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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Aranhas no Espaço

 

Da Terra para o Cosmos: a evasão perfeita dos aracnídeos que, seguindo a luz, nos determinam os ainda enigmáticos caminhos do Universo, à sua pequena escala é certo, mas que nos dá a compreensão também perfeita da imperfeição dos espaços. E dos sonhos; na Terra e fora dela...

(Em registo: quem se atrever a visualizar esta espectacularidade do mundo das aranhas, em particular da Esmerelda, a aranha-vedeta videográfica, poderá acorrer ao vídeo do Youtube «Spiders in Space» em que se observa a Esmerelda a construir de forma entusiástica uma teia no Espaço, na ISS - através da BioServe Space Technologies em imagens captadas em 2011) 

Repulsivas para uns mas essenciais à vida no equilíbrio instado no ecossistema da Terra, as aranhas são agora a «prima donna» dos cientistas que as estudam e identificam na forma mais admirável de uma cruzada cósmica como pioneiras e guias espaciais através da luz. 

Conhecidas como «Arachnautas» num termo significativamente terno, há que aprender com elas e ser, também como elas, as trabalhadoras incansáveis mesmo que num meio hostil ou de gravidade zero. A luz que as influencia determina provavelmente e, igualitariamente, tudo o que nos conduz - na Terra ou fora dela. Somos todos seres do Universo por entre a energia da luz ou o escuro da matéria. E as aranhas sabem disso! 

Há que acrescentar então que, quem for mais susceptível ou sensível a estes temas e a estas abordagens - ou sofrer compulsivamente de Aracnofobia - por favor não leia este texto nem o seu contexto, o que lamentamos, pela prestigiada e não menos admirável investigação realizada por cientistas da Universidade de Basileia, na Suíça, que assim o advoga. «Aranhas no Espaço» é só o começo...

(The Science of Nature, 2020: Aranhas no Espaço - comportamento relacionado à teia orbital em gravidade zero», da autoria de: Samuel Zschokke; Paula E. Cushing e Stephanie Counttyman)

                                                    ARANHAS NO ESPAÇO

As Aranhas no Espaço segundo nos reportam actualmente os cientistas, poderão ser agora e no futuro próximo, as grandes precursoras do que um dia sonhámos desempenhar e conhecer através destes magníficos artrópodes que, levados ao máximo da sua resistência e sobrevivência, nos deu a surpreendente percepção do fundamental papel da luz na orientação espacial.

Pessoalmente não sou fã de se terem, no passado, utilizado diversos animais como experiência cimeira do que o Espaço nos escondia, sendo que ainda hoje nos intimida um pouco emocionalmente, tanto os primeiros como os últimos momentos desses animais em face ao desconhecido e, provavelmente, da aterradora experiência que viveram na solidão e na incompreensão do que os humanos lhes fizeram.

Contudo, reconhece-se a necessidade ou mais exactamente a exigente e de certa forma despudorada factualidade (de práticas correntes que hoje seriam completamente absurdas e destituídas de direitos adquiridos sobre os animais) na prossecução da exploração espacial da época, para tal se praticar.

Ser-se-á muito ingénuo ou mesmo um profundo idiota se não se considerar que todas essas experiências são continuadamente produzidas e reproduzidas não só a nível espacial mas também a nível terrestre nos milhares de laboratórios espalhados pelo globo. E por mais que os ditos «amigos dos animais» se insurjam, esta realidade é e continuará a ser uma directriz que o ser humano jamais abdicará; feliz ou infelizmente. 

Todavia esta referência, há que prodigalizar de que foi através destes animais que muito se soube não só sobre o que se passava na Terra (em termos biológicos) mas também no Espaço. Desta vez a chamada nomeação de congratulação é dada às mais famosas aranhas do momento, evasoras que foram do seu espaço no Espaço. Um prodígio! E esse prodígio forneceu-nos novas revelações: Há que seguir a luz!!!


A luz: o poderoso meio que tudo indica no Espaço. Os seres humanos levaram Aranhas ao Espaço. Mais de uma vez. Por diversas vezes e sobre várias experiências se estudou a importância da Gravidade para a construção da teia, da sua teia. Terá sido um sucesso?... 

Nem sempre, afirmam os cientistas; contudo, a objectividade confirmada no crucial papel da luz fez surpreender tudo e todos ao registar-se esta ser fundamental na orientação dos aracnídeos no Espaço. As aranhas estão assim no foco de todas as coisas. Aprenderemos algo com elas?... Possivelmente sim; só temos de seguir a luz...

Dos Fracassos ao Sucesso

O que originalmente começou com uma experiência de RP um tanto mal-sucedida (ou de pequeno vislumbre científico), para os então alunos e iniciais investigadores do Ensino Médio (em Portugal define-se como Ensino Secundário), produziu mais tarde a fantástica e surpreendente descoberta/percepção de que a luz possuía ou desempenhava de facto um papel de grande relevo na orientação dos Aracnídeos (Arachnida) - uma subclasse do filo dos artrópodes.

