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terça-feira, 23 de março de 2021

Sequestrada! Há biliões de anos...

 

Água em Marte: a feliz revelação de que uma elevada quantidade de água (quiçá um oceano) poderá - ainda hoje! - estar sequestrada na crosta marciana e não, como se pensava até aqui, ter escapado para o Espaço. Ou seja, existe agora toda uma franqueada possibilidade desta água não-reciclada e no seu estado mais puro, estar inserida num enorme reservatório de antigos minerais hidratados.

Tudo o que se passa em Marte não fica em Marte, contrariando a terrestre tese de que por vezes é bem melhor não se saber o que se passa efectivamente em certos locais. Não é o caso. Principalmente quando se tem o robô Perseverance e o seu inestimável amigo tecnológico de permeio (o helicóptero Ingenuity) a seguir-lhe as pegadas num planeta que todos os dias no surpreende pela positiva.

Marte é sem dúvida alguma a nossa grande e única esperança (até ao momento) de exploração espacial e interplanetária. Todos os nossos olhos para si estão virados numa incessante e entusiasmante procura de vida microbiana e extraterrestre. 

Há motivos para isso e para muito mais. Marte, apesar de nada afectivo e hospitaleiro planeta, tem a sedução máxima de nos fazer sonhar com a probabilidade de uma extensão da Terra em futuras e cosmopolitas cidades ainda que inicialmente alocadas como bolhas ou invioláveis casulos para melhor adaptabilidade e habitabilidade humanas. 

O sonho é possível e a realização deste também, basta o Homem querer. Ou os deuses assim no-lo permitirem em constante vigilância do que faremos ou não de razoável e, admissível, em termos de civilização exploradora e colonizadora.

Por ora, tudo parece correr-nos de feição. Estamos assim a dar os primeiros passos - estando ou não já inclusos dentro de todo o sistema planetário de Marte, pois há quem afirme com toda a clareza, indução e muita suspeição de que os seres humanos já por lá andam há muito...

E isto, contemplando todas as teorias não da conspiração mas da mais alta influência de uma História mal-contada e de uma Arqueologia perdida, que alegam os seres extraterrestres unidos aos humanos possuírem bases e frondosos túneis subterrâneos (em óbvio programa secreto de ficheiros jamais revelados à opinião pública e ainda por cima com o aval de forças externas mas complementares a esse programa que obviamente tudo monitorizam). E claro está, fazendo deste planeta um Lázaro ressuscitado por vias de uma sofrida catástrofe.

Marte tem tanto de misterioso quanto da verídica afirmação do que, em termos inenarráveis ou mesmo distópicos, podemos assemelhar à catastrófica essência cósmica existente; todavia esta ser de origem natural, Marte infere-nos que tal não o tivesse sido e que, segundo John E. Brandenburg contextualiza na sua obra «Death on Mars», este planeta pereceu devido a um terrível massacre nuclear planetário.

Irrefutáveis ou não essas ditas provas geológicas (e não só) de ter ocorrido esse trágico evento à escala planetária que tudo ceifou neste Planeta Vermelho, muitos são os que consideram estar-se em pleno a viver uma nova realidade sobre este nosso planeta vizinho. 

Catástrofe nuclear - induzida por uma ou duas rasantes bombas de hidrogénio lançadas sem qualquer piedade sobre o planeta - e que, perpetrada por severa mão interestelar ou derivada de um qualquer evento cósmico como um mega-meteorito, fez Marte ter sido inquestionavelmente «bombardeado e de certa forma desactivado» (deixando para trás imensos vestígios isotópicos dessas vastas explosões que perduram até aos nossos dias) de todas as suas funções planetárias.

Mas não falemos de Morte. Antes de Vida. Pois se água é vida, então talvez haja esperança de nela se concentrar o resquício de toda uma civilização há muito existente e proeminente (e hoje extinta?...) em Marte. Terão sobrevivido?... Terão ido para outros planetas inclusive a Terra?... Não se sabe, mas urge encontrar uma resposta mais que não seja numa simples gota de água...

Novas Imagens de Marte dizem-nos de que nem tudo está perdido. Novas Investigações aferem-nos de que este planeta já foi pululante e exuberante de rios, lagos e oceanos como na Terra. 

Água congelada nos pólos, bacias hidrográficas pontuais que, sendo devidamente e tecnologicamente assistidas, poderão eclodir em água líquida que de futuro nos servirá de alimento e sustento a novas ou renascidas formas de vida em Marte. 

