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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Entre a Felicidade e o Medo

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(Foto da ESA/ISS) - Imagem captada pela ISS na observação espacial sobre o planeta Terra. O Homem pensou, criou e a obra nasceu. Mas, por vezes, fracassa. Cai. E volta a levantar-se. Primeiro a Lua e depois Marte, se Deus quiser dizem os crentes, e se a Ciência permitir dizem os cépticos.

E mais tarde, talvez, os outros planetas irmãos (do nosso sistema solar) e, se não for pedir muito lá para os próximos séculos, a conquista aeroespacial que nos leve até Alfa do Centauro (Alpha Centauris) em expansão sideral nunca vista. Será sonho, ou apenas o que o Homem a si se destinou sobre um futuro que há muito franqueou?!...

Voltando à Terra, literalmente, há que reconhecer os feitos, os méritos, as obras e as distâncias, ainda que hajam falhas, fracassos certas vezes; algumas vezes. E todas são aceites (as falhas, os deméritos) ou assim deveria de ser. Não errámos todos alguma vez na nossa vida? Ou será que poderemos afirmar com toda a distinção ou verdade possível que fomos sempre ser perfeitos, existencialmente extraordinários?... Penso que não.

Daí que se pense na ISS/EEI - ou aquando se voltar à Lua, ou poder ir mais longe por ora até Marte. E tudo isso, depois de se passar por esta poderosa e esplendorosa plataforma espacial que, tal como um «quarto (cúpula) com vista sobre a cidade (Terra)», nos vai fazendo admirar os presentes esforços conseguidos tecnologicamente.

E que, há que o dizer a todo o nível espacial (ou segundo o que por lá se estuda, analisa e factualiza sob os parâmetros da microgravidade) se consagra na irrefutabilidade até dos mais ignotos ou distantes desta actual realidade (que não deidade) laboratorial espacial.

A ISS (International Space Station) ou em português, Estação Espacial Internacional (EEI), é e será estou em crer e como todos já sabem, um laboratório espacial orbital que reúne valores e entidades conjuntas de vários países, tendo por objectivo não só a observação da Terra em seus muitos fenómenos meteorológicos ou climáticos (entre outros), mas, os mais diversos estudos num desafio científico registado sobre a microgravidade.

Todavia, entre a Felicidade de tudo se realizar em bonomia e positividade, internacionalização científica coesa e unida a uma só voz, existe também o Medo de que o sonho tenha sido grande demais, extenso demais para o Homem que, apenas, quis olhar o seu mundo do outro lado de outro mundo...

E, se isso é pecado original ou somente o que lhe lhe estava predestinado há muito, é, ou quando muito será, algo que ainda não se sabe ou se não quer julgar, não emitindo nada (nem omitindo...) estando essa grande Chave do Cosmos no grande manto do conhecimento dos deuses ou daqueles seres superiores e inteligentes - os quais nós, humanos, nem chegamos aos calcanhares...

Não. Não pode ser pecado, antes a ilusão sem desilusão, o sonho concretizado e real do que há muito nos é devido e merecido. Porquanto o sonho permaneça e a esperança não esmoreça de tudo voltar a ser como dantes, àquele momento em que todos os sonhos só tinham a cor e a bonança de se ir mais longe, tudo se consegue.

(A não ser que vença a intriga, a sabotagem, ou a franquia de tudo ludibriar por interesses que ninguém tem a coragem de admitir ou sequer pensar terem surgido do nada...).

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ISS (International Space Station): as glórias e os fracassos que, tal como sempre a História nos conta, é endémica a ambição/ perseguição do Homem pelo desconhecido, pelo que está mais além, mesmo que hajam recuos, fracassos, ou missões menos conseguidas.

Não é por se ter perdido uma batalha que se perde a guerra, dirão os estrategas; os políticos e os outros, os que continuam a acreditar no sonho oscilante mas sempre persistente ou tremulante entre a Felicidade do que já se almejou pelo Medo do que ainda se não ultrapassou...

Avanços e Recuos...                   
Entre o  magnífico, o extasiante e a concretização ou solidificação do que o Homem já alcançou, fica-nos a sensação - paralelamente - do que nos é cerceado ou refreado ainda, na contenção dos nossos próprios e humanos limites.

