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quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Inferno na Terra


Os Grandes Incêndios, no Canadá (Maio de 2016). E outras calamidades/catástrofes naturais...

Que exércitos humanos, que glórias vigentes - que não pungentes - por esta mesma mão humana que tanto liberta como seduz e sequestra este seu berço planetário em Inferno na Terra, poderão servir, combater, liderar e comandar as grandes catástrofes que entretanto se abatem e se não debelam ante toda a nossa ignominiosa impotência ou deliberada consternação sobre destroços que jamais se reedificam, sob escombros que jamais se metamorfoseiam em luz, verde e vida...?!

Neste Inferno, na Terra, somos todos refugiados ou quiçá reféns da nossa própria miséria humana. Nós, Humanidade, fugimos da Fome, da Guerra, da Violência, das Sevícias, e até das sombras calcinadas que nos perseguem no embutir de todas as desgraças terrenas que um dia incitámos, orquestrámos e deixámos lamentavelmente suceder, no nosso planeta Terra.

Fugindo sempre, acabámos por nos encontrar com a nossa deplorável condição de despojos terrestres que, levados por cataclismos inclementes (de tempestades, jorros vulcânicos, terramotos, chuvas diluvianas, incêndios ou mesmo impactes de meteoritos no solo que tudo devassam) nos arrastam no tempo e no espaço sem tempo para grandes filosofias ou dogmas teológicos que, tal como Stephen Hawking agora profere destas inócuas e mortas serem (relativos à Filosofia, devido ao que se explana na actualidade sobre o mundo físico e todas as suas ferramentas em aprendizagem e novos conhecimentos científicos), talvez não haja mesmo tempo ou espaço para onde mais se fugir...!

Fugindo nós, Humanidade, de Grandes Cataclismos - naturais ou não - poderá, de igual forma, a Terra fugir de nós...? Poderá a Terra cuspir-nos, vomitar-nos, fazer-nos implodir ante tantos dislates solvidos nela? Não o sabemos. Mas continuamos a fugir; só não sabemos para onde...


Vulcão Nevada del Ruiz, situado na cordilheira central, na Colômbia (América do Sul).

Catástrofes Naturais
Em Armero, na Colômbia, América do Sul, ocorreu uma sequência de abalos sísmicos em Novembro de 1984. As emissões de vapor aumentaram um mês depois; mais tarde, a 11 de Setembro de 1985 (premonitória data de desgraças...?), uma pequena explosão lançou para o ar cinzas e rochas - fragmentos da velha cratera do vulcão Nevada del Ruiz.

Ninguém pareceu até à data particularmente preocupado, apesar de as autoridades locais terem sido alertadas para o facto de, a cidade de Armero, estar construída em cima de uma torrente de lama que cobriu a região em 1845, causando dessa forma a morte de mil pessoas na época. O risco era evidente mas nada foi feito para tal evitar em tempos próximos.

No final do dia 13 de Novembro de 1985 tinham falecido 22.000 habitantes da região. Uma calamidade! Uma erupção relativamente pequena ejectara um lençol quente de pedra-pomes e de cinzas que provocou a fusão de campos de neve situados no cume do Vulcão.

A Água em Fusão desceu a vertente a uma velocidade superior a 35 quilómetros por hora, recolhendo solo, rochas e árvores à sua passagem, dando assim origem a uma torrente de lama devastadora que invadiu toda a mártir cidade com uma frente de 30 metros de altura. Espalhou-se então pelos terrenos mais baixos numa série de ondas quentes, transportando consigo blocos de 10 metros de altura.
Na sua força máxima, calcula-se que desceu a encosta com um caudal de 47.000 metros cúbicos de detritos por segundo - cerca de um quinto da descarga do poderoso Amazonas!


Falha de Santo André (San Andreas Fault), no Estado norte-americano da Califórnia. Terramoto de 1857: Magnitude 8,0; San Francisco, em 1906, magnitude: 7,2; em Loma Prieta, em 1989, magnitude: 7,1.

Desastres Naturais
Os desastres naturais a grande escala são raros mas efectivos e não displicentes quando sucedem vertiginosamente e sem se fazerem anunciar.
Ironicamente, a escala do desastre causado pela torrente de lama na Colômbia, podia pelo menos ter sido atenuada se tivessem sido tomado medidas para o efeito.

