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segunda-feira, 2 de junho de 2014

A Ilha-Fantasma


Ilhas Atlânticas dos Açores (Azores) - Portugal

Terá o arquipélago dos Açores - sob o nome de Antília na Antiguidade - sido um bastão de Ilha-Estado no Atlântico? Piri-Reis, em cartografia dominante na época - e sua - terá assim determinado ao sultão Selim I em referência às actuais Ilhas dos Açores, como Antília. Saberia desde então este Almirante Turco, Piri Reis, a verdadeira dimensão geográfica e, cartográfica, destas maravilhosas ilhas no meio do Atlântico?

Ilhas Lendárias do Atlântico
O Atlântico deve ser o oceano que alberga maior número de ilhas desaparecidas. A acreditar nos escritos antigos, que desde sempre descreveram a existência de terras misteriosas no meio do oceano, das quais já actualmente nada se sabe, deverão então com efeito as ondas do mar ter tragado umas quantas culturas insulares. A conhecida Atlântida, que o filósofo grego Platão (427-348 a. C.) descreve, é uma delas.

Antília - O Paraíso
Na Grécia da Antiguidade parece ter estado disponível uma boa quantidade de conhecimentos acerca de terras e ilhas misteriosas existentes para lá da Europa; mais para ocidente.
Uma destas ilhas envoltas em mistério chamava-se Antília. Aristóteles (384-322 a. C.) preceptor do Rei Macedónico Alexandre Magno, fez-lhe referência.
No século XV - numa altura em que partes de Portugal e da Espanha estavam ocupadas pelos Árabes - espalharam-se pela Europa rumores de que, a oeste do território continental - a cerca de 31 graus de latitude - havia uma comunidade cristã ideal que habitava uma pequena ilha chamada Antília.
Numa carta medieval que o Almirante Turco Piri Reis ofereceu em 1517 ao sultão Selim I, que conquistou o Egipto, não só se encontram delineados com admirável exactidão os contornos das regiões costeiras da América do Sul e do Norte, os da Antárctida e da Terra do Fogo, mas também os de Antília.
Especialistas em cartografia são da opinião que este mapa terá tomado como base uma carta muito mais antiga. Muito embora nela estejam contidos conhecimentos de cartografia que podem ser considerados modernos, com base nas linhas costeiras representadas na carta, chega-se à conclusão de que esta apenas pode ter sido elaborada muitas centenas de anos antes. De acordo com esta carta, as actuais Ilhas dos Açores seriam o que restaria da Antília de outrora.

Mundos Submersos
O que pensam os geólogos e os oceanógrafos da hipótese de ter existido outrora uma Ilha-Estado no Atlântico? O americano Charles Berlitz (n. 1913), autor de vários bestsellers, pensa que Antília poderá ter sido um último vestígio da Atlântida: - "Se pensarmos no planalto submarino em que os Açores se situam, depressa nos apercebemos da existência de uma grande quantidade de terras submergidas, com penínsulas, istmos, baías, montanhas e vales, estendendo-se ao longo de uma área superior à de Portugal Continental.
Tudo isto se situa a uma profundidade entre os 120 e os 270 metros."
Há 12 mil anos, quando o nível das águas do mar estava bastante abaixo do actual, vastas áreas a Norte e a Leste dos Açores, teriam com certeza estado acima do nível do mar. E, com efeito, parece haver alguns indícios de que talvez os Açores mais não sejam que, os cumes de uma massa terrestre, de muito maiores dimensões - os cumes das montanhas de Antília.

Ilhas-Fantasmas no meio do Atlântico
A cordilheira submarina do Atlântico sobre a qual Antília terá existido, integra uma zona em que as placas tectónicas da Terra se encontram algo instáveis e, em que, se podem dar súbitas erupções vulcânicas, tremores de terra violentos, e mesmo um abaixamento do leito oceânico.
Assim, em 1948, geólogos marinhos suecos - a bordo do navio de investigação Albatross - depararam a 3600 metros de profundidade, com algas de água doce que deveriam ter em tempos vivido num lago e, acima do nível do mar.
Na década de 1970, a 96 quilómetros mais a norte, aquando uma expedição oceanográfica e organizada pela Academia Soviética das Ciências, encontrou-se uma espécie de lava de aspecto vítreo, que apenas se pode formar acima de água.
O professor Maurice Ewing, da Columbia University de Nova Iorque, comenta assim: - "Ou a superfície terrestre se afundou aqui 3 a 5 quilómetros ou, o nível das águas terá subido esses mesmos 3 a 5 quilómetros. Qualquer das duas hipóteses me causa grande perplexidade!"

