-água deslumbrantes, uma cabeleira loura que lha caía em cascata pela cintura e uma cara de anjo, a minha filha Tiki era o espelho da beleza, doçura e magnitude máxima estelar, admiti.
Os meus gémeos, os meus bebés maiores como eu lhes chamava, ruborizavam toda uma estranheza sobre mim, em abraços prolongados mas afastados de alguma sublevação ou inquirição sobre o que teria levado a que eu os tivesse abandonado. Temiam até respirar mais forte, se acaso eu lhes tivesse também sugerido tal. Nada que houvesse agora no mundo, poderia de mim afastá-los e eu, deles...senti ferozmente! Estavam com sete anos de idade e já sabiam fazer reprogramações de computação e estudos seus em matemáticas auxiliares de formação e, formatação. Fiquei plena de garbo e orgulho ao vê-los tão expeditos e tão exímios no que demonstravam em qualidade e inteligência superior - comum ao seu pai, Siul, que ainda eu não vira ou percepcionara ali mas, suspirava por abraçar também e, reter nos meus braços.

A Nova Terra: Thraeh
O novo desígnio em solo e céus - meus e, de meus filhos a partir dali - seria Altair, para onde nos levaram de Alfa do Centauro A. Consciencializei de que afinal eu não era assim tão igual a estes - pelo que me incutiram a mim e aos meus filhos de consignação extra-estelar (pelo menos  no seu seio de Alfa do Centauro A...), tentando que eu me redimisse de todos os erros em expiação de «pecados» fora dali.
Exumaram-me a alma. Ou quase. Enalteceriam os efeitos agrestes de que poderia sofrer, caso me instasse a querer voltar à Terra nesse momento. Não havia condições, asseveraram-me. Não agora. Teria de rumar com os meus filhos - em espécie de limbo estelar - até Thraeh, um planeta recente, muito novo e muito semelhante ao planeta Terra em atmosfera e consideração solar; magnitude, distância, classe espectral e tudo o mais em consonância ambiental e de sobrevivência humana sem auxiliares cirúrgicos - e outros, de igual bonomia e correlação sustentável em vivência e, permanência. Aquiesci, de novo. Também porque, não me podia sublevar ou revoltar sobre a sua palavra e destino: o que diziam...era lei! Não havia direito a recursos, a contra-posições ou sequer interrogações. Estava sistematizado e...possivelmente, estigmatizado para mim também, considerei. Arcar com a família «às costas» em final feliz e, sobre uma nave espacial emprestada pelos Centauros...era tudo  a que tinha direito. Nada mais.
Mostraram-me a Terra. O meu planeta já tinha sofrido tanto! Foi acometido de tenebrosas tempestades magnéticas solares em que, o seu escudo protector e, à sua volta, foi literalmente devassado ficando exposto às radiações solares e a toda a imensa «chuva» de erupções em plasma super-aquecido. De novo, a guerra galáctica não só tinha perfurado o solo terrestre como para além disso, este planeta outrora lindo e vazo de maleitas, estava agora em caos permanente sem comunicações, electricidade e satélites de interacção sobre os mesmos. Lamentei por isso e...chorei. Os Centauros perceberam. Ficaram quedos mas senti-lhes a solidariedade, pois também eles - como veladores e protectores da esfera solar e do grande cosmos - e, não comungando com qualquer tipo de destruição, anuiriam de que de futuro, os esforços para uma maior prestação fosse dada ao planeta Terra - até que este emergisse de novo dos tantos cataclismos em si imputados - de origem natural ou não! E a tudo me foi dado ver. A tudo me foi dado observar em registo póstumo deste meu planeta Terra e.. de outros, iguais em sofrimento e, ingerência de guerra estelar.
Sofri com isso. Muito! De novo a biotecnologia teria de se instaurar e fazer ramificar nestes martirizados planetas em que, as muitas epidemias e factores patogénicos, aí se instavam também em refreamento de todo um maior desenvolvimento orgânico e, geral. As bactérias patogénicas cresciam quase à velocidade da luz - referiam-me - em receptividade ao caos apresentado. Os extremófilos - as bactérias mais resistentes em micro-organismos vindos do Espaço - aferiram-me, na incidência catastrófica dos mesmos - sobre os futuros seres aí gerados e reproduzidos, na proliferação maldita de estirpes patogénicas fatais. Para além de surtos epidémicos generalizados que disseminaria ( ou ia disseminando...) grande parte da população nestes planetas existentes. Triliões de vírus que teriam de ser erradicados e exterminados mas que, levaria tempo para tal, afiançaram-me. Neste exacto momento, a Terra, não era um bom local para se viver, asseveraram ainda. Nem na Terra nem...noutro similar. Daí que, Thraeh fosse uma boa alternativa. Não a única mas...a viável, que em espaço aberto de solo, Céu e atmosfera tinha ficado incólume e inviolável às batalhas estelares e, às mudanças ou tempestades magnéticas solares. Aquiesci, mais uma vez. Eram implacáveis, mas não mentirosos. Os Centauros sabiam do que falavam e eu, só tinha de ouvir. Remeti-me então ao silêncio, perspectivando o meu futuro a curto prazo com os meus quatro filhos nesse desconhecido mas, supunha, belo planeta de reconhecimento e reinício de vida em comum, de vida a realizar...pelo menos, por agora!
Possuía praias, ou seja, havia mar! Havia oceanos, rios, vales, montanhas e Sol! A uma distância regular e coexistente do que existira na Terra. Havia flores, vegetação e ar puro; respirável e oxigenado sem a elevada concentração de dióxido de carbono de muitos outros. Parecia perfeito! Mas...para tudo ser mesmo perfeito, só tendo a presença de Siul e, principalmente de Dominus - o meu filho perdido nas estrelas do cosmos, nas estrelas deste infinito Universo que nos guia e ampara. Depois disso...a perfeição! A sublimação de todos os meus actos - puros ou impuros - em consciência ou vibração maior de uma felicidade havida e sentida por todo o estelar Universo. Que Deus-Uno me acolha e me devolva o que é meu em meu filho Dominus. Para já, em Thraeh...depois, logo se verá! Que Siul me abrace e me proteja a partir de agora, aquando voltar e para si eu me eternizar! Aí sim, serei feliz! E à Terra poder voltar!

domingo, 25 de maio de 2014

A Voz da Terra


Aldeia de Findhorn - Norte da Escócia

Será Findhorn, o princípio basilar de toda uma nove perspectiva de vida em indícios de uma nova Era?
Elfos, Anjos, Vedas ou outros seres similares - seres de luz - ligados à Natureza, existirão realmente em arquetípicas energias primitivas?

Findhorn - O Jardim das Boas Almas
A pequena aldeia de Findhorn, no Norte da Escócia, é um lugar como que retirado de um conto fantástico. Os espíritos da Natureza deverão ter ajudado a tornar um lugar antes inóspito num paraíso. Legumes e frutas medram hoje tão exuberantemente naquele clima agreste que, Findhorn passou a ser sinónimo de uma ecologia suave e, agradável.
Os quinhentos habitantes esperam que a sua comunidade venha um dia a transformar-se numa «cidade de luz».

Vozes da Terra
Tudo começou com umas quantas pessoas vindas de Londres - fartas provavelmente do stress sofrido na grande cidade - que decidiram estabelecer-se em Findhorn. Começaram por habitar numa rulote estacionada entre as dunas, deitavam-se ao Sol e, escutavam o murmúrio do vento. Um ade entre elas, Dorothy McLean, afirma também ter ouvido uma voz sussurrante que a aconselhou várias vezes a plantar feijões, abóboras e nabos naquela terra inóspita.
Os seus amigos, Peter e Eileen Caddy não a contestaram quando a ouviram falar daqueles enigmáticos recados. Pelo contrário, Peter, que já antes se mostrara bastante sensível às ideias antroposóficas de Rudolf Steiner, decidiu aproveitar e levar a sério as informações que lhes haviam sido fornecidas.
Começou a cultivar uma horta e, por intermédio de Dorothy, colocava questões muito específicas àqueles conselheiros invisíveis - questões essas que eram respondidas sem reservas e com todo o rigor. O êxito era sempre garantido desde que seguissem as indicações recebidas.

