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quinta-feira, 30 de maio de 2019

O Planeta Proibido

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O Planeta Proibido ou NGTS-4b (ilustração de Mark A. Garlick) que graficamente nos revela a descoberta do exoplaneta numa investigação liderada pela University of Warwick no Reino Unido, e uma equipe internacional de astrónomos, segundo dados emitidos pela CNN). O estudo foi publicado pela Royal Astronomical Society de Londres, com grande ênfase sobre a descoberta deste agora denominado Planeta Proibido.

Posicionado a 920 anos-luz de distância da Terra e possuidor de uma massa 20 vezes superior à do nosso planeta (e um raio 20% menor que Neptuno) este novo planeta tão semelhante ao nosso poder-nos-à deixar sonhar de que um dia o visitaremos ou até mesmo o exploraremos, se entretanto não houver habitantes por perto - e havendo, contrariamente ao esperado, «eles» forem bons e afáveis anfitriões...

Orbitando em torno da sua estrela a cada 1,3 dias - e fora do nosso sistema solar - este enorme planeta que não excede o de Neptuno (sendo 20% mais pequeno que este), reverte-se numa temperatura de 1000 graus Celsius. Nada convidativo portanto para as humanas intenções de por lá, um dia, se darem de grandes aventuras em primazia e tecnologias avançadas, caso fosse este planeta um poiso de guarida e assistência garantidas.

"Este planeta deve ser muito duro: fica mesmo na zona onde pensávamos que nenhum planeta com o tamanho de Neptuno podia sobreviver." (Afirmação de Richard West, autor do estudo e investigação da Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, no Reino Unido)

                                                            Exoplanetas-mistério...

«The Forbidden Planet» (O Planeta Proibido): O Exoplaneta agora encontrado que se revela de dimensões extraordinárias - três vezes maior do que a Terra e com uma massa equivalente a aproximadamente 20 planetas terrestres - que tendo a sua própria atmosfera, fez admirar os Astrónomos pela sua inconcebível localização e porte majestático planetário de mais uma desvendada «pérola» do Universo.

Reconhecendo-se todavia a raridade deste «achado» a quem apelidaram de «Planeta Proibido», os cientistas dizem-se optimistas na descoberta de possíveis outros exoplanetas. Daí que se imponha sempre nestes casos a pertinente questão se haverá por lá vida biológica e, concomitantemente, vida alienígena que tenha sobrevivido às inumanas condições desse mesmo planeta.

O que para os seres humanos é inexequível de habitabilidade ou adaptabilidade, poderá não ser para as distintas formas de vida que eventualmente neste e noutros exoplanetas possam existir.

É certo que se pensa frequentemente (ou quase sempre) em termos antropológicos de nos vermos replicados, clonados ou geneticamente retratados num outro planeta para que houvesse mais tarde, quem sabe, uma outra forma de comunicação, abordagem e interacção, mesmo que todos esses epítetos humanistas e terrenos nos fiquem somente pelo mundo da imaginação.

No caso do Planeta Proibido ou cientificamente chamado de planeta NGTS-4b, os Astrónomos nada nos focaram nesse sentido; até porque, são embrionários ainda os conhecimentos e a análise feita sobre o mesmo.

Por ora sabe-se que se situa no «Neptunian Desert» (no Deserto de Neptuno) - uma zona próxima das estrelas - e que os astrónomos até aqui consideravam impensável que planetas com estas características jamais aí se colocassem devido a receber constantemente uma forte irradiação.

Daí a surpresa e o enfoque sobre este Planeta Proibido (assim apelidado dado a sua raridade), que tem conseguindo ainda assim reter a sua atmosfera de gás, tal como manter a sua estabilidade e existência.

«Esta área recebe calor e radiação tão fortes que se pensava que os planetas não seriam capazes de reter a sua atmosfera gasosa e que ela simplesmente evaporaria, deixando apenas um Núcleo Rochoso.» (A explicação dos cientistas em espécie de comunicado publicitado pela Royal Astronomical Society)

Os investigadores detectaram assim o Planeta Proibido a partir do Next Generation Transit Survey (NGTS) que determina as instalações para pesquisas astronómicas localizadas no Deserto Atacama (no norte do Chile).

