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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Um Jacto Fatal

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Sagitário A: O Buraco Negro Supermassivo de massa quatro vezes superior à do nosso Sol, e que vivendo no centro da Via Láctea, faz jorrar um extremado jacto de partículas - que viajam a uma velocidade próxima da velocidade da luz -  distintamente apontado à Terra.

Tal como míssil projectado sobre o nosso planeta ou, subsequente alvo de um qualquer evento cósmico premeditado, este jacto poder-nos-à ser tão permissivo quanto fatal se acaso as suas partículas sobre nós se decaírem em fenómeno radical.

E, talvez por essa mesma razão - com fundamentação científica ou não - se ganhe algum tempo para o estudo e o pormenor dessa sua cosmológica génese em que tudo se coloca sobre a mesa: Ou viveremos para contar como foi em explicação lógica do que está a suceder bem no centro da Via Láctea, ou em breve saberemos de nosso coarctado futuro planetário, caso se venham a concretizar os nossos piores receios...

O Cosmos, infere-se, é inatingivelmente propenso a todas as descobertas mas igualmente, a todos os temores sobre o mesmo. Existe um inacreditável - ou veementemente um incomensurável conhecimento cósmico - que mal tocamos em toda a sua extensão e magnitude, o que não é novidade, apesar de nos continuar a surpreender enfaticamente também.

Mas o que hoje sabemos, alude-nos a estarmos mais atentos para certas realidade (e talvez caprichos) desse tão esplendoroso Universo que nos rodeia, enleia e consome em matéria, energia e toda uma solvência inextricável de poderes interestelares que jamais conheceremos.

E conhecendo, jamais o poderíamos modificar. Daí que a criação estelar esteja ela, toda ela, envolta num grande mistério mas também consolidação de nascimento e morte (ou rejuvenescimento), consoante o Cosmos deseje e a sua vontade expresse - instada por algo ou alguém - sem poder ser mitigada ou sequer refreada.

É superior nos desejos e nos eventos ou fenómenos estelares que produz e reproduz - e nos conduz a todos no Universo - a sermos somente os planetários peões de uma vontade maior que tudo aplica sem piedade ou comiseração. Se este jacto agora observado e pelos cientistas explicado como um feixe de luz em direcção à Terra nos for de condenação que não absolvição, os nossos dias estão contados; oxalá nos enganemos...

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A Primeira Foto do famoso buraco negro gravitacional da nossa Via Láctea (depois de cinco longos e árduos anos de observação científica, estipulada através de uma rede formada a partir do «Telescope Event Horizon» ou EHT).

Einstein estava certo, dizem agora os cientistas. A existência de Buracos Negros extremamente massivos foi uma das primeiras previsões de Albert Einstein. Penso que se estivesse vivo, a sua alegria contagiante se estenderia a todos aqueles que até aqui duvidaram do mesmo. Esteja onde estiver, Einstein estará a sorrir e de língua de fora, supõe-se!

Sagitário A: o buraco negro supermassivo
Em Abril de 2017 a explosão de alegria foi geral ou unânime no meio astrofísico. O mundo ficou a conhecer algo inédito: a primeira foto de um buraco negro! Foi captada assim - efusivamente como é óbvio - a primeira imagem do fenómeno cósmico que até aí estava escondido no centro da nossa Via Láctea - numa região chamada constelação de Sagitário - a cerca de 26 mil anos-luz de distância da Terra.

Segundo os teóricos - e a Astronomia explica - quando um Buraco Negro absorve matéria (planetas, detritos ou algo mais que se aproxime), um breve raio de luz fica visível. O que então os Astrónomos registaram foram imagens de uma região misteriosa em volta do buraco negro que tinha por nome «Horizonte de Eventos» - um limite a partir do qual a força de gravidade é tão forte que nada pode escapar. Nem mesmo a luz, segundo os especialistas.

Conhecido como o EHT «Event Horizon Telescope» (telescópio Event Horizon) a rede de emissão de rádio por satélite começou a observar o espaço por um tempo que rondou os dez dias - com início a 4 de Abril - segundo foi reiterado na altura pelos astrónomos.

(Sabe-se que já em 1974, os cientistas haviam descoberto uma fonte muito compacta de ondas de rádio provenientes de uma região da constelação de Sagitário (SgrA), cuja fonte é agora conhecida e revelada ao mundo como um Buraco Negro Supermassivo situado no centro da nossa galáxia e cujo peso é também superior a 4 milhões de sóis. Um portento cósmico!)

