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terça-feira, 9 de março de 2021

Decepar para Viver!

 

Lesma Marinha ou Lesma-do-Mar (Sea Slug): a fabulosa e, para o domínio geral do cidadão comum, a absolutamente inacreditável regeneração desta espécie marinha - em particular das duas espécies de lesmas-do-mar sacoglossas - que, decepando as suas próprias cabeças, desprendendo-se destas, iniciam um novo processo de regeneração físico completo que abrange o coração e outros órgãos internos.

Extraordinário não é?! Imaginem se tal nos fosse possível a nível humano em completa regeneração molecular e celular num investimento assaz modelar e autónomo, fazendo de nós, seres humanos, à semelhança destes moluscos gastrópodes marinhos uns seres de «Outro Mundo»...

(Estudo publicado na revista científica «Current Biology» com o título «Autotomia  e Regeneração de todo o corpo em Lesmas-do-Mar fotossintéticas», em 8 de Março de 2021 - surpreendentemente na efeméride do Dia Internacional da Mulher - sendo este estudo igualmente facultado neste mesmo dia pela Cell Press e reportado na ScienceDaily com o título algo macabro mas ainda assim elucidativo de «Essas Lesmas-do-Mar cortam as suas próprias cabeças e regeneram corpos novos»).

Não sendo novidade esta quase aberração biológica - mas antes a salvaguarda da própria vida - a Lesma Marinha ou Lesma-do-Mar faz parte de um conjunto alargado de invertebrados marinhos que apresentam uma morfologia externa que os torna semelhantes às lesmas terrestres. 

Contudo, aqueles que pertencem ao clado Heterobranchia e que são moluscos gastrópodes marinhos (Sacoglossa, «Sacoglassanos» ou ainda «Sap-sucking sea slugs», um clado de pequenas lesmas do mar) possuem de facto uma invulgar característica: A da mais nobre e altruísta regeneração completa do seu corpo físico. Depois de, guilhotinada ou decepada cabeça seguir um outro caminho que não o do anterior corpo, inquinado de parasitas. Maravilhoso!

Além da decapitação a que estão sujeitas, os investigadores observaram também que as Lesmas podem inclusive utilizar a capacidade fotossintética dos Cloroplastos - que incorporam das algas na sua dieta -  para resistirem e assim sobreviverem o tempo suficiente até se consolidar a regeneração. Quem o afirma é Sayaka Mitoh, a candidata a Ph.D. da Universidade Feminina de Nara (Nara Womens`s University), no Japão. 

Em celebração comemorativa anual do «Dia Internacional da Mulher» que boa nova melhor poderia de facto acontecer do que este artigo publicado em 8 de Março de 2021 na revista científica «Current Biology» da responsabilidade de Sayaka Mitoh e a sua equipe, pelo que monitorizaram ao longo de muito tempo, vários grupos de «Elysia marginata» e «Elysia atroviridis». Parabéns desde já à senhora Mitoh e a toda a equipe! 

                                                   O Admirável Mundo Marinho!

Das profundezas dos mares e oceanos da Terra e de toda a sua fauna marinha chega-nos muitas vezes a absoluta contemplação, admiração e acima de tudo, a impressionante estupefacção que nos advém de muitos dos processos biológicos sofridos por que passam muitas das espécies do fundo do mar ou, tal como é agora o caso, destes moluscos - Gastrópodes Marinhos (que pertencem ao clado Heterobranchia) - e possuem a extraordinária capacidade de regeneração.

Tivesse o ser humano essa mesma apetência e habilidade biológica e anatómica, e muitos dos nossos problemas físicos rapidamente seriam resolvidos à semelhança de um qualquer cyborg que se auto-repara e corrige nas anomalias havidas. 

Talvez que muitas destas propriedades admiráveis apenas se tenham cingido ao mundo marinho e terrestre numa dimensão muito pequena devido ao uso e, adaptação aos biomas, que as espécies lhes davam. Possivelmente, para o bem da sua própria sobrevivência e superação de perigos que entretanto poderiam enfrentar. Ou simplesmente, pela afinação, calibragem ou mesmo empoderamento da sua população em face à sistemática transformação do planeta em constante mutação.