Só agora se iniciou esse processo em laboratório e em análise, pelo que um mundo novo se abrirá enfim se quisermos empoderar novos conhecimentos e novas realidades numa eventual e poderosa missão fora da Terra. O Futuro cumpre-se hoje!

Daí que investigadores do Caltech - Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA - e do JPL, da NASA, analisando a atmosfera e o registo rochoso de Marte, tenham feito a feliz descoberta que a quantidade de água de aproximadamente um oceano foi sequestrada na crosta de Marte há biliões de anos. Admirável!

(Em Registo: O estudo foi publicado na revista Science em 16 de Março de 2021 e tem por título «Secagem de Marte a longo prazo por sequestro de volumes de água em escala oceânica na crosta», da autoria de El Scheller; BL Ehlmann; Renyu Hu; DJ Adams e YL Yung.)


Missões em Marte: o que os robôs nos dizem sobre este tão famoso Planeta Vermelho. Em 26 de Fevereiro de 2020, um artigo publicado na revista «Science Advances» aludia a como Marte já poderia ter tido ou hospedado oceanos e vida. Sem ser já novidade há sempre a surpresa de podermos sonhar em ser um dia os «novos marcianos»; isto é, se a terraformação se der e a evolução acontecer, tão naturalmente quanto o pisarmos Marte um dia destes...

Novas investigações ajudaram assim os Astrobiólogos do nosso planeta Terra a entender melhor ou, de forma mais clara e sucinta, reconhecer a alcalinidade, o pH e o conteúdo de Nitrogénio existentes nas mais antigas águas do Planeta Vermelho - e, por extensão, a composição de Dióxido de Carbono havida também na antiga atmosfera do planeta.

Conhecer Marte

Nunca como agora foi tão forte o desejo e o empenho de se compreender e conhecer Marte. Nestes últimos anos a comunidade científica que engloba e envolve os Astrónomos, os Astrofísicos e, em particular os Astrobiólogos, que tentam saber em pormenor ou mais especificamente a realidade geofísica do planeta em termos geológicos no estudo da origem, evolução, distribuição e o futuro da vida no Universo, que tudo tem dado um pulo de gigante. 

Principalmente, devido às laboriosas investigações que orlam o estudo e a análise das amostras recolhidas de certas regiões terrestres que, supostamente muito semelhantes às de Marte, fornecem aos cientistas a informação correcta sobre as mesmas.

Como por exemplo, na cratera de Nordlinger Ries, no sul da Alemanha, onde uma equipe de cientistas da UCR (University of California, Riverside) descobriu fortes e contundentes evidências de que Marte já possuiu vastos oceanos de água líquida há cerca de 4 biliões de anos, sendo que, a cereja no topo do bolo como se diz na gíria, foi ter encontrado razões para se afirmar de que alguns micro-organismos poderiam ter sobrevivido se a ancestral água marciana tivesse havido um nível de pH neutro e fosse altamente alcalina. 

Suspeita-se também que níveis muito altos de CO2 (dióxido de carbono) tenham de facto tornado possível a existência de água líquida e até algumas formas de vida microbiana há longa data. Os cientistas alegam contudo, que mais e melhores evidências serão observadas e esclarecidas assim que as amostras da missão Rover 2020, da NASA, chegarem à Terra. 

O que posteriormente se analisará convenientemente sobre os isótopos de nitrogénio (ainda que se leve cerca de uma ou duas décadas a tal entendimento, na duração que se perspectiva as amostras levarem a pisar chão terrestre) - de acordo com o que os cientistas proferem.

Admitem também que esta foi a «Primeira Vez» que se pôde dar com toda a certeza uma resposta concisa, uma vez que anteriormente a este estudo nada se sabia ou nada estaria assim tão claro se, algo tão simples como os Isótopos de Nitrogénio, poderiam ou não ser usados para se estudar o pH das ancestrais águas em Marte - sendo o pH um parâmetro-chave no cálculo do CO2 na atmosfera.

Quebrando em parte a ainda enigmática história da Atmosfera de Marte, os cientistas desenvolveram a partir deste estudo novas e analíticas ferramentas para chegar à conclusão se houve vida no planeta. Em questão, não só a composição química dos elementos na água e na atmosfera (que se entendia para onde grande parte das águas líquidas do planeta se tinham evaporado) mas, uma maior compreensão sobre a alcalinidade, o pH e o conteúdo de Nitrogénio das ancestrais águas de Marte.

(Em Registo: o estudo foi publicado na revista «Science Advances» (em 26 de Fevereiro de 2020) om o título «Razões de Isótopos de Nitrogénio rastreiam condições de pH alto num terrestre e analógico local de Marte», em que os seus autores são: Eva E. Stüken, Christopher Tino, Gernot Arp, Dietmar Jung e Timothy W. Lyons.)