Os Telescópios Internacionais foram uma ajuda preciosa: neste projecto estiveram e continuarão a estar envolvidos o telescópio de Sierra Nevada (IRAM), situado nas montanhas espanholas - o único observatório europeu envolvido neste projecto - além de outros como o Telescópio do Pólo Sul, na Antárctida, o Telescópio James Clerk Maxwell, no Havai, e o Telescópio Cosmológico de Atacama (ALMA), no deserto do norte do Chile.

Foi deste modo que os cientistas se arrogaram no direito científico de grande entusiasmo geral de aferir: «Pela primeira vez na nossa História, temos a capacidade tecnológica de observar Buracos Negros em detalhe.» Acredita-se que sim, diz o mundo.

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A Radiação Hawking: ainda que acobertada por alguma controvérsia, sabe-se que a radiação térmica - em Física - é aquela que se acredita ser emitida por buracos negros devido a efeitos quânticos. Quanto à Gravidade, basicamente, ela é tão forte nos buracos negros que nada lhe escapa. Consegue ser um autêntico sugador de tudo o que nela entra.

Apesar de ainda hoje não se ter o conhecimento de como a Gravidade pode ser incorporada à Mecânica Quântica, reconhece-se que longe do buraco negro, os seus efeitos gravitacionais podem ser fracos o suficiente para que possam ser realizados confiáveis cálculos no âmbito da Teoria Quântica de campo em curvas de espaço-tempo.

O já falecido físico britânico Stephen Hawking foi o primeiro a elaborar esta argumentada teoria, em 1974, aquando reverberou de como a radiação aí existente (conhecida então como Radiação Hawking) permitia aos buracos negros perder massa. E, nessa sequência, a perder por conseguinte mais matéria, evaporando, encolhendo, e finalmente desaparecendo.

Controversa ou Realidade?...
É sabido desde logo de que os Buracos negros são locais de grande atracção gravitacional, engolindo tudo o que ali entre; ou seja, em torno do qual toda a matéria é arrastada. Classicamente, a gravidade é tão forte que nem sequer a radiação pode escapar (como é o caso da luz e onda electromagnética).

Stephen Hawking mostrou ao mundo científico de como os Efeitos Quânticos permitiam aos buracos negros emitir radiações exactamente como um corpo negro - a média de radiação térmica emitida por uma fonte idealizada, cuja temperatura está inversamente relacionada à massa do buraco negro.

(Os mini-buracos negros são previstos actualmente pela teoria como sendo, proporcionalmente, emissores de radiação mais poderosos do que os buracos negros maiores, diminuindo e evaporando assim mais rapidamente).

Reconhecendo-se então a descoberta de Hawking como o primeiro e convincente vislumbre sobre a Gravidade Quântica, houve quem exigisse realizar posteriormente essa tão propagada teoria, exortando a noção real do que havia sido teorizado pelo cientista britânico.

Foi o que fizeram um grupo de investigadores (segundo foi publicado na revista «Physics World») do Instituto de Ciências Weizmann, de Israel, e pelo Departamento de Física do Centro de Pesquisa e Estudos Avançados do México, que testaram em laboratório tão eminente teoria quântica.

O estudo consistiu na experiência laboratorial de observação «através do análogo óptico de um buraco negro», que veio permitir deste modo aos investigadores, conseguir pela primeira vez também, promover a «Radiação de Hawking» - dando finalmente razão a este (ainda que a título póstumo) sobre a sua teoria.

(Registe-se de que este teste tentou assim mimetizar esse fenómeno - sob outros meios - através de pulsações de luz para estabelecer condições artificiais)

De relevar que, embora seja aceitável toda esta conjectura pela Comunidade Científica, há que sublevar também de que se não podem considerar verídicos todos os elementos ainda em certa medida teorizados mas não concretizados. E isto, pelo facto de ainda não serem detectáveis pelos instrumentos terrestres actuais, essas circunstâncias (de que os buracos negros evaporam lentamente e constantemente). No entanto, fosse vivo, Stephen Hawking por certo mereceria um Nobel!

Hawking admite na sua teoria de que «Os Buracos Negros não são tão negros assim», na capacidade que têm de emitir radiação apenas fora do seu Horizonte de Eventos, além do ponto em que a luz pode escapar da gravidade intensa.

Seja como for, subsistem ainda muitas perguntas e questões por resolver (e talvez decifrar) sobre esta questiúncula quântica de Hawking. É o que afirma Ulf Leonhardt, acrescentando de que este estudo agora realizado, marcou definitivamente o início da «Visualização da Radiação Espontânea de um Buraco Negro».

Sabemos que sim. Como também sabemos que se não devem omitir factos nem impugnar outros com menos merecidas honras, pelo que todos têm o dever de contribuir para um maior esclarecimento científico sobre o que se passa de facto no Cosmos!

