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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Missão: Salvar a Terra!

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ESA/NASA: O Projecto comum de defender a Vida na Terra. E isto, com toda a garra, empenho e eficiência devidas do que se pretende na feroz luta contra os asteróides invasores sobre o nosso planeta. Daí que haja o consenso geral na unificação de esforços e, conhecimentos, para que sejam debelados os intentos destes gigantes entrarem em rota de colisão com a Terra.

                                                 ESA/NASA - Missão: Salvar a Terra!

"Alegações extraordinárias, exigem evidências extraordinárias." - Carl Sagan (1934-1996)

Sagan estava certo. Completamente. E por dúbia ou de extraordinário segundo sentido que esta frase seja ou possa ser bifurcadamente interpretada, o certo é que as alegações que os cientistas fazem sobre o que se passa no nosso mundo (por mais extraordinárias que também estas sejam) tenham efectivamente de demonstrarem ser - ou passarem pelo crivo das hipóteses - de evidências extraordinárias.

Mesmo que muitas delas, essas evidências extraordinárias, nos determinem o fim. Malgrado talvez, no sentido lato de nos serem prejudicais, como no caso que aqui se apresentará de corpos celestes brutais que nos podem levar ao extermínio.

E, como tal, de nos não serem muito apelativas ou de facto integralmente felizes, pelo que as teremos de reportar e consciencializar, se tivermos em conta do que está verdadeiramente em causa sobre a nossa planetária sobrevivência...

Não estamos sós. Contamos com eles. Com os cientistas. E com as agências espaciais em que muitos deles estão inseridos e envolvidos na Defesa da Terra. Do Planeta e da Humanidade! No fundo, de toda a vida na Terra! Os anúncios repetem-se  e o medo instala-se. Nada de pânico, infere-se, ainda que todos tenhamos o direito à informação e ao conhecimento sobre os nossos planetários destinos.

Há cerca de um mês, aproximadamente, tivemos o alerta feito pela NASA de um asteróide gigante que estaria de passagem pela Terra.

Ou seja, de um corpo celeste denominado 2019 AG3 - de 64 a 140 metros de diâmetro (comparável a dois Boeings 747, na óptica do cidadão comum) - provocando o chamado «Earth Close Approach» em fenómeno mais do que evidente de uma «abordagem» perto da Terra, segundo dados do JPL (Laboratório de Propulsão a Jacto) da NASA.

O Asteróide AG3 (que passou rente à Terra durante as primeiras horas do dia 14 do mês de Janeiro de 2019) voou assim a uma velocidade alucinante de mais de 14,62 quilómetros por segundo.

Mas, segundo a NASA, num desvio que nos apaziguou os maiores temores, em cerca de 4,9 milhões de quilómetros - o equivalente a 12,86 distâncias lunares (12,86 a distância da Terra à Lua), anulando qualquer hipótese de colisão ou maior fatalidade sobre o nosso planeta.

Mas estaremos seguros?... A NASA não confirma. Mas também não desmente. Algo que é igualmente corroborado pelos seus seus parceiros ainda que num certo pacto de silêncio sobre os reais perigos destas ocorrências sobre a Terra.

Mas admitem por vezes, a circunstância da existência de alguns milhares de corpos celestes próximos à Terra que possuem no mínimo 140 metros de diâmetro (aproximadamente um terço dos cerca de 25 mil existentes), assegurando-nos unicamente de que é a partir destes que se potencia um maior dano sobre regiões ou continentes terrestres (em caso de colisão com a Terra), de terríficas proporções.

(A acontecer, estaríamos perante a mais pungente evidência de uma catástrofe global, muito mais poderosa do que provavelmente uma Arma Nuclear!)

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(Imagem da NASA): Missão Hera. Para além da defesa da Terra, a missão Hera, da NASA, tem por objectivo o desenvolvimento científico e a investigação da origem do Sistema Solar.

Hera, será assim a primeira interplanetária missão a visitar Didymos - um sistema binário de asteróides que vagueia a cerca de 11 milhões de quilómetros da Terra - e, na sequência da aliança espacial, será o alvo do DART, da NASA. Sabe-se também que a ESA - a Agência Espacial Europeia - pretende similarmente enviar uma sonda de igual nome (Hera) na prevista chegada no ano de 2026.

Missão Hera: Sequencialmente, irá obter os dados da experiência, desenvolvendo posteriormente estratégias para responder a um cenário real.

