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sexta-feira, 3 de maio de 2019

"Na Saúde e na Demência"

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Demência: A mais incompreendida doença do ser humano; e que, em muitos casos, se associa à doença de Alzheimer - e a muitas outras - que se identificam como doenças do foro mental e cognitivo em falha, em percas de memória e por vezes em total e absoluto silêncio de almas perdidas que são. De almas que já foram mas mais não são...

E o que são afinal?... Seres viventes mas não vigentes já de qualquer condição - e que muitos consagram na indigência dos dias parados, mal-amados e apartados de qualquer afeição; e das noites que se esquecem ou que também já se não querem. E depois o isolamento, a solidão, dos que se ignoram por detrás das grades da vida que apenas é uma prisão - não só de uma grande indiferença pública, como tristemente também de uma precipitada condenação de já não serem úteis à sociedade.

Algo que a doença de Alzheimer também propela e apregoa ainda que muitas vezes em dor calada, amordaçada, pelos que não querem ver nem sentir, na sua incontornável raiz neurodegenerativa (progressiva e degenerativa na afectação cerebral) num processo identicamente enviesado - que muitos reconhecem unicamente como pertencente a um processo de envelhecimento - e que se mostra na visão nua e crua de um cérebro que já não funciona.

O que a Ciência diz: A Demência pode ou não ser hereditária havendo a urgência de um diagnóstico médico correcto, salientando-se que na maioria dos casos a Demência não é de todo Hereditária!

Contudo, existem também situações que produzem por vezes sintomas muito semelhantes à Demência sem de facto ser esse o verdadeiro diagnóstico (por ex: algumas carências vitamínicas e hormonais, depressão, infecções e tumores cerebrais, ou mesmo sobredosagem ou incompatibilidades medicamentosas, segundo nos referem os dados do boletim da Alzheimer Portugal).

Todavia, além da doença de Alzheimer aqui referida, existem muitas outras formas perturbadoras de Demência que são: A Demência Vascular; a Doença de Parkinson; Demência de Corpos de Lewi; Demência Frontotemporal (DFT); Doença de Huntington; Doença de Creutzfeldt-Jacob e a Demência provocada pelo álcool (Síndrome de Korsakoff).

                                                 Na Saúde e na Doença/Demência

É fácil sermos confrontados com uma vida sempre saudável, sempre facilitada por uma saúde férrea e sem constrangimentos ou perturbações de grande nível - cirúrgico ou de maior contemplação clínica. Na «saúde» somos sempre invencíveis e até imortais. A única coisa que de que padecemos, é de uma total libertinagem que nos faz ser de certo modo autistas para o sofrimento de outros; neste caso, o sofrimento mental.

É muito mais fácil, benigno e aceite pela sociedade que sejamos sempre - se possível eternamente até à morte física - seres belos, perfeitos e contributivos até que o corpo arrefeça e a alma desapareça no esfumar de uma lembrança, uma memória para os entes queridos.

E o que ficou então? Pouco, muito pouco de uma vida cheia de risos, lágrimas e sacrifícios. Em Portugal, tal como no resto do mundo, a Demência tem sido um campo vasto de descoberta e conhecimento, ainda que nem sempre com essa mesma atitude de se não considerar o «parente pobre» no que concerne à doença mental.

E, ainda que os Portugueses sejam mais afectados por Demência Vascular (tipo de demência associado aos problemas de circulação do sangue para o cérebro) do que por propriamente pela doença de Alzheimer, o certo é que se não negligencia - no território luso ou no restante globo - na científica investida de se saber mais sobre as doenças neurodegenerativas que tanto nos atormentam.

«Na Saúde e na Demência», ou naquela encruzilhada de vida em que tudo nos parece confundir e fazer esquecer memórias que outrora detínhamos em maior nitidez e por vezes saudade, se encontre o atalho para a fluidez e a felicidade.

Pelo que há que encontrar caminhos novos, novas receitas, não só para o aliviar desses sintomas como para a busca dessa eternidade de se saber de que um dia fomos iguais a toda a gente, num abraço e num sentir, que o cérebro nos transmite em inalterável estado de alegria e conformidade de nada se escurecer ou até enfurecer (em por vezes altos níveis de agressividade) vendo-nos morrer.