Espíritos da Natureza e Seres Humanos
O resultado desta acção combinada entre espíritos da Natureza e seres humanos, começo então desta forma a ser por demais evidente. Nem mesmo especialistas em agricultura biológica encontravam quaisquer explicações para o facto de, sob condições adversas tão extremas, poderem ser produzidos legumes e flores tão grandes e viçosos.
Dorothy McLean estava convencida do facto de ela e os seus amigos terem sido contactados por uma espécie de anjos. «Muito embora no decurso de toda esta experiência, eu tivesse mantido uma boa dose de cepticismo - sem dúvida sob a influência de ideias pouco esclarecidas sobre seres misteriosos como os Elfos - quando os contactos a pouco e pouco começaram a demonstrar o seu valor através dos resultados no crescimento das coisas na horta, passei a aceitar como real, a existência desses seres...»

Pólo de Atracção para «Ecoperegrinos»
Finfhorn transformou-se numa verdadeira atracção para curiosos de todo o mundo que se deslocavam até ao extremo norte da Escócia para assim admirar aquele fenómeno com os próprios olhos. Muitos deles acabaram por ficar por lá e, o número de habitantes da comunidade, não tardou a duplicar passado pouco tempo. Quando os fundadores da comunidade de Findhorn publicaram o livro «The Findhorn Garden» (O Jardim de Findhorn), onde apresentam todos os seus conhecimentos - em que, uma vez mais, o número de interessados aumentou consideravelmente.
Entretanto, esta aldeia, graças à sua agricultura ecológica bem-sucedida, tornou-se um dos principais fornecedores de alimentos da região.
Paralelamente desenvolvem-se actividades como a organização de seminários, com vista a promover a condução de uma vida mais ligada à espiritualidade ou mesmo cursos de informática especializados, bem como cursos que visam despertar a percepção da existência metafísica dos «Devas» - aqueles seres a meio caminho entre o dia e o sonho.  

Os Devas, Espíritos das Plantas
Em sânscrito, a palavra «deva» significa: «ser da luz». Uma vez que vivem numa outra esfera, os Devas são invisíveis para os seres humanos, o que não impede que estejam também sujeitos, tal como nós, aos ciclos naturais e eternos de nascimento, morte e renascimento. São considerados os espíritos protectores de plantas e animais, tendo Dorothy McLean podido constatar que, cada espécie de planta, possui os seus próprios devas. Assim sendo, existem devas das ervilhas, devas dos tomates e devas das cenouras - pelo que cada planta acaba por constituir um ser dotado de uma alma e de inteligência.
Esta noção de almas nas leguminosas - e por conseguinte em toda a imponente Natureza - existiu já anteriormente para os druidas Celtas, para os Egípcios e para os Gregos e que, para além disso, ainda hoje nos pode ajudar, pois «falar com o espírito das plantas é realmente uma possibilidade de falarmos connosco próprios e também com outros de um modo inteiramente novo e mais profundo», como afirma Dorothy McLean. Para ela, os Devas, são então como que ideias ou energias primitivas e arquetípicas.

Interessante será verificar que, muitos canteiros desta comunidade escocesa de Findhorn têm uma forma arredondada. É mesmo frequente estes serem plantados em forma de espiral, o que possibilita uma confluência das energias. Ficou então provado que as plantas se dão melhor juntamente com outras ou dispostas em grupos  - do que sozinhas.
Por experiência pessoal, comprovo inteiramente - aquando um belo dia tive de colocar dois pinheiros, lado a lado e de origens diferentes, ou seja, um pinheiro macho e outro fêmea para que assim se desenvolvessem. Vários agricultores e entendidos na matéria corroboram desta mesma tese de, as plantas serem um pouco como o ser humano, gostando de estar acompanhadas e, se possível, em géneros distintos para o seu crescimento e compleição. Pois que possuam alma e dignidade ambiental em fauna assente e reflorescente, deseja-se. Talvez aí...haja mais respeito e sublimação nessa vertente que a natureza nos induz e, seduz. A bem da Natureza da Terra e de todos nós Humanidade, que as suas almas perdurem e ecoam em voz da terra eterna. Assim seja então!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Colina do Além


Cômoro Artificial de Cahokia - Estado do Illinois              América do Norte (EUA)

Poder-se-à acreditar que esta elevação virado ao Céu - ou pretensão na busca do Além - tenha sido edificada por mão humana? Existindo tantos outros, espalhados por vários estados norte-americanos e mesmo no Canadá, quem os terá construído em toda a sua dimensão e pujança, Fenícios...ou sobreviventes da submersa Atlântida? Ou ainda, outros seres além a Terra, visitantes do cosmos que os teriam indiciado nessa exótica edificação voltada aos céus?

Cômoros Artificiais na América do Norte
"É difícil acreditar que tenha sido feito pela mão de seres humanos!" - Observaria em eloquência e alguma admiração, o arqueólogo William McAdams, em 1887, quando viu pela primeira vez Monks Mound - um cômoro artificial que é a mais alta elevação criada por «mão humana» a norte do México. Este, um monumento de terra piramidal com 30 metros de altura, edificado com 600 mil metros cúbicos de terra pelos índios da cultura do Mississípi (800-1500 d. C.), na antiga metrópole religiosa de Cahokia, no Estado norte-americano de Illinois.
Para seu grande espanto, McAdams verificou uma semelhança impressionante com as pirâmides egípcias e, mexicanas. o mito dos Mound Builders (construtores de cômoros) deu azo a várias teorias: este povo Ameríndio seria oriundo da Índia ou seriam Toltecas emigrados do México? Teriam sido Fenícios...ou sobreviventes da submersa Atlântida estes seres que, só na região de Ohio Valley construíram dez mil cômoros artificiais, para além dos existentes no Canadá, em Nova Iorque, no Nebraska, na Florida ou no Texas? Ou ainda - e esta, uma tese ainda mais polémica - seres vindos do Espaço e da esfera estelar em auxílio ou comando nessas mesmas edificações, designadas hoje cômoros artificiais? Quem terão sido efectivamente, é uma pergunta à qual ninguém parece saber a resposta.

Os Mound Builders
Ninguém acreditava que os Índios fossem capazes de uma obra colectiva de proporções tão gigantescas. Antes deles, porém, as culturas dos Adenas e de Hopewell (500 a. C. até 400 d. C.) já haviam produzido inúmeros cones simétricos e, imagens paisagísticas admiráveis a partir de aterros: figuras geométricas, bisontes, aves, ursos, pessoas e répteis. A mais impressionante destas formações é Serpent Mound (Cômoro da Serpente), em Portsmouth, no Estado do Ohio.
A imagem de uma serpente estende-se ao longo de mais de 400 metros numa cumeada. Com os maxilares bem abertos, a serpente parece estar a engolir um ovo.
Hoje em dia já só quase podemos adivinhar o simbolismo destas obras, pois tanto os criadores como grande parte dos vestígios da sua cultura - à excepção dos enormes e enigmáticos cômoros - desapareceram muito antes da nossa Era.

Sabedoria Abrangente
Os povos primitivos organizavam o seu meio ambiente com uma força visionária. Em última análise, as imagens deixadas no terreno, reflectem assim a relação do ser humano com a Natureza.
Embora estes povos primitivos transfigurassem artificialmente a sua terra e a manipulassem, conseguiam manter um equilíbrio harmonioso. Hoje em dia podemos observar estas obras criativas em toda a sua dimensão a partir de um avião, mas os Índios pré-históricos não tinham esta possibilidade.
Será que criaram estas figuras para os deuses ou...para visitantes do cosmos? Talvez sentissem, de um modo para nós desconhecido, as referências simbólicas e multifacetadas de uma imagem; talvez, segundo a opinião da fotógrafa americana de arqueologia Marilyn Bridges, eles compreendessem intuitivamente o ritmo das forças da Natureza e, soubessem como é possível o ser humano e essas forças  viverem em harmonia.

Colinas-Templos
Em 1725, o holandês Le Page du Pratz viveu momentos marcantes junto dos Índios Natchez. O «Rei-Deus» que governava na época, era o «Grande Sol» - cuja origem o próprio, remetia directamente às constelações.
Habitava num templo sobre uma plataforma elevada, situada em frente a uma pirâmide de terra, dentro da qual repousava o seu antecessor. Quando o irmão de Grande Sol morreu, toda a sua corte o acompanhou na morte. Estupefacto, Du Pratz fixou as últimas palavras de uma das suas esposas: "Não se aflijam. No Reino dos Espíritos continuaremos amigos por muito mais tempo, pois lá, a Morte não existe!"
Mais tarde deitaram fogo à construção que servia de templo e que entretanto se transformara em casa funerária, colocando depois uma nova camada de terra, por cima dos despojos.
Mas quem terá sido efectivamente este poderoso ser, o Grande Sol que habitava no templo sobre essa plataforma elevada...? Um deus ou...a evidência de um ser estelar, de um ser inteligente e magnânimo em tecnologia e conhecimentos superiores que terá difundido e, explanado, perante aqueles que determinou como o seu povo na Terra? Quem o saberá responder?...

