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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A Terra Prometida (III)

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NGC 3923 em Hidra. Galáxia Elíptica, captada em San Esteban, Chile (2005). O que a Ciência hoje nos mostra de um magnânimo criador do Universo que terá impulsionado de vida todas as estrelas, todo um sistema cósmico inacreditável que, tal como o bater do coração humano, em matéria, energia e propulsão interestelares, se radicaliza na mais fantástica força desconhecida...

(Génesis, 1,1-14) Deus disse: "Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os anos; e resplandeçam no firmamento dos céus para iluminar a terra." E assim se fez.
                                                          - Deus, o «CEO» do Universo!

Assim na Terra como no Céu; novamente. Faça-se luz, e sobre ela se invadam os espaços e se desenvolvam os elementos e as formas de vida, múltiplas e variadas, diversificadas num espaço e num tempo em que tudo lhes foi concedido. Quem o criou ou quem assim o legitimou não o sabemos... mas instamos a saber, reflectindo ou inflectindo esse querer, questionando e pressionando - inevitavelmente e a cada dia que passa - quem tão maravilhosa obra assim o reiterou!

Albert Einstein, Steve Hawking e muitos outros homens da Ciência (já falecidos ou contemporâneos), admitem com toda a certeza de que existe, indefectivelmente, uma eloquente e poderosa energia subatómica cósmica que é emanada através de uma não menos poderosa força vital e, de extraordinária força e inteligência, que tudo comanda. E que, na Biologia Molecular, se encontra toda essa suprema inteligência do Criador. Nem mais! Subscreve-se tudo!

Além de um ADN que se traduz no mais complexo processo biológico molecular (comparado só ao mais evoluído e ainda incompreensível software de alto design inteligível de difícil descodificação), na aferição de que só uma supra-inteligência o poderia ter pensado e concretizado.
Daí que não seja menos suspeito o que as palavras do Papa Francisco também enunciam de: «É preciso ver Deus em todas as coisas do Mundo.»

E é aqui que entra o Mito e a Lenda, a Religião e a Filosofia, a Teologia e a Ciência, no que todos juntos, em análise mas também averiguação, se integram na busca e na verdade históricas não só dos céus mas da Terra, deste nosso planeta terrestre que se viu luminescer por um criador que ainda hoje tentamos dar um nome sem no entanto se convergir sob grandes conclusões; ou, uma só, de que nada sendo uma verdade absoluta, se vai de encontro ao mais absoluto de todas as coisas...

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A maravilhosa Nebulosa da Serpente (Ofíuco/Ophiucus). Créditos da NASA (2005), e de uma foto de Gary Stevens que nos presenteou com esta fantástica imagem. Como o observado, existem nebulosas escuras que serpenteiam até à direcção da constelação de Ofíuco (Ophiucus) e ao centro da Via Láctea. Muitas vezes estão implícitas na Barnard 72 (a 650 anos-luz de distância) em que as nebulosas de Barnard, geralmente, são nuvens escuras interestelares de poeiras e gases obscuros.

Do Céu à Terra...
Indissociável da Astronomia (ou mesmo da Astrofísica), o que actualmente se nos revela como um todo, que, não sendo magia ou intraduzível conhecimento para o ser humano, se envida de um outro saber que sobre as nossas humanas cabeças pendem, como um tentilhão ou enxame de estrelas que cintilam e nos dizem que também nós somos parte destas. O que do Céu vem, a Terra toma; o que do Céu alumia, na Terra anuncia. Tudo é um complemento, tudo é uma sequência.

Ophiussa foi a prova disso; na Terra. Daí que se questione: Poder-se-à apagar a memória daqueles que Ophiussa povoaram, vivendo os seus dias, as suas noites, olhando as estrelas, conhecendo a sua mudança, sabendo da sua distância talvez, semeando as terras, colhendo os frutos, abençoando deuses ou simplesmente arrogando que novos dias e novas noites e sobre novas colheitas se fizessem sob a égide desse supremo, dessa utopia estelar que, para lá de tudo, por vezes aluía à Terra e depois se elevava em fumo e nada...?!

Rúfio Festo Avieno sabia-o. E escreveu-o, no século IV d. C. Que lendas ou que narrativas lhe assomaram aos ouvidos para que o dissesse, para que o divulgasse, ainda que confinado à sua redigida «Obra Marítima» por volta de 350 d. C.? E que extremo Ocidental da Europa era este de uma terra de mil serpentes, de Cempsos e Sefes que percorria o território de Ofiússa...?
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Constelação da Serpente ou constelação de Ofíuco. Segundo a Geografia Sagrada (e também numa impressionante transcrição de Avieno), que designava o extremo Ocidental - Ocidente atlântico ou Ocidente peninsular ibérico - no identificativo território a partir de uma das constelações dominantes do céu boreal: A Constelação de Ofíuco ou constelação da Serpente!