Durante 272 noites este planeta foi observado exaustivamente - entre 6 de Agosto de 2016 e 5 de Maio de 2017 - resultando de uma colaboração da Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, e da Universidade de Queen em Belfast. Segundo a CNN, estiveram ainda envolvidos na investigação, o Observatório de Génova, o DLR de Berlim e a Universidade do Chile.

O planeta NGTS-4b surpreendeu tudo e todos ao revelar-se exuberantemente resiliente, se se tiver em conta o local onde está inserido (Neptunian Desert) de forte irradiação estelar como já foi referido, pelo que os planetas nesta zona não conseguem manter as suas atmosferas gasosas, evaporando-se, e deixando atrás de si apenas uma Formação Rochosa.

A Equipe de Astrónomos acredita piamente de que este Planeta Proibido poder-se-à ter mudado para a zona do «Neptunian Desert» recentemente - há cerca de um milhão de anos, para ser mais preciso.

Alegam a que o exoplaneta agora encontrado possa ter sido no passado muito maior, significando isso de que, a sua atmosfera, possa efectivamente ter vindo a evaporar-se num processo de certa forma de esvaziamento ao longo desse tempo - legitimando-se agora no tamanho apresentado.

"Estamos agora a analisar os nossos dados para vermos se conseguimos encontrar mais planetas no Neptunian Desert. Talvez este deserto tenha mais vida do que o que se pensava." (Conclusão de Richard West, o investigador britânico envolvido no estudo).

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«O Planeta-Monstro» ou mais exactamente o Planeta Gigante Gasoso NGTS-1b que os Astrónomos descobriram e foi publicitado por meados de 2017 com estrondo ou enfática certeza de se tratar de um corpo celeste cuja existência iria colocar a Comunidade Científica em contradição e, muito debate, sobre as velhas e instaladas teorias científicas...

Monstros Gasosos à solta...
Um «Monstro» que se faz sentir: Este exoplaneta chamado NGTS-1b está localizado na constelação de Columba (ou Pomba) a 600 anos-luz de distância da Terra. De tamanho similar ao planeta Júpiter, pesa 20% menos do que este e a sua temperatura superficial pode atingir mesmo os 530º C.

Um ano neste planeta corresponde a 2,65 dias terrestres, enquanto a sua distância em relação ao Sol equivale a 3% da distância entre o Sol e a Terra. Duas vezes menor do que o nosso Sol, orbita então a sua estrela anã vermelha com metade da massa e raio do Sol (a cada 2,65 dias). Vejamos o que à época o doutor Daniel Bayliss (da igual Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, no Reino Unido) afirmou sobre este gigante:

"A descoberta do NGTS-1b foi uma grande surpresa para nós - não pensávamos que encontraríamos um planeta tão grande perto de uma estrela tão pequena. Isso põe em dúvida o que sabemos sobre a formação de planetas."

O que vem sublinhar e de certa forma suplantar ou ofuscar certas teorias instituídas no mundo da Astronomia sobre o que até aqui se considerava de estrelas relativamente pequenas criarem ou formarem em seu redor unicamente astros sólidos e não (como agora se verifica), a Formação de Gigantes Planetas Gasosos que até à data se estimava não possuírem material suficiente para tal.

(Maio de 2019) Daniel Bayliss que participaria também no estudo sobre o Planeta Proibido, o planeta NGTS-4b já em 2019, dois anos depois portanto, acrescentaria sobre ele.

"Quando se está tão perto de uma estrela, acaba-se recebendo muita radiação da estrela, sendo o suficiente para remover as camadas de uma atmosfera num planeta que tem aproximadamente o tamanho de Neptuno. Achamos que a temperatura é provavelmente de cerca de 1000 graus Celsius neste planeta."

Acrescentaria ainda em forma de explicação: "Para que este «Planeta Proibido» exista, tem de haver algo mais a acontecer que ainda não tenha sido descoberto. É possível que o sistema seja muito jovem e não tenha tido tempo de evaporar o planeta. Ou talvez o planeta se tenha mudado para lá recentemente."

Bayliss sugere também poder haver a possibilidade de que «simplesmente a estrela não esteja a emitir a radiação anteriormente imaginada ou compaginada pelos astrónomos e que, de alguma forma, ela não tenha a capacidade suficiente para fazer evaporar o planeta».

