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terça-feira, 23 de outubro de 2018

O Primeiro Homem em Marte

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O Primeiro Homem em Marte. Um cliché, eu sei. Mas será muito mais do que isso, ante o espanto e a sintonia do que poderá um dia encontrar por lá no epicentro de tudo: a água! Em estado sólido ou líquido, salgada ou doce, esta será também o epicentro da vida - ou da morte - caso se venha a revelar na sua estrutura, fisiologia, ecologia e distribuição geral, num efeito pernicioso e fatal no organismo humano.

A virologia estuda-o e a biotecnologia combate-o; só não sabemos é se isso será o suficiente para que sobrevivamos ao muito que ainda por lá nos está escondido em parasitas, vírus, micróbios ou bactérias desconhecidas...

                                                        A Exploração a Marte
Já não é um sonho! Já não é uma miragem! E, por muito que ainda nos seja enigmática ou até controversa a teoria de que o Homem nunca pisou a Lua (havendo milhares de teorias de conspiração que admitem acirradamente o Homem nunca lá ter posto os pés), há a certeza de outros porém - Space X (Elon Musk), Mars One (Bas Lansdorp), Virgin Galactic (Richard Brandson) e a Blue Origin (Jeff Bezos) - de que Marte vai valer mesmo a pena.

Mais do que um sonho, a certeza de um objectivo a finalizar e, a concretizar, sobre uma corrida ao planeta vermelho que mais parece a corrida ao ouro de outros tempos.

Por que o fazem, por que o instam a todo o momento como se o mundo fosse acabar amanhã não o sabemos; ou apenas tememos, na sapiente prerrogativa de podermos encontrar a facultativa (mas originariamente incisiva) resposta, se esta nos for admitida por todos os cientistas mundiais de que este nosso mundo, este nosso belo planeta azul chamado Terra está mesmo a expirar o seu tempo de vida... E nós, humanos, com ele (planeta) ou com ela (a nossa Mãe-Terra)!...

Mas outros receios nos perseguem. Do Perigo e do Medo. Além do Desconhecido. Além todas as precauções, estudos e ensinamentos, aquele que for (ou já tenha sido... ) O Primeiro Homem em Marte em toda a sua compleição física e mental digno de tal chão pisar, de tal chão respeitar.

E do conhecimento vem a prioridade: A cautela, mas também o empenho - ou a saudação e a observação minuciosas sobre um planeta que já foi como a Terra.

Primeiro o entusiasmo, a fabulosa e estimulante afirmação dos investigadores científicos na indubitável existência de água líquida em Marte. De vida em Marte!

Depois, a coerência e gerência de outros que nos indicam que através de elaboradas e específicas Sondagens Geofísicas do planeta-irmão no futuro, iremos desvendar o contexto hidrológico e geológico dos seus lagos com toda a precisão, com todo o rigor, para que nos aventuremos a acreditar Marte ter todo um potencial de vida para a futura colonização (e quiçá gentrificação) humana possível.

Dizem-nos que em futuro próximo (nos próximos anos ou décadas), a premissa do Homem será a Exploração Espacial com base nestes últimos dados e agendas espaciais na exploração ao milímetro sob superfícies ou subterrâneos em que haja a evidência de água, a evidência de vida.

Inexoravelmente, se insurgirão todas as sondagens, todas as indefectíveis abordagens como epicentro dessas explorações pelo que o Homem delas dependerá para saber se vive se morre - neste ou noutros planetas ou corpos celestes do nosso Sistema Solar (na variante de poder haver água líquida sobre alguns deles) - no que se não descura esta possibilidade nas luas de Júpiter e Saturno de «Europa» e «Encelado» respectivamente.

Mais uma vez, o Homem sobre algo que não conhece, não de todo! Mas, como sempre faz na vida, em busca e em retorno, procurando outro chão, outro ar, outra água e outro fogo, verá todos os elementos, por outros que ainda não conhece nem tocou ou sequer aspirou a poder pronunciar-se. Mas está lá. E agora é a sua vez!