(155, da Ora Marítima de Rúfio Festo Avieno):
«Locos et arva Oestrymnicis Habitantibus / Post multa serpens effugavit incolas / Cacuamque glebam
 nomini fecit sui (...) / 195 - Cempsi atqu Saefes ardues collis habent / Ophiussae in agro»

(Chamada primeiro Estrímnis, por os Estrímnios habitarem aí lugares e campos, posteriormente um sem número de serpentes afugentou os moradores e deu o seu nome à terra deserta (...). Os Cempsos e os Sefes ocupam elevadas colinas no território de Ofiússa).

Ophiussa - que em grego antigo quer dizer, terra das serpentes -  é descrita pelo geógrafo Avieno como, uma insólita terra prenhe de serpentes que terão feito vitimar os seus habitantes, os Oestrimni, que entretanto terão fugido dessa impressionante invasão territorial de colubrídeos (cobras), indo provavelmente refugiar-se nos pontos mais altos de Ophiussa.

Outra prova arqueológica ou de versão histórico-científica, traduz-se também na arte megalítica e na arte rupestre pós-glaciar de Portugal e da Galiza, no que ambas incluem a representação frequente de símbolos serpentiformes. «Os Adoradores de Serpentes», seriam, neste caso, todos os antigos europeus aqui sediados na Pré-História distante.

Em relação ao que do Céu vinha, há a acrescentar que, no conceito e intrusão da Geografia Sagrada de Portugal (assim como de Espanha, no espectro peninsular ibérico), tanto a constelação de Ofíuco ou a da Serpente que lhe é contígua, ambas deterem já este nome desde o tempo dos Gregos, situando-se no mesmo «horizonte» do Céu Boreal e, em posição extrema no mês de Setembro, no limite poente.

Refira-se ainda que Ophiucus, filho de Apolo e de Coronis, é uma personagem mitológica geralmente identificada com Asclépio ou Euscalápio - o deus da Medicina dos Gregos, portador do caduceu - figurado como um herói segurando uma serpente, que o deus matou por transportar uma erva na boca que lhe permitiu ressuscitar uma outra cobra entretanto morta.

Pressupondo então um certo Movimento Astral, esta narrativa de carácter cíclico, faz-se imperar associada aos Mitos Serpenteários; ou seja, reforça assim a identificação do Ocidente Peninsular (Portugal e Galiza) com a Ophiussa grega.

No caso do território da Lusitânia este facto parece ser deveras relevante, tanto mais que o culto de Endovélico - o mais importante daquela província! - adorado no santuário campestre de São Miguel da Mota, parece ter sido interpretado pelos Romanos como um culto do seu sucedâneo - Euscalápio.

Ainda segundo Avieno: «Próximo destes (dos Cempsos e dos Sefes), o ágil Luso (da Lusitânia) e a prole dos Dráganos, fixaram os lares nas regiões do Norte, coberto de neves», o que identifica ainda com maior clareza a antiga Ophiussa com a Lusitânia, assim denominada a partir desse mítico fundador baptizado como Luso - derivação quase certa da tribo proto-histórica dos «Lusones», que deveria encontrar-se estabelecida nos territórios entre o Marão e a Serra da Estrela.

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Santuário de Endovélico (de Rocha da Mina, Alandroal); Alentejo, Portugal. O culto centrado no deus Endovellico, ou Endovélico, no monte de São Miguel da Mota. Investido de altas virtudes mágicas, seria porventura um «génio do lugar».

O «deus» Português...
Endovélico ou, prosaicamente hoje referido como o «deus português», sem qualquer analogia cronológica histórica mas, de suma importância sobre este culto e esta reeditada genialidade do lugar e da suposta divindade - personalidade vívida ou não - que, com o carácter localista da santidade, atribuindo-lhe virtudes taumatúrgicas, enquanto deus-médico (numa equivalência ao grego-romano, Euscalápio), foi sendo divulgado como divindade tópica, própria do lugar.

Que deus era este...? Que originou semelhante culto? Que se terá passado na época pós-glaciar, na pré-história ou ainda talvez na proto-História, a que define os Lusones como seus habitantes, numa terra de serpentes, numa terra de inóspita condição mas aferição consoladora e talvez não redutora destes aí permanecerem, pelo que Endovélico, o seu deus, o seu mais alto emissor das estrelas lhes confiava...?!

Deus do Lugar, deus da Montanha, deus da Saúde, deus Profético, tudo isso parece ter sido o supremo Endovélico. Que deus foi este, de tão magnânimo a adorado, idolatrado pelas suas gentes, pelo seu povo na Terra? De onde terá vindo...? De onde terá surgido então e por que razão o fez, instalando-se nesta terra de serpentes, nesta terra de Ophiussa de tão estranha compleição para um deus que ele era ou terá sido sem o saber?!