Daí as Descobertas, os elaborados estudos, que nos revelam agora de que Novos Factores Genéticos elevam o risco de se padecer da doença de Alzheimer - ou de que existem Novos Genes Associados ao Alzheimer (24 genes, em que 4 deles foram agora encontrados) - ou ainda, nesta grande emulsão científica que se evidencia imparável e de grande sucesso descobridor, um novo tipo de doença chamada - A Doença de Late.

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(Imagem: à esquerda, um hemisfério de um cérebro humano saudável; à direita, um cérebro em que se evidencia a doença de Alzheimer. Em Dezembro de 2018 veio a público através da revista científica «Cell Reports» de que cientistas do Centro Champalimaud (Lisboa,Portugal), que realizaram experiências com moscas-da-fruta, concluíram de que a morte de neurónios (células cerebrais) na doença de Alzheimer seria benéfica, ao contrário do que se pensava, ao eliminar dos circuitos cerebrais os neurónios disfuncionais.

Mas há quem tenha além disso feito outras descobertas. Também no ano transacto (2018), um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge anunciou a descoberta de uma nova estratégia de combate às partículas tóxicas responsáveis pela destruição das células cerebrais nos pacientes com Alzheimer num estudo divulgado em Setembro de 2018 pela revista PNAS.

Compreender a Demência
Nem sempre de fácil compreensão, há que reportar de que a Demência pode efectivamente ter muitas «caras» ou distintas faces clínicas e de diagnóstico variado no mundo neurológico. Daí que se distingam muitas vertentes, sendo que todas elas não são de trato fácil. Há que referenciar em primeiro do que se trata de facto a chamada Demência.

Demência: a sintomatologia de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento «normal» do ser humano. Assim o designa a Ciência que, no foro mental e cognitivo, se limita a acoplar como factores associados, a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e, alterações das reacções emocionais, também consignadas como normais.

No entanto, a Demência é sempre muito mais do que o somatório das partes aqui referidas, sendo que nem sempre se vive essa terrível particularidade acompanhado, ou sequer sem ser julgado, como se houvesse uma culpabilidade acrescida de se não ser de novo jovem e isento de qualquer patologia ou somente alegria de se voltar a Ser Feliz!

A Demência pode surgir em qualquer pessoa, sendo contudo mais frequente que esta se apresente a parir dos 65 anos. E, por muito que haja hoje uma certa e distendida longevidade - em números estatísticos demográficos globais que nos registam de que se vive mais - esta doença continua a ceifar grande parte da população mundial.

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), aferem em dados estatísticos de que existam aproximadamente 47.5 milhões de pessoas com Demência em número gradualmente crescente nos próximos anos, os quais se pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. Daí a certeza dos cientistas em se combater esta «praga» demencial.

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(Janeiro de 2019): A descoberta dos cientistas (publicitada na «Nature Genetics») sobre a existência de pelo menos 29 partes do Genoma Humano que estão de alguma forma associados à doença de Alzheimer, sendo que 9 delas (dessas 29 partes) foram agora nitidamente expostas. Este novo estudo vem demonstrar assim que Novos Factores Genéticos elevam efectivamente o risco de se poder ter a doença de Alzheimer!

Outra Descoberta reporta de que, Aumentar a Capacidade do Cérebro (em se adaptar a novos desafios), pode factualmente ser uma prova de prevenir a doença. Nesse contexto, deve-se promover a reserva cognitiva, mantendo-se uma activa e constante aprendizagem para garantir uma igualmente activa mente! Este, o grande conselho médico dado a todos os pacientes e não só. Mente sã em corpo são, parece ser sempre a máxima a ter em conta...

As Descobertas
Sabendo-se não existirem até ao momento terapêuticas curativas ou de prevenção no combate a todos estes tipos de Demência, realizam-se todavia medicações disponíveis com a finalidade de se poderem amortizar ou reduzir alguns sintomas de que o paciente sofra.