A previsão do comportamento dos Vulcões tornou-se desde há um tempo até esta data, um assunto muito sério a ser debatido e, eventualmente, a ser executado sem morosidade ou complacência devido às mortes que entretanto se evitam. Tudo isto e, em grande parte, devido também à sequência das erupções do monte Santa Helena e do El Chichon, no início da década de 80, do século XX.


Vulcão Pinatubo, nas Filipinas (1991). Não houve perda de vidas porque a área foi evacuada a tempo, felizmente! Sempre impressionante é a espectacularidade da imagem apresentada...

O Pinatubo, nas Filipinas...
Em 1991, as lições aprendidas com esses tristes mas factuais acontecimentos foram aplicadas então com substancial êxito em relação à tal erupção maciça do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, de modo que a evacuação em massa dos habitantes das regiões circundantes pôde ser efectuada antes de a torrente ardente começar a descer, formando uma coesa camada com 15 centímetros de espessura.
Os Vulcões apresentam-se assim à escala planetária como a representação mais fantástica mas também a mais diabólica das Catástrofes Naturais em espectacularidade temerosa.

Espessas nuvens de cinza podem inclusive subir a 20 quilómetros de altitude, impregnando o ar e toda a atmosfera. As cinzas podem ser depositadas no solo até a uma profundidade de 15 centímetros, em geral. Num raio de alguns quilómetros de erupção, a destruição é total; as cinzas podem ser transportadas a distâncias de várias centenas de quilómetros e desregular os sistemas meteorológicos em todo o mundo. Podem sucumbir neste processo muitos milhares de árvores, o que por si só, é uma tragédia imbatível e tristemente assistida por todos nós numa impotência global.


Foto/Imagem de Arquivo de 1906, aquando o terramoto do início do século XX, na cidade de São Francisco, originado pela falha de Santo André.

Os Temíveis Terramotos...
É do conhecimento geral de que, os Terramotos, também têm causado ao longo da nossa História Universal um autêntico terror e bulício urbano e rural sem precedentes, originando subsequentemente uma elevada perda de vidas humanas (e não só, pois os animais acabam por morrer também debaixo de escombros sem que alguém se preocupe muitas das vezes em resgatá-los...), revelando-se tudo isso em grandes prejuízos materiais nas propriedades e nas comunicações.

A Cidade de São Francisco, na Califórnia e sob os domínios da tão falada e terrífica Falha de Santo André, assim como as localidades vizinhas que se situam ao longo desta, constituem zonas de franco risco. Em 1989, esta falha sofreu uma ruptura, reactivando assim antigas fracturas que se tinham aberto em 1906. O Sismo de 1989, que atingiu o valor de 7,1 (na escala de Richter), colheu 62 vidas e destruiu um milhar de casas. Efectivamente muito menos perda de vidas do que em 1906 que se exibiram por 225 mil habitantes... mas ainda assim lamentável, no que se tenta a todo o custo evitar-se uma a mais que seja.

Em Janeiro de 1994, um abalo originado numa falha associada provocou danos semelhantes em Los Angeles, outra cidade da zona oeste norte-americana. Esta região é uma das zonas sísmicas mais vigiadas de todo o mundo. Embora as autoridades locais e estaduais nada possam fazer para evitar um Terramoto, os seus efeitos catastróficos podem ser atenuados mediante a imposição legislativa de medidas rigorosas quanto à construção de edifícios. O saldo em perda de Vidas Humanas de outros Terramotos, em todo o mundo, aponta textualmente para a importância deste factor: um Sismo de potência semelhante matou 20.000 pessoas, na China, em 1974...


Foto oficial de cratera originada por meteorito caído na Terra (15 de Fevereiro de 2013), nos Montes Urais, sob a cidade de Chelyabinsk, na Rússia.

O Estrondoso Impacte que vem de fora...
Todos sabemos, ou pelo menos especulamos, segundo alguns cientistas que nos arrogam ser essa a existencial verdade histórico-científica, de que a Extinção dos Dinossauros sucedeu devido ao impacte de um ou mais meteoritos de grande impacto, na Terra. Há provas disso mesmo, na ocorrência de um Desastre Natural que teve, como se sabe, uma importância global que mudaria para sempre o rumo planetário; sobretudo, sobre os seres viventes deste planeta.