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Sagittarius A (Sagitário A) em ilustrada mestria do que povoa a nossa galáxia. Munidos de 13 «mágicos» telescópios - ou fabulosamente eficazes no que se propõem - os cientistas estão à beira de descobrirem todos, ou quase todos, com a ajuda destas preciosidades tecnológicas, os segredos (em maior precisão), das propriedades da luz em torno do buraco negro supermassivo Sagitário A.

As conclusões foram unânimes: «Existe um jacto de luz apontado à Terra!» Ou seja, tal como foco policial ou mira de objectiva bélica, o planeta Terra está na mais visível direcção de um qualquer evento que, a suceder, nos coloca no alvo mais fácil de toda esta trajectória de luz deste monstro negro supermassivo...

A Explicação Científica
Há que entender primeiro do que se trata - na envolvente cósmica - a essência de um Buraco Negro. Comecemos então pela Singularidade: de acordo com as equações de Albert Einstein - no centro de um Buraco Negro - está a totalidade de massa de uma estrela que colapsou num ponto definitivamente denso e sem dimensão chamado: «Singularidade».

(Segundo os especialistas, é muito provável que as «singularidades» nem existam, mas apontam efectivamente para uma falha matemática na nossa compreensão sobre a Gravidade)

Horizonte de Eventos: Determina-se naquela região (horizonte de eventos) que se estende em cerca de 13 milhões de quilómetros em torno de SgrA (Sagitário A), que é a fronteira além da qual nem mesmo a luz consegue escapar à gravidade do Buraco Negro.

Limite Estático: A rotação de um buraco negro pode distorcer o Espaço - acelerando ou retardando a matéria que orbita nas proximidades. O limite estático é a órbita na qual os objectos que viajam à velocidade da luz contra a Rotação do Buraco Negro parecem ficar imóveis.

Disco de Acreção: É um disco giratório de gás super-aquecido e, poeiras, que roda a uma velocidade próxima  à velocidade da luz em torno de Sagitário A. O disco emite então calor, ruídos de rádio e raios-X luminosos, sendo este muito tranquilo em comparação com discos de acreção de outras galáxias, pelo que foi observado pelos cientistas.

Jactos de Raios-X: Projecta-se de que Sagitário A possa ter alimentado uma estrela ou uma nuvem de gás com 100 vezes mais a massa do nosso Sol; e isto, na temporal distância de há cerca de 20 mil anos. Ter-se-à então motivado a produção de Jactos de Raios-X que se fazem explodir para fora dos pólos do Buraco Negro, que estão ou são inclinados, na medida de 15 graus a partir do plano da galáxia.

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Os Astrónomos observam da Terra estes cósmicos Buracos Negros com a particularidade de serem auxiliados nessa observação pelos poderosos e exímios radiotelescópios (colocados expressamente em altitudes elevadas do nosso planeta); pelo que, estimam registar estes buracos negros em ondas de rádio milimétricas, a banda com o comprimento de onda em que a luz pode penetrar as densas concentrações de gás e poeiras no centro da galáxia, e viajar relativamente livre para a Terra.

"É verdadeiramente devastador se escolhemos uma noite, e o mau tempo obriga a cancelar; ou se cancelamos as observações numa noite em que acabam por existir boas condições meteorológicas."

(Referência de Shep Doeleman, director do Event Horizon Telescope (EHT), no Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, sobre a particularidade de se ter de monitorizar permanentemente as condições meteorológicas de cada local, estabelecendo-se assim a comunicação constante com os outros astrónomos, tendo sempre em conta as condições meteorológicas favoráveis para essa monitorização em registo)

A Observação Astronómica
É sabido que cada Observatório da Terra regista uma tão grande quantidade de dados que não é de todo possível transmiti-los por via electrónica. Por isso, a informação recolhida a partir de todos os telescópios - equivalente à capacidade de armazenamento de cerca de 10 mil computadores portáteis - foi registada em 1024 discos rígidos.

Isto, o que se passou em 2017, aquando a observação do Buraco Negro Supermassivo de Sagitário A. Foram então enviados os discos por correio para os Centros de Processamento do «Event Horizon Telescope» (Telescópio Event Horizon) - no Mit Haystack - e para o Max Planck Instituto/Max Planck de Radio-Astronomia, em Bona, na Alemanha.

Através do processo de Interferometria (na combinação de ondas de rádio), os cientistas tentaram chegar mais longe. E conseguiram-no. Agrupados todos os sinais, os cientistas acreditam poder eventualmente no futuro perspectivar uma melhor observação sobre estes halos de luz que rodeiam estes círculos escuros, admitem.

