Translate

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Luz do Graal



Será o Graal o cálice utilizado por Cristo na Última Ceia?

Santo Graal - O Cálice de Cristo
Vários investigadores têm-se questionado sobre esta vertente simbólica do Graal em que este possa ter sido utilizado por Cristo na Última Ceia. E, é precisamente sobre essa mesma vertente simbólica do Graal (que se deve ao escritor da corte Robert de Boron) a que apresenta fundamentos menos sólidos. Deverá basear-se na crença medieval nas relíquias, pois nem Chrétien de Troyes nem Wolfram von Eschenbach fazem qualquer menção a este elemento cristão. Limitam-se a falar de uma «coisa», uma «pedra preciosa do Céu».
Robert de Boron, por seu turno, descreve o modo como José de Arimateia recolheu o sangue de Cristo crucificado com um cálice. Este recipiente era pois capaz de transmitir grande felicidade interior a quem o detivesse e José, que chegou a Inglaterra com o dito cálice, pusera-se aí a pregar a fé cristã, fundando uma espécie de Igreja acima da Igreja. O Evangelho de Nicodemo - um escrito considerado pela Igreja como apócrifo - serviu-lhe de base. Em todo o caso, os misteriosos relatos em redor do cálice de Cristo, serviram para aumentar ainda mais o significado místico da Eucaristia, preenchendo-se assim um vácuo de fé com o qual a Igreja se via a braços. Desde então, diversos foram os cálices apresentados como o «verdadeiro» Graal.

A Linhagem do Graal
Os autores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln conseguiram mesmo, a partir de lendas francesas, traçar uma «linhagem dinástica secreta do Graal».
Descendentes de Jesus e Maria Madalena, ter-se-iam tornado os guardiães do Graal. Este precioso legado teria sido mantido até hoje uma sociedade secreta, a «Prieuré de Sion». Documentos comprovativos estariam escondidos na igreja de Rennes-les-Châteaux, nos Pirinéus, para que o Vaticano os não pudesse mandar destruir. Esta teoria, porém, quase não possui factos concretos em que se possa sustentar. O argumento linguístico de que a palavra «graal» teria surgido a partir de «sangreal» (isto é, «sangue real») foi no ano de 1900 identificado pelo professor Paul Piper, um estudioso da literatura, como sendo uma construção posterior, do fim da Idade Média. Também as fontes a que os autores se referem, se afiguram dúbias e, até hoje, faltam factos averiguáveis que possam confirmar estas pretensões.

A Iniciação do Graal
As diversas possibilidades de interpretação e aspectos do tema do Graal, constituem até aos dia de hoje, na actualidade, um dos motivos do fascínio exercido por este misterioso recipiente.
A Lenda do Graal é por uns vista como «uma demanda das origens remotas»; para outros, trata-se de uma «fonte de eterna juventude» ou, de «comunhão com Deus».
O caminho espinhoso que leva ao castelo do Graal, é interpretado como um rito de passagem entre o profano e o sagrado, da morte para a vida, da Humanidade para a Divindade, o que por fim conduz à tomada de consciência daquilo que Deus é e, de como o micro e o macrocosmos surgiram.
O Templo do Graal é visto como representação do microcosmos do Universo; a Luz do Graal é tida como símbolo da iluminação. Como metáfora do princípio feminino reprimido e, da integração do aspecto feminino na hierarquia masculina da religião, é entendido o papel da casta guardiã do Graal que zela pelo cálice no castelo de Munsalvaesche.

Segredos Cósmicos
O Graal é uma relíquia de origem extraterrestre. Foi a esta controversa conclusão que chegaram dois cientistas alemães, o doutor Johannes Fiebag e o doutor Peter Fiebag. Os dois irmãos investigaram os registos históricos referentes ao misterioso artefacto e chegaram a consultar documentos com 3200 anos.
Assim, no Zahar - um escrito judaico secreto que foi sendo transmitido por tradição oral desde a travessia do deserto levada a cabo pelos Israelitas (c. 1500 a. C.)  e que só na Idade Média passou a ter registo escrito - é referido um objecto que deverá ser idêntico ao Graal. Também o Talmude parece referir-se ao Graal quando se aplica o termo «schechina», como demonstrou o filólogo A. Hauck em 1900.
Wolfram von Eschenbach descreve o modo como o Graal foi deixado na Terra por um «bando» (em alemão Schar, que, tal como em português, pode designar um grupo de aves ou pessoas), retomando este logo de seguida o seu voo de regresso, rumo às estrelas.
Para além disso, são também feitas referências a outras aparições que se deram nas proximidades desse artefacto, possivelmente os efeitos de uma qualquer radiação.
Um dos relatos mais antigos acerca do Graal, parece ter origem no construtor do Templo de Salomão, o fenício Hiram-Abi. Diversas passagens bíblicas que fazem referência a objectos que se encontravam no Templo de Salomão, em Jerusalém, sugerem possíveis semelhanças com o Graal. Mantém-se, pois, a possibilidade de o misterioso recipiente lá haver sido guardado.

Assim sendo, a Luz do Graal como símbolo da iluminação e o templo -  como representação do microcosmos do Universo - ambos em uníssono de um metaforismo feminino reprimido (como já foi referido) e, da sua integração na hierarquia masculina da religião, o papel da casta guardiã do Graal tem maior relevo talvez, pela ascensão e poder na figura da mulher. Quanto ao exponencial extraterrestre em que Deus não está excluído - na dimensão do microcosmos e macrocosmos num todo - a especulação do Graal nunca terminará, pela óbvia razão deste poder ter existido de facto e ser proveniente das estrelas em potencial magia sua ou «simplesmente» portador de uma qualquer radiação, conhecida ou desconhecida por nós, seres humanos. Todavia, a Luz do Graal na sua magnificência em designação similar de Santo Graal (povoando a nossa imaginação e delírio mental sobre as suas enormes qualidades...) será sempre uma eterna busca em procura e descoberta de um cálice, um simples cálice de origem divina. Ou...extraterrestre!?...
Seja como for, bem-vindo se um dia for encontrado, se um dia, os senhores das estrelas nos obsequiarem com um mais desse magistral cálice, taça ou santidade feito objecto que nos eternize a alma e se possível, o corpo também...mas isso, já é pedir muito; demais até...talvez. Que Deus ou os seres inteligentes das estrelas nos permitam tal. Assim seja então!

Sem comentários:

Enviar um comentário