Nas últimas décadas aventou-se então a possibilidade a cada dia mais densa e, verídica, de que a queda e extermínio dos Dinossauros, espécie gigantesca de há cerca de 65 milhões de anos, ter sido provocada por um enorme impacte, na quase total probabilidade de ter sido através de um meteorito com 10 quilómetros de diâmetro que colidiu com a Terra (e que outros teóricos ainda mais avessos à mera hipótese natural de ocorrência e sugestão planetárias, vêm aludir ter-se tratado de algo há muito projectado por mãos alheias exteriores à Terra e, de origem estelar, que assim determinaram a irreversibilidade ou não continuação destas espécies).

Mas, voltando à ocorrência em si, tudo isto fez com que a sua temperatura subisse (do planeta) em enorme tormento de altíssima temperatura, causando um horror de crateras vulcânicas, chuvas ácidas e trevas imensas durante várias semanas ou até infindáveis meses de autêntica tortura planetária. De facto, talvez um dos primeiros «infernos na Terra»...!


O esventre planetário de um Meteorito, na Terra. Hoje, como há 65 milhões de anos... mas felizmente para nós, seres humanos, sem iguais repercussões... até agora...

Acontecimento Fronteira K/T
Designou-se por Acontecimento de Fronteira K/T, a partir de vestígios descobertos numa camada de rochas na fronteira entre o Cretácico e o Terciário.
Os Investigadores e demais cientistas enunciam de que se trata aí de quantidades superiores à média de Irídio, que se crê ter origem num Meteorito, Quartzo de choque abundante, Feldspato e Stishovite (formados a pressões muito elevadas), restos de Fuligem (possivelmente de fogos florestais causados pelo impacte) e taxas anormalmente elevadas de isótopos de Estrôncio, em resultado do desgaste acrescido devido às tais chuvas ácidas já mencionadas, ou mais especificamente de Ácido Nítrico, formadas a partir do Azoto da Atmosfera durante o impacte.

Este acontecimento (ou outro desastre natural) preparou o palco para que a Evolução dos Mamíferos prosseguisse. Sendo ou não questionável e até polémico que algo exterior inteligente tivesse interferido de facto neste outro rumo planetário, o certo é que, mudaria por completo esta ingerência na proliferação dos Dinossauros, abrindo caminho e alas, novas alas, para o futuro da Humanidade.
Acabou por permitir assim, seja lá qual tiver sido a proveniência que isto fez suscitar, a entrada e disseminação do Homo sapiens em igual continuação e proliferação mas sempre em processo evolutivo das espécies, sem competição por parte dos seus predecessores altamente bem sucedidos que tinham governado o planeta durante milhões de anos.


Fragmento de Meteorito, na Rússia, em 2013: algo que assustou o mundo...

A Inevitável Realidade...
Se recuarmos no tempo, aproximadamente dois séculos, avistamos o que a memória nos dita em registo e ocorrência, sobre o sucedido em Tunguska, nos Montes Urais, na Sibéria.
Em 1908, este inexplicável acontecimento (para a época) abateu uma profusão de árvores assim como muitos animais que encontraram a morte de uma forma absolutamente aterradora. Esta estranha ocorrência projectada no início do século XX, quedar-se-ia de enorme susto e pânico entre as suas gentes, uma vez que poucas ou nenhumas explicações eram dadas à data pelas entidades oficiais.

Tunguska pode ter sido um fenómeno que hoje, à luz dos novos conhecimentos obtidos, se evidencia por uma explosão do núcleo de um Cometa na Atmosfera por cima da Sibéria - e não a entrada abrupta profunda e real de um meteorito nesta zona gélida.
Ao contrário dos Impactes de Meteoritos, o acontecimento não deixou qualquer cratera nem como ocorreu com o Acontecimento Fronteira K/T - um impacte ocorrido há cerca de 65 milhões de anos que, nesse caso sim, de muitas extinções das espécies.