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Marte: um planeta azul há cerca de 3,5 biliões de anos (na mesma época em que a vida surgia na Terra). Um atmosfera amena e água suficiente para cobrir todo o planeta de vida; no fundo, tal como sucedeu no nosso planeta. Acometido de vários cataclismos veio a perder 87% da sua água. O restante que sobrou, radicou-se nos seus pólos.

Poderá então o Homem recuperar o que foi perdido em Marte?... Reassumir comandos, descongelar, esterilizar e fazer resultar em água potável o que resta de Marte em água líquida por baixo de si?... Poderá o Homem reabilitar este planeta para si...? Ou perdê-lo-à à partida e à chegada se o não souber entender, se o não souber compreender ou apenas aceitar tal como é???

A Grande Descoberta; Água!
A Informação corre veloz, como um raio ou um trovão. Mas tal como o som que vem depois ou como as ondas de choque depois de um evento sismológico, a NASA admitiu, confirmou e divulgou ao grande público essa outra grande novidade: A existência de água líquida em Marte; nos pólos marcianos - inicialmente com mais incidência no pólo norte marciano, no entanto verificando-se a existência de um imenso lago de água salgada no pólo sul, nas descobertas recentes.

Anteriormente haviam surgido outras afirmações, outras divulgações sobre a descoberta de grandes massas de água congelada (solidificada) nos pólos. E depois líquida; água salgada e água doce (inventariámos nós logo de seguida), tudo num afã mobilizador e por demais instigador de pensarmos já poder rumar de malas e bagagens até Marte.

E, tal como se fez outrora no velho Oeste Americano, ficámos com a sensação de poder zarpar para este estranho mas ainda assim acessível planeta vermelho como se fôssemos para a mais distinta missão evangélica ou missionária de povoarmos terras inóspitas - mas só nossas em prazer de paz e solidão - como eremitas que muitos de nós somos (em capacidade ou potencialidade de fazer algo mais do que adormecermos na rotina dos nossos dias) na altruísta missão de nos aventurarmos por mundos desconhecidos.

E isto, convenhamos, sem destrinçar de imediato as consequências ou urgências que enfrentaríamos (caso a NASA, a Space X ou outros dos eventuais viajantes espaciais terrestres nos admitissem como seus viajantes ou proto-astronautas) sobre o ainda tão ignoto planeta...

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(Imagem: ESA) - A descoberta de um grande Lago de água líquida sobre Marte. Ou, sob o gelo do pólo sul marciano, abrindo assim a possibilidade actualmente de se poder começar a acreditar na sustentação de vida biológica activa sobre o mesmo; ou seja, os cientistas estão intensamente convictos da probabilidade de sobrevivência de alguns microrganismos. E que, por essa questão de sobrevivência, se tenham adaptado a outras formas de vida sobre o gelo subterrâneo...

Microrganismos sobreviventes
Marte, como se sabe agora, teve na sua morfologia e geologia planetárias a existência de grandes lagos de água líquida, morna ou amena com a capacidade dita normal para albergar vida. Depois tudo evaporou e sumiu sem deixar rasto. Era como pensávamos até terem vindo a lume estas descobertas esplendorosas sobre o planeta vermelho. A nossa terrestre tecnologia aperfeiçoou-se e até buscarmos esta realidade foi um pequeno passo.

John Priscu, ecologista da Universidade de Montana, nos Estados Unidos - mas também como chefe do Projecto de Pesquisa dos Vales McMurdo na Antárctida - (e em sua divulgação ao El País em Julho de 2018) refere-nos de que: "As nossas pesquisas com meteoritos marcianos demonstram que os tipos de compostos químicos presentes no planeta bastam para sustentar vida."

Na sua pesquisa na Antárctida onde existem habitats parecidos com o lago marciano de água salgada descoberto recentemente pela sonda europeia Mars Express (há 15 anos em missão pelo planeta vermelho), Priscu admite ainda:

"Um dos problemas que enfrentamos é que, para existir vida em Marte actualmente, precisaria haver um sistema hidrológico subterrâneo. O novo estudo acaba de nos mostrar que esse sistema existe, o que torna muito mais realista a possibilidade de haver vida. Acredito que o lago agora descoberto seja só um dos muitos por identificar, e que estas reservas são um refúgio para as formas de vida que possam ter existido quando o planeta tinha oceanos.