Todavia este brilhante estudo, outros surgiram entretanto que admitem também «que apesar do escape atmosférico ter havido um importante papel na perda de água, as impressionantes descobertas das últimas décadas, têm vindo por sua vez vindo a demonstrar (ou a acrescentar) de que não só a atmosfera cativou essa água como ela foi igualmente mantida num enorme reservatório de antigos minerais hidratados», cuja formação certamente terá feito diminuír a disponibilidade de água no planeta e ao longo do tempo.

Quem o afirma agora são os valorosos investigadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, que, através de novos dados adquiridos, desafiam a teoria até aqui implementada de que toda a água de Marte se teria escapado para o Espaço. 

Nada mais errado, aferem. Analisando a Atmosfera assim como o registo rochoso de Marte (na sua óptica geológica), os cientistas descobriram que, a quantidade de água absorvida por um oceano, foi mantida e sequestrada na crosta de Marte há muitos e muitos biliões de anos. Inacreditável!


Refém no interior de Marte: um oceano aprisionado! Cientistas de Caltech (California Institute of Technology) e JPL (Jet Propulsion Laboratory, NASA), desafiam hoje a teoria até aqui vigente de que a água do Planeta Vermelho escapou para o Espaço. Afirmam então que, uma significativa porção da água marciana - mais exactamente entre 30 e 99% - está presa dentro de minerais na crosta do planeta.

Em termos humanos e quiçá futuros de exploração em Marte de se acorrer e recorrer a recursos de mineração e extracção (de minérios ou dessa poderosa água que eventualmente poderá conter ainda muitas outras surpresas bacteriológicas não tão fabulosas assim para a contaminação humana), talvez seja demasiado cedo para se deitar foguetes; ou seja, não será oportuno, ainda, perspectivar algo nesse sentido. No entanto, as novidades prometem...

Há Água na Crosta!

Seria assim que um qualquer Marinheiro Português da Era Quinhentista clamaria aos sete ventos a mestria de ver terra à vista ou, estranhamente também, uma florescente queda de água em oásis. Nem mais. Há que ecoar as descobertas de igual forma, digo eu. 

Existe de facto um deslumbramento sem par aquando se vislumbra algo assim. E não é para menos, pois as potencialidades avolumam-se e, creditam-se, na mesma proporção com que se vão edificando as ideias, projectos e cumulações da possível e futura vivência em Marte por parte dos humanos. 

Existir um refém destes é como se houvesse um outro amanhã de esperanças e cobranças que mais tarde nos servirão de berço e jazida - com tudo o que isso implica se o soubermos extraír e aplicar em transmissibilidade (mas também prudência), se desejarmos que este planeta possa revigorar vida além da que um dia já possuíu e, por uma ou outra razão mais expedita e não-fortuita, algo ou alguém lha retirou...

Cientificamente, os Planetas Interiores (ou telúricos) como é o caso de Marte cresceram por acreção próximos do proto-Sol - onde se sabe as temperaturas da nebulosa eram (ou seriam) elevadas e onde apenas matérias constituídas por densos silicatos se estavam a condensar. 

Todos eles mantêm Crusta ou Crosta (camadas superficiais) e Manto (camadas sólidas interiores) formados por rochas de silicatos e um núcleo mais denso muito rico em ferro.

Em relação a Marte é do conhecimento geral que a temperatura à superfície é muito baixa, variando entre -140ºC e uns positivos 20ºC; a água líquida não pode existir à sua superfície devido às baixas temperaturas e a sua pressão atmosférica é de apenas um centésimo da Pressão Atmosférica da Terra. 

A Ténue Atmosfera de Marte é composta principalmente de CO2 (dóxido de carbono). Este, a par de algum vapor de água, congela nos pólos dando lugar a calotes polares que se expandem e contraem com as estações.

Os Mundos Mais Maciços - como Vénus, Terra ou Marte - que ganharam originalmente mais energia de acreção também e, subsequentemente, foram alvos de maior desintegração de Isótopos Radioactivos de semividas longas. Em Marte, a actividade geológica é actualmente o resultado de ventos, glaciação e de processos atmosféricos. Mas mais há certamente, sendo o que os cientistas há muito buscam...

Planeta Vermelho?... Jamais! Há biliões de anos este planeta não seria assim chamado. De todo! Seria tão ou mais azul do que a Terra. Seria provavelmente tão feericamente azul e tão belo que nenhuma semelhança haveria ao que hoje se observa de planeta supostamente estéril e inútil. Acreditamos que o não seja, por tudo o que os novos e efusivos estudos apontam e nos relatam de incríveis descobertas.

