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segunda-feira, 19 de março de 2018

O Padrasto Sarampo...

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Célula gigante sincicial resultante da fusão de células infectadas pelo vírus do Sarampo. Sendo o Sarampo uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível e extremamente contagiosa, afectando anualmente cerca de 20 milhões de indivíduos, é a doença que mais mortes causa de entre as evitáveis por vacinação. Estaremos então - e de novo - a braços com este zombie viral que tantas mortes já ceifou pelo mundo? Poderá a OMS controlar este e mais vírus ocasionais? Não o sabemos, inferindo-se que a vacinação seja o míssil certeiro para a contenção do mesmo...

Erradicado em muitos países, este Vírus do Sarampo, vê-se agora ressurgido através de surtos e epidemias fugindo ao controlo dos países por via de casos importados. De fronteiras abertas e uma globalização sempre crescente, o vírus vai-se instalando e as autoridades sanitárias desreguladas muitas vezes, deixam proliferar e disseminar a doença como praga do Egipto.

Neste último caso, em Portugal, onde por estimativas recentes se registaram 40 casos confirmados e 117 referenciados num surto que está em progressão «dentro da dinâmica normal», segundo reitera a Direcção Geral de Saúde Nacional. De França veio o vírus mas em Portugal se estatizou, no que actualmente nos contraria os números e, os dados estatísticos até aqui, de uma doença que há muito nos estava debelada no país.

Os Profissionais de Saúde - os combatentes de primeira linhas mas igualmente os que correm em geral sempre maior risco de contrair a doença - são estimulados à inoculação pela vacinação imediata, não sem alguns desaguisados sobre a obrigatoriedade da medida.

Conhecida que é a nossa humana condição de sermos tão frágeis quanto cristais em cidades de elefantes, há que sublevar certas condições de saúde hospitalar em face ao que se não quer nem deseja ver e, assumir, de proporções desmedidas - ou mesmo incalculáveis numa hipotética pandemia.

Sem alarmismo ou aforismo de espécie alguma mas, inversamente, em maior consciência nacional ou internacional na contenção desta doença, há que envidar esforços - por todos! - para que tal não suceda em pânico, histerismo ou corrida desenfreada às vacinas existentes.

(Não será o Ébola certamente, mas, tal como este, a não se refrear na dimensão e na propagação evidentes, as consequências ou a causa-efeito seriam muito provavelmente semelhantes. Um fluxo populacional de corrida aos hospitais também não se legitima, havendo aí a possibilidade de maior contágio, se não se fizer previamente um rastreio e um correcto seguimento na apresentação dos sintomas iniciais).

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Sintomatologia do Sarampo: Mucosa oral e Erupções cutâneas. Os iniciais sintomas com que o vírus do Sarampo se apresenta: Febre (muitas vezes superior a 40º), Tosse, Corrimento Nasal e Olhos Inflamados. (Entre a três ou cinco dias depois do início dos sintomas) formam-se no interior da boca pequenos pontos brancos (sinais de Koplik); (Entre três a cinco dias) aparece uma mancha vermelha e plana que geralmente tem início na face e posteriormente se espalha visivelmente por todo o corpo.

Sintomas e Transmissão
O Vírus do Sarampo é um vírus com invólucro de ARN de cadeia simples e polaridade negativa. Este vírus pertence à família «Paramyxoviridae» e ao género Morbillivirus. Sendo o Vírus do Sarampo um agente patogénico altamente contagioso e responsável pela morte de mais de 130 mil pessoas por ano, há que estar atento aos sinais versus sintomas.

Os Sintomas manifestam-se então entre 10 a 12 dias depois do contágio e duram entre 7 a 10 dias. Em cerca de 30% dos casos ocorrem várias complicações, as quais, podem incluir entre outras: Diarreia, Cegueira, Inflamação do Cérebro (encefalite) e Pneumonia. Mas os sintomas iniciais mais comuns começam sempre pela elevada temperatura (febre) e uma insistente tosse. Assim sendo:

Os sintomas iniciais revelam-se quase sempre em muita febre e uma tosse persistente. Observa-se também a Irritação ocular (conjuntivite) e o Corrimento nasal. Posteriormente, há o aparecimento de Manchas Avermelhadas no Rosto que progridem então em direcção aos pés (com uma duração mínima de 3 dias). O Vírus do Sarampo não se fica por aqui. Tem por consequência associada, muitas vezes, causar a inflamação nos ouvidos (otites), pneumonia, ou ainda convulsões; lesão cerebral e morte.