Divaguemos um pouco: Se desde 2014 o robô Curiosity, da NASA, nos deu provas científicas da presença de metano na atmosfera de Marte, assim como de existenciais elementos químicos orgânicos no solo do planeta vermelho, dando-nos as pistas necessárias e efectivas de vida extraterrestre (ou na sequência de vida biológica aí implementada antes do surgimento do cataclismo planetário), porque não aceitar que Marte tenha sido semelhante à Terra, com lagos e mares sobre si???

E que estes microrganismos tenham por todos os meios conseguido sobreviver e até criar talvez aquela mutação necessária para essa sua sobrevivência?!...

O italiano Roberto Orosei - colega de Priscu e envolvido nesta última investigação sobre o grande lago marciano - corrobora do mesmo aferindo:

"É possível que haja mais lagos sub-glaciais no pólo sul e também no pólo norte, onde ainda não foi feita uma busca sistemática. O nosso plano é acumular todos os dados que pudermos desta zona; e embora a decisão de alterar o rumo da sonda seja dos países que formam a Agência Espacial Europeia, está claro que explorar esta zona para encontrar mais lagos se tornou uma prioridade clara!"

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(Imagem: NASA) Lagos e Vegetação em Marte, quem diria?!... Tudo é agora possível e admissível de ser verdade, após o que julgáramos anteriormente de um planeta estéril e sem acordo de vida. Existem os resquícios de uma vida outrora biológica e quiçá vegetal, além tudo o que pode realçar a nossa terrestre condição de humanos que somos em querer povoar, reflorestar e fazer reviver este planeta mártir que está tão juntinho a nós... Consegui-lo-emos?... Pelo menos não custa tentar, acreditamos, por muito difíceis que sejam esses caminhos, essa longa caminhada planetária...

A Biologia Evolutiva
 A Biologia criada e, evolutiva, diz-nos de como os organismos se transformam ao longo de gerações, adaptando-se melhor ao seu ambiente ou, a um meio em mudança, acumulando alterações genéticas. É sabido que esta ciência inclui o estudo da evolução - no passado e no presente - e dos processos genéticos associados.

Em Marte não terá sido diferente este processo; ainda que modificado e alterado pelo que hoje se sabe ter ocorrido de errado e de funesto sobre este planeta vermelho. Os microrganismos apenas tiveram de se moldar ou adaptar a essa nova fase da sua vida planetária, supõe-se.

Os dados do Instrumento de Radar - MARSIS - indicam que há centenas de milhões de metros cúbicos de água líquida sob uma camada de gelo sobre 1,5 quilómetros de comprimento sobre o solo subterrâneo marciano. Em 2020 projecta-se descobrir mais sobre este manto de água escondido sobre outro manto de gelo.

A China está nesse encalço no envio de uma sonda orbital com um sistema de radar que confirmará a descoberta. Hoje, já se possui tecnologia suficiente para se fazer a perfuração glaciar necessária para o efeito. Ou seja, o mundo está todo de olhos postos em Marte!

Embora hajam progressos, há também quem não fique abertamente optimista, como é o caso de Michael Hecht, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos EUA, que, muito céptico quanto à existência de água líquida no pólo sul de Marte, vai ressalvando algumas opiniões em contrário consubstanciadas no que induz:

"A temperatura sob o gelo, tanto em Marte como na Terra, aumenta à medida que você penetra no gelo. Segundo os nossos cálculos, uma camada de 1,5 quilómetros não chega ou não é suficiente para a tornar suficientemente alta. Onde isso é possível é no Pólo Norte (em Marte), porque a camada é de três quilómetros. De facto, é mais provável que seja no pólo norte que haja grandes reservas de água líquida."