Cômoros Artificiais na Ásia
Defuntos imortais - Estes locais de eterno descanso podem também ser encontrados em muitos locais da China. A Leste de Linxian, eleva-se uma colina artificial de terra com 4 metros de altura. Um poço com 20 metros de profundidade leva-nos na vertical a uma sepultura vedada com barro, para a qual foram descidos os restos mortais de uma princesa em 168 a. C.
Durante cerca de 2100 anos, o corpo da morta permaneceu incólume. Numa bandeira de seda que acompanhara a defunta como oferenda funerária, distinguiam-se imagens que simbolizavam o Reino dos Mortos e, o Céu. Existe assim uma porta aberta para o Mundo dos Espíritos, pela qual a princesa deverá entrar no Além. É admirável que, para assegurar de forma alegórica a imortalidade, na China se recorresse aos mesmos processos que na distante América.
Os testemunhos arcaicos dos construtores de cômoros, tanto num sítio como no outro, comunicam até aos nossos dias através de uma linguagem mágica que liga as limitações humanas à eternidade.

O Culto dos Mortos Pré-Colombiano
Na América, vários cômoros artificiais erguidos pela cultura dos Adenas serviam igualmente como cemitérios para as personalidades importantes, Cresap Mound (Virgínia Ocidental, EUA) alberga por si só 50 mortos, os quais foram sepultados no período entre 200 a. C. e 50 d. C.
Os dignitários eram sepultados em valas simples ou em jazigos de madeira e, junto deles, eram depositadas ferramentas ou jóias. A cada novo enterro, a colina era novamente coberta.

Montanhas para a Eternidade
As pirâmides em degraus eram conhecidas tanto na América como na China. Uma tribo do Norte da China, chamada «Di», enterrou o seu rei Cuo (311 a. C.), sob uma colina com 35 metros de comprimento, sobre a qual edificaram vários templos funerários em forma de pirâmide. À semelhança do que acontecia na cultura do Mississípi, duas das esposas e alguns elementos da corte tiveram de acompanhá-lo na morte. A seu lado eram sepultados dois quadros com relatos históricos, assim como símbolo em bronze do carácter «shan», que significa, montanha.
É possível que, para os Di, este carácter tivesse um significado sagrado e, designasse a sua terra natal - a qual se teria talvez situado em regiões montanhosas distantes. Chegado ao Além, o rei deveria então escalar as montanhas eternas.

Colinas do Exército do Além
Quando em 210 a. C. morreu o imperador chinês fundador da Dinastia Qin, tudo estava a postos para a sua vida após a morte. Num recinto funerário com dois quilómetros quadrados perto da capital do Império, Xi`an, na província de Shanxi, repousa ainda hoje Qin Shi Huangdi - o primeiro imperador chinês.
Sabemos por intermédio de relatos antigos, que o seu cadáver repousa num sarcófago em forma de barco, rodeado por um rio de mercúrio, e que sobre ele se estende um Céu de cobre com as constelações celestes representadas. O imperador queria continuar a reinar a partir da sua sepultura. Para tal, mandou cobrir tudo com terra, formando assim uma montanha cónica, um mausoléu com 43 metros de altura - cuja construção ocupou 700 mil homens durante três décadas.
Mandou ainda fazer 7 mil soldados em terracota - em tamanho natural - que deveriam guardar-lhe o túmulo e ser seus acompanhantes no Além, equipados com espadas, lanças, arcos e machados, com cavalos e atrelados de guerra - como em vida.

A sequencial pergunta que nos resta considerar então é, o que saberiam estes antepassados, estes povos antigos, sobre a existência portentosa de um outro mundo, de um outro reino para além da vida? Que poderes e que interesses tiveram em vida, espalhando essa mensagem - prorrogada no tempo e nas mentalidades futuras - de haver algo mais, algo tão superior como a descoberta efectiva da nossa criação e génese humanas. Poderá ser tudo ainda um longo e profundo mistério, no que os ancestrais nos deixam tanto em monumentos megalíticos, cômoros e outros tantos exemplos de maior introspecção e, investigação, mas...a curto prazo, nos aferiram dessa certeza de um hipotético reino dos mortos ou quem saberá...de um paralelo mundo ao da vida em posse, sentidos e veemência, ainda que, sobre uma outra dimensão. A tudo ouviremos com a mesma complacência com que os antigos o terão feito - em veneração e não concupiscência - com que muitos encaram ainda estas mensagens deixadas em repouso sobre estas colinas do Além. Apenas nos resta dizer então: a bem da Humanidade assim continue a ser!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Estrada das Estrelas


Esculturas em Pedra - Homenagem aos Peregrinos   Santiago de Compostela - Galiza     Norte de Espanha

Estará a Terra dotada de pontos de força invisíveis, cuja situação obedece a um sistema geométrico? Seriam os nossos antepassados remotos capazes de se orientar e, de determinar posições com exactidão a milhares de quilómetros de distância? Ter-se-à efectivamente descoberto uma rede geométrica de locais de culto sistematicamente projectada? Será esta rede, a verdadeira estrada de estrelas que alguém do cimo terá cingido na Terra? Serão caminhos estelares por entre locais de culto sagrados megalíticos que vão desde a fortificação de Trelleborg na Dinamarca até à cidade peregrina de Santiago de Compostela em término pela região centro de Portugal? E quem as terá delineado, determinado em projecto terrestre e...estelar?

Ligações em Linha Recta - Entre Locais de Culto
Há cinco mil anos, a Europa era povoada por homens da Idade da Pedra que, na sua qualidade de caçadores-recolectores, percorriam as montanhas e os vales do Continente e, das Ilhas.
Será possível que seguissem então uma quadrícula geométrica invisível que se estende na diagonal sobre o nosso planeta? Alguns geólogos e físicos são da opinião que existem indícios suficientes para justificar esta espantosa afirmação.
Em Junho de 1921, o fotógrafo britânico Alfred Watkins pretendeu realizar uma série de fotografias, tendo para tal procurado no mapa, o caminho mais curto entre diversos monumentos megalíticos situados na Inglaterra. Após ter marcado os locais com pequenos círculos, ficou perplexo: num percurso de cem quilómetros, todos os lugares históricos estavam localizados ao longo de uma única linha recta.
Mais tarde, enquanto percorria a cavalo e de bússola na mão os locais assinalados, reparou que a mesma linha atravessava também igrejas e, capelas.
Estariam os locais dispostos desta maneira por mero acaso? A. Watkins continuou a investigar e descobriu que, antes da cristianização - e precisamente nestes lugares - se haviam situado locais sagrados pagãos.

Uma Espécie de «Teia» Geográfica
Alguns anos antes, em 1909, o astrónomo britânico Norman Lockyer deparara já com invulgares ligações geométricas entre antigos santuários. O ponto culminante parecia estar localizado em Stonehenge, o gigantesco monumento monolítico circular no Sul de Inglaterra.
O ponto seguinte dessa conjugação geométrica - o local de culto de Grovely Castle - encontrava-se mais a sul e, a seguir surgia, Old Sarum. Todos juntos formavam um triângulo equilátero.
Nas décadas seguintes, e por toda a Europa, foram sendo detectadas cada vez mais conjugações geométricas destas, ao longo de linhas rectas imaginárias que ligavam antigos santuários. Contudo, o que permanece ainda hoje um enorme mistério, é o sistema de orientação utilizado pelos homens da Idade da Pedra, assim como o motivo que os teria levado a tecer uma tal «teia» sagrada que se estende por toda a Inglaterra.

Ideias Pan-Europeias
Em 1911, o filólogo francês Xavier Guichard fez a descoberta da sua vida. No decorrer das suas pesquisas deparou-se com a palavra «Alesia», derivada de uma língua europeia ancestral.
Posteriores transformações linguísticas levaram à palavra grega «Eleusis» ou às palavras indo-germânicas «Alés, Alis, Alles», determinando-se deste modo um denominador comum. Foi com espanto que Xavier Guichard verificou que, as localidades cujos nomes têm na sua origem a palavra «Alesia», estão dispostas sobre 24 linhas que decorrem em forma de raios e se estendem desde Espanha (Aliseda) à Polónia (Kalisz) e desde Aizecourt, no norte de França, a Eleuris, no delta do rio Nilo (Egipto).
O centro deste sistema gigantesco em forma de estrela situa-se a sudoeste de Paris, entre Aisey e Alièze.