A anomalia genética ou inserida no Genoma Humano tem sido uma constante na investigação científica para tentar debelar esse ou esses males relativos à demência. Os sinais da demência pautam-se por:

A Perda de Memória frequente e progressiva; A Confusão; Alterações de Personalidade; Apatia e Isolamento e ainda a Perda das Capacidades para a simples ou complexa execução das tarefas diárias ou quotidianas, levam a que a comunidade médica não descure não só os factores de risco como a sequência genómica que o deforma ou detém em disfunção.

(Daí as descobertas sempre elencadas e requisitadamente inolvidáveis que se têm de referir em registo de um futuro mais promissório e se possível mais mentalmente saudável em todos nós!)

Segundo os especialistas, a Genética pode mesmo ser a responsável por 60% a 80% dos casos de Alzheimer; ou seja, podem indefectivelmente ter uma proveniência hereditária.

Um estudo publicado no início do ano de 2019 na revista científica «Nature Genetics», dá conta de que os investigadores descobriram de que as Alterações Genéticas nos tecidos e células que desempenham um papel fundamental no Sistema Imunológico do Cérebro, podem efectivamente aumentar o risco de Alzheimer!

Esta pesquisa - que se debateu na análise genómica em ensaios clínicos sobre 455 mil pessoas de origem europeia com Alzheimer ou com o historial da doença - descobriu que modificações em genes presentes nas células da Micróglia (ou dos Microgliócitos, as menores células da neuroglia), estão associadas ao aumento do risco para a doença.

Descobriu-se também Alterações Genéticas em proteínas que estão envolvidas em componentes dos Lipídios/Lipídeos (que são um amplo grupo de compostos químicos orgânicos naturais versus moléculas orgânicas insolúveis; ou comummente um tipo de gordura insolúvel presente nas células).

O que os investigadores observaram foi que, esses processos, poderão influenciar na degradação da precursora proteína Amilóide - a substância envolvida na criação da Placa Amilóide encontrada no Cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer.

Investigações anteriores indicavam já que interferências no funcionamento da Apolipoproteína (uma proteína que liga lipídeos formando uma lipoproteína) - e neste caso, a Apolipoproteína E (apo E) e os polimorfismos do seu gene - podem influenciar na probabilidade de desenvolver a disfunção. Com este estudo, revelou-se agora mais exactamente que existem outras proteínas similares envolvidas no risco da doença.

Daí que para os Investigadores deste Estudo, tenha havido a taxativa conclusão de que, todas essas alterações, confirmam em absoluto a existência de uma relação entre a Inflamação e os Lipídeos, uma vez que as Alterações Lipídicas interferem no funcionamento dos Microgliócitos (ou Micróglia). E, consequentemente também, na protecção do cérebro, facilitando assim o surgimento da doença de Alzheimer, segundo nos referem os responsáveis deste estudo.

"Esta ligação já foi descrita para o gene APOE, que é o factor de risco genético mais forte para o Alzheimer. No entanto, os nossos resultados mostram que outras proteínas lipídicas também podem ser geneticamente afectadas. (A explicação de Iris Jansen, uma das autoras do estudo, ao Medical News Today)

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PET Amilóide (Imagem: cortesia do Instituto Nacional sobre Envelhecimento/Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA) - PET (Positron Imaging Tomography), a mais maravilhosa ferramenta de neuro-imagem de Medicina Nuclear que pode ser usada para fazer uma imagem da acumulação de Placa Amilóide no Cérebro de uma pessoa. A PET Amilóide permite assim em autêntica revolução médica fazer a detecção precisa de Placas Amilóides - uma das características da doença de Alzheimer - em pessoas vivas.

Um novo tipo de Demência
Na imagem acima referida evidencia-se por imagiologia o processo PET que, em exames mais explícitos, veio assim auxiliar os clínicos a avançar com maior rigor, eficácia e segurança (além o maior conhecimento do que especificamente e em cada caso se observa sobre cada paciente) podendo efectuar mais precisos diagnósticos.