E diz mais, ao afirmar com toda a certeza possível: "O Pólo Sul de Marte, não é o lugar onde procurar vida. É muito mais provável que a encontremos onde já sabemos que há oceanos e fontes de calor através de sistemas hidrotermais  como em Europa e Encelado (as luas de Júpiter e Saturno). Entretanto, o Pólo Sul de Marte (realça), é um ambiente muito difícil para realizar uma missão espacial, porque é o lugar mais frio e onde o Inverno é mais longo."

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Os Gelos em Marte. A Água em Marte. A hipótese de vida microbiana em Marte. Ou, a franca possibilidade de haver Vida Aeróbica no subsolo de Marte!... Seja nos planetas (dos nosso sistema solar ou fora dele) ou no espaço interestelar, os investigadores aferem que há microrganismos quase invencíveis às condições e temperaturas extremas. Mesmo na Terra, na Antárctida, essa realidade consuma-se pelo que se sabe hoje de bactérias que estão imunes ao passar do tempo ou mesmo sobre certos fenómenos mais adversos que ocorreram no nosso planeta.

Muitas dessas bactérias podem mesmo ser um perigo para a nossa civilização. Se é assim na Terra, como será em Marte...? Estaremos perante essa mesma realidade de microrganismos mutantes mas eficazmente sobreviventes a todas as intempéries planetárias?... E que perfil terão? Ser-nos-ão benéficas ou assassinas, caso tragam à luz do dia toda a sua morfológica compleição, estrutura e composição em fatalidade planetária???

Vida Aeróbica: vida portanto!
A NASA é sempre, ou quase sempre, muito meticulosa e não muito expansiva quanto ao enfoque dado a estas descobertas, a estas agora actualizações sobre Marte. Ou sobre outros planetas que sustentem vida e água portanto. Mas dizem-nos algumas coisas, pelo que a ESA também se compromete no que observa e distintivamente nos sugere poder encontrar-se por lá em vida microbiana. E agora aeróbica ao que se fala.

Segundo um artigo publicado no dia 22 de Outubro de 2018 na revista científica «Nature Geoscience» é muito possível a existência de vida aeróbica no subsolo (ou mesmo sob a superfície) de Marte. Nem mais! Está tudo em aberto e nós sequiosos por entendê-lo. E confiar que assim é.

Vamos a factos: De acordo com os envolvidos investigadores - sobre uma equipa liderada por Vlada Stamenkovic, do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL) e também segundo a descrição do Canaltech, esta conclusão em jeito de afirmação de haver vida aeróbica sob Marte, deve-se única e exclusivamente à possibilidade de existirem Lagos de Água Salgada Subterrâneos no planeta vermelho.

E, segundo as suas próprias palavras «Caso algum deles esteja localizado sob a Calota Polar Marciana, há grande potencial de existir oxigénio dentro dessas massas de água.»

Em 2016, o Robô Curiosity da NASA,  fez a importante descoberta de que - A Atmosfera de Marte - pode muito bem ter sido rica em oxigénio em determinada época do seu passado. Tendo perdido o seu Campo Magnético tornou-se inevitável o escapulir do seu oxigénio, fazendo deste planeta uma rocha quase estéril e infértil de qualquer forma de vida; era o que então se supunha.

Todavia, o que os investigadores hoje nos dizem para grande surpresa e certo entusiasmo global (para quem estes temas interessam) de que existe ainda Oxigénio dentro das Formações Rochosas de Marte - o que vem animar as hostes científicas na indicação de que o subsolo pode conter quantidades significativas deste precioso elemento essencial à vida.

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(Imagem: ESA) A Vida Aeróbica existente em ambientes mesmo sem fotossíntese. Talvez não seja de admirar sob a mais completa estupefacção o que este recente estudo analisa sobre o subsolo de Marte em vida muito para além dos parâmetros normais.

Mesmo nas profundezas oceânicas da Terra, os cientistas têm divulgado que algo de semelhante se passe. Na escuridão do mais profundo reduto subaquático ou terrestre poderá existir vida aeróbica! Assim se pronunciam os cientistas e nós admiramo-los pela persistente sequência do que o poder da vida tem para nos mostrar de si!...