E, nessa luta, nesse caminho aeroespacial, se algo falha por um momento que seja, tudo fica em risco, estagnado ou simplesmente debilitado na missão que se havia imperado ou até conquistado até aí. Dos fracos não reza a História, e dos desistentes também não, acredita-se.

11 de Fevereiro de 2018: Primeiro o efusivo lançamento e só depois o triste constrangimento (aos olhos do mundo, o nosso terrestre mundo) de se ter visto serem goradas as expectativas e as missivas espaciais até à ISS. Felizmente que, para os dois astronautas aí investidos nada aconteceu de maior que não um enorme susto, supõe-se.

Já em Setembro (2018) tinha vindo a público a quase petrificante notícia para o mais comum dos terrestres de que, a nave Soyus exibia (para espanto até dos próprios astronautas inseridos na estação espacial internacional) um «buraco» de dois milímetros de diâmetro na cápsula Soyus da Roscosmos - a agência espacial federal russa, que detém a responsabilidade da nave espacial Soyus.

A consequência da existência deste buraco ou furo (que os alertou para uma redução da pressão do ar, enquanto fechavam as escotilhas dos compartimentos laterais da nave espacial Soyus) poderia ter sido trágica se não observada ou possivelmente «remendada» atempadamente, uma vez que criava o vazar ou esvair do oxigénio para o Espaço.

Registe-se que, a Tripulação, podia ficar sem ar ao fim de 18 dias, segundo nos relatou o «The Telegraph». Segundo a BBC nos conta também, os astronautas estariam a dormir no momento «do Impacto»; ou seja, do hipotético ou de facto real fragmento rochoso que vagueava pelo espaço cósmico a alta velocidade. Na altura, foi esta a explicação. Do lado norte-americano.

Como sempre, a NASA, muito diligente e meticulosa pelo que não deve transpirar ou ser objecto de qualquer especulação mais maledicente, veio administrar a sua sapiência com o facto desta ocorrência poder ter sido originada por um micro-meteorito que provavelmente teria colidido ou chocado com a ISS. Facto desde logo desmentido pela Roscosmos, tal guerra fria (gelada!) entre até aí e agora duas nações mais próximas e unidas num igual projecto espacial.

Desmentido esse então, posteriormente exibido pela Roscosmos (ao que se apurou) que veio admitir poder tratar-se de um acto de pura sabotagem na culpabilidade única de «Erro Humano» e, em acção anterior, ao lançamento da nave Soyus.

(Ao invés do que inicialmente se traduziu por voz do chefe da agência espacial federal Roscosmos, Dmitry  Rogozin - citado então pelas agências noticiosas russas - que aferiu na altura:

"Durante a noite, e de manhã, houve uma situação anormal - uma queda de pressão, uma fuga de oxigénio na estação. Foi encontrada uma micro-fractura, mais provavelmente danos do exterior. Os engenheiros do projecto acreditam que é o resultado de um meteorito.")

Preto no branco, e tudo às avessas, estava assim exposta a mais insípida mas não cruel versão de ter havido um acto de pura negligência (ou incompetência por parte dos engenheiros aeroespaciais) desmentido por sua vez a teoria inicial de, tal como os norte-americanos sugeriam, ter sido o impacto de um meteorito.

Não sem antes ter havido um outro acto de quase contrição, rebelião ou excomunhão (o que se especulou na Terra estes estarem a viver entre si, sem haver contraditório ou algo a que a isso se desse crédito) entre os astronautas da ISS.

Isto, na sucessão de acontecimentos e argumentos sobre uma certa simulação anterior de poder haver um sabotador entre o grupo de Astronautas Russos, Europeus e Norte-Americanos (nos seis elementos da tripulação de então), uma vez que este buraco fora realizado através de uma broca, detectado de dentro para fora e não o contrário (o que passou a ser outro desmentido).

Passado o frémito do momento tudo ficou em paz. Até porque, acalmadas as hostes, a missão tinha mesmo de continuar!...

Não se sabe o que se passou entretanto entre os seis elementos da ISS, pelo que se imagina de algum desconforto e alguma preocupação de possuírem entre eles um hipotético inimigo, ou pior, um possível terrorista espacial que poderia levar à morte qualquer um dos profissionais-colegas aí confinados. Não se sabe mas intui-se o mal-estar e a desconfiança geral instalada...