Marte já deteve em si grandes lagos, oceanos, piscinas ou fabulosas bacias hidrográficas tão prenhes de vida quanto as existentes na Terra. Mas a grande questão impõe-se: Mas então, para onde foi toda essa água??? Não sendo de fácil resposta, estamos hoje mais perto de saber de Toda a Verdade, pelo que os investigadores de Caltech e de JPL nos afirmam com toda a clareza e prontidão: «Está refém da crosta!» Ou seja, não foi para lugar algum, estando presa dentro de minerais na crosta.

A Equipe Caltech / JPL descobriu então que há cerca de 4 biliões de anos, Marte era o lar de água suficiente para cobrir todo o planeta num oceano que mediria cerca de 100 a 1.500 metros de profundidade - um volume aproximadamente equivalente a metade do Oceano Atlântico do nosso planeta Terra. Mas, acrescentam os investigadores, cerca de um bilião de anos depois, o planeta estava tão seco quanto hoje!

Anteriormente, os cientistas que procuravam explicar o que aconteceu a toda essa água que abundantemente fluía em Marte, sugeriam então que ela se teria escapulido para o Espaço, vítima obviamente da baixa gravidade de Marte. Embora parte da água tenha realmente deixado Marte dessa forma, actualmente a percepção que se tem é que tal fuga não pode ser conotada como responsável pela maior parte da perda de água.

A candidata ao PhD do Caltech, Eva Scheller (MS`20) - autora principal da investigação e de um artigo publicado pela revista Science em 16 de Março de 2021 e apresentado nesse mesmo dia na Conferência de Ciência Lunar e Planetária (LPSC) - mencionou de forma taxativa:

"O escape atmosférico não explica totalmente os dados que temos sobre a quantidade de água que realmente existiu em Marte."

Há que referir que Scheller não está só nesta aferição; para isso contribuíram de forma árdua e generosamente outros co-autores do estudo que são: 

Bethany Ehlmann, professora de Ciências Planetárias e directora associada do Instituto Keck de Estudos Espaciais; Yuk Yung, professor de Ciência Planetária e investigador-sénior/cientista do JPL; Danica Adams, estudante de graduação da Caltech; e Renyu Hu, cientista-investigador do JPL. (Há que mencionar que o Caltech administra o JPL para a NASA).

A equipe estudou assim a quantidade de água em Marte ao longo do tempo e todas as suas formas conhecidas (vapor, líquido e gelo) e a composição química da  actual atmosfera, assim como da crosta do planeta por meio da análise de meteoritos - utilizando para esse fim os preciosos dados fornecidos pelos robôs e orbitadores de Marte, olhando em particular para a razão ou consistência de Deutério para Hidrogénio (D / H).

Como todos bem sabemos a água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de Hidrogénio e um de Oxigénio (H2O). É abundante no nosso Universo (havendo provavelmente outros universos com outras substâncias químicas desconhecidas para nós, humanos, ou mesmo uma não-existência em termos físicos ou das leis da Física tal como as conhecemos...). 

No planeta Terra a água cobre grande parte da sua superfície, pelo que o seu tom azulado (segundo a perspectiva dos homens que foram à Lua e mais recentemente os astronautas que se mantêm na ISS) esta é de uma coloração absolutamente indescritível; de um azul maravilhoso. E, na sua origem, é o maior constituinte dos fluidos dos seres vivos; na Terra, ou fora dela supostamente...

Voltando ao H2O (água): Há que dizer entretanto que nem todos os Átomos de Hidrogénio são criados iguais ou da mesma maneira. Existem dois Isótopos estáveis de hidrogénio.

A Grande Maioria dos Átomos de Hidrogénio possui apenas um protão dentro do núcleo atómico, enquanto uma pequena fracção existente (cerca de 0,02%) como Deutério - ou o denominado «hidrogénio pesado» que tem um protão e um neutrão no seu núcleo.

O Hidrogénio Mais Leve - também conhecido como «Prótio» - tem mais facilidade (ou habilidade) para escapar da gravidade do planeta para o Espaço do que efectivamente a sua contraparte mais pesada.

Devido a esse factor, o escape da água de um planeta induzido ou cativado pela Atmosfera Superior deixaria sem dúvida alguma uma assinatura assaz reveladora na proporção de Deutério para Hidrogénio na atmosfera do planeta; haveria então uma descomunal porção de Deutério deixada para trás.