(O aumento de luz provém de gases luminosos, aquecidos em centenas de milhares de milhões de graus, que orbitam na área exterior junto ao buraco negro - junto à fronteira do Horizonte de Eventos.

Algumas simulações efectuadas então, sugeriram aos especialistas de que o halo pudesse ser mais espesso de um lado do que de outro; ou seja, com uma forma parecida à de um amendoim, em estrutura disforme).

Os cientistas admitem que, num espaço de 10 a 50 anos, se vai conseguir observar com mais nitidez e melhor precisão estes fenómenos a cada dia menos enigmáticos - ou talvez mais perceptíveis para com a nossa compreensão humana - sobre os factos que ocorrem nos Buracos Negros.

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As Novas Imagens de Sagitário A: a descoberta de um jacto sobre a Terra. O poder da luz, da energia e quiçá de toda a envolvente produção cósmica que se abate sobre o nosso planeta. Estaremos em perigo?... E saberemos lidar com isso?...

Um Perigo Iminente ou nem por isso...
Estamos sempre apreensivos; nuns casos é compreensível e noutros não. Estaremos em perigo iminente então?... Nada disso, aferem os cientistas, acrescentando que se trata apenas de um fenómeno coincidente com o que há algum tempo se vem estudando a nível astrofísico sobre as ocorrências de um buraco negro; neste caso supermassivo e que está bem dentro da nossa galáxia, a Via Láctea. Mas será só isso?...

Poderemos confiar que este jacto de luz nos não é aquele certeiro míssil cósmico fatal que nos ditará o fim de tudo??? Não sabemos nem podíamos; afinal, em início ou em fim, quem dita as regras é aquele «senhor» autoritário e implacável da vontade suprema - a Fonte, a Origem - que ainda ninguém sabe muito bem quem é ou como se chama mas que impulsiona, cria vida e no-la tira quando ou como desejar por todo este nosso Universo. Ou Universos.

Daí que os cientistas estejam atentos. E não omissos ou de grandes secretismos sobre esta temática. E as experiências sucedem-se. Talvez também, ou quase, à quase velocidade da luz...

Uma equipa internacional de Astrónomos conseguiu recentemente simular sobre o que haveria dentro da densa nuvem de plasma, poeira e gás em torno deste gigante - o supermassivo buraco negro de Sagitário A. E isto, para se chegar mais perto desse entendimento sem realce de qualquer fatalidade ou monstruosidade que daí possa advir.

É sabido que a matéria que cai dentro de um buraco negro aquece e emite luz, mas no caso específico de Sagitário A, a noção sobre ela é bem mais complexa, enleada que está pelo facto do buraco negro estar rodeado do plasma que agita esta luz, dificultando assim a observação mais em pormenor.

"O Centro Galáctico está cheio de matéria em torno do Buraco Negro, que funciona como um vidro fosco através do qual temos de espreitar." (A comparativa afirmação do Astrofísico, Eduardo Ros, do Max Planck Institute for Radio Astronomy, na Alemanha, em declarações à revista «New Scientist»)

Através dos 13 magníficos telescópios envolvidos neste astronómico projecto de vigília e observação, houve agora a recolha de mais informação; consumada a propósito da nova «fotografia» do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.

Num estudo publicado no «The Astrophysical Journal»,  que revela ao mundo as conclusões dos cientistas sobre a análise das imagens agora recolhidas, são de que as emissões de rádio a partir de Sagitário A provêm de uma região mais pequena do que à priori se pensava, estando liminarmente duas hipóteses a serem julgadas, uma vez que se determina que os Buracos Negros não emitem radiação própria detectável. São elas:

Ou a emissão provém de um disco de gás - o que seria uma excepção em relação a todos os buracos negros com emissões de rádio - Ou, em segunda análise, trata-se efectivamente de um jacto que é directamente projectado a nós, na Terra. Esta, a resumida análise pontificada por Sara Issaoun, da Universidade de Radboud, na Holanda (Países Baixos), em face ao observado do tal jacto de luz virado para nós, para o nosso planeta Terra.

Reconhece-se que - Os Buracos Negros Activos - encontram-se geralmente rodeados por uma nuvem rodopiante de material que se vê atraída para o seu centro, assim como uma espécie de água a escoar.

À medida que este material é engolido pelo Buraco Negro, este emite um jacto de partículas a partir dos seus pólos rotacionais, no que se acredita estas serem lançadas através de Linhas do Campo Magnético, e a velocidades que se estimam muito próximas das da velocidade da luz.