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(Foto ISS) A Imagem da Terra (observação nocturna da Península Ibérica). Os riscos interiores ou exteriores à ISS são uma constante. E os astronautas a si afectos sabem disso. Os perigos espreitam e os cuidados não são descurados. Estes homens e mulheres sabem ao que vão; mesmo que alguns deles temam, vacilem, ou, como o mais terreno provinciano que nada sabe de foguetões, orem fervorosamente (independentemente da crença ou não crença de cada um) para que tudo corra bem e voltem tal qual para lá foram. Afinal, são homens e mulheres como nós!

Os Perigos: A 6 de Setembro de 2017 surgiu no céu um clarão solar (a mais forte erupção solar dos últimos 12 anos, segundo os cientistas) que levou à reclusão imediata de todos os seus elementos. Por muito preparados que estejam ou sejam estes astronautas, nada os releva para a posição de cadáveres espaciais, pois que os avisos são para reter (e não para negligenciar!) e os alertas para cumprir. Ou tudo foi em vão... os ensinamentos e as competências; além o que se prioriza e enfatiza de como deve ou não ser um astronauta...

O Perigo Interno e Externo...
Erros humanos acontecem. Não somos máquinas. Não somos perfeitos. Mas temos de ser - obrigatoriamente! - conscientes dos riscos e da fiabilidade (ou falta dela) nos actos e práticas que cumprimos; neste caso, que se exibe na fabricação, manutenção e determinação óbvias de tudo estar exactamente como deve de estar em função e concretização sobre voos aeroespaciais.

Erros técnicos em terra podem ser uma possibilidade (por muito que isso também nos seja algo estranho ainda que não inédito). Sabotagem cometida por alguém -  por um dos astronautas inseridos na ISS em órbita - não! Não se pode admitir. Pode acontecer... mas não é um factor natural.

Os critérios são elevados e a responsabilidade também. Daí que nos seja muito difícil de digerir humanamente (para o cidadão comum e não só!) de que possa efectivamente existir na ISS um espião vá-se lá saber à ordem de quem ou do porquê de tal acto tão criminoso quanto abjecto, na medida em que está a colocar em risco não só a sua própria pessoa mas todos os seus parceiros.

Isto, nos riscos internos. Na perigosidade havida de uma missão falhada por mão dos próprios (segundo nos foi divulgado pela Roscosmos em 4 de Setembro de 2018, após uma sua elaborada investigação).

No entanto, a NASA duvida disso. E, em comunicado oficial, afiançou a possibilidade de se poder ter tratado de facto de um erro técnico (insistindo neste termo) na montagem da nave aeroespacial.

Segundo Chris Bergin, editor do site de notícias oficial da NASA «A coisa mais próxima de uma broca que astronautas e técnicos usam na estação é uma Parafusadeira eléctrica, e já faz muito tempo que não há a necessidade de uso dela em missão.» Seja como for, a dúvida manteve-se. Ou firmou-se... de ambos os lados.

Nos riscos externos, os vindos do Espaço, a coisa é menos especulativa mas absolutamente indefectível. São enormes e assaz impactantes e destrutíveis; desde o lixo cósmico aos fenómenos estelares que por lá se passam. Tudo é um risco, assumido ou não.

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(23 de Agosto de 2013): Captação de imagem da ISS, na observação e passagem desta no espaço nocturno (através de telescópio terrestre).

Um dos riscos aqui já referidos, foi o ocorrido em 6 de Setembro do ano passado (2017) num clarão solar de intensidade X.9.3 de uma Mancha Solar que, permaneceu activa até dia 8 desse mês, emitindo no total 5 explosões ao todo - uma inicial e outras quatro nos dias seguintes, em registo de uma muito forte e três de intensidade média.

Os Astronautas que estavam a trabalhar a bordo (ou em órbita) e na Estação Espacial Internacional foram obrigados a recolherem-se nela, aquando esta súbita mas estrondosa e forte explosão solar, ocorrida em 10 de Setembro de 2017.

"Ontem foi emitido um alerta para que os astronautas passem um tempo sob o refúgio da estação." (Divulgação à Imprensa em 11 de Setembro de 2017 feita por Mikhail Panasyuk, director do Instituto Russo  de Física Nuclear Skobeltsin)

O Cientista explicou na altura de que este fenómeno solar se devia ao chamado «Evento de Protões Solares» (Solar Proton Event; SPE) - uma muito elevada emissão de partículas de energia de também elevada capacidade de poder perfurar o revestimento das naves espaciais - na ali exposta ISS que igualmente sofreria algum transtorno na sua alocada exposição ao Sol (na órbita que então fazia).