No entanto, a perda de água apenas e através da Atmosfera não consegue explicar de todo o sinal de Deutério para o de Hidrogénio observado na atmosfera marciana; assim como as grandes massas ou quantidades de água no passado. 

Em vez disso, o estudo propõe de forma clara que terá existido uma combinação de dois mecanismos - O Aprisionamento de Água em Minerais na Crosta do Planeta e a Perda de Água para a Atmosfera - explicando-se desta forma singela mas assertiva o sinal evidente de Deutério para Hidrogénio observado na Atmosfera Marciana.

Quando a Água Interage com a Rocha, o intemperismo químico forma argilas e outros minerais hídricos que contêm água como parte da sua estrutura mineral. 

Este processo ocorre tanto na Terra quanto em Marte. Como a Terra é tectonicamente activa, a Crosta Velha exerce um poder de estar continuamente a derreter no Manto formando então uma Nova Crosta nos limites das placas, reciclando a água e outras moléculas de retorno à atmosfera através do vulcanismo ou actividade vulcânica.

No entanto, Marte em princípio é tectonicamente inactivo. E, portanto, a dita «secagem» da superfície, uma vez que ocorre é ou torna-se permanente.

A Professora Bethany Ehlmann, referencia: "O escape atmosférico teve claramente um papel efectivo na perda de água, mas as descobertas desta última década de missões  a Marte, apontaram para o facto de que havia um enorme reservatório de antigos minerais hidratados cuja formação certamente diminuiu a disponibilidade de água ao longo do tempo."

A candidata ao PhD, Eva Scheller, afirma por sua vez: "Toda essa água foi sequestrada bem no início e nunca mais reciclada. A investigação, que se baseou em dados de Meteoritos, Telescópios, Observações de Satélite,  e amostras analisadas por Rovers (robôs ou veículos robóticos) em Marte, ilustra a importância de haver várias maneiras de sondar o Planeta Vermelho."

Ehlmann, Hu e Yung colaboraram anteriormente em pesquisas que buscam entender a habitabilidade de Marte traçando para isso a história do carbono, uma vez que o Dióxido de Carbono é o principal constituínte da Atmosfera.

De seguida, a equipe tem planos para continuar a utilizar os dados Isotópicos - e de composição mineral - para desta forma continuar também a estudar e, a possivelmente determinar, o destino dado ao Nitrogénio, assim como dos minerais que contêm em si enxofre.

Além do que já foi referido, a investigadora Eva Scheller também planeia continuar a examinar os processos pelos quais a água da superfície de Marte foi perdida para a crosta, utilizando para esse fim muitas outras experiências laboratoriais que possam simular Processos de Intemperismo Marcianos, bem como através de observações da crosta antiga - derivadas de futuras imagens captadas pela Perseverance Rover que desceu em Marte no dia 18 de Fevereiro de 2021.

Scheller e Ehlmann também ajudarão nas operações de Marte 2020 para a efectiva recolha de amostras de rochas marcianas com o objectivo crucial destas retornarem à Terra, o que irá eventualmente permitir em futuro próximo (ou muito em breve) aos investigadores e aos seus colegas, testar todas essas hipóteses sobre as verdadeiras causas das Mudanças Climáticas em Marte.

Sequestrada! - Disseram os cientistas. Refém, aprisionada e provavelmente obliterada na sua maior missão planetária de lhe dar vida e curso, acção e beneficiação que outrora tudo fez fluír e ressurgir à semelhança da evolução e vida na Terra: a água!

Buscamo-la no nosso planeta, na Terra; em Marte e em todos os planetas e exoplanetas que os mais fiáveis e avançados telescópios e sondas de observação nos ditam existir desse preciso líquido essencial à vida. 

Através desta tão poderosa substância química, aliada a uma temperatura amena vinda da estrela-mãe, estrela solar deste ou de outro qualquer sistema solar do Universo, e sob a miríade de planetas em zonas de habitabilidade coesas, a vida emana tudo de si, mesmo que sob outras formas, mesmo que sob outras ópticas e concepções vívicas que ainda não conhecemos ou dominamos. 

Estaremos nós sequestrados também desta maravilhosa fonte de vida?... Possivelmente sim. Hoje e sempre, ainda que transmutados ou hibidizados para outras realidades e mundanidades, estaremos sempre também nós reféns deste elemento que nos deu vida; neste ou em qualquer outro planeta.

Sequestrados de um poder maior que nos fez biologicamente nascer, desenvolver e... renascer, pois que morrer não entra neste léxico selectivo e tão produtivo de vida. E mais não é possível dizer!

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