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Exoplanetas ou planetas extra-solares - fora do Sistema Solar. São muitos já. Cerca de 4 mil. Kepler - o famoso Telescópio Espacial da NASA - tem-nos mostrado de que o Universo é vasto e tão surpreendente quanto omnipresente na existência de corpos celestes distintos e outros nem tanto. Os cientistas continuam a buscar outros mundos, outros planetas fora do nosso sistema solar, pelo que recentemente revelaram de outros 18 exoplanetas do tamanho da Terra.

Estranhos mundos...
São muitos os mundos que se têm encontrado - e revelado - de forma quase excêntrica mas jamais abusiva do que o pretendido pelos cientistas na busca de mais conhecimento e, porventura um dia, em futuro próximo ou distante, de uma acirrada exploração e expedição espaciais.

Estes Mundos, Estes Exoplanetas que já perfazem cerca de 4000 planetas que orbitam estrelas fora do nosso sistema solar (muitas delas como anãs vermelhas, portanto bem diferentes do nosso Sol), requerem a estimativa de 96% deles, destes planetas, serem de facto muito maiores do que a Terra. O que acaba por nos dar assim a certeza da nossa terrestre e dimensional inferioridade. No entanto não desanimemos por tal.

Muitos deles possuem temperaturas de 100 a 1000 graus Celsius e, apesar de se assemelharem com o nosso planeta alguns deles - em tamanho e massa - nada nos entusiasma de lá ir parar um dia. São inóspitos para a condição humana, sentenciadores de uma vida dita «normal» em termos de vida biológica que conhecemos; no entanto tudo é prematuro em afirmação ou negação, pois que há mundos sobre mundos que ainda não conhecemos.

Recentemente, cientistas do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, da Universidade Georg August de Göttingen e do Observatório Sonneberg, na Alemanha, descobriram 18 planetas do tamanho da Terra que estão além do Sistema Solar.

Segundo o comunicado desta descoberta alemã, o menor deles apresenta apenas 69% do tamanho da Terra, enquanto o maior agora encontrado revela ter um pouco mais do que o dobro do raio da Terra.

Desta vez o Telescópio Espacial Kepler não foi interventivo, uma vez que estes 18 exoplanetas não foram detectados nos dados recolhidos por este (algoritmos de pesquisa comuns não foram suficientemente sensíveis para que tal se confirmasse).

Regista-se de que, o método utilizado pelos cientistas para encontrar Novos Mundos, situa-se na procura de estrelas com quedas periodicamente recorrentes de brilho. Daí que René Heller, autor principal do estudo afirme peremptoriamente:

"Quando um planeta se move na frente de uma estrela, ele bloqueia inicialmente menos a luz das estrelas do que no meio do trânsito. O Escurecimento Máximo da Estrela ocorre no centro do trânsito pouco antes de a estrela se tornar gradualmente mais brilhante novamente."

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Pequenos ou Grandes Planetas: todos eles orbitam a sua estrela. Segundo os cientistas, os Grandes Planetas tendem a produzir variações de brilho profundas e claras de suas estrelas hospedeiras, de modo que Uma Subtil Variação de Brilho na Estrela dificilmente desempenha um papel nessa sua descoberta.

Já os Pequenos Planetas são um desafio exasperante para os cientistas: o efeito que produzem sobre o brilho estelar é tão pequeno, que é extremamente difícil de distinguir das Flutuações Naturais de Brilho da Estrela...

Melhorando o Método
Sem ajuizarmos os meandros por que se regem os cientistas, é-nos dado a conhecer de que os métodos podem de facto ser melhorados e até aperfeiçoados nessa busca de mundos que por vezes se não identificam na totalidade.

René Heller mostrou-nos agora de que a «Sensibilidade do Método» pode ser efectiva ou muito significativamente melhorada se uma curva de luz mais realista for analisada no algoritmo de busca, admite Heller. Algo que Michael Hippke (do Observatório de Sonneberg) corrobora dizendo-nos em modo taxativo:"Este método constitui um avanço significativo, especialmente na busca por planetas semelhantes à Terra."