Contudo, verificou-se com agrado no momento de que, a emissão, criou um Fundo de Radiação Negativo, mas muito breve, quase ocasional ou pontual, não se registando danos graves nos equipamentos espaciais.

E isto, para grande alívio de todos os cientistas envolvidos além os próprios astronautas da ISS que, embora preparados para estas eventualidades, são humanos e emocionais, sentindo que as suas vidas estão sempre em risco. No fundo, algo que também se passa na Terra, dirão outros...

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(11 de Outubro de 2018) - Os desaires e o manifesto mundial de um insucesso que se quer ver esquecido tão depressa quanto adormecido sobre outras vitórias, outras missões de final feliz. Errar é humano, persistir no erro uma idiotice; mas desistir não é a prioridade do que se quer em continuidade - e normalidade - de acordo com o que os engenheiros espaciais e todos os cientistas envolvidos requisitam de, e em si, sobre estas missões. A ISS ficou à espera.

"Há uma emergência. Há uma falha no propulsor. Estamos em ausência de peso." (Foi deste modo que surgiu a evidente e um pouco aflitiva mensagem que deixaria em suspense todo o restante mundo que via aqueles dois astronautas - Nick Hague e Alexey Ovchinin- debatendo-se por sobreviver, ainda que acreditassem estarem ambos em excelentes e científicas mãos da NASA e da Roscosmos)

Um Problema chamado «foguete»...
Abortada que foi esta missão após a descolagem/Lançamento da Nave Russa Progress MS-08 em direcção à ISS na madrugada do dia 11 de Outubro deste ano (2018) - do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão - estando em causa um problema detectado no foguete que lança a nave (uma falha informática no foguete, portanto), esta missão gorou-se ante toda a expectativa nela imposta e requisitada.

No entanto, nada de lamentos. No ano que vem, que já se aproxima a passos largos, a missão retorna aos céus. Esta missiva foi-nos facultada pelos próprios cientistas que, em larga mensagem ao mundo, vieram desde logo desdramatizar a questão se haveria ou não um recuo, ou uma não-contingência de se refrearem custos e missões num futuro próximo.

Esta abortada missão tinha por objectivo levar equipamentos, combustível e comida aos tripulantes «esfomeados» e enclausurados da Estação Espacial Internacional.

No entanto, não fiquem desde já preocupados com a logística falhada e a falta destes recursos, pois tanto a Roscosmos (Agência Espacial Federal Russa) como a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) ou a ESA (Agência Espacial Europeia) não deixarão que nada escasseie à tripulação visada. Nem outra coisa se poderia esperar como é lógico.

Jan Wörner, director geral da ESA, e Reid Weiseman - representante dos astronautas da NASA - admitem apenas que os astronautas a bordo da ISS (os três elementos que lá estão) podem ter de ficar no Espaço mais do que os típicos 6 meses para evitar que o laboratório fique desabitado enquanto durar a investigação da Roscosmos à missão abortada.

Jan Wörner disse entretanto ao jornal Observador em confirmação: "Os astronautas podem ter de ficar mais tempo na Estação Espacial Internacional para que ela não fique sem pessoas. Podem regressar à Terra com a cápsula Soyus ancorada, mas não é uma boa opção deixá-la vazia e por isso vamos evitar isso a todo o custo."

De acordo com a NASA" Os três astronautas a bordo da ISS - Serena Auñón-Chancellor, Alexander Gerst e Sergey Prokopyev - estão todos disponíveis para ficar na Estação Espacial Internacional tanto tempo quanto nós precisarmos que eles fiquem." Palavras de Reid Weiseman.

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A Falha de Um Propulsor: Esta, a mais rigorosa informação do que se passou a bordo da Nave Espacial Soyus (em 11 de Outubro de 2018), aquando a missão que se dirigia para a ISS. Os astronautas encontram-se bem e, acomodados já em terra depois de longos e apertados abraços à família, dizem querer partir desde logo para uma nova missão. Quem disse que não temos bravos e corajosos seres humanos na Terra???