Um só Deus e tantos nomes: Endovellicus, Endovelicus, Endovolico, Enobolico e Antubellicus - este último o nome de um seu fiel adorador, inspirado no nome do deus.

As variantes da grafia da divindade que se testemunham nas aras, denotam assim a importância do seu culto estendendo-se a áreas em redor definidas pela presença de diferentes etnias, bem como o prestígio considerável do deus.

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O Santuário de Endovélico, o deus dos Lusitanos, no Alandroal: ainda hoje se sentem os sons, as vibrações, as estranhas anunciações de um deus-génio que contemplava com a sua benevolência e, mágicos poderes, todos aqueles que o procuravam. Um deus ou... um ser muito especial, inteligente e portador de outras magias, outras sabedorias ou alquimias das estrelas que na Terra implantou...???

Um Deus do Lugar, Provincial e Oracular (um Deus Lusitano!)
Um Deus do Lugar (uma crença no espírito da terra e na magia do lugar, tanto pela consciência de uma virtude telúrica, como pela simples percepção de particularismos paisagísticos), ou um Deus Provincial (no culto e santuário determinados numa certa altura do ano em dedicação e festividades, muitas vezes evocativas do declinar do Sol - pós-solstício ou equinocial - casando-se com a essência telúrica e ctónica do deus pagão ali anteriormente adorado).

Ou ainda, um Deus Oracular (na pressuposta ritualização e realização da «incubatio», ou sono inspirador de um oráculo), este deus Endovélico terá sido a superior força e inteligência a que os terrestres acorriam em caso urgente de conflito ou desarmonização pessoal, idolatrando-o assim como um Deus Maior, deus-médico, deus-superior, com traços de bonomia, simpatia, genialidade e manifestamente um agraciador das suas muitas preces atendidas.

Nas Divindades Lusitanas - ou indígenas - é possível documentar com alguma precisão uma quantidade significativa de inscrições epigráficas encontradas no território português.

A sua mancha de distribuição privilegia  significativamente as áreas de assentamento dos Lusitanos (Beira interior) e dos Calaicos (Minho) e são, ao todo, mais de 600 nomes e variantes - o que parece manifestamente um exagero, não sem antes se referir que Endovélico parece ser a divindade que reúne mais consensos (no panteão lusitano).

E desse panteão luso, registam-se as aras epigráficas ao santuário, e certamente ao «deus bom» de larguíssimo espectro que terá propiciado a Felicidade, a Protecção e a Segurança (cuidando dos desafortunados e curando os enfermos), no fundo, trazendo a paz, a saúde o bem-estar nesta terra, de algo e alguém que suposta ou presumivelmente veio das estrelas.

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Cabeço das Fráguas (no topo de um maciço granítico no campo visual que se prolonga entre o Sabugal e a Cova da Beira): local de culto com referências às divindades «Trebopala, Larbo e Trebarune». Inscrição em letra romana mas em língua lusitana (entendida como um dialecto indo-europeu com traços de celtismo).

Laje da Moira (no sítio do Cabeço das Fráguas): «OILAM TREBOPALA / INDI PORCOM LAEBO / COMIAIM ICCONA LOIM / INNA OILAM USSEAM / TREBARUNE INDI TAUROM / IFADEM III... (?) / REVE TRE (?)...» (Uma ovelha para Trebopala e um porco para Laebo... uma ovelha de um ano para trevbaruna e um touro de cobrição para Reva).

Deuses da Pré-História
É inevitável a comparação dos deuses lusitanos com outros - Reis ou deuses na Terra - que se percepcionaram com tamanhos poderes, que mesmo na actualidade os não entenderíamos, mesmo que muito próximos possamos estar das inovadoras tecnologias actualmente impostas no nosso globo terrestre, das técnicas de informação (telecomnicações, computação e outras) às da Medicina ou engenharias espaciais.

À época, mesmo na proto-História, havendo a particularidade destes deuses se terem feito penetrar e, endeusar, numa organização incomum - de alta performance tecnológica de cura mas também de devoção ao culto - que talvez não seja de estranhar quão similares estes possam ter sido aos da Assíria e Babilónia.

Desta vez sem falar de Enki ou Enlil, da Suméria, da Assíria ou da Mesopotâmia, temos
uma igual consonância (e ainda mais recuada no tempo) de uma deusa lusitana - Atégina (Ataecina) que, tal como Endovélico, foram duas divindades indígenas, as mais importantes da Lusitânia a sul do Tejo!

ATÉGINA (ate-gena), a «renascida» - deusa celta (ou celtinizada), deusa-médica, agrária e infernal (deusa subterrânea, da Terra, Deusa-Mãe; à semelhança de Prosérpina, dos Romanos) - com atributos opostos mas complementares aso de Endovélico, parece ser ou assim ter constituído o paredro deste, ou seja, o seu par feminino (Adão e Eva em figuras deificadas, ou os deuses estelares que por aqui se radicaram...?) num panorama topográfico mágico e sagrado, inseridos em solo lusitano, agora português.

