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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Alerta: A Invasão dos Satélites

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Constelação Starlink: a última aventura de Elon Musk que através da supra-referenciada SpaceX lançou para o Espaço 60 satélites (estando na forja outros 12000 previstos), na contenda e intenção de fornecer acesso à Internet num serviço ou rede global de dados de banda larga via-satélite, tendo pedido o implícito licenciamento à Federal Communications Commission (FCC) ou Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos.

De acordo com a Union of Concerned Scientists, antes da Starlink existiam pouco mais de 2000 satélites em órbita - acrescidos em breve dos 11.943 satélites de baixa altitude que a SpaceX deseja adicionar entretanto, além dos 3236 que a Amazon também pretende lançar.

Doravante toda a benesse encontrada neste projecto da SpaceX, presume-se igualmente um afluxo exorbitante que encherá o espaço nocturno na panorâmica visão global de nos taparem as estrelas e fazerem ecoar num zumbido incomensurável e não-natural que nos será eventualmente prejudicial.

O mundo está expectante. E não é para menos: Os Primeiros 60 Satélites para a instalação do sistema da SpaceX foram lançados com grande sucesso em 24 de Maio de 2019 do Cabo Canaveral, na Florida (EUA) - e através do foguetão-maravilha Falcon 9 - na mais rejubilante e faustosa informação mediática dos satélites virem a ser activados quando 800 deles estiverem em órbita.

(De registar: Para que o serviço comece a ser prestado em toda a linha numa «cobertura significativa» da maior parte da Terra, irão ser necessários mais 6 lançamentos, a que se juntarão outros 6 para se efectuar na plenitude este serviço global. A conclusão do projecto está prevista para 2027)

Para os leigos: Internet de alta velocidade a preços reduzidos (ou mais razoáveis perante a excentricidade pecuniária que nos é cobrada por vezes sobre estes serviços), num incontestável custo-benefício que jamais nos trará, segundo os responsáveis da medida, qualquer outra causa-efeito que não seja o tirar proveito completo desta revolucionária ascensão global de comunicação.

Mas nem tudo são rosas. Também há espinhos. E quem o afirma são os Astrónomos que se dizem deveras preocupados com esta «enchente» de satélites que nos poderão trazer «amargos de boca», ou seja, contratempos e inevitáveis consequências, caso não fiquem assim tão «escondidos» os ditos satélites (como afirmou Elon Musk, assegurando de que não emitiam luz própria).

Todavia esta reiteração do CEO da SpaceX, os cientistas não ficaram mais sossegadas antes pelo contrário, em particular de quando observaram (eles e o resto do mundo) aquele desfilar luminoso - capturado em vídeo - do intenso brilho emanado por essa fila de satélites expostos no Espaço.

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24 de Maio de 2019: Os satélites-maravilha de Elon Musk do projecto Starlink da SpaceX (Imagem de Mark Langbroek, o astrónomo que em Leiden, na Holanda (UE), captou em vídeo esta verdadeira preciosidade). Visível o brilho intenso da fila de satélites da Starlink no céu nocturno que nos impele a pensar de que efectivamente nada ficará como dantes. Cépticos estão os astrónomos para quem esta imagem talvez reflicta os seus piores receios de uma maior «imundície» no Espaço...

Causas e Efeitos
Tal como a NASA profere em descrição textual no seu site, um «Satélite» é, na generalidade, uma lua, planeta ou máquina que orbita um planeta ou uma estrela; tal como a nossa Lua em relação à Terra, e nós, como planeta que somos, em relação ao Sol. São os chamados satélites-naturais. Mas existem outros - os artificiais - que como aqui já se leu e reportou, são todos os outros, os que por mão humana orbitam a Terra com objectivos precisos para o conhecimento do Homem.

A compreensão para o ser humano de como se rege o Sistema Solar, os seus planetas e no fundo todo o Universo, é absolutamente necessária para se poder chegar a metas e a finalidades a que a Humanidade se não pode recolher nem tão-pouco se omitir de participar, pelo que todos os dados recolhidos por estes satélites nos prestam um serviço imprescindível.

São diversos e com as multi-funções de nos prevenirem a nível meteorológico e climático sobre as ocorrências planetárias que se registam.  Mas não só. Dão-nos a vicissitude ainda que à distância do que se passa no Cosmos; por exemplo, nos outros Planetas, no Sol, Buracos Negros, Matéria Escura ou Galáxias distantes.