Em relação ao poder transmissível da doença ou do que o Vírus do Sarampo causa, é sabido a sua transmissão dar-se facilmente por via aérea através da tosse e dos espirros de um indivíduo infectado, propagando assim a doença (na contaminação através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, perdurando o contágio por tempo indefinido em ambientes fechados ou locais não-refrigerados). Pode também ser transmitida pelo contacto com a saliva ou secreções nasais.

O Sarampo tem campo fértil nos mais debilitados, ou seja, nos desnutridos, recém-nascidos, gestantes, imunodeprimidos, e população no geral portadora de imunodeficiências, onde a doença alastra sem contemplação. Daí a vacinação. A susceptibilidade apresentada nestes quadros é elevada, mas também em adultos não-vacinados.

Há que assumir que, dentro de uma sociedade onde todos pactuamos - a Inoculação - é um direito mas acima de tudo um dever. Contagiando outros, contaminaremos todos, se o vírus se adensar, replicar, e até criar resistências múltiplas (em mutação evidente), no que se não poderá conter ou refrear se não houver um antídoto exacto.

Hoje, Sarampo... amanhã... o derivante ou algo indissociável que não estancaremos e nos matará, se, a prevenção se não fizer, se a vacinação se não reproduzir em maior consciência e trato sobre os cuidados de saúde em cada um de nós. Há que recordar que estamos todos interligados no planeta; que o que um fizer, outros colherão... tal como uma corrente sanguínea, tal como um breve pensamento... que nos faça viver ou morrer - A escolha é nossa.

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Imunidade de Grupo contra o Sarampo: Em Portugal, a verdade choca: Não existe imunidade de grupo contra o Sarampo! Os dados do inquérito do Instituto Ricardo Jorge, em Portugal, confirmam-no. Nos últimos 15 anos, o nível de imunidade desceu um ponto percentual. Encontra-se actualmente nos 94,5% (valor inferior aos 95% a partir do qual se considera imune uma região).

Dados do Inquérito Serológico Nacional (2015-2016) determinaram que a seroprevalência (proporção de casos de infecção por certo agente patogénico numa determinada população) para o vírus do Sarampo, é de 94,2% de indivíduos imunes à doença. Sem outros dados de momento, que se terá passado entretanto para que hajam outros surtos e outros sustos a nível nacional???

Prevenção/Vacinação
A principal medida de prevenção contra o Sarampo é: A Vacinação! Ninguém tenha duvidas disso, se não houver memória curta para as altas estatísticas de morte até aos séculos passados (ou sobre os dados disponíveis que vão nesse sentido, do que se sabe da taxa de mortalidade existente sobre lactentes, jovens e até adultos).

Actualmente, cerca de 85% das crianças existentes em todo o planeta são vacinadas, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). A vacinação diminuiu em 75% o número de mortes por Sarampo entre o ano 2000 e 2013. Um recorde!

Não existindo um tratamento específico, os cuidados auxiliares poderão ajudar a amortizar os efeitos revelados, ou seja, o prognóstico. Sabe-se através da comunidade médica que é necessário nestes casos ingerir-se alimentos saudáveis, assim como respeitar a devida prescrição médica ou medicação instituída no controlo da febre, o que é sempre supostamente um motivo de grande preocupação.

Daí que sejam necessários igualmente os cuidados de administração oral - ou de solução de reidratação oral - na ingestão de líquidos para que não haja desidratação. No caso de haver uma Infecção Bacteriana secundária, como a Pneumonia, podem ser administrados Antibióticos. Não está de fora a suplementação com Vitamina A, na melhor recuperação do paciente.

O Controle através da Vacinação é muito importante! Sabendo-se que, anualmente, o Sarampo afecta cerca de 20 milhões de pessoas por todo o mundo (a maioria das quais sobre África e Ásia), é uma das doenças que mais mortes causa no nosso planeta.

Em 2013, quase 100 mil pessoas foram afectadas (mais exactamente 96 mil em dados estatísticos mundiais). Havendo uma redução factual dos números de morte por Sarampo (no que em dados de 1980 se registaram 2,6 milhões de mortes) não há porém uma extinção ou erradicação da doença.

A Maior Parte das Mortes ocorre em crianças com menos de cinco anos de idade, o que se lamenta obviamente, no tanto que ainda há por fazer. O risco de morte estima-se no número e percentagem de 0,2%, podendo ascender aos 10% em pessoas desnutridas ou já débeis de saúde.