«We have problems, Houston....» (O pensamento de ambos os astronautas, supõe-se, ao serem quase centrifugados perante o olhar do mundo sobre o sucedido naquele dia 11 de Outubro)

Depois do susto a tranquilidade...
Segundo a NASA, a nave espacial Soyus que transportava Nick Hague (NASA) e Alexei Ovchinin (Roscosmos) que foi lançada do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão (às 4h 40m locais), teve de ser abortada logo após o lançamento devido à verificação de uma anomalia. Anomalia esta que se verificou no Impulsionador (booster), provocando o abortar da missão na ascensão à órbita focada.

Equipas de Busca e Resgate foram então e de imediato enviadas no socorro a ambos os astronautas da agência espacial norte-americana (NASA) e da agência espacial russa (Roscosmos), esta sim com grande êxito, recuperando da cápsula os dois astronautas em perfeitas condições físicas e morais, segundo os próprios.

Tudo está bem quando acaba bem, segundo nos revela o velho ditado. E assim, em pouso seguro e já em terra firme, estes dois corajosos astronautas (que vimos estrebuchando a uma velocidade ímpar e de dentro da nave, pelo que o mundo assistiu algo incrédulo e rezando para que nada lhes sucedesse de mal), regressariam impolutos/imaculados e sem uma uma luxação. A não ser na alma, de não se terem consagrado nesta missão...

Segundo dados do site da NASA em divulgação à agência Lusa, a Expedição 57 do Comandante e engenheiro aeroespacial, Alexander Gerst (ESA), a engenheira electrotécnica e médica da NASA, Serena Auñón-Chanceler, e o engenheiro de voo da Roscosmos, Sergey Prokopyev que chegaram à Estação Espacial Internacional no mês de Junho do corrente ano (em Junho de 2018), foram informados do lançamento falhado e, subsequentemente, da abortada missão.

Todos eles, entretanto, vão continuando em funções - na operacionalidade que lhes foi confiada na ISS - conduzindo a importantíssima investigação científica a que estão adstritos. Sem mais pormenores, a NASA relata-nos que tudo prossegue com a naturalidade e normalidade exigidas a todos os restantes astronautas, e sobre quaisquer aspectos que possam, por alguma razão, desviá-los desse caminho.

(De realçar que, tanto a NASA como a ESA, dependem da Roscosmos para levar os astronautas para o Espaço, e mais nenhuma agência espacial incluída no programa da ISS tem capacidade para fazer voos tripulados até ao laboratório espacial, porque nenhuma delas tem foguetões próprios para isso. Note-se que a NASA terminou as missões tripuladas para a ISS desde que o Space Shuttle parou de voar. E a ESA não tem recursos financeiros disponíveis para embarcar em missões tripuladas.)

Concluindo: Tudo em final feliz, apaziguado que tudo ficou pelo menos por agora (até que se deslinde a investigação russa), auspicia-se que haverá certamente um tempo de alguma reflexão e recuperação dos meios perdidos ou entretanto erraticamente construídos. Paz, portanto; ou nem tanto, a continuarem estes danos, estes atrasos ou bloqueios gerados que podem e de alguma forma, quebrar o célere e eficaz ritmo das investigações/engenharias em curso.

Como são todos especializados e formatados para qualquer eventualidade, acreditamos que nada se oporá a que assim continuará; pelo menos, em relação não ao que possam entre si relatar mas ao que a nós, na Terra, possamos saber da sua humana condição de seres desprezados ou abandonados no Espaço... isto, em relação aos três elementos ainda na ISS...

(Do lado da Roscosmos): Sergei Krikalev, um dos cosmonautas mais famosos e director das missões espaciais tripuladas da Roscosmos disse também por sua vez à comunicação social de que, os resultados da investigação, podem começar a ser publicadas já a 20 de Outubro - ainda que não prometendo colocar a Soyus novamente no activo - ou no imediato, no transporte dos astronautas para o Espaço. Pressupôs inclusive a hipótese de deixar a ISS abandonada durante algum tempo.

(De registar que, a única cápsula disponível para o regresso à Terra tem uma data de validade que expira a 4 de Janeiro de 2019, ou seja, no máximo três semanas para lá da data prevista para o retorno da tripulação).

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Selfie de Astronauta da ISS: a mais gloriosa e fantástica dança acrobática por cima das nuvens, por cima de tudo o que possa ser imaginável ou não - no fundo, por cima de um planeta Terra que é o seu berço planetário e que, estando dele longe ou como uma espécie de turista-viajante no Espaço, se acomoda ao mais incómodo movimento da gravidade sobre si.