A Geometria Sagrada da Europa
Há mil anos, quando a Dinamarca era dominada pelos Vikingues, estes viviam em fortificações circulares formadas por taludes. Actualmente não se sabe muito acerca das verdadeiras origens destes taludes circulares, mas a pouco e pouco vai sendo desvendado o seu segredo, que diz respeito a toda a Europa.
Em 1990, o piloto dinamarquês Preben Hansson sobrevoou o castelo Viking de Trelleborg. Na área interior da fortificação conseguiu decifrar 16 estruturas elipsoidais que pareciam barcos atolados ou antenas parabólicas. Sem pensar duas vezes, P. Hansson seguiu na direcção dessas antenas fictícias. Após 76 quilómetros, sobrevoou a segunda fortificação Viking, Eskeholm; 100 quilómetros mais adiante, seguiram-se as fortificações de Fykat e, por último, a fortaleza de Aggersborg. Ao longo de uma linha recta com 218 quilómetros de comprimento, Hansson sobrevoara estas quatro fortificações.

A Ligação Dinamarca-Grécia
O piloto ficou ainda mais espantado ao prolongar a linha imaginária que traçara. Deparou-se com a localização exacta do antigo santuário de Delfos, na distante Grécia. Coincidência...?
Preben Hansson não acreditava numa disposição aleatória, pois, conforme veio a verificar posteriormente, também os locais de culto e oráculos gregos estavam interligados por um enigmático sistema de linhas geométricas - ordenado numa determinada proporção em triângulos equiláteros.
Impõe-se então as seguintes perguntas: - Estará a Terra dotada de pontos de força invisíveis, cuja situação obedece a um sistema geométrico? Seriam os nossos antepassados remotos capazes de se orientar e, determinar posições com exactidão a milhares de quilómetros de distância?...
Sabe-se que, até hoje, ninguém ainda conseguiu responder com exactidão também a estas perguntas. Ou, uma definitiva resposta para o tanto que se tem ainda de alcançar.

Projecções Astronómicas
Estarão os investigadores de culturas antigas a sonhar acordados - ou em referente caso, a imaginar coisas absolutamente díspares - quando pensam ter descoberto uma rede geométrica de locais de culto sistematicamente projectada? Em todo o caso, existem abordagens explicativas.
É possível que, os homens do Megalítico, se orientassem por Constelações e já possuíssem conhecimentos técnicos de mediação dos quais, não os julgávamos capazes. Ou então...apenas foram os seus seguidores em caminhos já «fabricados» por outros seres que não os terrenos. Esta tese cria polémica e debates acirrados na comunidade científica mas não deixa de ser de facto, uma espécie de alternativa mental (e mesmo racional!) para além do que se conhece.
Um facto que chama a atenção, é que muitos locais sagrados do Sul de Inglaterra, estão localizados ao longo de uma linha astronómico-geográfica que coincide exactamente com o ponto em que o Sol se levanta no dia 1 de Maio. Se os antigos se orientavam por essa linha, teriam necessariamente de conhecer algum sistema de comunicação que abrangesse toda a Europa!...

O Pentagrama de Karlsruhe
O verdadeiro mistério surge, quando se consegue dispor um pentagrama (uma estrela com 5 vértices) sobre uma paisagem e, se encontra locais sagrados pagãos em todos os seus vértices e, intersecções.
Foi exactamente esta a descoberta feita pelo historiador Jens Moller em Karlsruhe. A norte da cidade, em Eggenstein, existe um antigo local de culto, onde vamos encontrar o vértice superior da estrela pentagonal imaginária. A linha estende-se na diagonal através de Karlsruhe até à Floresta Negra - onde em tempos remotos se adoravam ídolos - e segue depois para Buchelberg, a oeste, e até Steinbach, a leste, continuando a partir dali até Reinau, formando deste modo os outros vértices da estrela.
Estranho é também o facto de, a vila de Knielingen - igualmente inserida nesta estrela - ter um pentagrama no seu brasão.
Hoje em dia, já ninguém se lembra da razão pela qual este estranho símbolo figura no dito brasão.

A Estrada das Estrelas
Com a ajuda de um Atlas podemos confirmar o seguinte: mesmo ao lado do 42. grau de latitude, decorre uma «estrada de estrelas» imaginária. Os nomes de muitas das localidades mais antigas situadas ao longo desta linha têm uma mesma origem linguística: a palavra «estrela».
O vocabulário latim «stella» resultou no francês em «étoile» e, no espanhol «estrella». Se começarmos na ponta mais a noroeste de Espanha, em Santiago de Compostela, encontramos depois Liciella, na Galiza, Lizarra (o nome basco de Estella) e Lizarraga, em Navarra - e finalmente Les Eteilles, na Catalunha, perto de Luzenac.

Será extrapolar muito, se referir o ponto mais alto de Portugal em montanha e altitude como a Serra da Estrela?...Que proveniência divina - ou estelar - terá composto este nome de serra, montes e vales gelados ou em Primavera anunciada - em longos caminhos de retiro e, peregrinação igualmente?...
Para além de tudo isso, existem as coordenadas terrestres - ou estelares - que nos levam até ao centro de Portugal em roteiro contínuo e, terminal, até ao Oceano Atlântico. Poderes divinos, estelares ou em comum acordo com os terrestres de então - nos nossos estimados antepassados - que assim terão confluído em caminhadas, comunicação e, interacção entre si, nos longos percursos havidos na Terra. Seja como for, a evidência do que foi relatado não deixa margem para dúvidas de que algo muito bem delineado - e extremado - foi projectado em espécie de estrada de estrelas nos tais objectivos pontos de força invisíveis, de elaborado sistema geométrico - em que caminhantes, peregrinos e povo ancestral comum se terá envidado com cajado na mão e, olhar no Céu. A tudo registamos com um enorme respeito e veneração que nos é devido, para além de todas as coisas palpáveis, materiais ou imateriais, acima de todas as coisas também! A bem do enorme poder que a Humanidade exercerá sobre o desconhecido e deste sobre nós...assim possa continuar a ser, pelos caminhos ou brilhantes estradas de estrelas que alguém no cimo de nós, nos velará em protecção e desvelo! Assim seja!


quarta-feira, 21 de maio de 2014

A Energia de Externsteine


Rochedos de Grés - Externsteine - Renânia do Norte-Vestefália                       Alemanha

Será este o ponto de confluência do princípio terrestre e do princípio celeste, divino, superior, entre o microcosmos e o macrocosmos? Terá sido então - para o seu povo e talvez também para um seguidor estelar - um antigo Observador Astronómico que lhes revelasse todo um conhecimento astronómico e, cósmico? E que ligação poderá este possuir em relação a Stonehenge?

Externsteine - Um Local de Culto Germânico
Num vale da floresta de Teutoburgo, pouco antes da pequena localidade de Horn, perto de Bad Meinberg, na Alemanha, fica situado um bizarro e monumental conjunto de rochedos cujo antigo significado - ainda hoje - não está inteiramente esclarecido: os Externsteine.
Certos arqueólogos consideram estes rochedos de grés - formados há muitos milhões de anos em consequência de uma erupção - um antigo local de culto dos Germanos, que por sua vez haviam já herdado essa tradição de culto dos seus antepassados da Idade da Pedra.
Os muitos visitantes que todos os anos acorrem a este lugar, ao subir aos rochedos que medem entre 7 e 30 metros de altura - que em parte estão escavados e não acessíveis através de escadas e até uma pequena ponte - talvez não se dêem conta de estar a pisar solo sagrado.
Ainda no século XVIII era dado à Floresta de Teutoburgo o nome de Osninghain, o «Bosque dos Deuses».
Escavações arqueológicas realizadas no século XIX - nas imediações - trouxeram à luz do dia diversas fortificações germânicas, desde circunvalações a fortalezas. Os historiadores estão, por isso, convencidos que têm diante de si um local sagrado de importância central para os Germanos.