Registe-se que, os Principais Grupos de Risco, são os indivíduos que se compreendem entre os 6 meses e os 39 anos de idade (além dos profissionais hospitalares que se não encontrem vacinados, e os de profissões que possam gerir grandes movimentos de massas populacionais, tais como: portos e aeroportos, nos serviços de hotelaria, ou profissionais de sexo devido à maior exposição da doença).

Não havendo controlo, não haverá prevenção ou inoculação possível que refreie ou diminua o grau de risco apresentado sobre tão contagioso vírus. Há que estar atento e vacinar-se, um conselho dado e registado pela OMS.

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Sarampo e não só. Outras doenças se rebatem. O ISN (entre 2015-2016) avaliou entretanto outros microrganismos, nomeadamente os vírus da Poliomelite - tipo 1 e tipo 3 - da Rubéola (a proporção de indivíduos com nível de anticorpos protector foi superior a 90%, em todos os grupos etários, com excepção dos jovens entre os 15 e os 19 anos), Parotidite epidémica, Hepatite A e da Hepatite B.

O Tétano ou «Clostridium tetani» (98,4%, na proporção de indivíduos com nível de anticorpos protector) e a Difetria ou «Corynebacterium diphtheriae» também não foram esquecidos, com resultados surpreendentes.

Outras doenças
O ISN (Instituto Serológico Nacional) de Portugal, abalizou em 2015-2016 num estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde, Dr. Ricardo Jorge, em que participaram 4866 pessoas, que a seroprevalência (numa medida realizada através de exames ao soro sanguíneo) para o Vírus do Sarampo era de 94,2% de indivíduos imunes à doença.

Os envolvidos neste estudo alegando que a Percentagem de Imunes não é igual em todas as faixas etárias, resumiriam então em expressão documental: «A Imunidade de grupo verificou-se para ambos os sexos nas crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 9 anos, e nos adultos com idade superior a 44 anos, correspondendo aos indivíduos vacinados com VASPR (vacina combinada contra o Sarampo, a Parotidite epidémica e a Rubéola) e aos que desenvolveram imunidade natural.

Sem querer entrar em grandes detalhes do estudo em questão (de números e percentagens), a Investigação em curso apontou para uma prevalência de anticorpos para o Sarampo - a nível nacional, ou seja, em Portugal, e por sexo/género e região  -  com percentagens inferiores aos obtidos no inquérito do ISN em 2001-2002. Esta diferença foi mais marcante no grupo etário entre os 15 e os 44 anos, na qual se verificou um aumento do número de susceptíveis, não existindo Imunidade de Grupo.

Em relação a Outras Doenças, o ISN analisou ainda as bactérias da Tosse Convulsa ou «Bordetella pertussis», além do «Clostridium tetani» (Tétano), «Cornybacterium Diphtheriae (Difteria) e o «Haemophilus influenzae» tipo b, que causa as patologias como a Meningite ou Pneumonia.

Subsequentemente e em relação à Tosse Convulsa, os autores do estudo referem que: «A evidência de circulação desta bactéria - em adultos - reforça a importância da vacinação contra a tosse convulsa de alguns grupos populacionais, de forma a prevenir a transmissão da bactéria a outros, onde o risco de infecção se traduz em doença grave.»

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Sarampo, Rubéola e outras doenças que nos afectam e que, no âmbito da microbiologia ou das ciências médicas, se têm vindo a desvendar e, a incentivar, nos programas de vacinação dos países (desenvolvidos e não só!) no combate e erradicação das mesmas. Urge não abdicar do sistema de vacinação que a OMS arroga mas não institui, conferindo a cada país seguir-se pelo que legislativa e executivamente obedece sobre os seus cidadãos.

Tétano, Difteria e Rubéola
Sobre o Tétano, os especialistas referem que, os 98,4% firmados na proporção de indivíduos com nível de anticorpos protector, admitem o Grande Impacto da Vacinação ao abrigo do Programa de Nacional de Vacinação (PNV) de Portugal.

Os resultados sugerem que todas as crianças foram vacinadas (entre os 2 e os 9 anos de idade), descendo o nível de anticorpos protector (em relação ainda ao estudo do ISN de 2001-2002). No entanto, a vacinação não induziu o desenvolvimento de anticorpos em nível que confira protecção - admitiram.