BAND - outra divindade que, desta vez, relacionada com o gado e a sua fecundidade (encontrando-se nas zonas de passagem da transumância de longa distância, entre as regiões do Douro e Tejo), por estas terras se autenticou.

Os Deuses - Bormânico, Durbedicus, Tongo ou Turiacus - relacionados estes com a água e o culto das fontes e dos rios, em particular o primeiro (Bormânico), relacionado com as águas termais com capacidades terapêuticas. Todos são mencionados e não esquecidos, portanto.

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Cosus, Runesuscesius (Thor, ou outros, que na actualidade aprofundamos em realidade cinéfila) que, sendo ou não parte figurativa mitológica - desde avatares a deuses - acabaram por influenciar a vida dos homens e mulheres da Terra e, as suas comunidades, de ilustres divindades com atributos não humanos mas de certa forma «humanizáveis», relacionadas com os aspectos volitivos preexistentes, na Terra.

Além o imaginário humano do que, por existência ancestral ou extraordinária compleição de sobrenaturalidade e conhecimentos científicos do que perfizeram no planeta, nos deixaram a quase certeza de, como deuses que seriam, nos terem abençoado com toda essa tecnologia...

Deuses e Avatares que emergiam de raios e trovões....
COSUS - um Avatar do Deus da Guerra (eventualmente acompanhado por «Runesuscesius», deus-mistérico, armado de um dardo) - no que eventualmente em termos mitológicos  se conecta este com o deus do Raio e do Trovão; ou seja, o potencial deus das estrelas que emana as tempestades ou através delas se investe na Terra (transportado através das nuvens e de veículos desconhecidos que emitiam sons e luzes, semelhantes a raios e trovões?!) e se prostrou e, prestou na Terra, como um deus acima de todas as coisas. Neste caso, em Ophiussa, mais tarde Lusitânia e muito mais tarde... Portugal!

Em relação a outros deuses ainda, como no caso da divindade Reve, de Trebaruna e Trebopala (que se registam em topónimos pré-romanos), ou mesmo Nábia, divindade aquática (em inscrição, mas também em topónimos e microtopónimos), registados hoje em memória, ou «Ilurbeda»; entre outros deuses de carácter intimamente localista, de divindades tutelares de determinados lugares.

E, nesse panteão virtual ou existencialmente infinito (de deuses-lares, ninfas e genii), possuiremos então uma enorme colecção de divindades (ou seres muito especiais que vieram fora da Terra?!), localizada na paisagem lusitana, sacralizando a geografia - jogando claramente numa espécie de Arqueotopografia Sagrada, em que certos animais também estão representados, tais como: a cabra, o javali ou porco, o touro e a serpente - em fenómenos que remontam ao Neolítico!

Só por curiosidade: Uma das divindades que provém destes tempos recuados e que deve de ter mantido a sua importância foi «ANNA» (Ana ou Dana), que baptizou o rio Guadiana, formado actualmente pelo prefixo árabe «Gwadi» (água) + Ana (ou Dana), o rio de Ana ou o Anas, conforme lhe chamavam os Romanos.

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Celtismo: os seus símbolos, as suas referências e localização geográfica. A Toponomia Celta em Portugal exibe muitas delas em registo de: «Alb, Ave, Arco, Ard, Arv, Brig, Camb, Lang, Viana, etc.
Geógrafos Gregos determinaram-nos como celtas, em especial Estrabão, que nomeia os «Keltoi» ou célticos estabelecidos no Alto Alentejo.

Do sul do Sado até à bacia do Guadiana, aos que se misturaram com os povos do Noroeste (juntamente com os Túrdulos) até ao rio Lima, a penetração céltica foi uma constante em território português. De facto, pode mesmo afirmar-se hoje: «Somos todos celtas!»

Somos todos Celtas!
Ainda antes, muito antes de «Sermos todos Romanos», somos Celtas, disso não há dúvida! O Celtismo ainda que em maior atenção por parte da região galega, em Espanha, não esmorece do lado mais lusitano e, neste caso, do Ocidente peninsular que já se chamou Ophiussa e depois,em expansão gradual por toda a Europa - a partir do século VI a. C. - a denominada Celtibéria que, segundo Heródoto, foi sendo comprovada a sua existência e, presença no território hoje português, desde o século V a. C.

A Forte Latinização dos Povos Pré-Romanos (após a romanização), a carência de fontes míticas «directas» ou étnicas célticas, como as que ainda se encontram na Irlanda, Gales, Escócia, Inglaterra, Bretanha e Sul de França, fez com que a cultura celta se desvanecesse ou fosse perdendo relevância em Portugal.