Em relação ao Meteorito dos Montes Urais, na Rússia, em 2013, verificou-se as ondas de choque causadas pelo meteorito em questão (percorrendo 85.000 quilómetros, o equivalente a duas voltas sobre o planeta), assim como o registo da explosão que os cientistas advogaram tratar-se da segunda maior em libertação de energia - dados agora analisados em relação ao acontecimento de Tunguska, em 1908.
Esta ocorrência divulgada na revista «Geophysical Research Letters» evocou em 2013 que, a onda de choque, feriu cerca de mil pessoas (entre outras afectadas), causando trinta milhões de dólares de prejuízo. Esta então, a sempre e inevitável realidade aquando estas ocorrências...!


Incêndios: a tragédia anunciada que mata vegetação, animais e pessoas, impregnando de cinzas e morte tudo em redor. A actual calamidade que se vive no Canadá, na América do Norte.

Calamidades que se não estancam...
Se por vezes nos afligimos com as imagens que nos chegam de inundações e desflorestação ou desmatamento sobre florestas e sobre quem sofre que nelas vive, em particular as ocorrências de cheias em regiões costeiras de terras baixas, como no caso do Bangladesh, já os incêndios nos fazem temer (talvez ainda mais...) pela devastação acometida sem piedade alguma sobre terras e bens.

Em 1988, uma Inundação no Bangladesh, deixou literalmente 30 milhões de pessoas sem lar, o que se traduziu numa tragédia humana nunca vista. Apesar de comuns, as inundações nesta região acabam sempre, invariavelmente, por reproduzir uma grande calamidade em custos financeiros e perda de vidas humanas, assim como grande parte da actividade económica das suas gentes que vivem sobretudo do que os campos agrícolas lhes dá.

Em contrapartida, nos países mais desenvolvidos, como no caso da Grande América do Norte, em particular nos danos provocados por um Sismo como o de Los Angeles, na Califórnia, em 1994, que, parecendo à priori muito severos e extensos esses danos, tal não se registou devido à perda de vidas humanas não se ter evidenciado em larga escala, tendo sido muito inferior ao previsto (na casa das centenas). No que entanto se lamenta, pelo facto óbvio de se ter de melhorar as infraestruturas e condições para tal não vir a suceder de novo, mesmo que na orla de poucas baixas humanas. Uma que seja, já é motivo de preocupação. E, solução!


O Maior Incêndio de Sempre, segundo alguns comentadores. Um desastre ambiental e, humano, sem precedentes (à semelhança dos já ocorridos na Califórnia, nos EUA, na Austrália, e agora no Canadá).

«Um Monstro de Muitas Cabeças!»
Nas palavras ditas pela Mayor de Fort McMurray em pronúncio do inferno que está a viver no seu país e na sua terra sofrida por chamas - e altas temperaturas - devido ao inclemente incêndio que parece imparável (até ao momento a lavra de 40 fogos florestais activos, em Alberta, dos quais 5 estão fora de controle), esta exclama: «É um Monstro de Muitas Cabeças!».

Desmotivada e algo incrédula, esta Mayor Canadiana - ou Governadora de Alberta de seu nome, Rachel Notley - afere tratar-se de algo completamente fora de controle, já que está sendo combatido por cerca de 1200 bombeiros em acirrado ataque às chamas, muitos deles sem descanso ou paragens prolongadas, auxiliados por 110 helicópteros, 27 aviões de combate a incêndios e 295 escavadoras. Um luxo que só os países ricos possuem mas que, aqui, parecem ser insuficientes, tal a demanda deste demónio que tudo arrasa em solos e céus empestados de ar tóxico.

Fort McMurray possui a terceira maior reserva do mundo de Petróleo, sendo a província de Alberta o grande centro produtivo desta matéria-prima em que, cerca de 25% das reservas de petróleo foram afectadas devido aos incêndios, devendo ter inevitáveis consequências não só para a economia local como para o resto do país. Segundo o Governo Canadiano, custará aos cofres do Estado do Canadá, cerca de 6 mil milhões de euros a reconstrução de toda a região de Fort McMurray e tudo o que lhe está associado que entretanto foi destruído e consumido pelas chamas.