Em relação à Difteria, o inquérito revela que a proporção de indivíduos com nível de anticorpos protector é superior à observada pelo ISN em 2001-2002, em todos os grupos etários.
Os investigadores afirmaram que: «Esta diferença é mais evidente após os 15 anos, o que parece reflectir no PNV, em 2000, da vacina combinada contra a Difteria e o Tétano, na vacinação de reforço a partir dos 10 anos de idade, confirmando assim o benefício da sua introdução.

O Documento indica que «A proporção de crianças com nível de anticorpos protector  contra a doença invasiva por «Haemophilus influenzae», tipo b (Hib), é superior a 86% até aos 9 anos de idade. Em relação à Rubéola, a proporção de indivíduos com nível de anticorpos protector foi superior a 90% em todos os grupos etários (com excepção dos jovens entre os 15 e os de 19 anos).

Na opinião dos autores (e deste extenso estudo em divulgação à agência Lusa), todas as faixas etárias devem ser monitorizadas e alvo de estudos adicionais - mas com prevalência ou particular atenção para os jovens que se situam entre os 15 e os 19 anos, no caso da Rubéola, onde o nível de anticorpos protector foi inferior a 90% - de forma a garantir Imunidade de Grupo em todos os grupos etários e o sucesso na eliminação da doença.

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Bactérias que matam, que se disseminam velozmente e sem preceitos ou convenções; bactérias que matam tanto ou mais do que o Vírus do Sarampo. Estamos a falar da temível bactéria «Burkholderia pseudomallei», uma bactéria ainda pouco conhecida entre nós e que, provoca a Melioidose, sendo por demais fatal... mais, muito mais do que o «vulgar» Sarampo...

A «Burhkholderia pseudomallei»
A Melioidose é uma doença ou patologia provocada pela bactéria «Burkholderia pseudomallei» que, apesar de ainda pouco conhecida ou explorada pelos meandros médico-científicos, se traduz numa das piores ceifeiras da morte para o ser humano. Muito pior que o Sarampo ou mesmo o Dengue...

Um artigo publicado na revista científica «Nature Microbiology» refere, por voz e divulgação públicas dos seus autores de que, o número de casos em que esta bactéria se vê envolvida estará, possivelmente, sub-avaliado ou subestimado, uma vez que não se tem contabilizado factualmente as consequências da mesma. Daí que expliquem:

"As nossas estimativas sugerem que, a Meliodoise, está severamente sub-notificada nos 45 países onde se sabe que é endémica (onde esta é nativa) e que, provavelmente, é endémica em mais de 34 países onde nunca foi reportada a doença."

Vão ainda mais longe na elucidação científica: "A bactéria que causa a Melioidose é uma bactéria altamente patogénica (eficaz a provocar a patologia ou doença) e a infecção por vezes muito difícil de diagnosticar, porque tem manifestações muito diversificadas. Além disso, os métodos de identificação convencional de bactérias não funcionam com a Burkholderia pseudomallei.

Ainda tem a agravante de ser uma bactéria multi-resistente, ou seja, teimosamente resistente a uma grande diversidade de antibióticos, o que leva inevitável e justificadamente a um elevado número de mortes.

Os Investigadores estimam que, em 2015, tenham existido para cima de 165 mil casos - numa taxa de incidência de 5 pessoas por cada 100 mil em risco. Em 2015, terão falecido e segundo esta mesma estimativa, 89 mil pessoas.

Talvez por se localizar mais no continente asiático (no sudeste da Ásia), além da imensa Austrália, esta bactéria não tem criado o entusiasmo de investigação de outras; contudo, é operante e mui activa pelo que se sabe dela, no que se estima que 40% dos casos aconteçam no este da Ásia e na região do Pacífico, sendo 44% no sul da Ásia.

Todavia, apenas a Austrália, Brunei e Singapura registam dados nacionais de vigilância para esta infecção. (Dados que nos são obtidos agora pelo prestigiado investigador na Universidade de Oxford, no Reino Unido, o doutor Direk Limmathurotsakul).

Ainda que na Europa esta bactéria nos não seja em primeira mão uma preocupação latente, há que estar atento. A Burkholderia pseudomallei é uma bactéria muito resistente, podendo inclusive permanecer «escondida» no solo por mais de 6 anos, segundo nos revelam os investigadores.

Investigadores estes que também já deram o Alerta Geral sobre esta bactéria poder fazer-se sentir nos Estados Unidos e no Japão, apesar da ausência desta bactéria nos países citados. Florida, Louisiana e Texas, nos Estados Unidos ou, Okinawa e Kagoshima, no Japão, possuem ambientes favoráveis ou condições semelhantes às dos países onde a Burkholderia pseudomallei já foi encontrada. Há que estar atento, avisam os investigadores.