É através desta moderna técnica, que foi possível então realizar esses diagnósticos com mais confiança - não só no diagnóstico exigido como na recomendação requerida para futuro tratamento.

No Mundo Médico é reconhecido por todos de que o Amilóide se acumula com o avanço da idade num cérebro que geralmente possa estar a funcionar em pleno; podendo este ser observado em muitas outras doenças que não só na doença de Alzheimer. Todavia, havendo a presença de um scanner ou escanoamento amilóide positivo num indivíduo sintomático, então está-se perante um forte indicador do diagnóstico de DA - Doença de Alzheimer.

Passando ao Novo Estudo que identifica a Doença de Late como uma doença distinta daquela que define a de Alzheimer (sendo até muito mais comum a doença de Late do que a de Alzheimer), os investigadores receiam que muitos pacientes possam ter até ao momento recebido «falsos» diagnósticos ou ter sido erroneamente diagnosticados com a doença de Alzheimer.

A doença de Alzheimer e a doença de Late afectam diferentes áreas do cérebro, contudo, apresentam sintomas similares.

Recentemente veio a público um estudo que foi divulgado na revista científica «Brain», determinando de que a doença se regista por apresentar uma sintomatologia muito semelhante à da doença de Alzheimer - como a perda da capacidade de Memória e de Conhecimento - mas que afecta o cérebro de forma algo diferenciada; ou seja, de forma um pouco mais lenta.

Hoje, os especialistas são unânimes na eloquente afirmação de que um terço da população mundial poderá estar a viver e a conviver com um diagnóstico de facto errado; e isto, em pessoas na faixa etária acima dos 85 anos em estimativa global. O que veio clarificar - ou mesmo rectificar - certos diagnósticos pela comunidade médica.

"Este facto (Isso) pode ajudar-nos a entender por que alguns testes clínicos recentes para o tratamento da doença de Alzheimer falharam. Os participantes poderiam ter doenças cerebrais levemente diferentes. (O comentário de James Pickett, da Alzheimer`s Society no Reino Unido, ao «The Telegraph».

«Erro no diagnóstico, erro na terapêutica» - esta a lógica agora pronunciada por todos. Ou seja, novas investigações sobre novos estudos têm obrigatoriamente de se realizar para que haja em definitivo uma maior compreensão sobre esta diferenciação de doenças, assim como de futuro, a prática estabelecida de um diagnóstico preciso sobre cada paciente, adequando a terapêutica em cada caso.

(Algo que o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos prontamente efectuou, no auxílio e na identificação deste novo tipo de doença - a doença de Late - autonomizando directrizes e, vias, na compreensão, desenvolvimento e progresso sobre este agora Novo Tipo de Demência.

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Diferenças entre a doença de Alzheimer e a doença de Late. Segundo o que os médicos e alguns investigadores reportam nesta área sobre estas duas distintas doenças, existem muitos idosos que podem apresentar uma combinação destas duas doenças neurodegenerativas, o que vem por este factor desencadear um maior declínio ou défice cognitivo. Como diz um certo provérbio português: «Um mal nunca vem só...»

Alzheimer/doença de Late
De acordo com os especialistas, há muitos anos que vinham surgindo relatos de pacientes que não se encaixavam de modo algum naquele quadro perfeito dos já conhecidos tipos de Demência. Agora entende-se bem o porquê!...

Incluso nesse quadro estava a doença de Alzheimer, segundo os médicos - cujo principal indicativo é a Formação de Placas de Proteína Amilóide e Tau no cérebro - responsáveis pelos danos às células cerebrais que levam à perda de Memória. No entanto, a autópsia de diversos pacientes diagnosticados com esta patologia, mostrou que eles apresentavam outros sinais, tais como a presença de uma proteína chamada de TDP-43 - agora conhecida como o indicador da doença de Late.

Segundo foi divulgado neste recente estudo (em publicitação no «The Brain» no corrente ano, e que veio a público através de outros órgãos de comunicação social em Abril de 2019), o acúmulo ou afluência da proteína TDP-43 afecta a Memória e as Habilidades de Raciocínio do paciente. Por esse motivo, o novo subtipo de Demência poderia ser facilmente confundido com a doença de Alzheimer.