Em 2022, ultima-se de que este sistema binário chamado de Didymos (composto por dois corpos rochosos, um de aproximadamente 800 metros e outro menor de 150) se localize a cerca de 16 milhões de quilómetros de distância da Terra. A GMV que liderará e estará no comando da missão Hera, está encarregue de conceber a análise.

NASA e ESA em conjunto (sob a direcção da ESA), reflectirão uma união nunca antes registada, define-se. Augura-se assim e em plena consciência científica que esta missão tenha sucesso.

A tal não se reportar (por vias de algum erro técnico que não da vontade humana em se unirem esforços comuns), só nos resta rezar para que tudo não acabe da pior forma por absoluto critério cósmico de um destes terríveis gigantes que presumivelmente nos impedirão de continuar. Há que acreditar que não. E que NASA e ESA sabem o que estão a fazer!...

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A missão conjunta da ESA/NASA. O que esperar dela? O que os cientistas nos dizem sobre as missões que consagram o envio de satélites, sondas ou naves espaciais (sem material científico ou com a ausência deste para que não haja percas essenciais) na demanda do embate contra asteróides mudando-lhes a trajectória?! Poderemos finalmente acreditar (e apaziguar) os nossos maiores receios de um dia destes nos não virmos ser esventrados e espoliados da nossa mãe-Terra por um destes monstros...? Que respostas nos dão os cientistas nesse sentido???

                                                    NASA/ESA: A União faz a Força!

A Europa em Alerta: Desde 2011 que a ESA - reconhecidamente investida por mais de 40 empresas em mais de 15 Estados-Membros - tem vindo a moldar uma missão altamente inovadora, rápida e possivelmente cirúrgica em face ao perigo de impacto com asteróides.

Empresas por toda a Europa juntam-se assim na laboração e implementação de soluções que visam estudar o sistema binário de asteróides Didymos, composto por um asteróide principal (Didymain) de 800 metros de diâmetro e um outro que gira na sua órbita (Didymoon) com 170 metros de diâmetro.

A Missão AIM (Asteroid Impact Mission) é assim a propulsora de um objectivo comum que reunirá todos os dados técnicos necessários para validar os modelos de impacto, à medida que o DART, a nave espacial de impacte (que consiste na criação de um «crash test-satellite» para se saber como reage um astro rochoso após um impacte a alta velocidade) que atingirá o menor dos dois corpos (Didymoon), como parte da primeira demonstração de um método planetário de defesa.

"Esta vasta gama de actividades que estão a ser desenvolvidas está na base da forma como a AIM está a tornar-se cada vez mais um projecto verdadeiramente europeu." (Afirmação de Ian Carnelli, responsável pela missão da ESA)

A NASA, na sua missão Hera, também não deixa créditos por mãos alheias, que é o mesmo que se dizer de que tudo está a fazer (em abraço consolidado com a ESA), com o objectivo de desenvolver tecnologias de defesa planetária perante um possível impacto de asteróides sobre a Terra.

Nesta mesma linha de pensamento e finalidade, a GMV - consórcio multinacional de tecnologia - envolvido na concepção de análise da missão está encarregue também de desenvolver um sistema de condução e monitorização, missão e controlo da Missão Hera que é dirigida pela ESA numa coordenação realizada em simultâneo pela OHB (System AG).

Por tudo isto, ou pela parte da informação recolhida, terá sido esta a resposta pronta dos cientistas em face aos perigosos asteróides que tenham a sua trajectória em rota de colisão com a Terra. É o que se presume. E tenta auscultar.

Mas sabemos - conscientemente também - estar longe ainda da eficácia total. Daí que tenhamos de estar atentos e sabedores do que nos espera ou confina, caso nem estes métodos, estes agora recentes programas da ESA e da NASA se venham a concretizar no melhor sentido.

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O Desenvolvimento Científico e a Investigação da Origem do Sistema Solar são outros pilares essenciais da missão Hera. Sendo a prioridade a Missão de Impacte de Asteróide ou AIM (Asteroid Impact Mission), não se descurará evidentemente um maior conhecimento sobre o que nos rodeia.

Daí que a GMV afirme de que todos os corpos do Universo são réplicas do Sistema Solar Primitivo, uma vez que se formaram nas primeiras etapas do seu desenvolvimento, mantendo-se assim sem alterações e, por conseguinte também desta forma, fornecendo aos cientistas um elevado número de dados científicos prontos a serem recolhidos.