Algumas espécies de biomas terrestres que não aquáticos também possuem essa mesma ou idêntica realidade biológica (por exemplo: os lagartos e lagartixas, répteis que na eventualidade de maior sobrevivência, optam por se desfazer da cauda e fugir assim ao predador que talvez fique momentaneamente atónito por ver esta sua presa sair do seu encalço deixando para trás um pouco de si...).

É aqui que, em termos da anatomia humana, se caso nos tivesse sido ofertado este privilégio dos deuses, muitos de nós poderíamos deixar para trás um membro superior ou inferior (visto não termos cauda) deixando igualmente os nossos agressores de boca aberta (se porventura não tivessem também eles essa mesma capacidade autónoma). 

No mínimo é estranho e sujeito a muitas considerações, se eventualmente no nosso humano ADN (DNA) ou por destino genético e planetário, algo semelhante se repercutisse no Homem. Não o é. No entanto quem saberá se, em futuro não tão longo assim, a comunidade científica não seja também ela presenteada com uma estonteante e fabulosa descoberta a nível molecular sobre um dia os humanos possuírem igualmente esta mesma faculdade de regeneração e sobrevivência. 

Parece monstruoso à priori. Mas sê-lo-à?... Preparados ou não para essa realidade cá estaremos para o abraçar. Em primeiro para o compreender e só depois para o alcançar se tal for humanamente possível...


Transplantes de Memória entre Lesmas-do-Mar: um feito que se tornou realidade através de uma injecção de material genético, realizada (em 2018) por neurobiologistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). Novas informações foram então captadas no que se relaciona com o armazenamento da memória; algo que mais tarde eventualmente servirá à causa humana...

Estudar a Memória: (transplante de memória)

Há muito que os Neurobiologistas (e outros especialistas) têm mostrado interesse no que as Lesmas-do-Mar escondem de si. Daí os estudos e as incansáveis investigações para daí assacar também muitas outras preciosas informações que no futuro nos serão valiosas e surtirão em benefício do ser humano.

Estudada há várias décadas então por muitos grupos de Neurobiologistas que pretendem assim estudar em maior pormenor os sistemas nervosos desta espécie marinha - afirmando-se com toda a convicção estes serem sem dúvida alguma muito mais simples e daí as vantagens de deles se sacar mais informação do que propriamente dos cérebros humanos, muito mais complexos e porventura muito mais difíceis de descodificar - que se compreenderá melhor e, de futuro, este sistema de memória nestes invertebrados marinhos.

Assim sendo, alguns organismos da espécie «Aplysia californica» foram treinados com choques eléctricos nesse ensaio experimental de forma a criar as memórias que seriam posteriormente transplantadas. David L. Glanzman, autor principal do estudo explicou na altura em que base consistiu o treino ou ensaio experimental:

"Induzimos um tipo muito simples de memória nas Lesmas-do-Mar chamado «Sensibilização» - em que o objectivo era captar uma experiência impactante. Os resultados seguintes mostraram que os seus reflexos foram muito aumentados. Se tocássemos na sua pele, eles contraíam-se com muita intensidade."

Segundo os investigadores da UCLA, depois da Extracção de Ácido Ribonucleico (ARN ou RNA «ribonucleic acid») - conhecido por todos nós como um mensageiro celular que transporta todas as instruções genéticas - dos animais testados, os cientistas injectaram-no nos não-ensaiados ou testados.

A partir desse momento, os investigadores observaram que estes passaram a mostrar-se muito mais sensíveis, respondendo então com os mesmos reflexos a estímulos semelhantes.

A Excitabilidade dos Neurónios Sensoriais cultivados também aumentou. Deste modo, ficou assim em aberto a possibilidade de, o ácido ribonucleico ou RNA, poder ser usado para modificar a Memória - ou mesmo na recuperação de memórias perdidas - em casos traumáticos.