No entanto, de acordo com o que os especialistas nos explicam, essa proteína prefere certas partes do Cérebro em que, as proteínas relacionadas ao aparecimento da Alzheimer, estão menos envolvidas. Daí que Peter Nelson - o principal autor do estudo - tenha referido à CNN:

"As Modalidades de Demência estão frequentemente associadas a uma massa proteica., mas diferentes proteínas podem contribuir para a sua formação."

Sabendo-se existir por vezes a combinação destas duas doenças neurodegenerativas, provocando então um maior declínio ou défice cognitivo, é natural que a comunidade médica, imbuída do espírito de investigação e perseguição que os cientistas nutrem por estes casos, se deixe acreditar que Novos Estudos e Novas Descobertas porão um ponto final no enigma proteico.

(E, finalmente, possam com toda a clarividência médica e científica desvendar, os ainda tão misteriosos mundos que influenciam a actuação das proteínas que causam as Diversas Demências)

Algo que Sandra Weintraub, da Northwestern University, nos EUA, também corrobora em assertiva informação à CNN:

"Esta é uma área que será realmente importante no futuro! Por exemplo: Quais são as vulnerabilidades individuais que fazem  com que as proteínas se dirijam para determinadas regiões do cérebro?... Não é apenas sobre a anormalidade da proteína, mas, onde ela está!..."

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O Mundo acelera: uma nova dimensão vem aí sobre as doenças neurodegenerativas: entre o que a IBM se propõe de aplicar técnicas de Machine Learning no combate ao Alzheimer, ou a esperança de debelar a doença se encontrar nos pequenos cérebros de vermes (nos neurónios de minhocas, segundo um estudo recente que aponta nesse sentido) tudo é possível. Computação e biologia - ou mais exactamente biotecnologia - estão assim de mãos dadas num objectivo comum: erradicar a demência!

Mais Investigações/Pesquisas
Segundo os especialistas nos aferem, a proteína TDP está associada  ao surgimento de outra forma de demência: A Degeneração Lobar Frontotemporal que representa de 5% a 10% dos casos de Demência. Mas que, segundo as palavras e convicção de Peter Nelson «A doença de Late é 100 vezes mais comum e ninguém sabe.»

O resultado do estudo determinou ainda que 25% dos pacientes com idade superior a 80 anos apresentavam de facto o problema, embora tivessem recebido um diagnóstico diferente.

Para a Comunidade Médica esta Nova Descoberta pode eventualmente servir como «roteiro» para investigações futuras que precisam ser realizadas para se compreender mais em pormenor o Novo Tipo de Demência e descobrir novas formas de tratá-lo; e se possível, preveni-lo.

Já os Investigadores realçaram de que, a Doença de Late, deve de facto causar Grande Impacto na Saúde Pública - semelhante à da Alzheimer, admitem - até que novas estratégicas de tratamento e prevenção sejam descobertas. Peter Nelson remata em tom confiante ao «The Guardian»:

"Este tipo de pesquisa é o primeiro passo para um diagnóstico mais preciso e para um tratamento mais personalizado para a Demência, como começamos a ver em outras doenças graves como o cancro da mama."

Mas há mais: Do mundo animal (mesmo que dos invertebrados) surge-nos aquela que poderia ser a quase anedota do ano mas não é. Um estudo realizado no ano transacto reporta-nos de que a esperança pode estar inserida no mundo dos vermes; ou seja, nos neurónios das minhocas que, partilhando semelhanças com o Cérebro Humano, irá tornar possível os fundamentos destas patologias cerebrais.

O médico Detlev Arendtof, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular de Heidelberg, na Alemanha, sugere que: "Relativamente a condições como a Demência, as regiões do cérebro humano afectadas por estas patologias têm um homólogo nos vermes. Tal, torna possível explorar os princípios básicos destas doenças."

Investigações anteriormente realizadas já sugeriam de que os animais possuem de facto uma inacreditável e mui extraordinária capacidade de regeneração (e que tendem a viver mais tempo após amputações repetidas), o que faz o doutor Arendtof sugerir que «Algo no processo de regeneração desses seres também os rejuvenesce, incluindo a sua mente».