«As Nossas Descobertas podem ajudar a explicar a formação de fases altamente oxidadas em rochas marcianas observadas com os Rovers (sondas robóticas em Marte); e implicam que as oportunidades de vida aeróbica podem existir em Marte e noutros corpos planetários com fontes de oxigénio independentes da fotossíntese.» (Comunicado da NASA sobre o estudo agora divulgado pela revista científica Nature Geoscience)

Um Mundo desconhecido...
Abaixo das calotas polares marcianas existe provavelmente um mundo desconhecido. Ou tão magistralmente populoso e diverso que será inimaginável que o coloquemos à partida como algo de despiciendo ou até pouco interessante, uma vez que pode haver um mundo subterrâneo de grande relevância em Marte, assumem os investigadores.

As temperaturas são muito baixas, é certo, mas por esse mesmo factor, os microrganismos ou qualquer outro potencial de vida lá se tenha conservado ou transformado consoante esse rigoroso ecossistema lhe exigia.

Mesmo sem fotossíntese ou sem lufadas de oxigénio formatadas para haver vida, a microbiologia efectua-se em todo o seu esplendor, além as condições mais adversas, pelo que até no espaço cósmico a vemos sobreviver e até replicar. Que maravilhoso mundo desconhecido este, não é mesmo???

No entanto, apesar de glorificadas as descobertas e impressionantes as futuras medidas tecnológicas para sabermos com toda a certeza se haverá ou não vida aeróbica ou microbiana no subsolo de Marte ou noutro qualquer eventual planeta que nos seja acessível de explorar, existe um grande fantasma para os cientistas: A Contaminação!

"O nosso projecto de longo prazo, é conseguir alcançar os lagos marcianos garantindo que não os contaminamos e, comprovar, se a essas profundidades há vida; e se houver, determinar como é que ela se conseguiu adaptar a essas condições tão extremas."

(Esta, a assertiva locução de Anja Rutishauser, uma das cientistas-investigadoras que descobriu um dos lagos de Marte, em visível preocupação com o que o ser humano poderá levar ou trazer consigo caso haja uma aproximação mais directa no futuro e sobre Marte).

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Ser como a Terra ou ser como Marte, eis a questão. Ter sido como a Terra e agora ser Marte, assim... num destino infeliz e pouco sobranceiro com o que porventura um dia foi e exibiu em si de grandes lagos, grandes mares, e uma pululante ou pujante vida em todo o seu magno poder florescente.

Piora ainda mais esta questão se ficarmos como Marte... Ou se para lá transportarmos vírus e bactérias em enxame bacteriológico verdadeiramente letal que possa eventualmente matar o seu já pequeno ecossistema martirizado; ou de lá trouxermos um parasita assassino - um horrendo micróbio alien - que nos faça ficar como o seu planeta em quase inexistência de vida!...

Sobreviver, sendo imune...
Talvez não seja de todo incompreensível os receios dos cientistas e suas bem fundamentadas apreensões sobre o que no futuro o Homem poderá ou não consigo carregar em contaminação de cá para lá e de lá para cá; tão óbvio e tão simples quanto isto (ainda que estejamos muito mais preocupados com o que trazemos para cá, para a Terra, de algum micróbio alienígena que nos mate a todos do que o contrário). Enfim. Resumindo: É tudo um enorme perigo!

A Imunologia refere-nos (em estudo e argumentação) de que temos escrupulosamente de analisar muito bem os riscos; e ponderar com muita precisão e qualidade o que futuramente poderemos transportar em grande responsabilidade imunitária, sabendo as suas causas e os seus efeitos ou consequências - em particular, sobre aqueles desígnios bacteriológicos que ainda desconhecemos.

Daí que tenhamos de estudar e dar andamento a grande parte das respostas sobre situações futuras que se nos defrontem na altura e na localização ou região planetária em que nos encontremos, devido às suas inevitáveis consequências de contaminação directa. Dos solos ou do ar; de tudo enfim.

Temos de possuir (pelo menos em parte) as respostas ou exigências físicas do nosso organismo humano em face aos micróbios, parasitas ou substâncias estranhas causadoras de doenças e patologias encontradas. Assim como também, o conhecimento do processo celular em face a esse novo ambiente estranho ou não gerido por nós em condições que não dominamos.