                                                    A Missão de Impacte de Asteróide

"Tenha cuidado com o que deseja. Se você soubesse o que descobrimos, você não seria capaz de dormir novamente." Esta, a frase nada confortável mas liminarmente assertiva de Paul Hertz, que em 2012 foi nomeado Director da Divisão de Astrofísica da NASA.

Acredita-se que sim. Tendo sido responsável pelos programas de investigação nas subsequentes missões a que esteve adstrito - desde a intensiva exploração de exoplanetas ao conhecimento e desenvolvimento do Universo - Paul Hertz admitiu então axiomático e com toda a certeza do mundo, de que se alguns de nós tivéssemos conhecimento das acções e funções da NASA, jamais teríamos uma boa noite de sono tranquilo.

Ou seja, estes homens e mulheres estão preparados para tudo - até para o inevitável caso este suceda. E, sucedendo, serem os primeiros a percepcioná-lo e a terem consciência de que tudo fizeram para o evitar ou erradicar. É assim na NASA. É assim na ESA. E assim será, por todas as outras agências espaciais da Terra que com eles pactuam na idêntica e frenética conjugação de esforços na procura de soluções (por vezes estranhamente imediatas) no combate a um ou mais possíveis invasores estelares.

A Missão de Impacte Asteróide: Uma corrida contra o tempo. É assim também que se alude no meio científico. Sem alarme mas com um alerta muito expressivo para com o que se está a lidar e a confrontar em termos de asteróides (aos duplos asteróides Didymos) a que se ascenderá por volta do ano de 2022.

Esta dupla fatal não pára e os nossos cientistas também não. A missão AIM (Asteroid Impact Mission) está proposta para lançamento aos duplos Didymos em 2020, como parte da primeira demonstração de um método planetário de defesa, juntamente com a nave espacial de impacto de Teste de Redireccionamento  do Duplo Asteróide (DART), da NASA.

Em registo: O DART utilizará o sistema de propulsão eléctrica da NASA «Evolutionary Xenon  Thruster- Commercial (NEXT-C). O sistema da próxima geração - NEXT-C - baseia-se na propulsão da nave espacial Dawn, tendo sido desenvolvida no Glenn Research Center da NASA, em Cleveland, do Estado do Ohio, nos Estados Unidos.

Quanto ao impacte em si, a equipa que comanda este projecto, deseja que o DART (ou o tal «crash test-satellite») se faça embater na rocha espacial a uma velocidade de quase seis quilómetros por segundo. Se tudo correr como previsto, a missão será lançada em Junho de 2021 e a suposta colisão ocorrerá em meados de Outubro de 2022.

Divagando: É o «Fim do Mundo», dizem os mais alucinados com estas coisas das profecias, ou então um caso muito sério segundo o concílio dos especialistas nestas áreas da Astronomia, que reportam estarmos perante uma outra trajectória de colisão entre um asteróide e a Terra.

Já nada é novidade. Mas a situação de virmos a ser expatriados do planeta sim. É por essa razão que os cientistas trabalham, pois também não querem ficar sem chão!...

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AIM (Asteroid Impact Mission) reunirá os dados (para validar os modelos de impacte); DART, a nave espacial de impacto (Teste de Redireccionamento do Duplo Asteróide), da NASA, irá atingir o menor dos dois corpos celestes, no que em simultâneo implementará dois CubeSats para observações complementares (e mais arriscadas!), colocando a micro-sonda  Mascot-2 na pequena lua de Didymos com o propósito de observar e examinar a sua estrutura interior profunda.

"É fundamental que o sector espacial ponha ênfase nas missões aos asteróides, tanto para possibilitar a reacção a possíveis impactos sobre o nosso planeta, como para aprofundar o conhecimento científico do nosso Universo, e desenvolver tecnologias inovadoras para a protecção planetária." (Afirmação de Mariella Graziano, directora executiva do Segmento Espacial e Robótica da GMV)

GMV: a tecnológica que comanda!
Sem dúvida que hoje, no mundo moderno tecnológico em que nos situamos, cada vez mais estas empresas ligadas ao sector espacial têm um dinamismo e uma profusão incomensuráveis. A GMV é das que mais se destaca no momento, não sendo irrelevante aqui focar a sua importância.

Em Portugal, a GMV tem por função e finalidade, a missão a si incumbida de conceber as trajectórias e as minuciosas sequências de manobras necessárias para navegar até ao sistema de asteróides e sobre tudo o que em seu redor está. Por base, é isto.