Outros ainda possuem a virtualidade no seio das comunicações (por exemplo, como sinais de TV e chamadas telefónicas à escala planetária), compondo ainda o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Têm a habilidade de recolher dados mais precisos e mais rapidamente do que os instrumentos no solo (concretamente, com um maior rigor do que os telescópios na superfície da Terra), na observação do que continuamente fazem sobre as grandes áreas territoriais e oceânicas do planeta.

Câmaras e Sensores Científicos fazem parte da sua constituição. No entanto, apesar de não serem de grande dimensão, os Astrónomos mostram-se apreensivos hoje não só pelo acumular ou quase excessivo manto de satélites lançados no Espaço, como por serem altamente reflexivos, aparecendo como pontos que se movem no céu nas horas após o pôr-do-Sol e antes do nascer do Sol.

Segundo os especialistas, não será só a visão celestial do Cosmos que se irá revelar diferente como, essencialmente, o facto de poderem afectar as leituras de Instrumentos de Alta Precisão - como o Extremely Large Telescope e a Interferência-Radio.

Teme-se inclusive de que, esta Frota de Satélites agora estimulada sobre o nosso céu nocturno, possa vir a ter efeitos negativos a muitos outros níveis; níveis esses que estão já a ser considerados pela Comunidade Científica sob o espectro futuro de causa-consequência, indefectivelmente nefasta a título próximo sobre todos nós, terrestres.

A International Astronomical Union (IAU) subleva de facto estas duas principais preocupações: A afectação das leituras dos Instrumentos de Alta Precisão e a Interferência-Radio como já foi referido.

"A IAU, em geral, defende o princípio de céu escuro e rádio silencioso, não só essencial para o avanço da compreensão do Universo do qual fazemos parte, mas também como um recurso para toda a Humanidade e para a protecção de toda a fauna nocturna. Ainda não compreendemos o impacto de milhares destes satélites visíveis espalhados pelo céu nocturno e, apesar de suas boas intenções, essas constelações podem ameaçar ambos." (Comunicado da IAU)

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A Implantação para o serviço de Internet por satélite Starlink da SpaceX.  Em 2018, a empresa de Elon Musk - SpaceX - lançou os seus dois primeiros satélites experimentais de banda larga aprimorando os planos para lançar depois o satélite Starlink em 2019 - como previsto e executado na perfeição em 24 de Maio desse ano (2019) do cabo Canaveral, na Florida (EUA).

A Expectativa que se tornou triunfo...
A SpaceX Services não dorme em serviço; ou seja, fez completamente o seu trabalho de casa. Pediu licenciamentos e, a aprovação geral, de até um milhão de estações terrestres que seriam usadas pelos clientes do Serviço de Internet via-satélite Starlink. As estações baseiam-se num Sistema de Painel de Fase - em fases - para transmitir e receber sinais na banda «Ku» de, e para a constelação Starlink.

Tendo a SpaceX recebido a devida autorização do FCC (Federal Communications Commission), o órgão regulador da área das telecomunicações e radiofusão dos Estados Unidos - criado no ano de 1934, tendo sido instituído dentro do programa New Deal - ficou estabelecido então poder lançar em 2019 os primeiros elementos dessa constelação inicial composta por cerca de 4425 satélites, usando os supremos foguetões Falcon 9.

(Eventualmente passarão a ser 12000 satélites a baixa altitude ou, em órbita baixa da Terra, num empreendimento nunca visto.)

As instalações da SpaceX em Redmond, Washington (EUA) têm estado muito activas desde então; desde que o projecto foi divulgado, desempenhando um papel principal no desenvolvimento do sistema de satélites. Depois de tudo verificado e em parte licenciado, os executivos da SpaceX aferiram em comunicado:

"Esta aplicação dá o primeiro passo, buscando autoridade para as estações terrenas dos clientes usuários finais que incorporam tecnologias avançadas para permitir o uso altamente eficiente do espectro, e assim aprimorar a experiência de banda larga do cliente."

Segundo os próprios «Este sistema foi projectado para alcançar um alto grau de flexibilidade para facilitar o compartilhamento (ou mutualidade) do espectro com outros sistemas de satélites e outros sistemas terrestres autorizados.»