O Fim do Comandante Varo
A confirmar esta teoria está também o facto de, este local, estar situado em pleno território de fronteira de 9 diferentes tribos germânicas; situação geográfica essa que, no ano 9, veio a envolver Armínio - o chefe dos Queruscos - um povo germânico, numa pesada batalha contra os Romanos.
Após uma derrota sangrenta, o comandante Varo - outrora o Governador do território germânico - lançou-se sobre a sua própria espada.
Após a missionação da Europa, a região onde se situam os Externsteine tornou-se um centro de culto cristão e, uma gruta denominada Sacellum, foi transformada em capela. Os visitantes mais atentos poderão observar, por baixo de um relevo esculpido na rocha que representa a deposição de Jesus da cruz, uma representação já muito corroída pelo tempo de um culto de fertilidade de tempos quase pré-históricos: um homem e uma mulher que são engolidos por um dragão.

Antigo Observatório Astronómico
Vestígios de que a pequena capela poderá no tempo dos Germanos - e possivelmente também já na Idade da Pedra - ter sido uma espécie de Observatório Astronómico, ainda hoje são visíveis.
Através de um buraco circular e um sistema de orientação que lhe corresponde, podem assim ser determinados os solstícios de Verão e, as posições mais setentrionais da Lua.
Walter Machalett, especialista em Geomancia, atribui e reconhece aos Germanos e aos seus antecessores, conhecimentos aprofundados de Matemática, de Astronomia e dos fenómenos cósmicos - cujas simbologias podem ser descortinadas nos conjuntos megalíticos do Norte da Europa.
W. Machalett traçou num mapa uma linha que ligava os Externsteine, a pirâmide de Khufu no Egipto e Salvage nas Ilhas Canárias que, para muitos investigadores dos assuntos da Atlântida, constitui uma das colunas de sustentação do Continente perdido. Daí resultou um triângulo isósceles clássico, com um ângulo de exactamente 51* (graus) 51`14,3´´. Também na planta da cidade de Karlssruhe e na Catedral de Aachen, terá Walter Machelett demonstrado a existência de um desses triângulos. Além disso, os Externsteine e a velha cidade imperial, ficam exactamente situados sobre o grau de latitude 51, de relevância para a Geomancia - pois é nele que fica também situado o recinto de Stonehenge!

Micro e Macrocosmos
"Um local de culto como os Externsteine possui uma energia extraordinária!" - Refere-nos assim o doutor Jens M. Moller (1937-2000), especialista em Geomancia de Karlsruhe. Afere ainda: "Estamos aqui perante um ponto de confluência do princípio terreno e do princípio celeste, divino, superior, entre o microcosmos e o macrocosmos, como ensinava o grande mestre egípcio Tot (ou Hermes Trimegisto, como mais tarde os Gregos lhe chamavam)."

Os Ouvidos da Terra
O orientador do seminário David Luczyn vai percutindo o tambor. Apoiados por esse ritmo monótono, os homens e mulheres que integram o seu grupo, empreendem uma excursão pelo mundo desconhecido da sua própria alma. Cada um deles, um após outro, se vai deitando numa espécie de sarcófago esculpido na rocha que se assemelha ao da câmara real da pirâmide de Khufu (Quéops).
Vão-se então dessa forma sucedendo imagens provenientes do mais profundo das suas consciências, mensagens enviadas a partir de esferas da sua personalidade - que de resto não estão acessíveis - sensações há muito esquecidas regressam assim à superfície. Alguns riem, outros choram.
Certas pessoas querem partilhar as suas experiências, ao passo que outras se mantêm em silêncio. Cada um dos intervenientes vive esta experiência espiritual de maneira diferente, no centro da qual está ele mesmo.
As pessoas que se encontram nos Externsteine dão-se assim conta do poder místico do lugar, onde já os seus antepassados estabeleciam contacto com as energias de Gaia - a deusa grega da Terra.
Os Xamãs dão a esses lugares o nome de «Ouvidos da Terra», nos quais os níveis de consciência dos indivíduos são fomentados.

Extraordinária energia que se reflecte então nos demais, que este enigmático local visitam. Que se poderá acrescentar perante tamanha lucidez em maior consciência e sentidos havidos sobre este poderoso lugar de culto e introspecção? Terá sido o local exacto em que todas as forças se conectam entre a Terra e o Céu, entre o divino e o superior, entre o microcosmos e o macrocosmos como alvitra em profundidade Jens Moller, aquando desse mesmo local teve consciência? E que diremos nós, se Externsteine nos for igualmente sentido em protuberância íntima e, pessoal, se disso tivermos ocasião de aprofundar de igual forma...?
Externsteine em seio e solo germânicos, será talvez, um dos últimos (ou primeiros...?) redutos estelares que, na Terra, se terá implantado em energias e poderes incomparáveis, dignos de algo superior certamente. Equidistantes não ficaremos nós, se entretanto o soubermos interiorizar em maior e mais pura consciência do muito que ainda estará por descobrir, por desvendar e, por dar à luz de um maior e mais vasto conhecimento humano, sobre estas incríveis energias geo-estratégicas terrestres que, um dia, algo ou alguém incutiu no nosso planeta Terra em ancestralidade e desenvolvimento. Que a verdade se assuma e todos possamos corroborar e partilhar sobre a mesma - em corpo e espírito - de uma nova consciência terrestre! Pois que a bem da cultura, do conhecimento e...da Humanidade, assim seja então!

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Casa dos Mortos


Complexo Funerário de Newgrange - Norte de Dublin                  Irlanda

Em espécie de «Milagre da Luz» sobre as almas dos mortos, terão querido estes atestar assim as suas reservas de energia ou em proveito próprio numa condição subliminar, colher esses raios de Sol numa tentativa de ascensão rumo ao Universo? Que fenómeno é este que parece sublevar estas almas aqui depositadas para o Além em ressurreição ou quiçá, numa outra espécie de vida?

Newgrange - A Ressurreição da Luz
A imponente «Casa dos Mortos» situada numa colina da Irlanda, sobranceira ao rio Boyne, existia já bem antes da cidade grega de Micenas ou de as pirâmides de Guiza terem sido construídas.
O complexo funerário de Newgrange - cerca de 30 quilómetros a norte de Dublin - pode ser considerado a maior maravilha arquitectónica da Antiguidade e, a mais antiga construção do mundo ainda existente. Calcula-se que surgiu por volta de 5000 a. C.
Terá sido necessário deslocar cerca de 200 mil toneladas de pedra para erigir este edifício. O mais fascinante de tudo é que, num único dia do ano - aquando do solstício de Inverno, por volta do dia 21 de Dezembro - a câmara funerária é iluminada durante 17 minutos por um raio de Sol que atravessa uma janela acima da entrada.

Escondido durante Milhares de Anos
Newgrange constitui o coração místico da Irlanda. Integrado nas verdejantes Midlands, ao longo da costa leste, esta construção pré-histórica esteve durante séculos escondida, julgando tratar-se apenas de uma elevação natural do terreno. Descoberta em 1690 - aquando de obras numa estrada vizinha - o monumento de pedra permaneceu durante bastante tempo, um solitário ponto de convergência de alguns raros visitantes.
Só em 1962 é que o professor Michael J. O`Kelly e a sua equipa da Universidade de Cork começaram a efectuar escavações e trabalhos de restauração. Nas urnas de pedra no interior do complexo funerário, para além de ossos, os investigadores encontraram restos de ornamentos e objectos de culto.
Quarenta e três blocos de pedra (43) de formato cúbico, que suportam lajes também de pedra, formam um corredor estreito com 20 metros de comprimento, que desta forma conduz às profundezas da coluna e termina num conjunto de três câmaras funerárias.
Nas pedras foram lavradas formas bastante curiosas: linhas serpenteantes e ziguezagueantes, duplas espirais e símbolos geométricos. As pedras de cantaria deste edifício pré-histórico estão perfeitamente unidas, para além de regos de drenagem que garantem um ambiente pouco húmido e que permite manter sempre uma temperatura constante. Ao longo de milhares de anos, os restos mortais aí preservados, deverão ter-se conservado em muito bom estado.

Indivíduos Proféticos?
"Não fazemos a mais pequena ideia de quem terão sido as pessoas que foram sepultadas desta maneira tão incomum..." - explicou então O`Kelly, que dirigiu as escavações em Newgrange até 1975.
"Não deverão, porém, ter sido reis, sacerdotes ou chefes de tribo. Possivelmente eram pessoas dotadas de poderes extraordinários , como o dom da cura ou o da profecia." - terá requerido ainda.
Alguns investigadores asseveram de que, estando estes envoltos na mais profunda escuridão, talvez aguardassem pacientemente o momento da ressurreição. Corroborantes desta tese por outros que a negam, Newgrange continua assim a ser um vasto tema de debate, contradição e alguma polémica.