O Celtismo situado entre a Primeira e a Segunda Idade do Ferro foi perdendo a sua chama em solo ibérico, apesar de ainda se encontrar aceso o debate em torno da Origem dos Lusitanos - entidade étnica que recua a tempos Pré-Célticos e que, segundo alguns, teria uma filiação na etnia Lígure.

Além a Indo-europeização antiga dos próprios Lusitanos, que remontará à Idade do Bronze, sem que tal significasse a adopção de uma língua céltica completa; aspectos de antropologia física que, na sequência de análises rácicas (ou da espécie étnica), atribuíram aos Portugueses um forte esteio mediterrânico.

Por último, a inexistência de traços concretamente civilizacionais do «núcleo duro» da Cultura Céltica, designadamente no campo religioso, uma vez que os paganismos e os panteísmos naturalistas se confundem e fazem parte de um substrato patente em quase todos os povos proto-históricos da Península Ibérica!

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O mais puro maniqueísmo humano e terrestre: o ter de se lidar, sempre, entre o Bem e o Mal; as forças abnegadas de um e outro lado, num irremediável esforço de pêndulo energético entre uma e outra poderosa Lei da Física (entre outras por nós desconhecidas...) em que a gravidade presente se desequilibra, as forças electromagnéticas se entrecruzam e, todas as forças nucleares do Universo, se digladiam sobre a natureza humana...

(C. Plínio ou Plínio-o-Velho, século I a. C., em escritos da História Natural):
«Os Magos nunca exercem os seus ritos sem usarem a folhagem dessa árvore (carvalho); (...) Pode supor-se que é deste seu costume que deriva o seu nome de Druidas, da palavra grega que significa carvalho.»

Druidas: sacerdotes, oficiantes ou que mais....?
Ainda que Plínio assim o tenha remetido, outros há que, acreditam ou crêem que o termo é de origem Celta; «dru-vid», significando «aquele que possui a Sabedoria e a Força» mas é provável que tal resulte da associação mágica dos Druidas com o carvalho, que em Indo-europeu se diz: Dru.

Os Druidas eram, em bom rigor, Sacerdotes e Magos (de onde lhes veio então a sabedoria, que não da Terra supostamente, mas, dos céus...?), responsáveis entre as Comunidades Celtas ou celtizadas pelo desempenho religioso, pelos ritos de veneração dos deuses e, pela celebração destes, na sua fervorosa e mui dedicada relação com a Natureza.

Sapientíssimos (na determinação dos dias do ano para o exercício de efectivos e determinados cultos), eram detalhadamente conhecedores do ritmo e da posição dos Astros, o que lhes conferiu uma «aura» de Adivinhos, Sábios, Astrólogos e Astrónomos. Que seres eram então estes? Seres supremos, bem entendido, ou «apenas» com extremos poderes que mais ninguém tinha; pelo menos terrenamente...

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Gandalf - «O Branco»: a extraordinária personagem de um Mago, de um Sábio, ou de um ser com poderes não menos extraordinários - e supremos - que, na saga do filme: «O Senhor dos Anéis» (na fantástica criação de J. R. R. Tolkien), se popularizou na figura de Ian Mackellen em excelência!

Os Poderes Supremos!
Geralmente, atendiam os serviços religiosos estipulados nos ditos momentos altos que se situavam nos solstícios de Verão e de Inverno, no equinócio, e e em momentos de «estação» da Lua.

Possuíam altos atributos medicinais e agiam como curandeiros; conhecia-se-lhes autoridade, primazia e total entrega na suscitação ou Pronunciamento de Oráculos. Não raras vezes os investigadores históricos acreditaram de que, todas estas funções atribuídas aos Druidas, tinham como papel principal (derivando daí), as antigas práticas xamânicas, ainda que, sob alguns aspectos, o perfil destes e dos druidas seja em parte diferente.

Sabe-se hoje que, os Lusitanos ou os Calaicos, também lhes coube a sua quota parte desta casta de Druidas - ou o seu equivalente social e funcional (patentes por exemplo, no «carro sacrificial» de Vilela, no vestígio que nos ficou por terras portuguesas), tendo em conta as semelhanças entre o seu corpo de crenças e o dos Celtas ou outros povos Indo-europeus.

A Árvore Sagrada: o carvalho, desde há muito que se correlaciona com os Druidas, pois que, sendo considerada uma árvore sagrada (numa ancestral abundância desta árvore em tempos idos e por todo o Ocidente ibérico), os bosques de então, repletos e frondosos (nada equiparado ao que actualmente se exibe), estão patentes nos inúmeros topónimos deles derivados tais como: Carvalho, Carvalhal, Carvalhelhos, etc.

