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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A Terra



Será a Terra um ser vivo na sua composição física e química, correlacionadas num processo evolutivo capaz de se auto-regular?

Geia - A Terra como um ser vivo
O planeta Terra é um enorme organismo vivo, povoado por uma grande quantidade de outros seres vivos e que demora 365 dias a dar uma volta completa em redor do Sol. E, do mesmo modo que centenas de vasos sanguíneos intrincadamente ramificados cobrem o nosso organismo, uma rede invisível de linhas abrange todo o globo. No final da década de 1960, o estudioso britânico das Ciências Naturais James Lovelock desenvolveu uma teoria segundo a qual, atribuiu o nome de «Geia» a este organismo vivo - que compreende a Terra e todos os seres vivos - que ao abrigo da sua atmosfera nela habitam.
Esta teoria tornou-se a a base de políticas alternativas que, encaram os seres humanos, como parte integrante e, como tal, co-responsáveis pela manutenção de um ambiente saudável, encontrando um pouco por todo o mundo tanto o reconhecimento como a rejeição.

A deusa da Terra e a teoria de Geia
Na Antiga Grécia, a deusa da Terra recebia o nome de Geia e era venerada como uma divindade afável, feminina e protectora. Simultaneamente tratava-se também de uma divindade contrária a todos os seres vivos que não demonstrassem a capacidade de viverem em equilíbrio com a Terra. Segundo a teoria de Geia, a vida e o meio ambiente constituem uma unidade. Os organismos do planeta - bem como a sua composição física e química - estão tão intimamente ligados entre si que juntos, formam um processo evolutivo capaz de se auto-regular.

Ilha da Vida
Só as viagens espaciais tripuladas tornaram pela primeira vez possível, a fixação em imagens da noção de Geia: a Terra retratada como uma ilha de vida na escuridão imensa do Universo.
A Terra - um super-organismo, vestido de azul - constitui um sistema fisiológico de validade universal, possui uma existência que se pode considerar viva, pelo menos no sentido em que, tal como qualquer organismo biológico, é capaz de regular os seus «processos metabólicos» e a sua temperatura, mantendo-se dentro dos limites mais ou menos estreitos que possibilitam a existência da vida. Daí a questão: haverá, como complemento à estrutura e à forma visíveis do planeta, um padrão invisível de distribuição de energias que cobre a totalidade do globo terrestre? Os adeptos da «Geomancia» (conhecimento das linhas de força da superfície da Terra) defendem que, já há muitos séculos, havia conhecimentos de uma tal rede de energias e que, estas noções foram tidas em conta, na escolha dos lugares sagrados e locais de culto. Também para o desenvolvimento de cartas geográficas de grande detalhe, os conhecimentos acerca das chamadas «leylines» demonstraram ser úteis. Assim, existem na Europa determinados pontos marcantes na paisagem que, ligados entre si, passarão a delimitar triângulos ou pentágonos, de resto invisíveis. Para citar apenas um exemplo, a Catedral de Aachen, a Walhalla em Regensburg e a cidade de Basileia - cujo nome significa «cidade de Baal, deus do Sol» - formam um triângulo.

Torrentes de Vida
As «leylines» são hipotéticas «torrentes de vida» que inspiram e apoiam vigorosamente o mundo animal, vegetal e humano. Os templos e os círculos de pedras - e mais tarde, as igrejas e as catedrais - foram erigidos nas zonas de intersecção de diversas leylines, com vista a libertar forças transformadoras.
Pessoas particularmente sensíveis deverão ser capazes de apreender estas energias tão delicadas. O esloveno Marco Pogacnik (n. 1944), especialista em Geomancia, descreve a Terra como um corpo vivo, por detrás cuja forma física visível se revelam os verdadeiros segredos: um sistema de «chacras», linhas de força, órgão sensíveis, pontos de acupunctura, órgãos de equilíbrio ultra-sensíveis, pontos de respiração e sistemas que mantêm operante a ligação entre o Céu e a Terra.

Condição/Consciência
Para se obter uma consciência de acordo com os princípios da teoria de Geia, será necessário pôr em prática um modo diferente de lidar com o nosso planeta. Aplicações concretas dos novos velhos conhecimentos poderão ir da arquitectura ao urbanismo, passando pela protecção da Natureza e dos recursos hídricos, ou mesmo por novas formas de ocupar os tempos livres e de praticar turismo.
Tal como os ensinamentos chineses do «Feng Shui», também as teorias acerca de Geia e das leylines, deverão ser vistas como indícios de uma nova consciência que aceita também as dimensões mais subtis do nosso planeta: afastamos-nos assim, de uma relação de dominação sobre a Terra para uma de comunicação com Geia.