Vestígios no Quartzo
Foi por acaso que O`Kelly e os seus homens constataram um fenómeno interessante: todos os anos, a quando do solstício de Inverno, entre as 8 h e 58 m e as 9 h e 15 m, a câmara funerária iluminava-se.
Acima da entrada, foram dar com uma abertura rectangular que estava meio tapada com um bloco de pedra também rectangular. Sulcos na pedra de quartzo pareciam indicar que no passado, esta teria sido dali retirada e novamente inserida com alguma frequência. Uma vez retirada esta tampa, ficava assim franqueada uma pequena abertura acima da entrada, tapada com um bloco de pedra de 5 toneladas - abertura essa que não deixava de ser demasiado estreita para impedir a entrada de pessoas.

Energia Solar
Os arqueólogos recordavam-se de velhas histórias contadas pelos habitantes das aldeias vizinhas, segundo as quais no dia do solstício de Inverno, a luz haveria de iluminar os sepulcros.
E, com efeito, a 21 de Dezembro de 1967, tal pôde ser comprovado. Deve ter sido um momento sublime aquele em que o Sol se levantou sobre a margem do rio Boyne, mesmo em frente do complexo, enviando um raio de cor alaranjada directamente através daquela fenda para o interior. Esse raio, que começa por ter a grossura de um lápis, vai-se progressivamente alargando até um feixe com cerca de 15 centímetros de largura. A claridade produzida pela luz que se reflectia no chão era tão grande que as câmaras funerárias ficavam completamente iluminadas.
"Quase fiquei à espera de escutar uma voz ou de sentir uma mão gelada no ombro!..." - recorda assim O`Kelly, afirmando ainda: "Mas nada disso aconteceu."
O Sol prosseguiu o seu curso para oeste e o feixe de luz estreitou-se, até finalmente reinar de novo a mais completa escuridão. Por muito fascinante que tenha sido esta experiência para os arqueólogos e os seus colaboradores, a razão para que ocorra um tal fenómeno num complexo funerário, não deixa de estar ainda por esclarecer. Daí que, se destaque uma interrogação que ficará pendente no ar: - Poderiam deste modo as almas dos mortos atestar anualmente as suas reservas de energia ou, aproveitariam eles desse modo os raios de Sol para por estes subirem rumo ao Universo?...

O Caminho para Newgrange
O complexo funerário de Newgrange é demasiado invulgar para se poder manter intacto: as paredes exteriores e o corredor que conduz às câmaras funerárias foram entretanto reforçados com betão armado, de tal modo que todo o local, na exactidão da sua forma redonda e com a cúpula coberta de terra e relva, deixa a impressão de ser o moderno edifício de um museu do século XX. Todos os anos acorrem milhares de visitantes de todo o mundo para observarem de perto esta maravilha ancestral.
Ao «Milagre da Luz», por altura do solstício de Inverno, apenas um punhado de convidados especiais pode assistir a este miraculoso evento; os demais têm de contentar-se com uma reconstituição do fenómeno com recurso a meios técnicos. recomenda-se então as primeiras horas da manhã e as últimas do dia, para a visita a este monumento situado próximo da Estrada Nacional 51 - já que o reduzido número de visitantes a essas horas e, o tom avermelhado que a luz do Sol adquire, proporcionam uma atmosfera inesquecível!

Para quem aprecie estes momentos verdadeiramente únicos na vida, há que acrescentar de que, como experiência pessoal e única também, se tem de referir as muitas dúvidas que se poderá ficar em toda esta insolvente atmosfera: a razão de tal. Para além, da enigmática escrita já referida (ou o que parece ser uma espécie de escrita em designação e comunicação entre si) nos tais símbolos geométricos ainda hoje indecifráveis e, nas linhas serpenteantes e ziguezagueantes aí apresentadas.
Entende-se a forma circular da construção de Newgrange como uma espécie de «anel protector» contra as forças malignas. Particularmente belas, são também as placas de pedra que ornamentavam os muros exteriores antes da renovação da estrutura levada a cabo no século passado.
Newgrange oferece assim ao visitante e, observador mais atento, uma grande riqueza em termos de símbolos e detalhes, confinando para si a reiteração própria do que vive e, assiste, neste belo e enigmático local da Irlanda. Que a todos essa luz alumie e, ilumine. A bem da cultura dos povos e de toda a Humanidade...no que as almas aí em repouso agradecem - em respeito e  vigília - supõe-se. E que assim possa continuar a ser! A bem de todos!

domingo, 18 de maio de 2014

A Esperança XI


Alfa do Centauro A (Alpha Centauri A)
Distância da Terra: 4,3 Anos-Luz  / Classe Espectral: G2 V / Magnitude Aparente: -0,3
Ano Sideral: 3017  /  Ano na Terra: 3090 d. C.

Poder-se-à não ser ingrato ou subestimar este poder imenso, divino e estelar, de quereremos tudo, de querermos apenas o nosso mundo, aquele que tiraram de nós...aquele que tiraram de mim em filho que não vi, em filho que não amamentei e, em toda a minha voracidade de mãe ferida, mesmo havendo os restantes perto de mim? Será uma falácia, uma idiotice ou «somente» uma enorme infelicidade esta que vivo agora, de me reporem uns e continuar a sentir desnuda, magoada e carente no tanto que ainda falta para sermos em completo uma família, será...? E quando é que tudo isto terminará em abstrusa realidade estelar?...

A Soberania
Estou no planeta-mãe, planeta-sede, planeta tudo de Alfa do Centauro A. A magnitude e veemência que lhes tenho de remeter em vassalagem e reverência é tal, que me invade um sentimento estranho de omnipotência exagerada - deles - e timidez subserviente minha que me faz revolver as entranhas e dá enjoo só de observar tanta arrogância! Sinto um arrepio inexplicável do que contrariamente deveria consolidar por estes meus salvadores que me resgataram de Cygni B e daquela nada estóica tríade maldita de: Prócion B, Sírio B e Cygni B. Devia-lhes estar grata...mas não sei, sinto um aperto no peito inexplicável e muito fiável do que por outras vezes pressenti. Não são afáveis, mas são correctos. Exímios no trato e nas disposições, impõem-me agora uma submissão menos coerciva com os meus princípios, os meus fundamentos, as minhas eloquazes razões para o que lhes determinei sentir e fazer doravante num futuro próximo.
Ouvem-me. Escutam-me. Estou perante um tribunal judicial estelar...de novo! Parece até que fui criada para ser exibida em intermináveis instâncias de jurados estelares e seus conselheiros infinitamente audazes, perspicazes mas também -às vezes - inquisidores. Por vezes dou comigo a tremerem-me as pernas e uma secura de boca em lábios ferventes de uma febre não-virtual e. não-permanente, que me depõe na fraqueza apresentada, do que eu não desejava demonstrar. Sinto, nesta galvanizante Sede (de Alfa do Centauro A) de poder soberano imenso - na imponência Alfa do Centauro A sobre os outros - em deferência superior ao de B e à Próxima do Centauro, uma sapiente orgânica de tudo mover, tudo considerar, tudo fazer respeitar. De fisionomia humanóide, altos e mui louros - à semelhança dos ancestrais Escandinavos do meu planeta Terra - eles sabem ser afectos à minha causa e, às minhas imprecações até, de quando perco a paciência e lhes remeto um ou outro impropério menos digno de mim. Aventei hipóteses de me deixarem ir procurar sozinha aquele filho para trás deixado, para trás roubado mas aí, não se condoeram, não só pelo inútil da questão e dessa minha arreigada prática de querer esventrar o Universo em projecto e processo solitário de mim, como pela total desfaçatez cerebral ou de neurónios a funcionar - tanto na imensidão estelar que teria de percorrer, como pelo inusitado e imbecil decisão de efeitos ou resultados praticamente nulos de concretizar, trazendo de volta o meu querido e pequeno filho que ronda já os dois anos de idade.