E tudo isto em flutuação e suavidade, harmonia e não-conflitualidade com o espaço que ocupa, levitando magistralmente mas, igualmente, sem perder a noção da funcionalidade e da missão que ali o levou. São uns heróis! Na vivência e na urgência de se reinventarem, investigando ou mesmo reutilizando o que não pode mais ser desperdiçado ou sequer anulado e deixado no Espaço...

"Juntamente com o compromisso de explorar e ser pioneira, vem o compromisso de usar os recursos à nossa disposição de maneira completa, eficiente e responsável." (Afirmação compacta de Anne Meier, engenheira-chefe da pesquisa/investigação do Kennedy Space Center da NASA)

Reciclagem no Espaço!
Segundo dados da NASA (10 de Outubro de 2018, do site da NASA), a NASA, em parceria com a NineSigma, está a tentar encontrar novas ideias para facilitar a Reciclagem no Espaço por meio de um desafio de uma fonte de informações oriunda das massas, ou seja das populações ou multidão anónima (crowdsourcing) como parte do Laboratório de Torneios da NASA (NTL).

O Desafio «Reciclagem no Espaço» é assim uma oportunidade para o grande público poder enviar respostas (soluções/resoluções e desenvolvimentos) de componentes capazes de armazenar e, transferir lixo, para uma unidade de Processamento Térmico. O desafio está lançado!

"Reciclar no Espaço e reorientar toda ou, a maior parte da massa que lançamos para o Espaço, é fundamental para viagens espaciais sustentáveis de longa duração. A conversão de resíduos e a redução de volume, vão libertar assim esse volume para uma maior ciência, uma maior exploração - sendo como que um coração que fecha o ciclo dos voos espaciais tripulados e, de redução e reutilização de logística."

(Novamente Anne Meier a explicar-nos o que está em mente em processo de se poder realizar tendo em conta a reciclagem/reutilização usando todos os recursos alcançados).

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(Imagem da NASA) - Lixo Espacial: uma enorme preocupação! Mas além de tudo isso, no que os nossos satélites enfrentam, temos de nos preocupar o que por mãos humanas também defecamos sobre o Espaço. Desde 2011 que a NASA vem registando um acréscimo no número já elevado de resíduos «perdidos» no Espaço.

Na altura, já haviam cerca de 500 mil fragmentos identificados como possuindo um a dez centímetros de diâmetro. São extremamente perigosos para os nossos astronautas e os nossos satélites. Mas que dizer então dos que na ISS também se legitimam, libertando tudo para o Espaço?!... E na Lua e em Marte, aquando as próximas viagens e expedições...? Que fazer para algo mudar???

Projecto de Redução de Logística
As missões de exploração espacial humana de longa duração - na Lua e em Marte -  precisam urgentemente que se busquem soluções de gestão no que se relaciona com o lixo e outros resíduos gerados pela tripulação destas futuras viagens/explorações intra-planetárias.

O Projecto de Redução de Logística ou «Advanced Exploration Systems», da NASA, está presentemente a desenvolver tecnologias para mitigar os problemas advindos dos resíduos.
A prever e a considerar: Quatro astronautas podem gerar 2.500 Kg de resíduos durante uma missão de um ano. «A Acumulação desse Lixo» nem sempre é um factor de segurança, como se induz.

É sabido que o lixo ocupa sempre muito espaço (espaço que é sempre necessário para outras logísticas), apresentando também sempre e inevitavelmente um certo grau de risco (ou insegurança) para a tripulação, nos sequenciais perigos biológicos e físicos que podem daí suscitar.

Os Métodos actuais na Eliminação de Resíduos na ISS, confina aos astronautas a que processem manualmente o lixo - colocando-o em sacos - e de seguida, a carregá-los num veículo designado para armazenamento a curto prazo; e que, dependendo da embarcação, devolve o lixo à Terra ou o queima na atmosfera. (Este método de eliminação de resíduos não estará disponível para futuras missões que se realizem além da órbita baixa da Terra).

A Reciclagem do Lixo é um método para mitigar estes problemas, bem como para, potencialmente transformar resíduos numa fonte de suprimentos  para a missão.