A Inoculação através da pele é a principal forma de contaminação nos trabalhadores rurais nos países em desenvolvimento; todavia, a inalação da bactéria durante os Fenómenos Climáticos Extremos também deve ser considerada. Outra mui importante forma de contaminação é a ingestão de água contaminada.

Os Seres Humanos podem estar em perigo, mas também os Animais, uma vez que existe o factor determinante da importação desses animais que, estando contaminados, irão espalhar ainda mais esse contágio. A doença, viaja com os infectados muitas vezes: Pessoas e Animais.

Hoje, o factor globalização demonstra-nos isso e que, no caso premente da Burkholderia pseudomallei nos pode ser fatal, uma vez que ainda não há vacina contra ela. Poderosa até aqui, sem rival ou consequência laboratorial que a derrube, poderá assim e em breve ser, a nossa cruz tumular, a nossa morte à escala planetária, se igualmente se disseminar e fazer fluir em toda a sua potencial nocividade.

Em Portugal não há registos sobre esta bactéria, presume-se. Mas sobre o Sarampo, sim. Março de 2018 tem-nos sido causticado sobre informações e admoestações que o Vírus do Sarampo pode radicar em nós, seres humanos; e neste caso, em solo português. Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram Sarampo não estavam vacinadas.

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O Sarampo em Portugal. Dois anos de luta contra este mafioso vírus que tudo empesta, aglutina e diversifica em doença altamente contagiosa que, sendo uma das infecções virais mais contagiosas, pode provocar doenças muito graves em pessoas não-vacinadas. Nas que são vacinadas, o quadro clínico é mais ligeiro e menos contagioso, mesmo que a doença surja. As que já tiveram Sarampo estão por si mesmas já imunizadas, sendo que a doença não retorna (alertas da DGS).

A «Desinformação» óbvia...
O «Flagelo» começou no norte do país (inicialmente no Hospital de Santo António, no Porto), do meu país, Portugal (começando agora a descer para o centro, até Coimbra), colocando tudo e todos em polvorosa - segundo consta - no que já se sabe de pânico generalizado de um povo nem sempre devidamente atento ou informado, por mais que a DGS (Direcção Geral de Saúde) de Portugal, tente sustentar toda a informação disponível nestes casos.

Menos de dois anos depois de Portugal ser reconhecido oficialmente como estando livre de Sarampo, o país depara-se assim com o Terceiro Surto da Doença (no espaço de um ano) depois de dois surtos simultâneos em 2017, que infectaram 30 pessoas e levaram à morte de uma jovem de 17 anos.

Tendo habitualmente uma evolução benigna - o Vírus do Sarampo - pode, não raras vezes como anteriormente se já referiu, desencadear complicações muito fortes que podem inclusive levar à morte.

A Vacinação é deste modo a principal medida de Protecção contra o Sarampo e que, no caso português, é estabelecida de forma gratuita e está incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV). Uma vacina tomada (em duas doses para os menores de 18 anos) que pode, efectivamente, salvar vidas!

Até ao momento contam-se 117, os casos suspeitos de Sarampo; e isto, até ao dia 19 de Março, o tal dia ocidental dos países cristãos (em carismático dia de São José) que comemora «O Dia do Pai». Se acaso este dia nos não for padrasto em mais estatísticas elevadas, então talvez seja um dia festejado - e quiçá abençoado - sem borbulhas encarnadas, uma comichão dos diabos e, a certeza, de se estar de volta à vida.

(Ainda que a designação de padrasto não seja extensível na plenitude ao que muitos se desenvolvem em educação, carinho e protecção de quem não é do seu sangue ou de sua filiação biológica, a conotação neste caso aplica-se na totalidade, uma vez que, por dados últimos da DGS, de Portugal, subiriam para 145 casos suspeitos e 53 doentes confirmados - os afectados com Sarampo - em 20 de Março de 2018).

O que nos surpreende sempre, ou quase sempre (sendo-se ou não crente), é haver quem ainda defenda a não-vacinação/inoculação; encimada naquele triste jogo da ignorância ou do desapego à civilidade e integridade nas comunidades que nos faz ser, a todos, um só. Viver é preciso, mas com regras e juízo. Vacinar, é dar vida! Não é no-la tirar. Sejam felizes e, se possível, sem Sarampo...

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