O Processo
Recomeçar tudo de novo, quando nos «partem as pernas» em rasante sujeição de nos mantermos conscientes ou cientes da razão, será muito difícil de consensualizar com o que é suposto ser uma mãe, apenas mãe! Devassada que estava no âmago do meu ser, só poderia aquiescer e neutralizar essa ansiedade com a atitude mais contemplativa: ter de aceitar o processo estelar! Ter de aceitar as reiterações, impostas agora em mim por Alfa do Centauro A - e de toda a sua comitiva judicial - em aguardar por informações e coordenadas que eles mesmos iriam pôr em marcha, em procura, investimento e solução - Deus-Uno permitisse - em toda a esfera estelar que agora comandavam com todos os seus aliados - até mesmo com os que ainda há pouco lhes foram inimigos. Era uma questão de tempo, arrevesavam-me. Mas eu penava. Sofria. A única acalmia foi quando me consideraram libertos e, em seu seio estelar no planeta de Alfa do Centauro A, os meus quatro queridos filhos, há muito distantes de mim mas não do coração, pressenti.
Estes seres omnipresentes, omnipotentes - de tez alvíssima, olhos transparentes e, quiçá translúcidos numa empatia e introspecção latentes - olhando-me até ao mais profundo da minha alma, pareciam sorrir-me agora em que por vias telepáticas e outras, me referenciaram existir de bom e plácido no seu planeta em face a mim, uma simples e tonta terráquea que só queria viver em paz. Foram assertivos. Se eu me cingisse aos seus costumes, às suas ordens, às suas pequenas imposições de regras e demandas planetárias...eu só teria a beneficiar, a lucrar com isso. Aquiesci. Eu estava nas mãos deles mas também não tinha outra hipótese. Para além de tudo o mais...era o planeta-mãe do meu amado Siul; como tal, eu só tinha de respeitar e asseverar de que de futuro, tudo iria melhorar e iríamos ser de novo uma família estelar em completa união e ascensão de um grande e indelével amor que se não apaga nem com o tempo nem com as estrelas todas de um Universo espectacular, senti!
A nível físico foi tudo restaurado. Entrei num imenso e irrepreensível processo clínico de reconstrução e reestruturação ovárica e do foro reprodutor do que me tinham mutilado. Houve uma espécie de reimplantação do meu órgão reprodutor e de contracepção - que mais tarde eu resumiria se desejaria ou não continuado - na acção perfeita de união e não de esterilização, que os estelares inimigos me haviam imputado sem eu querer ou sequer, argumentar. Em criptas cirúrgicas em que me vi ser assistida e recauchutada - no corpo e na alma, senti - fui de imediato vendo a reversibilidade do que não imaginara eles puderem repor em mim. Fiquei-lhes grata. Aliviada e conformada com esta minha nova vida corporal que há pouco os de Cygni B tinham imposto sobre mim, que me vi revolver montanhas e céus para um novo recomeço, impus-me. Era irrefutável esse caminho de novas glórias, novas reiterações: sabia-o e estava consciente disso. Tinha de voltar a ter uma família. Tinha de ter esperança que tudo voltaria a ser como dantes! E essa, era mesmo a única certeza que agora e ali eu tinha!

O Futuro
A partir dali, eu só podia ser feliz. Tinha de o ser! Foi-me questionado se desejava acorrer a novas técnicas e, a novas tomadas de posição afectas a si. Se sim, para tal teria de corresponder em exactidão e pronta aprendizagem sobre os novos tempos estelares. Aferi que assim deveria de ser, pois já me sentia um pouco «Alfa-Centaura»...anuí perante todos eles. Ficaram agradados com isso. A seguir, fui às aulas.
O Universo estava em expansão, já todos o sabiam. O que não se sabia nem sequer se suspeitava era que, como tal, este estivesse em evolução constante de estrelas, galáxias, enxames globulares e diversa massa estelar circundante que deu - e continuaria a dar - para a formação de novos planetas e e estrelas nesse imenso Universo! Explicaram-me tudo em visualização e ópticas surpreendentes em que, como uma espécie de viseira cinéfila, eu visse tudo à minha volta como elemento estelar que também era. Foi maravilhoso!
Havia tecnologia incomensurável: desde as técnicas sónicas às mais altas tecnologias em gravitação, levitação e mesmo de saúde surpreendentes. Era tão fantástico que a cada passo, a cada testemunho eu me sentia a mais saloia ou ignorante poeira estelar, por tanta sabedoria, tanta sapiência universal!
Houve a reestruturação de códigos binários - agora já mais assertivos e correspondentes aos dos conhecimentos ancestrais na Terra, disseram-mo - e eu ouvia, ouvia e observava tudo como a maior sanguessuga da História em esfera e conhecimentos estelares. O enxame globular M 13 da Via Láctea que outrora fora desmembrado - e danificado - estava de novo reagrupado em perfeita sintonia astral entre si. Aferiram que, outrora, levaria 24.000 anos a chegar a qualquer poiso estelar vindo da Terra e agora...a apenas escassas semanas no que considerei de facto entusiasmante para as gerações vindouras. E que os telescópios que outrora existiam - sendo agora obsoletos - estariam reequipados e terratransformados agora, em espécie de Observatórios Astronómicos muito mais avançados em captação e transmissão de mensagens estelares entre si, num todo do Universo. Continuava assim... e eu, maravilhada com toda aquela belíssima descrição estelar!...Era tudo novo...magnânimo e belo, muito belo para mim!
Super-computadores: em vigilância permanente de corpos estelares. Em super-vigilância de corpos astrais e...na esfera anatómica dos corpos presentes: todos eles! Os do espaço e...dos elementos estelares em corpos seus, mesmo na diferença de uns e outros em completa união de laboração e avanço de tecnologias nunca vistas. A nanotecnologia médica, científica, biológica e física, fantásticas!!! O mundo quântico em física total de um Universo tridimensional e de diversas dimensões que nem eu supunha existirem...era de facto magistral! Era como que, uma explosão de conhecimentos ou implosão em mim do que agora vivenciava em realidade presente que nem num futuro longínquo almejara...ou sequer imaginara!
Foguetões impelidos por fusão nuclear, aumentando exponencialmente a sua velocidade, podendo-se viajar pelo espaço sideral à velocidade da luz e...superior a esta. Tudo era acessível, até mesmo a partir do meu amado planeta Terra, constatei. Os ditos e referenciados há muito «buracos de minhoca», eram agora uma realidade a cumprir e não uma virtualidade de outros tempos. Haviam viagens interestelares e tudo se movia - e move - à sua passagem mas...sobre uma criteriosa lei estelar, unida em Confederação Galáctica do Universo. Eu estava siderada! Perfeitamente integrada mas ainda assim...estupefacta com tanto avanço universal! O Espaço-Tempo de outrora - do velho Einstein - era agora uma realidade dimensional muito mais além do que alguma vez o próprio - na sua imensa genialidade ancestral - poderia supor. Senti vontade de lho dizer, de lho confirmar em telepatia estelar, recuando ao passado...ele merecia-o! Foi o seu fundador, o seu grande impulsionador de uma realidade avessa a tudo o conhecido até aí! Era...um ser especial, acreditei! Venceu barreiras e mentalidades para o seu magro tempo de uma outra incompreensão!
Há mais de cinquenta ou sessenta galáxias - e isto, só no enxame globular da M 13...- vejam só! As partículas fundamentais do Universo «os Quarcks», estão a propagar-se, a difundir-se a uma velocidade surpreendente. E tudo o resto...Neutrões, Protões, resíduos em formação criando matéria e tudo é vida! Quão maravilhoso é este meu Universo, aquiesci em fantasia real do que via! Núcleos de Hélio recriando-se em dois protões e dois neutrões , formando-se em átomos capturando assim outros electrões...depois a gravidade em todo o sistema e...a matéria reunindo-se em nuvens, formando as galáxias e as estrelas como se fosse uma espécie embrionária de zelo e genética de corpos terrestres que, à semelhança dos celestes, se faria de igual modo no que concerne - e tive quase a certeza - de ser a mesma génese do ser humano e outros seres estelares! Tudo tão maravilhoso que, quase me esqueci do reencontro com os meus quatro filhos e mais tarde com Siul. Tinha de me preparar. Já tinha vivido tanta coisa naqueles últimos dois anos estelares que, mais me pareciam séculos, passados sobre toda a evasão e distância em que todos me desapareceram em breve click atroz e, impiedoso. Agora...tudo ia ser diferente, tinha de ser diferente! Nunca mais me iria apartar deles...de todos! Como o Universo, de todas as suas forças estelares! E só isso importava. Eu...ainda iria ser feliz, muito feliz em união galáctica com as mais poderosas forças do Universo - Aleunam dixit!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A Matriarca Mãe-Terra


Complexo Neolítico de Mnaidra (Mnajdra) ou Hagar Qim                 Malta

Com que finalidade ou fundamento foi esta construção neolítica sido edificada? Terá sido um palácio, um templo, um recinto funerário ou apenas simples habitação? Quem terá sido esta divindade feminina em espécie de Mãe-Terra - em ostentação e esplendor - do que os ancestrais veneravam em adoração suprema? E por fim, quem os terá auxiliado na árdua tarefa de construção imensa em locomoção e edificação sobre toneladas de pedras? Terão sido divindades...ou seres estelares com tecnologia superior e poderes incomensuráveis na demanda dessa mesma construção?