A confirmar-se que há um jacto apontado na direcção da Terra, isso implica que este buraco negro supermassivo Sagitário A tenha uma orientação invulgar, já tendo sido anteriormente alvo dessa suspeição que depois se tornou uma certeza por parte dos cientistas.

Não sem antes a assertiva afirmação do astrónomo Heino Falcke, da Universidade de Radboud, na Holanda que nos diz também: "Talvez seja mesmo verdade, e estejamos a olhar para este monstro da nossa perspectiva privilegiada!"

Mas será mesmo assim?... Estará Falcke certo de que este monstro apenas se mantém nessa perspectiva privilegiada de observação e não actuação (ou fatal actividade) por parte desse feixe, desse jacto que agora se reporta em direcção à Terra? Será inofensivo ou «apenas» o simulacro de algo que mais tarde nos será reservado e não em total surpresa ou benignidade sobre nós???


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O Universo: Energia, Matéria, Luz e um sem-número de corpos e eventos estelares que nos dão a certeza não só da complexidade cósmica e estelar em que estamos inseridos, como da inominável maravilha de toda esta existência cosmológica.

O Fim e o Início não os sabemos, apenas especulamos ou teorizamos em nome, honra e sustentáveis argumentações baseadas e provindas, dos maiores Físicos, Astrónomos e Astrofísicos (além de todas as outras vertentes desde microbiólogos a astrobiólogos, etc.) na fantástica e inominável profusão de conhecimentos na Terra sobre os mistérios do Cosmos.

Mas nem todos nos afiançam a alegria da continuidade. Os fenómenos. Uns podem-nos ser fatais, outros bilaterais, com uma certa realidade nua e crua que muitos de nós não querem ver ou sequer perceber. Temos medo e isso é compreensível; mas já não é admissível que o ignoremos (aos eventos celestes mais nefastos, aos que nos poderão num ápice exterminar à escala global), das explosões de supernovas a invasões meteoríticas e outras. Seja como for, tentaremos continuar a viver ou a sobreviver, pois que nada ainda nos diz que assim não seja...

Viver ou Morrer: assim é o Cosmos!
Teorias de conspiração cósmica à parte, será bom que nos não esqueçamos do muito que ainda desconhecemos e não entendemos na totalidade. Os cientistas elucidam-nos e a nossa consciência avisa-nos de que nem tudo o que brilha é ouro; ou seja, que nem tudo o que parece é ou pode ser perceptível de uma maior compreensão ou até aceitação.

Fatal ou não, tal como seminal origem de vida em pujante expressão de luz através das linhas do campo magnético (que por sinal nos últimos tempos soubemos ter havido uma deslocação em repentina amostragem de que tudo está em movimento e transformação), que a Terra poderá ter de sofrer qualquer outra mutação.

Ou não. Todos os processos são viáveis, desde que devidamente compreendidos ou tolerados pela nossa mente humana, além da sustentabilidade de vida terrestre que desejamos assim continue. E floresça, se não for pedir muito...

Plasmados de certezas e tantas outras miudezas cósmicas que por certo o não são, acreditar-se-à que tudo o que hoje nos é revelado pelos cientistas seja a mais pura verdade. E que nada nos escondem, na alegria e na tristeza sobre estas fluídas ocorrências do Espaço sobre a Terra.

Ou, do que o Cosmos nos acomoda e invasivamente nos confronta, sem que, por algum erro de cálculo ou de errática simulação, tenhamos qualquer culpa a haver, mas de futuro venhamos todos aleatoriamente a ser surpreendidos (plebe e cientistas) com uma efusão de escuridão, muito contrária a esta mesma luz que hoje nos banha.

Em prol da Ciência e da arte que o Homem tem em saber mais, só me resta agradecer a quem tanto lhe dá de seu, em horas de sono, em arremesso de vida; vida colhida mas abençoada (acredito piamente), por dizerem finalmente à Humanidade que há sempre esperança, seja em raios de luz seja em ventos de bonança, mesmo que toldados por jactos fatais - ou simplesmente banais - que se dirigem para a Terra. Sobreviveremos a isso e a muito mais, acredito.

A única fatalidade que talvez tenhamos em nós (muito para além de qualquer outro jacto de luz), é a de não vermos por vezes essa outra iluminação no meio de outra tanta escuridão.

Ou, opacidade, que se reflecte em nós e se faz perto de nós, sem que no fundo reconheçamos que não é só do «pó ao pó» (ou poeiras cósmicas) que todos seremos feitos ou para onde iremos um dia - mas da «luz para a luz» - seja ou não em jacto de buraco negro... Que seja em jacto de luz então!

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