Aos especialistas portugueses, segundo nos foi referido pelo Ntech.news, juntaram-se outras equipas do grupo GMV da Roménia, Polónia e Espanha; e isto, num total ruborizado de excelentes profissionais que durante 12 meses, um ano portanto, irão desenvolver a tecnologia precisa para dirigir a nave espacial.

Há ainda a referir que, a GMV em Madrid (Espanha), por exemplo, está neste momento a realizar importantes testes na câmara de navegação fornecida pelo Instituto Max Planck, da Alemanha.

A GMV está assim a avaliar o programa informático de navegação - baseado em imagens para a missão - fazendo com que a câmara analise minuciosamente as imagens que o «caçador» de cometas Rosetta, da ESA, adquiriu durante a sua passagem perto do asteróide «Lutetia», de 100 quilómetros de diâmetro, a caminho do seu cometa 67P Churyumov-Gerasimenko.

"Não há dois asteróides exactamente iguais; e na verdade, os asteróides Didymos estão realmente muito distantes para que os astrónomos, na Terra, conheçam as suas características superficiais precisas." Explicação de Michael Kueppers, o cientista do projecto AIM que ainda nos determina em largo espectro:

" Todavia, essas imagens da Rosetta oferecem um análogo útil para testar a precisão de navegação que precisaremos para manobrar em torno do nosso alvo «Didymoon», e finalmente libertar a Mascot-2 na sua superfície, dentro de alguns centímetros por segundo de precisão." Estes dados foram generosamente concedidos pela ESA-Portugal.

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ESA (European Space Agency): a ilustração possível que determina parte do processo.  Mas, segundo os cientistas nos admitem, existe já uma câmara de navegação a voar na missão Dawn, da NASA para asteróides principais, contribuindo dessa forma para uma riqueza de novas descobertas científicas. No programa DART, da NASA, «o empurrão» é inevitável mas sem a preocupação de danos materiais quer no objecto enviado quer no asteróide, sendo que os telescópios também vão ser essenciais na observação do mesmo.

Ainda em relação ao projecto AIM - Missão de Impacte de Asteróide - há que referir as empresas europeias envolvidas. São elas:

A equipa industrial da AIM é liderada pela OHB, da Alemanha, juntamente com a QuinetiQ e Antwerp, ambas da Bélgica, a GMV, da Espanha, a GMV-RO, da Roménia, a Astronika e GMV-Pl, ambas da Polónia, e finalmente (para grande felicidade pessoal), a Spin.Works e GMV-PT, ambas de Portugal.

"É inspirador ver o progresso no projecto AIM à medida que a NASA continua esta colaboração inovadora com a ESA, e no conjunto do «Impacto de Asteróide e Avaliação de Deflexão." (Declaração de Lindley Johnson, Executivo do Gabinete de Programa de Coordenação de Defesa Planetária, da NASA)

A Equipa Salvadora (ESA/NASA)
Presume-se que sejam muitas. As Equipas e as ocorrências. As pesquisas e as interrogações. E tanto mais que seria inadmissível aqui não se relatar o tanto que estes homens e mulheres destas duas eminentes agências espaciais têm feito; muitas vezes na sombra ou na grande escuridão do desconhecido e do reconhecimento por grande parte de nós.

Sabe-se no entanto, que esta missão da AIM ou Missão de Impacte de Asteróide, irá brevemente abrir portas e provavelmente muitas janelas de um conhecimento maior que permitirá assim que muitas naves ou sondas espaciais no Cosmos (ou como os cientistas afirmam, do espaço profundo), beneficiem desta riqueza de demonstrações e evidências tecnológicas.

Foi-nos explicado entretanto de que - A Rede de Naves-Mãe da AIM, sondas  e CubeSats no espaço profundo - será pioneira no mundo, pavimentando o caminho para potenciais e novas arquitecturas  de exploração.

A AIM também demonstrará tecnologia inovadora, segundo nos reporta a ESA-Portugal, permitindo então que a nave espacial navegue autonomamente em redor do asteróide como uma nave-espacial auto-dirigida.