Já em relação à IBM, o contexto é o de que Novas Tecnologias poderão detectar o risco de contrair a doença, décadas antes de se manifestarem os primeiros sintomas.

De acordo com um estudo publicado há dois anos (2017), a concentração da Beta-Amilóide - a proteína que provoca a doença de Alzheimer - inicia o seu percurso de alteração décadas antes de se poderem verificar os primeiros sintomas da doença.

Assim sendo, a IBM está desde então a desenvolver um processo/procedimento que se julga vir a dar frutos, ou seja, poder vir a prever com alguma exactidão (até 77%) o risco de se padecer da doença de Alzheimer.

Este processo será, segundo os especialistas afirmam, efectivamente menos intrusivo e supostamente menos dispendioso dos que actualmente se exibem e são utilizados. Além de ter a capacidade também de detectar a doença numa fase em que será ainda possível retardar a sua evolução.

Os cientistas da IBM estão optimistas. E nós acreditamos neles, até porque, não há motivos para lhes não entregar todos estes créditos.

Assim sendo, eles acreditam piamente e, a Bem da Saúde Pública Mundial, ser possível aplicar técnicas de Machine Learning - um campo da ciência da computação, que é quase o mesmo que dizer que se vai utilizar as técnicas da Inteligência Artificial - para identificar, através de uma análise ao sangue, alterações da concentração dessa proteína no líquido cefalorraquidiano (CLR; também denominado fluido cerebrospinal ou líquor, sendo um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço subaracnóideo no cérebro).

Se um dia se tiver oportunidade e, a reverência, de se poder finalmente compreender os desvios, os atalhos ou mesmo as incongruências anatómicas pelas quais passamos, neste particular caso sobre a Demência, talvez seja altura de se fazer uma honorífica homenagem a todos os cientistas - vivos ou mortos, de hoje e de ontem - que tanto labutam para trazer à luz do conhecimento estes vários tipos de demência e quiçá clemência de quem sofre de todos eles.

Se formos sérios, precisos e concisos e já agora beneméritos e sem pretéritos que nos faça fugir de tudo o que nos amedronta ou perturba, no sector da saúde e do bem-estar do ser humano, pensemos que o que hoje se idealiza será amanhã aquela esvoaçante verdade de que, não só na saúde mas também na doença - seja em demência ou não - se possa estar no lado de quem mais se ama.

A solidão pode matar. Muito mais do que qualquer demência. Ou o desprezo. Ou até a insolvência, mais de princípios que de bens ou mais de companhia que de franquia, sobre uma vã alegria que não mais é partilhada. Tudo pode matar de facto. Até a humilhação de não nos lembrarmos de quem amamos ou com quem já fomos felizes.

O que nos não pode matar é aquela endémica expressão de que «Na saúde e na doença» devemos de estar sempre e unificadamente juntos, e devemos ser felizes, se possível para sempre, sendo que «Na Saúde ou na Demência» somos sempre nós, estando ou não lá para aquele sorriso, para aquele abraço... mesmo que não saibamos qual o nome ou o laço de quem o faz...

Na Saúde e na Demência somos o que sempre fomos, seres humanos! E que apenas isso baste para continuarmos a ser, apesar da saúde ser nenhuma e a demência muita. Sejam felizes. Sempre!!!

1 comentário:

  1. Matéria maravilhosa! Tenho um filho de 26 anos, que aos 24 começou um quadro de demência não especificada, sem diagnóstico (dft).Estou fazendo de tudo ou quase tudo, para que algum dia algo possa ser feitos a essa doença. Havia um caso igual ou semelhante ao dele, na Inglaterra, em meados de 90, mesma idade e os mesmos sintomas.Hoje, meu filho está sendo tratado em dois hospitais em Porto Alegre, H. De Clínicas e H. Da PUCRS. Leio tudo que está disponível sobre essa doença. Quem sabe algum dia ele voltará, a ser normal novamente! Obrigado a todos!
    Edson.

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