Os Astronautas podem assim processar pequenos fardos ou pedaços de lixo num reactor de alta temperatura - que divide os resíduos em água líquida, oxigénio e outros gases - que a tripulação pode usar ou fazer evacuar conforme necessário. Além dos gases, o restante lixo é suficientemente reduzido (em tamanho); e não tanto como biologicamente activo, o que vem desagravar em certa medida o problema. Todavia, há sempre um longo caminho a percorrer neste sentido...

Para aproveitar então o potencial da Reciclagem do Reactor, este agora «Desafio da Reciclagem no Espaço», da NASA, está assim a buscar propostas para uma unidade que possa funcionar em Microgravidade; e isto, com um componente de receptáculo para depositar vários tipos de resíduos na unidade, e um componente alimentador capaz de transferir os resíduos para o reactor através de uma pequena abertura.

Sem estes componentes, a Equipa de Astronautas teria presumivelmente de gastar um pouco mais do seu precioso tempo (tempo que lhes é também muito necessário na ocupação operacional de outras acções, outros projectos),  processando o lixo e manuseando-o manualmente no reactor, em vez de trabalhar noutras tarefas de maior prioridade como já se referiu.

Ao se empregar neste desafio o «Crowdsourcing» que se mostrou eficaz  em desafios anteriores, aumentará também a probabilidade de se encontrar uma solução inovadora.

O Crowdsourcing permite desta forma que, a NASA, aproveite uma onda de criatividade de fontes externas, aumentando por conseguinte as ideias geradas pela força de trabalho da agência.

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(Foto da NASA/ISS): A Terra vista do Espaço. Em 4 de Abril de 2016, a NASA teve a hombridade e gentileza de conceder ao mundo umas belíssimas imagens captadas pela ISS. O que as câmaras instaladas no seu laboratório espacial revelaram ao mundo foi de facto magnífico! Um êxtase!

A 370 quilómetros acima das nossas cabeças e de todo o nosso périplo terrestre, a ISS faz História! A ISS é a própria história universal do que nos rege na Terra. E a NASA confirma-o, publicando-o na sua página do Youtube esta inominável e extraordinária maravilha em objectiva espacial o que esta nossa bela e amada Terra tem para nos dar em todo o seu máximo esplendor...

Um muito equilibrado e «limpo» Posfácio...
No fim de tudo isto, deste já longo texto sobre os avanços e os recuos, os êxitos e os fracassos ou somente sobre a Felicidade e o Medo de tudo isso se perder ou ganhar, só me apraz acrescentar em grande efusivo laudo (relatório emitido após um diagnóstico) de que, a NASA, ainda antes de estar a funcionar como um autêntico filantropo mas em causa própria, está a abrir-se ao mundo.

De grosso modo, a abrir-se ao seu mesmo e originário mundo de muitos cérebros, muitas inteligências e eficiências tecnológicas, que trabalharão e só progredirão se unidos e concisos sobre uma causa maior: A Logística na Exploração Espacial!

E com o aval, conhecimento e laboração de muitos de nós que irão contribuir sem dúvida, para aquela grande e universal porta da tecnologia aeroespacial!

Mesmo sendo pela porta dos fundos (pelo que se está a falar do lixo), jamais será uma porta menor para uma insuficiência ainda, do que se quer e deseja triunfal de outros recursos, sobre outras ideias e outras soluções, em finalidade-una sobre os destinos (e necessidades básicas) de todos nós.

De dentro ou de fora do planeta, na Terra ou fora dela, todos temos de ter essa igualitária (e quiçá totalitária) consciência do lixo que fazemos, seja ele o nosso lixo sobre a Lua ou sobre Marte - ou outro qualquer planeta que venhamos a colonizar.

Entre a Felicidade de se conquistarem mundos - uns mais habitáveis do que outros ou mais amistosos na continuidade da nossa civilização fora de portas planetárias - e o medo de não conseguirmos superar expectativas, ambições, ou outras quejandas aferições que nos levam a debitar recuos ou insinuações de não sermos capazes, temos de ter o poder e a coragem - tal como o que se passa com os nossos astronautas - de saber lidar com tudo isso.

Na Felicidade ou no Medo, teremos sempre de saber continuar e não parar; não, enquanto houver mundos por encontrar e por abraçar!... Não, enquanto houver mundos que são iguais ao nosso mundo, mesmo que para lá chegar (atascados ou não em lixo) os saibamos abarcar e a nós adaptar. Na Felicidade ou no Medo, cabe-nos a nós destrinçar sobre em qual deles confiar...

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