Há cerca de 4 anos em Seattle, Elon Musk, aquando revelou o seu projecto Starlink, desafiou todo o planeta a estar consigo numa reviravolta que pronunciava já o grande visionário que é, além do incansável trabalhador e mágico cientista em que se aplica. Dizia ele que «A receita do serviço de Internet pagará por si mesma a visão futurista que tenho em criar uma cidade em Marte!»

Elon Musk poderá ter acertado no alvo. Abrangendo grande parte da população através deste seu projecto Starlink, fornecendo assim serviços de dados de banda larga de alta velocidade, confiáveis ou fiáveis, consoante o grau de suspeição adquirida, e acessíveis para os consumidores não só dos Estados Unidos mas de todo o resto do mundo, se viu assim aberta a «Grande Porta da Informação Global» que todos desejamos usufruir.

Todos, incluindo aqueles que se estima estarem ainda vedados dessa informação e desta agora acessível tecnologia de comunicação instada e, influída pelo projecto Starlink, que conta cerca de 3,8 biliões de pessoas que não são atendidas pelas redes existentes. Daí que o mundo fique mesmo a seus pés (de Elon Musk e outros que se lhe juntarão) no que todos poderemos finalmente rejubilar por uma mais concertada acção de informação sobre presumivelmente um grande ideal de igual projecção.

2020 será o Ano do Futuro, acredito. E tal afirmação só é corroborada desta forma devido aos muitos empreendimentos que estão já a ser projectados, planeados e mesmo postos em execução e prática destas constelações de satélites de baixa altitude ou em órbita baixa da Terra para fornecer acesso global à Internet.

(Tudo se impulsiona de facto, não obstante a massa crítica de outros especialistas e, quiçá alguns entendidos, que profetizam em sua consciência e sobre a distinção que fazem da Interferência de Sinais «Esta poder emergir como uma questão crítica também no processo de licenciamento para estações terrenas»)

O Congresso Internacional de Astronáutica de Outubro de 2018 por seu turno viria a limar e, a explanar certas arestas, por voz de alguns investigadores do MIT que chegaram a afirmar de que:

"O factor limitativo para o serviço de satélites da SpaceX será o segmento terrestre, já que eles precisam implantar um grande número de estações terrestres e «Gateways» (Pontes de ligação) para operar em plena potência."

E ainda que tenham ultimado de que a Telesat - a maior empresa de satélites do Canadá - tem o sistema mais eficiente em termos de largura de banda por satélite, Musk não se dá por vencido.

Redobra-se em mil projectos, instâncias, envolvimentos e complementos, sem que a desistência seja uma palavra escrita no seu já longo dicionário em que «êxito», «sucesso» ou mesmo «teimosia» são os grandes epítetos para se não deixar abater.

Como se sabe, Sputnik 1 foi o primeiro satélite no Espaço de origem e berço da há muito extinta União Soviética. Lançado em 1957 haveria de ser o pioneiro dos milhares que agora se seguem.

Nos Estados Unidos, o satélite Explorer 1 (NASA) foi o seu primeiro satélite artificial lançado em 1958. O principal instrumento a bordo deste era um sensor que media partículas de alta energia (raios cósmicos) no Espaço. A primeira foto de satélite da Terra veio da Explorer 6 da NASA em 1959.

O TIROS-1 seguiria-se-ia no belo ano de 1960 com a Primeira Imagem de TV da Terra vista do Espaço. Mesmo sem grandes detalhes à altura (nas imagens recolhidas), a surpresa foi geral.

A NASA revela-nos agora de sua consciência, a percepção/observação irrefutável do que esses potenciais satélites mostravam às pessoas, sendo que elas tiveram de facto de mudar a forma de como viam ou concebiam a Terra e o Espaço: E esse bem, esse feito, é e será para sempre, digo-vos eu, inolvidável! Mesmo que alguns, infundamentadamente, continuem a persistir naquela absurda teoria da «Terra-plana»...

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Satélites Americanos no Espaço: Em 18 de Junho de 2018, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ordenou a criação da Força Espacial dos EUA, como ramo separado das Forças Armadas do país. A partir do dia 1 de Outubro desse mesmo ano (2018), e segundo ditaram as regras orçamentais para 2019, A Agência de Defesa contra Mísseis dos EUA, avocada pelo Pentágono, deu início à instalação no Espaço de sistemas de vigilância e intercepção de mísseis balísticos.