Engolidas pelo Mar
O historiador italiano Peter Kolosimo (1922-1980) tentou esclarecer o mito sobre a existência de muitas outras ilhas para sempre perdidas nas águas do Oceano Atlântico.
No decurso das suas investigações deparou com um relatório de 1809 da Sociedade Hidrográfica  de Madrido, no qual se pode ler o seguinte: «Nada sabíamos daquele grupo de ilhas, até que em 1762, o navio Aurora o encontrou, tendo aliás as ilhas adoptado o nome da embarcação. Em 1790 visitou-as a tripulação do Princess - um navio da Real Companhia de Navegação das Filipinas - sob o comando de De Oyarvido, que nos mostrou em Lima o seu livro de bordo e, nos informou acerca da localização exacta desta terra.»
As Ilhas-Fantasmas foram pela última vez referidas pelos marinheiros em 1892. No Livro de Bordo do navio inglês Glads, pode ler-se o seguinte: «Avistámos terra, parece tratar-se de uma ilha comprida com dois montes, o que cria a impressão de se tratar de três ilhas. No cimo desses montes havia um pouco de neve.»

Mundos Insulares - Invisíveis
Cerca de 1500 quilómetros a sudeste de Buenos Aires, na Argentina, foi em 1675 descoberta uma ilha relativamente grande que, possuía na sua região oriental, um porto abrigado. Foi chamada Ilha Grande, mas passados cem anos já ninguém conseguia dar com ela.
O Comandante Inglês G. Norris teve uma experiência semelhante. Em 1825 explorou uma das ilhas do Atlântico situadas mais a sul, a ilha Bouvet, mas antes disso havia parado mais a nordeste em duas outras pequenas ilhas, a que dera o nome de Thompson e Chimney. Também estas desapareceram para sempre nas brumas da História.
Ao longo das zonas de junção das placas que formam o leito oceânico, onde são frequentes os tremores de terra, parece efectivamente terem existido ilhas que, através de violentos cataclismos naturais, se terão precipitado nas profundezas dos mares.
Talvez um dia, arqueólogos do meio submarino...ou outros, possam vir a apresentar achados que comprovem que os mitos em redor da época áurea de Antília, não são apenas produto da imaginação humana.

Pescadores de Água
Quando em certos pontos da zona ocidental do arquipélago dos Açores os pescadores açorianos lançam um balde ao mar, conseguem nele recolher água doce. Possivelmente tratar-se-ão de nascentes de água potável submarinas que, outrora, se situaram em terra firme - numa ilha de grandes dimensões.
Outros fenómenos estranhos ocorrem também a 150 quilómetros, a oeste dos Açores. Bem a meio do oceano, os seus pescadores conseguem ancorar os seus barcos, pois em determinados sítios, os pontos mais altos dos montes submarinos chegam praticamente ao nível da superfície do mar.
De acordo com alguns geólogos, não deverá ter existido aqui nenhum continente, mas é possível que tivesse havido algumas ilhas de maiores dimensões e, habitadas, que na Antiguidade fossem reunidas sob o nome de Antília!

Estes mundos fantásticos em ilhas submersas ou ilhas-fantasmas recobrem-nos valores e autenticidades aqui reveladas, do quanto misterioso e por certo maravilhoso, será então a descoberta (ou redescoberta) destes paraísos perdidos no meio do Atlântico. Quem visite as Ilhas dos Açores não ficará indiferente a toda a sua magia deslumbrante em Natureza e pureza demonstradas. Ali, parece ter emergido a vida em todo o seu esplendor virginal e fecundo como uma grande mãe de interacção terra-mar e Céu num todo surpreendentes! A mística açoriana, alada a uma exuberante vegetação envolvente - mesmo na parte vulcânica de grandes crateras e águas ferventes em locais paradisíacos - remetem-nos para a grande questão do milagre da vida no seu todo. Ilhas que aparecem e desaparecem...em completa alucinação através dos tempos e, da insinuada interrogação se acaso não serão outros seres, outros elementos que a isso se indiciarão...? Magia ou...simplesmente fenómeno geográfico e geológico natural? Ou...simulação estelar de seres intraplanetários (mas externos à Terra) que assim nos consignam como se magia fosse o aparecer e desaparecer miraculoso dessas muitas ilhas espalhadas pelo nosso mundo?
Ilhas-Fantasmas não serão mas apenas...ilhas de outros tempos que, submersas ou quiçá, submetidas a outras vontades e a outros desígnios, se vêem assim toldadas à luz do dia e em Atlântico fantástico!
A bem de toda uma cultura e de uma Humanidade ávida de conhecimento, haja assim a continuidade do estudo, investigação e possível conclusão destes e outros fenómenos maravilhosos no nosso planeta Terra! Para o presente e, para as gerações futuras...assim possa ser! A bem de todos!

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