Sabemos que, a Imunologia, é sempre imprescindível na previsão de respostas sobre os diversos processos clínicos no ser humano administrados na Terra. Em Marte já será diferente. É tudo um mundo novo e complexo, por muito que os cientistas estejam na vanguarda do conhecimento sobre os elementos químicos associados tanto na atmosfera como nos solos; ou, neste caso, sobre águas subterrâneas - ou mesmo à superfície - sobre o que os futuros astronautas aí se possam defrontar.

A Bioquímica também é muito importante! Tudo o que possa interferir, interagir activa e perniciosamente ou transmutar o normal processo químico do nosso organismo humano, podendo haver a suposta invasão de outros compostos químicos estranhos ao nosso - e subsequentemente fragilizando-nos ou matando-nos mesmo - é (e será sempre) uma situação que os cientistas não descuram ou negligenciam. Não se pode arriscar a vida humana!

Daí que procurem estar um passo à frente na extracção e, análise dos compostos que participam na estrutura e no metabolismo celulares, numa forma de melhor compreensão/expressão da informação genética do Homem. Há que haver respostas se houver intrusos!

Daí também que se criem «antídotos» versus anticorpos  (de variadíssimas aplicações em biotecnologia) numa espécie de inoculação quanto a eventuais mecanismos de ataque - e que, inversamente em nossa defesa, nos possam imunizar de outros estranhos anticorpos que interfiram na estrutura e no metabolismo celular humano.

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A Transformação de Marte ou, a por alguns chamada de «Terraformação» de Marte. Seja como for, ainda longe estão os tempos de Marte deixar de ser vermelho para passar a ser azul, com muita pena nossa é certo. Os aplausos fazem-se ouvir mas os avisos também. A expectativa é grande mas os perigos também! Queremos lá viver e não morrer! Queremos tudo isso sim, mas primeiro há que entender e conhecer muito bem este «senhor» planeta vermelho!

A sua atmosfera densa em nada é semelhante à da Terra, por muito que assim a desejássemos igual. Os seus solos, só comparáveis a certos locais específicos da Terra (nos seus desertos áridos) ou a sua implacável e extrema temperatura negativa só em idêntica realidade sobre a nossa Antárctida. Tudo é um misto de não-hospitalidade, não-habitabilidade e ambiência inóspita que não oferece grandes condições aos seus visitantes humanos; por enquanto...

Os Perigos! Da Terra e de Marte...
Em Marte, os perigos são muitos, já se sabe, pelo que não se sabe inversamente de tudo o que por lá se passa. Seria indescritível colocar-se aqui e ao pormenor todos os perigos envolventes de quem vá, pise ou já lá esteja em Marte... e os cientistas sabem disso.

Em 2020 saberemos, diz Elon Musk. Dizem os cientistas, os da NASA e outros, que Marte pode muito bem ser a nossa futura casa-mãe depois da Terra expirar; ou depois desta estar prenhe de uma contaminação global, uma pandemia visceral que marque grande parte da população, erradicando-a da Terra.

Seja como for, há que não desprezar ou menosprezar os sons que nos alertam para certos factos muito pertinentes e que já se alocam sobre a nossa sociedade moderna e contemporânea, sobre as populações mas também sobre o planeta em toda a sua instabilidade planetária.

Por coincidência ou não, soube-se que existe «Um Parasita que Come Cérebros ou Uma Ameba que Come Cérebros». São estas as variantes dos célebres títulos na comunicação social escrita que nos vem alertar para, mais uma vez, um dos muitos vírus, bactérias ou «simples» micróbios que nos matam sem que tenhamos algo que os elimine a 100%.

Desde o Ébola, o Dengue, a Malária, o Zika, etc. - entre outras patologias que nos podem ser mortais ou tão fatais que possamos vir a sofrer para a vida toda de uma doença crónica e maldita que não escolhemos - que os cientistas têm tido a noção e, investidura que é, a grande missão de encontrar sempre uma vacina, um antídoto, para a maleita em questão. Mas nem sempre assim é.