(De acordo com o documento divulgado então « O desenvolvimento e a implementação da Arquitectura Sensorial do Espaço Estável devem ser finalizados até 31 de Dezembro de 2022, posicionando os interceptores posteriormente)

O Sonho Americano...???
Ninguém quer ficar de fora. E muito menos se se virem ofuscados por lideranças que não estimam e não legitimam sobre seus próprios interesses. A corrida é louca e todos se querem vincular ao Grande Sonho Americano de serem os primeiros a ocupar um espaço que consideram indubitavelmente seu.

(Daí que a Rússia ou a China também entrem na dança de lugares e, como tal, os Estados Unidos não fiquem de braços cruzados, até porque, continuam a defender que foram os primeiros a chegar à Lua...)

Voltando a Elon Musk e ao seu actual projecto Starlink (e a outros que entretanto surjam) há que reconhecer a sua valentia, a sua coragem e ousadia de querer ficar para a História como o grande impulsionador e, embaixador, de toda a Internet livre global.

Se é utópico ou distópico não o sabemos. Se é simplesmente um deus em forma de gente ou uma figura espúria que na Terra se inflamou também não o podemos dizer; contudo gabamos-lhe a ambição, a audácia, até a pertinácia de tudo atingir.

Mas também a contumácia (algumas vezes) de, na sua deliberada desobediência em não seguir correligionários ou subjugar-se à opinião de outros que o delegam para um patamar inferior, conseguir ser e superar - quase sempre - muitos ventos, outros ventos que não os solares mas os terrenos que por vezes o tentam limitar e, consignar, a uma inábil exiguidade.

Quanto à suposta «Invasão de Satélites» que consubstanciam toda a nossa tecnologia espacial de informação, telecomunicação, meteorologia, avença climática e por aí fora, apenas se poderá dizer a bem da verdade que «menos poderá ser-nos mais».

Ou seja, tudo o que se impuser pela força ou pela inconformidade e insustentabilidade tecnológicas não só no aumento exponencial de satélites mas pelo que hipotética e fatalmente nos poderá ser mais nocivo do que benéfico, a Comunidade Científica nos redija como alerta. E nesse alerta nos diga frontalmente: «Um dia destes os satélites caem-vos em cima!...»

Ironizando ou não, o certo é que todos tememos ser negligentes ou mesmo impotentes de não saber lidar com estes eventos; ou mais prosaicamente de os fazer evaporar no Espaço e não, como sucedeu entre Março e Abril de 2018 com o satélite chinês Tiangong-1(versus estação espacial chinesa Tiangong-1) que andava desgovernado - ou mais exactamente fora de controle na órbita terrestre - e nos deixou em suspense na Terra.

(Mas que, felizmente para todos nós, viria a ver-se retornar à atmosfera caindo no Oceano Pacífico, ao largo da costa do Chile, sem se terem registado danos de maior. Foi sorte. Foi mesmo???)

Depois dos Cometas, Asteróides, Meteoritos ou Meteoros de grande projecção, dimensão e velocidade (em órbitas adjacentes ou tangíveis à Terra) temos a grande preocupação da existencial «população» de satélites que povoam o nosso planeta em eventual e futura desmagnetização dos núcleos que nos iria ser de facto um machado assassino e radical sobre as nossas cabeças.

Sem alarmismos mas muita consciência vos digo: «Fujam!» (mas não sei bem para onde...) No entanto fiquem alerta, muito alerta!

Se um dia destes por acção de uma qualquer EMC (ejeção de massa coronal) ou outro fenómeno idêntico - tais como erupções e ventos solares ou mesmo a tão falada (e temida!) reversão estranhamente rápida do campo magnético da Terra acontecerem, e provocarem enfim que todos os satélites se desmembrem e se não desintegrem na atmosfera - o melhor mesmo será acreditar que algo nos vai salvar mesmo que vejamos o fim a chegar. Como não sou pessimista nem alarmista a esse ponto apenas vos afirmo:

«Cuidem-se, e oiçam os Alertas dos Cientistas, pois que a «Invasão dos Satélites» está por um fio, ou na ponta da navalha; muito mais fina e afiada do que uma qualquer civilização alienígena que nos queira a todos tomar! Sejam felizes, e olhem para o céu de vez em vez, não vá o Diabo tecê-las...

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