Mas há também o visco (planta de cor branca parasita, que era recolhida no 6ª dia lunar com uma foice de ouro), que, segundo Plínio, está directamente relacionado com o druidismo e, com os rituais druídicos e com a Lua - bem como a recolha do visqueiro, extraído do azevinho. Após esta recolha, preparavam-se depois sacrifícios rituais de dois bois brancos (coitados!) como oferta à Lua.

Em Portugal, o protagonismo do visco-branco acabou por se esfumar no tempo, sendo despiciendo, ao que se sublevou outro: o trovisco.

O Trovisco ou trovisco-alvar, da família das Timeláceas, era (e ainda hoje o é!) utilizado como forma de protecção contra a queda dos raios. O identificável «Tru ou Dru?» encontra-se por sua vez na  raiz das palavras «trovão, trovoada ou troviscada».

Ou seja, indícios das práticas e das arruadas nocturnas sobre fogueiras ou sementeiras, fins de ciclo e perspectivas de outros, com especial enfoque para os sacrifícios de animais, neste caso, bois (no norte da Europa seriam veados), cordeiros, anhos e porcos, fundamentando assim os cultos lunares intimamente relacionados com a economia das populações peninsulares - baseada na ganadaria.

E isto, numa quase orgia que os Lusitanos praticavam, cantando e dançando em noites de Lua Cheia, de acordo também com os ciclos menstruais e com o seu inter-relacionamento com a fecundidade dos rebanhos. Todos os agentes ou propiciadores destas festas seriam, obviamente, o equivalente aos... Druidas.

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As Plêiades ou M 45 (aglomerado de estrelas). O que os antigos sabiam e no-lo deixaram em recordação póstuma na relevância proto-histórica e, sob os céus de Portugal. Somos muito antigos e gostamos disso, na magia do olhar e da observação destas estrondosas sete estrelas que nos dizem sermos de lá, sermos filhos delas...

Simbolismo Estelar
Barca: nome atribuído popularmente ( e em especial nas regiões da Beira Interior e de Trás-os-Montes) - à constelação da Ursa Maior, também conhecida por Batelão, a qual, juntamente com a Ursa Maior, compõe o complexo estelar que define o pólo celestial, por ambas rodarem em torno da «Estrela Polar» (a última estrela da cauda da constelação da Ursa Maior).

E esta, Ursa Maior, também conhecida Sete Bois, está associada ao simbolismo do Boieiro (o filho da deusa Deméter - um dos avatares da Deusa-Mãe) que, segundo a lenda, se deve a invenção do arado.

Trata-se então de um dos mais importantes Asterismos reconhecidos na Antiguidade por servir de regra de posicionamento e por indicar o Norte, bem como o eixo da Terra. É também conhecida por «Sete Estrelo» e, encontra-se ligada em termos de narrativa mítica ao pastoreio (as estrelas dos extremos do trapézio correspondem aos «dois bois» roubados, seguidos pelas duas estrelas do outro extremo do trapézio - os «ladrões» atrás, na cauda, vem o «patrão» perseguindo os «ladrões», seguido da «patroa» e da «menina»; e, por fim, do «criado»).

Esta orientação rural ou metafórica da representação estelar, deteve sempre ao longo dos tempos, um papel importantíssimo na orientação dos percursos sazonais de transumância. A sua relevância nos céus proto-históricos deve resultar da substituição que outro grupo estelar - as Plêiades - desempenhou na Pré-História Antiga (também composto por 7 estrelas, mas em coroa).

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A Serra da Estrela:  uma das mais míticas serras de Portugal. Com uma elevação de cerca de 2 mil metros de altitude no sítio da torre, é um lugar de quase peregrinação pagã dos portugueses, sentindo-se eles (tocando o tecto do mundo) divinamente com o desconhecido ou esse outro deus que ainda ninguém viu mas já sentiu, dizem. E por aqui, há muitos que o não desdizem, antes afirmam, anuindo que Deus ou esse alguém supremo lhes fala e lhes diz para prosseguirem...

A Serra do Divino!
Desta serra, deste grande ponto alto que é o maior de Portugal continental, emerge a maior beleza por entre a terra e o céu; por entre as águas e o gelo, de onde brota da terra o único grande rio português com nascente em território luso - o rio Mondego (ou Mondeguinho, como carinhosamente é chamada a nascente que mitifica a natureza paisagística portuguesa).

Por aqui andou Viriato, o nosso primeiríssimo herói português/lusitano que se não deixou sucumbir à mestria dos Romanos; até que foi traído e assassinado, para seu mau augúrio e infortúnio destas terras altas e outras baixas de uma Estremadura incerta que tudo o Império Romano tomou, tombando às suas mãos mais tarde.

Dos inóspitos cumes varridos pelo frio extremo e alumiados por um Sol inclemente aquando Verão, a Serra da Estrela já viu por si passar muito Lusitano, muito Romano e quiçá, muitos deuses de outros mundos e mandos (e outros comandos), que se não deixam matar nem sequer afundar nas grossas camadas de gelo aquando por ali andam em vigília e prospecção. Ou aquando também por lá se silenciam os visitantes, os que os não vendo, certamente os sentem numa outra condição.