«Naegleria fowleri» de seu nome, é um parasita - ou uma ameba -  que se encontra em rios, lagos e piscinas, e ataca sobretudo as vias respiratórias ou nasais onde se aloja (depois de inalado) sendo tão letal que abrange 97% na estatística da mortalidade.

Imaginam a sua existência em Marte mas através do toque ou da mais descuidada inalação se acaso se tirasse o capacete de astronauta...? Podemos divagar, pois podemos, mas penso que este seria um dos menores perigos que por lá aconteceriam...

«A Meningoencefalite Amebiana Primária» é uma infecção cerebral de graves consequências, caso este parasita (ou ameba) se instale em nós. Esta entra directamente no sistema nervoso central através das membranas mucosas do nariz, pelo que ao chegar ao cérebro ataca de imediato o tecido cerebral e neuronal do ser humano. (A Infecção é desenvolvida quando há contacto com a água contaminada através da inalação).

Causa então uma inflamação generalizada (septicemia) na maioria dos casos, a morte de células cerebrais e hemorragia. A sintomatologia não é de facilitar em sintomas que incluem: dor de cabeça, febre e náuseas. Num estado ainda mais grave ou em processo avançado, observa-se a perda de equilíbrio, alucinações e torcicolos (torção do pescoço) - de acordo os dados requeridos pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (Centers for Disease Control and Prevention).

Há que afastar dúvidas (por enquanto) sobre esta ameba poder-se encontrar nos solos ou subterrâneos de Marte, pois ela vive e sobrevive em ambientes húmidos onde exista água doce com temperaturas entre os 30 e os 45 graus, desenvolvendo-se muitas vezes em águas paradas, em lagos, rios e piscinas (com tratamentos inadequados de cloro), o que convenhamos, não se passa em Marte.

Mas poderemos ficar sossegados quanto a outras «amebas», outros parasitas similares mas que se desenvolvam sob condições geoquímicas extremas (extremófilos) e que tudo suportam, tudo abarcam em existência inacreditável...? Penso que não.

Não poderemos nunca desmerecer a importância ou desmesurada relevância que estes vírus, bactérias, micro-bactérias ou microrganismos por vezes tão letais nos trazem, travando por acréscimo a alquimia da exploração e da perseguição do sonho intraplanetário, aquém ou além Terra, pois que um dia também fomos «colonizados e clonizados» sem que ainda hoje saibamos o porquê...

O Primeiro Homem em Marte saberá o que fazer. O Primeiro Homem em Marte saberá o que realizar, pensar e efectivar aquém e além de tudo o que lhe foi ensinado, exigido e até administrado - física e cognitivamente - em inteligência e poder de decisão, rapidez e sensatez, de tudo levar a bom porto sem ser inconsequente ou indulgente com o que ali o levou.

O Primeiro Homem em Marte será aquele que se souber fazer sobreviver, não como uma ameba ou um simples parasita humano, mas, sobre todas as condições, todas as situações (mesmo para aquelas que não estando preparado de todo as saberá contornar e resolver) ter o sangue-frio suficiente para se adaptar ou reger, tal a vida aeróbica aí existente, tal a vida microbiana aí vigente, ao que a grandiosa comunidade científica arroga.

Para que tudo isso seja verdade em realidade definitivamente assumida, o Primeiro Homem em Marte dar-nos-à não só aquele tão grande passo para o Homem ou de gigante para a Humanidade, mas, o da pegada universal de uma espécie que acreditou e, se incentivou, a cumprir um outro grande passo: Fazer de Marte a rampa para outros voos, outras plataformas planetárias.

E isso, mesmo a título póstumo e por toda a posteridade (quiçá eternidade...), num dos maiores sinais e símbolos da Humanidade sobre a Terra na descoberta de outros povos, outras terras; aquém ou além o nosso sistema solar! Aquém ou Além os próprios medos, os inevitáveis recuos ou a grande ambição de se ver a ser: O Primeiro Homem em Marte!

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