A aplicabilidade desta informação e desta fulgurante descoberta pode a partir daqui, eventualmente, e de acordo com o que foi proferido então pelos especialistas, ser extensível a muitos outros animais; quiçá aos seres humanos. Glanzman à época, em 2018, proferiu em tom elucidativo:

"A maneira como a Ciência se processa é: Descobrem-se as coisas simples primeiro e depois constrói-se sobre elas. Muitos dos mecanismos celulares de aprendizagem - e Memória - que identificamos em todos os animais, foram observados pela primeira vez no caracol." E em jeito de remate concluiu:

"E quem diz animais, diz humanos. Se for possível compreender como é que as memórias são fisicamente formadas nos componentes do Sistema Nervosos (como por exemplo: o cérebro), haverá então uma melhor compreensão das doenças e distúrbios relacionados com a memória."

Tal como em 2018, agora, em 2021, os cientistas estão atentos. Passando da perspectiva neurobiológica para a física em termos de Regeneração Celular, investigadores da Universidade Feminina de Nara, no Japão, descobriram que as Lesmas-do-Mar desprendendo-se das suas cabeças, cortando-as, regeneram depois os seus corpos. Surpreendente não?!...


A Grande Decapitação: o que poderia ser um mero título cinematográfico é agora a mais sumptuosa e inegável realidade destas duas extraordinárias espécies de moluscos gastrópodes marinhos de seu real nome «Elysia marginata» e «Elysia atroviridis» (ambas criadas em cativeiro). E que, após esse desprendimento de cabeça, dessa invulgar decapitação, começam de imediato o processo de regeneração de um outro mais jovem corpo físico, libertando-se assim de eventuais parasitas.

De realçar ainda que, as feridas na cabeça que as Lesmas-do-Mar criaram durante esse processo de Autotomia, levaram apenas um só dia a cicatrizar, o que por si só já revela o quanto são magistrais estas duas admiráveis espécies. 

Porém, os corpos deixados sem cabeça jamais se autonomizaram; ou seja, permaneceram sem cabeça. No entanto, segundo os investigadores, esses descartados corpos reagiram ainda assim a estímulos durante vários meses até finalmente se decomporem. Realmente maravilhoso, não acham?!

Livres de Parasitas! (decepar para viver!)

Seria fantástico que o pudéssemos mimetizar ou até clonar na referência máxima de, ao livrarmo-nos de todos os males, decepássemos também nós seres humanos, as nossas tão magníficas cabeças. Não o fazemos. Ainda. Livres de incómodos tumorais, excrescências que tais ou, meras viroses intemporais, o certo é que não possuímos ainda essa endeusada capacidade de nos regenerarmos à semelhança destas tão fabulosas Lesmas-do-Mar.

Mas para lá caminhamos. É por e para isso que os cientistas lutam e se afincam em saber de todas estas transformações, todos estes alternativos processos biológicos que um dia nos serão porventura muito úteis. 

Sayaka Mitoh - apesar de ter levado um imenso susto ao deparar-se com as suas amadas lesmas sem cabeça e, supostamente em processo auto-infligido, observou depois - também teve a frieza necessária para a partir daí as estudar em maior rigor ou reverencial respeito.

A Auto-Amputação conhecida no mundo científico por «Autotomia» não é incomum no reino animal como é do conhecimento geral. Ter a capacidade de deixar para trás uma parte do corpo como a cauda, ajuda de facto muitos animais a evitar a morte em caso de predação. No entanto, nenhum animal da fauna terrestre foi jamais visto ou observado a abandonar o seu corpo inteiro para que este fenecesse...

Sayaka Mitoh - da Universidade Feminina de Nara, no Japão - e principal responsável por esta descoberta, afirmou: - "Ficámos surpresos ao ver a cabeça a mover-se logo após a Autotomia. Pensámos também que ela (a lesma) morreria em breve, sem um coração e outros órgãos importantes. Mas novamente ficámos surpreendidos ao descobrir que ela regenerava o corpo inteiro."

A descoberta foi feita por mera casualidade, segundo o que os investigadores nos contam. A cientista Mitoh é hoje uma célebre candidata ao doutoramento (Ph.D.) no laboratório de Yoichi  Yusa - Professor Dr. de Nara Women`s University (Japão) - tendo cerca de 121 estudos publicados.