(Sabe-se que entretanto foram utilizados dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA, como uma plataforma de testes para o novo algoritmo)

Na Primeira Fase da Missão de 2009 a 2013, o Kepler registou as curvas de luz de mais de 100 mil estrelas resultando na deslumbrante descoberta científica de mais de 2,3 mil novos planetas; ou seja 2,3 novos exoplanetas. Além  dos planetas anteriormente conhecidos, os investigadores tiveram a primazia e a honra de também descobrirem 18 novos objectos celestes que haviam sido postergados ou negligenciados anteriormente.

"Na maioria dos Sistemas Planetários que estudamos, os novos planetas são os menores." (A descrição de Kai Rodenbeck da Universidade de Göttingen na Alemanha)

A maioria destes agora Novos 18 Exoplanetas orbita a sua estrela mais perto - ou mais próximo dela - do que os seus conhecidos companheiros planetários. Os cientistas sugerem então e assumidamente de que as Superfícies destes Novos Planetas possam registar provavelmente temperaturas muito superiores a 100 graus Celsius; outros há que chegam a atingir os 1000ºC, segundo os especialistas.

No entanto, verificou-se uma excepção, o que fez os investigadores suspeitarem tratar-se de um planeta que orbitará eventualmente a sua estrela anã vermelha dentro da chamada Zona Habitável. Novamente se levanta a questão: Haverá vida extraterrestre nele???

Todavia, não há ainda «métodos perfeitos» ou que não sejam falíveis de tudo nos revelarem. De acordo com o que os investigadores aferem, este método ainda não está totalmente capacitado para detectar alguns outros planetas que também lhes passaram pelas mãos, ou seja, pelo crivo da investigação.

Em particular, os Pequenos Corpos Celestes que se sabe existirem - e possivelmente a orbitar - a grandes distâncias das suas estrelas hospedeiras, uma vez que se sabe em anexo de que estes pequenos corpos exigem de si muito mais tempo para completar uma órbita completa do que os planetas que orbitam as suas estrelas mais de perto. Daí que os sinais sejam menos frequentes e de muito mais difícil detecção, segundo nos explicam os cientistas.

Voltando ao início do texto, ao «Planeta Proibido»: o exoplaneta três vezes maior do que a Terra agora descoberto, o planeta NGTS-4b, que tem enchido os meios da comunicação social mundial vergados aos seus encantos.

(E que, no mundo de todos os sonhos, nos poderia ser um outro berço planetário de conquista, ascensão e sublimação humanas de nele pertencermos, nada mais é do que um distinto «irmão» cósmico que, prenhe de características suas de poder estar localizado na Zona Habitável, ser «apenas» um portento de vida).

Não será assim exactamente. Não neste planeta NGTS-4b. E lamentamos que assim seja; até porque, não temos tecnologia aeroespacial avançada para o efeito nem tão-pouco a euforia geral de nos apresentarmos com uma molecular composição à prova de bala, que é como quem diz, totalmente imunizada a todas as circunstâncias ambientais e microbiológicas que nos atingissem para tal assomar. No entanto sonhar é possível nem que seja por daqui a alguns promissórios séculos...

Talvez que não hajam Planetas Proibidos até lá; por outros que eventualmente até nos não sejam muito queridos por neles haver civilizações que nos não sejam amistosas ou «simpáticas» ao ponto de nos exterminarem assim que souberem das nossas coordenadas terrestres no grande seio estelar do qual todos fazemos parte.

Temos de ser cuidadosos e cautelosos, pois que nada melhor do que nos precavermos e ser diligentes além de obreiros e inteligentes; tal como neste caso do planeta NGTS-4b a que os cientistas chamam de Planeta Proibido, sentindo que outros hajam por esse Universo fora que um dia (ou talvez já no seu panorama interestelar) nos vejam e considerem igualmente como um «Planeta Proibido»...

Nada nos pode ser vedado mas também não coarctado (ou mesmo falseado) segundo os critérios universais do conhecimento e dos julgamentos científicos pelos quais todos nos regemos. Não desejamos cair na teia dos indesejados mas acima de tudo dos não fiáveis ou menos estimáveis.

Temos de lutar para que tal não suceda, sufragando (no mais puro assentimento) que também nós, terrestres, temos o direito a não ver proibidos os nossos direitos sobre planetas que nada têm de abjuração ou de proibitivo! Abram-se então as fronteiras estelares e observem-se os mundos, pois que são belos, muito belos, ainda que por vezes tão inacreditavelmente estranhos...

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