Geia em Perigo
Durante o infindável processo de desenvolvimento da vida na Terra ao longo dos últimos 3600 milhões de anos, as condições - pelo menos até agora - têm-se mantido de tal modo, que esta tem tido condições para existir. Se uma espécie viera a prejudicar o ambiente a ponto de este se tornar inabitável para os vindouros, a sua permanência neste sistema deixará de ser sustentável.
James Lovelock formulou esta questão do seguinte modo: "Será a própria Geia a eliminar esta espécie!"
De súbito, chega-se à indubitável conclusão de que, é a própria espécie humana que tem vindo a assumir esse nefasto papel. Catástrofes ambientais provocadas pelos seres humanos, como é o caso do acidente com o reactor nuclear de Chernobyl em 1984 ( e mais recentemente na central nuclear em Fukushima no Japão), constituem exemplos que justificam plenamente esta teoria.

Geomancia
Geomancia ou o conhecimento das forças da Terra, era originalmente uma arte de adivinhação cultivada pelos Chineses e pelos Árabes, segundo a qual se lia os significados de linhas e figuras traçadas no solo.
Os geomantes dos nossos dias, ocupam-se sobretudo, com os hipotéticos padrões das linhas de força que supostamente cobrem toda a superfície da Terra, como uma rede invisível.
Os rabdomantes, apreendem por meio de varas de vime a presença de veios de água subterrâneos. É frequente recorrer-se às capacidades destas pessoas, quando se pretende encontrar o local certo para instalar um poço ou, fazer um furo para extracção de água.

Sólidos Platónicos
Ao longo de canais dispostos em linha recta, os Chineses lograram conduzir as correntes de energia que se movimentam serpenteantes pela Terra, dirigindo-as para o palácio do Imperador. Apelidadas de «veredas dos dragões», estes canais serviam para concentrar o poder e, para o fortalecimento espiritual do governante. Ao longo de algumas destas veredas foram construídas estradas, outras porém, deixaram de ser reconhecíveis, denunciadas apenas aqui e ali por pequenos templos, estátuas e obeliscos que aí eram erigidos. Também na China foram fabricadas esferas de jade que, encadeadas umas nas outras, representavam a consciência pura, mas ainda não formada.
Outros povos representaram igualmente as energias da Terra de forma simbólica. Descobertas arqueológicas feitas na Escócia, apontam para o facto de já por volta de 3000 a. C. serem fabricados objectos com a forma de dodecaedros. Tantos os Celtas como os Romanos, integraram nas suas culturas esta tradição. A razão e o objectivo que presidiram à produção por parte dos seres humanos de objectos de acordo com os chamados «sólidos platónicos» permanecem ainda hoje um verdadeiro mistério.
O pentagrama descrito por cada uma das doze áreas geométricas é um símbolo mágico muito divulgado e que, para os Gregos, constituía a expressão máxima de harmonia e divindade.
Na tradição medieval, esta figura geométrica é usada nas fórmulas mágicas e, deveria exercer um domínio sobre os espíritos elementares. Sob a forma de um pentágono estrelado era também utilizado como um sinal de defesa contra o Mal, razão pela qual Johann Wolfgang Goethe põe o seu Fausto a dizer para Mefistófeles: "Ah, foi no Pentagrama que esbarraste?/Mas diz-me, infernal criatura,/Se ele te impede, como foi que entraste?" (Fausto, versos 1396 a 1398.)

O Pentagrama, segundo os conhecedores da Antiguidade ou...provavelmente agora, na actualidade o Hexagrama, segundo a NASA. A Geomancia lá saberá explicar na sua análise científico-realidade. O que para muito é evidente, para outros será uma miragem - ou mera imaginação - sem bases científicas que o possam explicar e, evidenciar. Pouco importa. Temos muito a aprender com as narrativas, relatos e documentação (ainda que, por meios de uma natureza sui-generis) nas provas que essa própria Natureza nos vai revelando aquando se revolta, aquando se debilita pelo mal enorme que o Homem lhe faz e concede sem piedade. Vamos mudar isso. Vamos mudar tudo ou não teremos a mínima hipótese de sobrevivência a longo prazo. Vamos ser coerentes em nós próprios e, assistir a uma verdadeira consciencialização de recursos humanos maiores e mas naturais com o que esta Natureza nos advoga de pureza e autenticidade. Vamos respeitar a Geia como se fosse uma nossa irmã, mãe ou filha que temos de acarinhar, dar colo, amor e continuidade em seio mundial, tanto na longevidade como na potencialidade ad eternum. Que Deus ou o grande Uno nos admita isso e seremos felizes para sempre! Assim seja então!  

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