O Laboratório de Yoichi Yusa cria lesmas-do-mar a partir de ovos para deste modo se poder estudar os seus históricos traços de vida. O seu «corriculum vitae» portanto.

Um dia, a senhora Mitoh - colaboradora neste laboratório - viu algo inesperado: Um indivíduo Sacoglassano (ou lesmas-do-mar sugadoras de seiva) a mover-se sem ter o seu corpo acoplado. Quando Mitoh olhou para dentro do tanque para ver melhor, observou com espanto algo ainda mais chocante: a cabeça decepada da criatura estava a mover-se de forma inteligente em redor do tanque e, a mastigar algas como se nada de incomum se passasse - ou, em ser agora uma Lesma Sem Corpo!

A investigadora Mitoh também reparou de que existia um ferimento causado pela decapitação, observando então mais em pormenor sinais de que esse ferimento teria sido auto-infligido e não de causa externa. Notou que era como se a Lesma-do-Mar tivesse feito dissolver o tecido em volta do pescoço e arrancado a sua própria cabeça.

Toda a equipe conseguiu mesmo observar e, testemunhar algo incrédula, esta mesma acção projectada duas vezes; ou seja, viram estupefactos o mesmo indivíduo Sacoglassano fazê-lo por duas vezes, decapitando-se de forma absolutamente natural.

O Relato dos Investigadores (agora já mais calmos e cientes da natureza destas duas espécies) fez-se de modo específico: «A cabeça, separada do coração e do restante corpo, moveu-se sozinha imediatamente após essa separação. Em poucos dias, a ferida na parte de trás da cabeça fechou.» E exemplificaram:

"As cabeças de ambas as lesmas relativamente jovens, tanto da Alysia marginata como da Alysia atroviridis, começaram a alimentar-se de algas em poucas horas." Foi iniciado assim o processo de regeneração do coração numa semana. Em cerca de três semanas o processo foi concluído. A Regeneração estava realizada!

A conclusão foi uma só: Elas decapitam-se propositadamente com a finalidade ou intuito de facilitar o crescimento de um novo corpo. Admirável, é só o que se pode acrescentar deste tão generoso processo da natureza em relação a estes moluscos gastrópodes marinhos.

Nas sequenciais experiências que se seguiram - em particular nos indivíduos mais velhos - verificou-se que as cabeças destes não se alimentaram (diferentemente do que sucedera com aquelas mais jovens),  e faleceram num período que rondou os 10 dias. Em qualquer dos casos, Os Corpos Rejeitados Não Regeneraram Uma Nova Cabeça.

Todavia, há que o dizer, esses corpos decepados ou sem cabeça tiveram ainda a capacidade de se mover, reagindo ao serem tocados numa duração que deixou expectantes os investigadores e que se prolongou por vários dias e até meses numa resiliência ímpar.

Os Ilustres Investigadores - Mitoh e Yusa - têm hoje a certeza de como as Lesmas-do-Mar  conseguem fazer essa impressionante mestria. Mas, acentua Mitoh, tanto ela como Yusa também suspeitam de que deve de haver células semelhantes ao tronco na extremidade cortada ou decepada do pescoço, que por sua vez são capazes de regenerar o corpo, não sendo ainda de todo compreensível a razão pela qual o fazem. Ou seja, não está ainda totalmente claro por que o fazem...

Uma grande possibilidade ou mais exactamente probabilidade é que, através desse acto, possam facilitar a remoção de Parasitas Internos que inibem a sua reprodução e desenvolvimento. 

Todavia, os investigadores também não sabem ainda esclarecer-nos por que razão (ou pista) imediata que os leva a abandonar o resto do corpo. Estas são, sem dúvida alguma, as áreas e as pertinentes questões para futuros estudos poderem possivelmente desvendar.

As Lesmas-do-Mar em questão já eram únicas por incorporarem aos próprios corpos Cloroplastos de Algas que comem e lhes serve de alimento - hábito conhecido como «Cleptoplastia». 

Este processo natural biológico dá assim a capacidade mas também a funcionalidade aos animais de poderem abastecer os seus corpos por meio da fotossíntese.