Fort McMurray é assim, tristemente, desde as últimas horas, uma cidade fantasma (dados recolhidos até ao dia 8 de Maio onde se estima que, estando exactamente agora no dia 18 de Maio, a calamidade seja ainda de maiores proporções) tendo o fogo começado no dia 1 de Maio, consumindo vorazmente milhares de quilómetros quadrados de área florestal, obrigando à evacuação em larga escala dos cerca de 100 mil habitantes da cidade (sendo que alguns destes tiveram apenas menos de uma hora para fugir, tal a velocidade das chamas que rapidamente se estenderam a toda a região).

Neste momento, a área afectada pelos incêndios é tão vasta quanto a área comparável da cidade de Nova Iorque, nos EUA (sugerindo-se já a duplicação e extensão territorial da área ardida que se verificaria nos próximas dias), só para se ter a noção precisa do que tudo isto envolve em recursos humanos e materiais; além tudo o resto que, como se sabe, vai ter repercussões imediatas não só na economia do Canadá - como já se referiu - como, a nível global, a certeza de mais um enorme impacto ambiental em atentado e distúrbio das espécies vigentes em seu redor.

Tendo ardido já mais de 1000 quilómetros quadrados de área florestal (o equivalente a 10 vezes a área da cidade de Lisboa, a minha cidade, em Portugal), pode-se imaginar em saudade e dor, muita dor, o que este terrível incêndio vai ainda provocar nas próximas horas... o que se lamenta desde já. Aqui fica a minha solidariedade e comoção, pois nem imagino o que seja combater-se tal vilão rubro de fagulhas imensas, tal Lúcifer indomável...


A espera e a consternação evidentes sob uma chuva que se faz esperar...

Um drama ingovernável...
Incêndios em rescaldo ou não... O Governo de Alberta decretou entretanto o Estado de Emergência, ante o horror das chamas e da sua disseminação por uma vasta área atingida. Em plena região de areias betuminosas, coração da produção petrolífera do Canadá, a capacidade dessa produção foi reduzida em pelo menos, um terço. O Incêndio obrigou ao fecho de alguns Oleodutos e à evacuação/fecho das instalações de várias Companhias Petrolíferas.

Não havendo ainda certezas sobre a causa ou causas deste monstruoso incêndio no Canadá, os especialistas admitem poder tratar-se de algo unicamente de âmbito ambiental (em manancial exclusivo da Mãe-Natureza), relacionadas com as alterações climáticas e com os nocivos efeitos do fenómeno El Nino que, segundo estes mesmos entendidos, compenetra a criação de «uma tempestade perfeita».

A província de Alberta, tendo já sofrido um exponencial de 330 fogos florestais (o dobro da média anual registada até ao ano passado), tem sido de facto uma cidade-mártir se se tiver em conta todos os prejuízos e danos morais que tal acarreta em bens, pessoas e animais, trasladados e desnorteados para outras cidades, outros locais.

O mundo inteiro está solidário com o Canadá e com as suas gentes, em especial pelo carinho que lhes devotamos por serem um povo solidário, afectuoso e acolhedor, em especial de povos e etnias de outras regiões, outros pontos do globo em berço de emigração constante em si.

Pelos Portugueses falo; pelos Portugueses me rego mas também em preocupação e desvelo para com todos os outros povos deslocados em refúgio e guarida, eu me submeto na total e idêntica simpatia articulada em auxílio e prestação aos que agora sofrem longe das suas casas, habitats ou residuais locais de permanência. A todos, os meus votos sinceros de que este Inferno na Terra acabe e tudo volte ao normal, ao bom funcionamento das instituições e aos lúdicos prazeres da vida, ainda que haja muito trabalho pela frente... Desistir não é a solução, Recuar não é o caminho.

Hoje e sempre, no Canadá ou noutra qualquer parte do mundo em que se soltem as catástrofes planetárias, a Humanidade tem de dar as mãos e ser solidária, honesta, íntegra - e amiga - ou então de nada valeu a pena termos sido escolhidos para aqui habitar e, pernoitar até aos longos dias mais escuros, dias negros ou de iguais trevas destes mesmos monstros à solta... Fiquem bem e sejam solidários com quem nada tem por tudo ter perdido. Amanhã, poderemos ser nós... Amanhã, poderá ser connosco o chão que nos falta, o Céu que se não vê e o desamparo que se sente... Sejam felizes e façam o Céu na Terra que não o Inferno...! Paz para Todos!

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