Malta - O Santuário da Mãe-Terra
Em poucas regiões da Europa existe um tão grande número de construções de tempos antigos como em Malta, a Ilha-Estado do Mar Mediterrâneo, entre as quais se contam Gozo, Comino e Filfla.
Todas essas construções representam o que resta de uma região que constituía uma espécie de ponte entre África e Itália. Hé cerca de 5000 anos floresceu aqui uma cultura neolítica, cujas fundações permanecem ainda hoje um mistério para os investigadores. Para além de feitos fascinantes no domínio das Artes, deverá essa civilização ter possuído bons conhecimentos técnicos de Matemática e Astronomia, a par daqueles que só em gerações posteriores foram constatados.
Visitar os recintos histórico-arqueológicos de Malta, equivale a empreender uma viagem a épocas passadas que se situam a milhares de anos de distância da nossa e, nas quais, os seres humanos utilizavam enormes blocos de pedra na construção de monumentos e edifícios, como se eles mesmos houvessem sido verdadeiros Titãs. É possível que, alguns desses templos, tenham assistido á passagem de várias épocas durante a própria Idade da Pedra e que, os primeiros seres humanos, aí se tenham instalado pela primeira vez há 130 mil anos.

Construções/Construtores de Origem Desconhecida
No Verão de 1915, foram nas proximidades da capital, trazidas à luz do dia as primeiras construções megalíticas, vestígios de feitos arquitectónicos constituídos por grandes blocos de pedra, algo característico - sobretudo por volta de 3000 a. C. na Europa.
Dois anos mais tarde foi posto a descoberto o chamado «recinto de Hal-Tarxien», que revelou ser uma construção verdadeiramente espantosa: as divisões estão ordenadas duas a duas, são de forma oval e, os seus eixos longitudinais, formam linhas paralelas entre si. As paredes laterais e o chão são formados por enormes lajes de pedra. Daí que, se subleve a reiterada interrogação sobre o que seria de facto, este imponente monumento megalítico: se um palácio, um templo, um recinto funerário ou apenas simples habitação? Até hoje, na actualidade, ninguém ainda conseguiu impor uma resposta concludente ou alvo de maior elucidação sobre este autêntico enigma.

Vestígios do Matriarcado
Numa das divisões foi encontrada uma figura feminina de grandes dimensões, assente num pedestal de pedra e adornado com decorações em relevo. Outras estátuas femininas encontradas, sugerem assim que os habitantes pré-históricos de Malta terão adorado uma espectacular divindade feminina, uma espécie de Mãe-Terra, em cuja honra eram feitos sacrifícios e se organizavam festejos.
Em alguns dos recintos arqueológicos existem certas câmaras de pedra que parecem indicar um sistema de ritos sacrificiais. O antigo director do Museu Arqueológico de Valeta, o professor Zammit, conseguiu demonstrar a existência - aqui e outrora - de um Oráculo, sendo as profecias feitas com base em esferas de pedra. Esferas de tamanhos diferentes eram lançadas de uma dada distância para pedras com buracos nelas lavradas.
Blocos de pedras com mais de 5 metros de comprimento e, lajes de pedra com 65 centímetros de espessura, foram por este povo desconhecido - e de um modo que permanece enigmático até aos dias de hoje - transportados até aos locais de construção, muito antes do nosso tempo e, vencendo-se distâncias de vários quilómetros. Um feito que, na opinião de especialistas modernos, apenas poderá ter sido alcançado em resultado de um trabalho de equipa executado ao longo de vários anos e, com a ajuda de alavancas de madeira, esferas de pedra e troncos de árvore rolados pelo chão.
Notável é o facto de, muito embora nesta altura a fundição do cobre e do bronze ser já conhecida nestas paragens mediterrânicas, estas obras de construção terem sido realizadas com ferramentas de pedra.

Carris e esferas para Transportar
Um pouco por todo o lado, espalhados por Malta e Gozo, podem encontrar-se centenas de vestígios de marcas de carroças, com sulcos profundos, em todas as direcções. Como uma espécie de carris pré-históricos ficaram os sulcos marcados na dura pedra calcária - atravessam montes e vales e ainda hoje podem ser facilmente reconhecidos. Com frequência correm vários ao lado uns dos outros, mais à frente reúnem-se num trecho com apenas dois carris paralelos, para depois de repente descreverem  uma curva e, desaparecerem nas profundezas do mar ou acabarem num penhasco.
A ideia de que estas possíveis marcas de carroças fossem o único testemunho de todo um sistema de transportes, foi de imediato - e inquestionavelmente rejeitado - por alguns arqueólogos. Alguns dos carris têm uma profundidade superior a 70 centímetros, de tal modo que, um veículo pré-histórico que os utilizasse, teria de possuir rodas com pelo menos 1,5 metros de diâmetro. Também não parece credível que aqui tivessem sido utilizados veículos semelhantes a trenós assentes em patins.
As esferas de pedra encontradas em grande quantidade por toda a ilha também não parecem estar relacionadas com um sistema de transportes antigo da ilha, uma vez que são de pedra calcária demasiado fraca para suportar e mover cargas de toneladas. dadas as semelhanças com outros recintos arqueológicos na França e na Grã-Bretanha, é de esperar que os segredos dos monumentos monolíticos europeus possam - um dia - a vir a ser descobertos em conjunto.

O Enigmático Hipogeu
O mais fascinante enigma megalítico de Malta é o «Hipogeu» de Hal Saflieni. Este nome vem da palavra grega «hypogeion», que significa: subterrâneo.
Mestres-de-obras desconhecidos lograram há 6500 anos transformar um gigantesco monólito num intrincado sistema de concavidades, corredores e câmaras de diferentes tamanhos.
O arqueólogo italiano Luigi Ugolini julga tratar-se de um recinto de magistral  qualidade de construção que terá albergado um Oráculo - dadas as condições acústicas invulgarmente boas: quem com uma voz grave falar na direcção de um dos nichos artificialmente escavados na rocha, ouvirá por certo as suas palavras ecoarem por todo o recinto.
Nas épocas mais tardias da Idade da Pedra. o Hipogeu terá servido de cripta: em câmaras espalhadas por dois andares foram encontrados cerca de 7000 esqueletos. Este tipo de sepulturas colectivas é já conhecido de outras culturas do espaço mediterrânico, por exemplo na Sicília.

Após um «sono» de cerca de 4000 anos, foi encontrado pelos arqueólogos uma escultura de terracota, onde havia permanecido - e mantido em sepulcro - numa das muitas câmaras subterrâneas, uma figura surpreendente. Teria sido então uma divindade de culto e adoração, supõe-se.
Diversos achados provenientes do Hipogeu foram trazidos e, mantidos - em preservação e rigorosos cuidados - para o Museu Arqueológico de Valeta, em Malta na extensão e registo que de imediato se fez da existente cultura matriarcal  por alturas do Neolítico.
Quem visite o Hipogeu de Malta, sentirá as suas energias em exotismo espiritual do que porventura eclodiu na Pré-História e aí foi vivificado, de toda uma fluente e poderosa orgânica, no que terá sido a formação de várias sacerdotisas. Ninguém fica insensível ao poder imenso que emana daquelas paredes e, de toda a ambiência, nos quatro andares do suposto recinto funerário. No entanto, há que descortinar consensos e continuar em pesquisa e estudo sobre as referências abissais a carris, esferas de transporte e toda a envolvente à superfície de Mnaidra (Mnajdra) ou Hagar Qim em Malta.
Alude-se então a que, por vias de uma persecução e clarificação - de quem os terá auxiliado (a esses povos antigos) nessa tão árdua tarefa em peso, dimensão e tonelagem de imensa construção, do que nestes novos tempos nos seduz, de outras forças intervenientes, de outras dimensões também...estes terem sido guiados e conduzidos por forças e seres estelares! Assim se clarifique, assim se elucide em concludente determinação de investigação e resultados; a bem de toda a comunidade científica e...subsequentemente de toda a Humanidade presente! Assim seja!