É sugerido então pelos cientistas deste estudo que estas espécies possuem esta privilegiada habilidade e apetência únicas para ajudá-los a sobreviver após à já referida Autotomia (a rejeição de uma parte do corpo), pelo tempo suficiente para que esse corpo se regenere - ou tenha desse modo o tempo necessário para essa regeneração estar concluída.

Estas descobertas realizadas com as Lesmas-do-Mar representam assim Um Novo Tipo de Autotomia, em que animais com planos corporais complexos perdem a maior parte do seu corpo. 

"Como o corpo do Galpão costuma ficar activo por meses, podemos estudar o mecanismo e as funções da Cleptoplastia, usando para isso órgãos, tecidos ou até células-vivas. Estes estudos são quase totalmente inexistentes, já que a maioria dos estudos sobre Cleptoplastia em Sacoglassanos é feita ao nível genético ou individual."           (Remata Sayaka Mitoh)

Para finalizar o texto, há que aqui acentuar as palavras do curador-sénior de zoologia de invertebrados da Academia de Ciências da Califórnia (EUA), que reiterou: "Já sabemos há muito tempo que as lesmas-do-mar têm capacidades regenerativas, mas isto realmente vai muito além do que pensávamos!"

Também no «The New York Times» vem algo subjacente que completa este texto, reportando-nos de que o Dr. Gosliner - que descobriu mais de um terço de todas as espécies conhecidas de lesmas-do-mar,  suspeita que «A Impressionante Capacidade Regenerativa dessas Lesmas-do-Mar» pode estar relacionada a outro talento biológico impressionante que possuem.

Elysia marginata e Elusia atroviridis são frequentemente chamadas de «Lesmas-do-Mar movidas a Energia Solar». Elas situam-se entre um pequeno número de lesmas que podem incorporar Cloroplastos das Algas nos seus corpos, alimentando-se destes como já se referiu. Isso permite que as lesmas se sustentem, pelo menos parcialmente, nos açúcares que os cloroplastos produzem por meio da fotossíntese.

Bem, como Meio de Evitar a Predação ou «simplesmente» para Expelir Parasitas Internos, as Lesmas-do-Mar possuem uma faculdade extraordinária, disso ninguém duvida!

Ainda de acordo com os investigadores, a espécie Elysia atroviridis em indivíduos ou moluscos  gastrópodes marinhos que deceparam as suas cabeças, possuíam parasitas internos (no caso da espécie Elysia marginata, em nenhum indivíduo foi encontrado parasitas). 

Ao que se sabe, ao se livrarem dos corpos infestados - como o ser humano o faz mas na proporção exacta e bem diferenciada aquando sofre uma infestação de piolhos - elas expulsam-nos com sucesso regenerando. Só que diferentemente de nós (humanos) que usamos apenas uma loção capilar para os exterminar, elas simplesmente cortam as suas cabeças e está feito.

Kenro Kusumi - biólogo da Universidade Estatal do Arizona (EUA) - afirmou taxativo: "Seja qual for o propósito, as Habilidades Regenerativas dessas Lesmas-do-Mar são notáveis!" E ressalva: "É tão interessante ver tantas características de regeneração no Reino Animal reunidas num único organismo."

O certo é que avanços na área da Medicina Regenerativa poderão finalmente ver a luz do dia. E novos desenvolvimentos a surgir por feliz imposição destas descobertas maravilhosas sobre a espécie Elysia marginata e a espécie Elysia atroviridis (há que lhes fazer a devida homenagem!) até que todos os segredos das lesmas sejam não só desvendados mas esclarecidos.

E até que o último e grande Segredo das Lesmas - todas aquelas que são movidas a Energia Solar - seja finalmente revelado, muitos destes investigadores onde está incluída a cientista Mitoh, continuarão a estudar as suas amadas lesmas e, diga-se de passagem já sem grande surpresa, a vê-las sem cabeça.

Mesmo que não seja algo de prazenteiro, há que reconhecer o eficaz método cirúrgico que elas em si executam e contemplam. No fundo, existe apenas a grande finalidade de: Decepar para Viver!

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