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Imagem do Hubble:Objecto de Hoag (descoberto pelo astrónomo Hoag, em 1950). Está localizada na constelação de Serpente, a 600 milhões de anos-luz de distância da Terra. Possui 120 mil anos-luz de diâmetro, sendo esta um pouco maior do que a nossa Via Láctea.

Daí a questão: o que nos faz ser tão especiais, tão inacreditavelmente visitados, perseguidos ou instados a visitarem-nos, quando se encontram a tantos milhares de anos-luz de distância, ainda que tecnologicamente superiores e com conhecimentos de viagens no espaço, que pressuposto terão para vaguearem assim, vindo ao nosso encontro?! Que nos quererão dizer? Que nos quererão fazer compreender ou sequer ensinar sobre si, sobre os seus recursos, a sua tecnologia, a sua inteligência???

A Conexão (a certeza de tudo estar interligado...)
A inevitável sequência interpela-nos a que estejamos atentos, muito atentos - nada está separado do seu fulgor inicial de todo o Cosmos, de todo o Universo!

A força maior que nos rege é absolutamente estrondosa: se Deus apregoou os quatro rios constituídos e inseridos no Paraíso ou Éden, no qual Adão e Eva viveriam felizes para sempre, não fosse o abuso consequente destes em desautorização divina, e ainda hoje lá estariam provavelmente sem reminiscências - ou sequer remanescentes malditos dessa sua intenção e acção escabrosa contra Deus... nunca o saberemos. Mas sabemos dos rios e das serras, sempre iguais, sempre similares no que Deus nos quis fazer entender ou apenas reportar além os tempos.

Se haviam o Pichon, o Guion, o Tigre e o Eufrates, em solo português ou lusitano (ou de Ophiussa) possuem-se os rios: Douro, Mondego, Tejo e Guadiana que terão servido de berço e enleio ao primeiro homem e mulher da Terra; ou aos segundos ou terceiros, numa primordial sequência civilizacional do que se viria a chamar Humanidade.

Dos lugares de culto, lugares mágicos na Terra, temos as serras, as entradas, os portais estelares que mais não são do que as frestas de encaminho e sobranceria a quem nos visita, a quem nos diz em leve murmúrio que somos iguais e tão feitos ou necessários como a mais pura essência cósmica do Universo. E as serras sabem-no. Os rios e montes também. O monte Horeb, o monte Sinai, o monte Thabor, o monte Carmelo, o monte Sião ou o monte das Oliveiras. E dos montes e das serras se ouvem os relatos, as narrativas - bíblicas e não só - de todos os que pelo mundo inteiro e em qulaquer ocasião cronológica assim o presenciaram e retrataram fielmente.

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A Super-Lua em Jerusalém, em 2015 (ou vulgarmente chamada de Lua de sangue). Prenúncio, augúrio ou simplesmente o que este satélite que muitos afirmam não ser natural mas artificialmente construído para a amenização do planeta Terra, ser a conjuntura - favorável ou não - para mais descobertas do cosmos; boas ou más só Deus saberá...

Tal como Jerusalém...
Como uma Jerusalém restaurada, o meu Portugal encima todos os santuários juntos, definindo estes territórios das alturas como, o pico sinalizante da presença dos divinos, dos seres inteligentes, dos seres que nos guiaram até aqui.

Das grutas às colinas, da falésia à floresta, da escarpa ao bosque, tudo se anima e confidencia na fonte mais pura do entendimento, do fruto mais saboroso do conhecimento em espiritualidade quase virginal que, não dissidente ou diferente do que compreendemos com a História e a Ciência, se nos entrega como criança de colo numa envolvente física astronómica.

E se das serras e dos montes nos falam os deuses (à semelhança de Abraão e Moisés), teremos de estar plenos de confiança que, nessa radicalização da Natureza, tal como Paulo Pereira nos conta dos «Lugares Mágicos de Portugal» que o Homem sempre soube, sempre acreditando e encontrando nessa radicalização, a possibilidade do «contacto» com Deus.

E Deus está aí. Nos lugares ermos, nos paraísos escondidos ou em planaltos insuspeitos, tais como: Marânus, a Serra do Marão; na Coluna do Céu - Serra da Estrela; no Monte da Lua - Serra de Sintra; na Serra-Mãe - Serra da Arrábida ou na Serra d`Ossa, pois que muitos são os destinos portugueses na Terra, por onde Deus nos pode olhar e até falar...

