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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Função Mágica


 
Tiki - ilha de Nuku Hiva - Pacífico

Que função mágica teriam estes Tikis? Seriam deuses? Demónios? Seres de outro mundo?

Polinésia - Passado em Desintegração
O declínio dos lugares sagrados começou durante o colonialismo francês. Os Maraes foram usados como pedreiras para os alicerces das casas e das estradas. Muitos testemunhos do passado mítico da Polinésia, encontram-se assim espalhados pelos cais ou caminhos anualmente percorridos por milhares de turistas, que querem ver os últimos vestígios de uma civilização muito antiga e, deixar-se enfeitiçar pela paisagem paradisíaca do Taiti, a «pérola dos mares do Sul».

Litorais dos Deuses
Os ídolos divinos da Polinésia levantam muitas e pertinentes questões. Uma delas será: que função mágica teriam estes Tikis? Os «Vikings dos mares do Sul» esculpiram estes seres monstruosos de olhos enormes e certas proeminências de algum relevo nestas figuras nos seus altares. Que terão querido transmitir-nos em mensagem, arrogo ou dimensão futuras nessas tais figuras? Eram deuses? Demónios? Seres de outro mundo? Que seriam então...?
Os poetas Polinésios invocavam nos seus cânticos um passado lendário, ao qual chamavam a «Noite das Tradições». Acreditavam no Criador Taaroa e, em seres divinos, que fundaram a sua civilização vindos do «outro lado da terra», de onde os mensageiros dos deuses chegavam para visitar as suas ilhas.
O berço da Humanidade situava-se para eles em «Ilhas flutuantes» ou, conchas gigantescas, que vogavam em frente da costa ou pairavam no Céu.
Tane, Senhor da Floresta e da Luz, chegou deste modo a Huahine, cerca de 170 quilómetros a Noroeste do Taiti. O local mais sagrado da ilha - o Marae mata`ire`a-rahi - era-lhe dedicado.
Vinte e oito (28) plataformas artificiais com estruturas alongadas rodeiam o maior local de culto de todo o Pacífico. Segundo os mitos antigos, os deuses sentiam-se bem nesta ilha. Os nativos mostram aos visitantes o «leito de Tane», onde o deus dormia numa laje de pedra quando ia visitar o seu povo.

Enigmas dos Mares do Sul
O deus da Guerra, Oro, desceu directamente do Céu para Bora Bora (Filipinas). Ao deparar com a bela Vairumati, apaixonou-se por ela.
Quando os primeiros navegantes europeus chegaram às ilhas no fim do século XVIII, naturalmente que os nativos ofereceram as mulheres mais belas a estes falsos deuses. Um presente encantador que não podiam recusar. O mais importante local de culto de Oro tem um nome estranho: «Taputapuatea», (Santíssimo do ar). Título sugestivo ou naturalmente verdadeiro...?
No congresso de Arqueologia «Origem das Civilizações», realizado em San Marino no ano 2000, o escritor alemão Horst Dunkel falou da possível origem extraterrestre dos deuses Polinésios e, chamou a atenção, para relatos havidos que lembram avistamentos de Ovnis. Os Polinésios comparavam os veículos dos deuses com tartarugas submersas e chamavam-lhes: «Sombras dos Deuses que voam no Céu».
Mas, não eram apenas deuses bons...pois Oro exigia sangrentos sacrifícios humanos. Quando um dia uma árvore caiu no Templo de Oro, os sacerdotes previram a chegada de conquistadores estrangeiros. A sua profecia realizou-se pouco tempo depois.
No fim do século XIX, missionários e aventureiros saquearam e destruíram locais de culto que talvez tivessem podido dizer-nos de onde vieram os inquietantes deuses das ilhas do Pacífico.

Sacrifícios aos Deuses
Quando o capitão James Cook chegou ao Taiti em 1776, teve de assistir a uma cerimónia sacrificial horrível. Ao som dos tambores e das matracas, os nativos cavaram um buraco destinado a receber o cadáver de um homem atado de pés e mãos. James Cook viu então, ao fundo, um muro de pedra adornado com inúmeras caveiras humanas. Falaram-lhe também de alguns episódios de canibalismo.
O sacerdote invocou os deuses para a cerimónia de culto com uma oração: "Grande Tangaroa, única origem ancestral, a tua grande família divina: permanece aqui no ar sobre este local sagrado para os homens. Nós, mortais, vagueamos nesta terra."

Elementar é o que nos sugere dizer: sempre se fizeram sacrifícios humanos e que hoje, à luz de um nosso maior pensamento de abrangência evolutiva humana, nos carece de fundamentos, piedade e civilidade pelas monstruosas actividades dos nativos dessas remotas épocas. Contudo, é curioso verificar que, pelo mesmo motivo que deveria ser superior - ainda que de civilização extraterrestre - este deus Oro não se regesse por uma concordata celeste muito afável ou benigna em condescendência sua perante este seu povo na Terra. O que nos leva a concluir que, nem todas essas civilizações extraterrestres ou estelares possam ser dignas de nós em placitude ou pacifismo geral, sendo passíveis de nos fazerem mal. Ou ainda, corroborarem dos mesmos malefícios ou similares e hediondos actos de sujeição, submissão, contrição ou simplesmente pura maldade de quem nos poderá ser superior em tecnologias, viagens espaciais e conhecimentos astrais à dimensão extra-galáctica que, imaginamos existir, fora do nosso planeta Terra.
A voltarem, que o façam de forma ordeira, serena e em confluência com o que nos cinge na vida terrena: civismo, integridade física, moral e social e, se os deus quiserem e deixarem, a continuidade em solidária amostragem do que somos em quantidade e qualidade por todo o nosso globo terrestre. Assim seja!

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