«O nosso conceito em conjunto tem um benefício estratégico significativo para ambas as agências espaciais. Embora ambas as missões tenham resultados independentes substanciais, este esforço colaborativo trará benefícios consideravelmente maiores para os esforços internacionais na mitigação de ameaças de impacto de asteróides.» (Comunicado da ESA/NASA)

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Armagedão. Apocalipse versus Cataclismo Planetário ou simplesmente a constatação cósmica da existência de asteróides que nos poderão trazer a destruição maciça na global dimensão do que jamais conhecemos ou entenderemos. Por muito que hajam científicas auto-defesas planetárias (tal como o programa DART, da NASA), sabemos quão impotentes ainda somos para colmatar tamanha invasão.

No entanto, apoiamos incondicionalmente todos os esforços científicos no sentido de podermos dormir mais sossegados...

Auto-Defesa Planetária
Os sistemas não são muitos mas selectivos, e pouco explícitos se formos ver a sua eficácia. É-nos dito que de entre as várias soluções apresentadas para afastar potenciais asteróides em rota de colisão com a Terra, as esperanças não são muitas. Pelo menos no imediato.

Nada se faz a correr nem a pressa é amiga do perfeito. Há que observar, estudar e analisar muito bem (talvez durante dezenas de anos) os asteróides e a sua compleição. É o que estas agências espaciais fazem através dos seus muitos investigadores no activo e não só.

Sabe-se contudo dos vários sistemas teóricos de defesa e, prevenção, que consistem em satélites que agarram pequenas massas rochosas e as desviam. Em teoria é isto. Na prática, a coisa torna-se mais complexa. Muito mais.

Mesmo que a ousadia fosse perfeita, haveria que contar com os percalços ou erros de percurso, evidentemente sempre inevitáveis ou não estanques em tempo útil. Aterrar nos asteróides e fazê-los implodir não é tarefa fácil, e muito menos accionar fortes propulsores para lhes criar novas rotas também não. Talvez só em filmes de ficção científica, por enquanto...

Sabe-se estarem de fora as soluções mais radicais, tais como as detonações (ainda que controladas) que destruiriam os asteróides. Todas as hipotéticas soluções apresentadas - ainda que minuciosamente estudadas e analisadas - não são de ânimo leve tidas em conta, pelo que obviamente se induz de perigo presente para a Terra.

Daí que o programa DART, da NASA, esteja a ser agora considerado com grande optimismo por parte das entidades científicas como o Primeiro Programa/Projecto de auto-defesa planetária contra os asteróides. Numa missão que une esta agência (NASA) à ESA, acredita-se que hajam frutos, pelo que nada se faz sem ser criteriosamente observado e identificado.

Há quem pouco reflicta sobre o antigo filme de ficção «Armageddon» por se tratar disso mesmo, um filme de entretenimento de ficção científica, em que se «mata» um asteróide quase num impulso imediato na salvação da Terra, pelo que os cientistas arrogam, inversamente, haver a necessidade de se estudarem os asteróides e saber em prevenção e eficácia - com tempo e medida - de como os desviar da rota de colisão com o nosso planeta numa análise que leva anos a programar.

Mas os tempos são de esperança. Assim desejamos. Não sem antes outras muitas questões de, por certo muitas outras almas também, ignotas ou não, que se consomem na perdição dos dias mais incómodos. Daí que hajam muitas perguntas que ficam no ar...

Poderemos nós, cidadãos comuns, afirmar com toda a certeza de que podemos finalmente dormir sossegados pelo que se confia nos especialistas (e estes nos afiançam cientificamente) estarem na vanguarda desses fenómenos, dessas trajectórias de asteróides, evitando o pior...?!

Poderemos mesmo sentirmo-nos seguros ante tamanha imprevisibilidade cósmica, ante tamanha perspectiva de invasão planetária sobre a nossa Terra, por muita dedicação, inteligência e aprumo científicos que todos os envolvidos possam enfim entregar-se à causa...?!

Seria imprudente dizer que sim, mas será com toda a certeza garantida, a mais pura ingratidão ou displicente condição o afirmarmos desde já que não, pois que todos eles, esses exímios cientistas, também muitas horas de sono perderão por haver uma explicação, solução ou resolução dos muitos problemas com que se deparam.

O mundo espera por uma resposta. Mas essa resposta, seja ela qual for, está e estará sempre nas suas mãos e não na nossa incipiente ignorância de começarmos a fugir sem saber da razão.

Daí que tenhamos de confiar e absolutamente acreditar que estão a fazer da impossibilidade a potencial viabilidade para que aqui continuemos. Todos. Ou grande parte de nós. Missão: salvar a Terra, pois então! Os cientistas estão cá para isso, acredita-se. E nós, só temos de confiar!

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