Na obra: «De Antiquitatibus Lusitaniae» (As Antiguidades da Lusitânia), publicada em 1593, o antiquário e arqueólogo André de Resende, interessado em coligir as notícias relativas à História Antiga de Portugal, leva a cabo uma enumeração dos principais montes ou serras lusitanas. Diz ele:

«A Lusitânia tem vários montes, mas só vale a pena fazer menção de montes como Monchique, Arrábida, Montejunto, Hermínio, Sintra, Ansião, Monte Corva, Buçaco, Montemuro, Marão e Gerês. Monchique, que começa a partir do ópido de Castro Marim e da foz do Guadiana, é como que um apêndice dos Montes Marianos, corta o reino do Algarve e depois de dar origem a alguns rios que se vão esconder no mar próximo, vem morrer perto de Aljezur, com o rio do mesmo nome, no litoral oceânico ocidental.»

Propiciando a atribuição de qualidades únicas para o Encontro com Deus a esses montes, a essas serras, evocando-se um ser divino ou um ente estranho (na reverência máxima intra-uterina do ventre da mãe ou da fecundação seminal em que tudo começa), o Homem tem a necessidade daí se expressar, se abrir e elucubrar, na convocação mais alta em que o coloca entre a Terra e o Céu.

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O Cosmos e o Homem: a absurda comparação ou talvez não. Será o tempo de abrir os braços e voar, querer e não julgar, viver e não descompensar tudo o que à sua volta irradia de luz, energia, matéria e a profusão molecular que faz de todos nós um só. Somos das estrelas e somos como elas: do Cosmos ao Cosmos; do berço ao berço cósmico; da vida a outra vida...

Deuses como nós...
As Estrelas, a Lua e o Sol - o Cosmos no seu todo. Temos de aprender ou reaprender a saber viver primeiro connosco e com os demais. Dos tempos primordiais aos da actualidade temos de saber ouvir; saber escutar os sons que nos falam de chegados os tempos de sermos como «eles».

Da Terra-Mãe para a ascensão superior, querendo ser deus, chegando a Ele, chegando a Si. Somos partículas subatómicas de pequenas moléculas mas de suma inteligência. Somos deuses se nos deixarmos existir sem a cobrança ilegítima da ganância, do desvelo e do quebranto de sermos lentos, preguiçosos e maldosos. Os elementos da Terra falam-nos disso mas nós não ouvimos nem sequer a estes nos dirigimos aquando entristecemos, ensandecemos ou simplesmente nos deixamos morrer sem viço ou alcance de atingirmos outro nirvana.

Os Elementos da Terra, em fogo, ar, água e ar, ao perigo das entranhas ocultas, a tudo o Homem se remete, mesmo às mais infernais e fogosas entranhas subterrâneas nas quais viveu um dia, há já muito tempo. E elas lhe dizem que chegou o momento de tudo ser desvendado, de tudo ser creditado em nova bonança.  Mas o Homem não acredita e desdenha até de si.

Vive e coabita agora sobre asas que não possui, sobre guelras que não tem, e sobre poderes que não sacia mas almeja a cada dia que passa. Por entre rios e mares, riachos e oceanos, planícies e montanhas, tudo isso despido de medo e de receios que tal se volte contra si. Quer mais e sente que pode mais. Tal como pilar da Terra, tal como não-envergado e indestrutível alicerce de uma longa escadaria mágica ou cercania do Além, o Homem escuta e ouve para si que mais não tem e mais não haverá se o não souber merecer.

E então, torna a fazer-se luz, a ouvir-se uma nova anunciação em que todas as divindades agora presentes - não omissas ou carentes de serem ouvidas - nos dizem que, todos os Espíritos, todos os Anjos e todos os Deuses da Terra (e fora dela!) apenas são, outros seres que nos deram a mão, fizeram bater o coração e, além de todas as coisas, nos deixaram continuar a ser civilização.

E nós, comuns humanos, terrestres de nossa habituação e condição, ouvimos e respeitamos; ou tal tentamos sem sofrermos com a idêntica indignação dos seres indigentes que nada têm ou nada compreendem que não seja o saberem que já aqui não estão. E desse conhecimento universal,  em busca de um encontro, em busca de um sinal, comunicamos com Deus, com outros deuses, e sentimos então que talvez tenha valido a pena; tudo, ou quase tudo, pela única contingência da salvação - nossa, e da Terra.

A não ser assim, os deuses abandonar-nos-ão e nós, terrestres, subindo à mais íngreme montanha da escuridão apenas poderemos dizer: Que estúpidos fomos e que imbecis somos, o não termos considerado essa bênção...!

Que tal não suceda, deseja-se, e o Universo nos seja uma porta aberta por onde todos entraremos e dela sairemos se o soubermos manter... lembrando-nos sempre que, a Terra Prometida, é aquela em que nós estivermos, a que em nós fizermos a nossa alma caber, sem ser descabida ou desmedida em seu seio planetário e, por entre todas as graças, de um ou mais deuses que nos vejam como seus iguais...

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