Foi então descoberto que - Sem Gravidade - os aracnídeos faziam da luz a chave para essa orientação. Todavia, há que não esquecer os fracassos anteriores, o que em parte desmotivou a que novas experiências se realizassem. 

Não foi o caso da NASA. A experiência recentemente pensada e executada pela NASA - agência espacial norte-americana - é, e será eventualmente para a posteridade, uma grande lição sobre os frustrantes fracassos havidos, pelo que acidentes de percurso às vezes tidos, acabam por levar a inesperadas e felizes descobertas nessas pesquisas.

Segundo os cientistas a questão era relativamente simples: na Terra, as aranhas constroem as suas teias de modo assimétrico e, com o centro deslocado em direcção à borda superior. Quando as aranhas estão em repouso, elas sentam-se com a cabeça para baixo devido a terem a possibilidade de se moverem mais rapidamente nessa posição - na direcção da gravidade - em direcção às presas recém-capturadas.

Mas o que os Aracnídeos fazem de facto em Gravidade-Zero?... Eis a grande questão. A qual a NASA tentou responder. Em 2008, a NASA pretendendo inspirar ou criar maior interesse nos estudantes do Ensino Médio (ou Secundário) nos Estados Unidos, estimulou a que se realizassem e incentivassem iguais experiências. 

Embora se constatasse algum interesse e a pergunta fosse genericamente simples, o planeamento e a execução dessa experiência - a realizar no Espaço - não seria de modo algum de cariz fácil. Ou seja, mostrar-se-ia extremamente desafiante. É claro que isso levou a que também surgissem muitos outros contratempos...

De acordo com o que foi publicado na Science Daily de 9 de Dezembro de 2020 confirmado em divulgação pelos investigadores da Universidade de Basileia (The University of Basel, in Switzerland) na Suíça, dois espécimes de duas diferentes espécies de aranhas voaram para a Estação Espacial Internacional/EEI ou mais exactamente ISS - International Space Station - como «Arachnautas» (que maravilhoso termo este!)

Estas famosas «Arachnautas» são constituídas assim pelo líder máximo (Metepeira labyrinthea) e um outro de seu científico nome (Larinioides patagiatus) - este último aracnídeo, tido e mantido como reserva caso o primeiro não sobrevivesse na experiência. Era o que os cientistas tinham previsto. Mas enganaram-se.


Aranhas Fugitivas: o que não se esperaria nunca de tão ínfimos mas pelos vistos espertos artrópodes que, limitados os espaços, se viram desenfrear outros numa contenda científica inaudita. 

O mirabolante feito deveu-se à que estava de reserva; ou seja, aquela a quem foi tirado o primeiro lugar do pódium e que achou por bem protagonizar um dos mais carismáticos capítulos da pesquisa aeroespacial. Agora, a medalha de prata reverteu na de ouro - e bem merecida que foi, pois revelou aos cientistas que uma aranha se não confina; na Terra ou fora dela...

A Fuga da Aranha-reserva

Aqui vai a minha homenagem à dita Larinioides patagiatus, a mais recente e afamada aranha que se não deixou confinar, isolar ou partilhar com a primeira a quem os cientistas votavam todas as atenções, todos os salamaleques da investigação científica. Tal como elemento do «Prison Break», este magnífico aracnídeo surpreendeu tudo e todos. Mais uma vez.

Conseguindo então escapar da sua câmara de armazenamento e habitat espacial de forma subreptícia e algo caprichosa de quem não teme ou dá por encerrado os espaços fechados (ainda que isso possa ter levado a que os cientistas se interroguem se poderá ter havido ou não a incúria e mesmo incompetência sobre a clausura eficaz ou hermeticidade desses espaços), este perspicaz aracnídeo, de forma impressionante, diga-se, fez-se deslocar até à câmara principal.

Segundo a explicação dos cientistas «A câmara não pode nunca ser aberta por razões de alta segurança», pelo que a aranha-vedeta (perdão, a que estava em segundo plano e de reserva), não pode nem poderá nunca ser recapturada. Será este o fim da nossa aventurosa aranha...? Sinceramente não acredito.

Ainda de acordo com os cientistas, ambas as aranhas teceram as teias de uma forma um tanto confusa, ficando uma na frente da outra. Terá sido por protecção, por eventual escudo, ou simplesmente a concepção atípica devido à influência da gravidade-zero?... Talvez que nem os cientistas no-lo saibam responder.

E as surpresas não ficaram por aqui: Nesta experiência inédita e muito curiosa, os cientistas observaram então que, não obstante a impressionante fuga da aranha de reserva, as moscas incluídas nesta investigação que serviriam como alimento às aranhas, reproduziram -se de forma mais célere do que o esperado; ou seja, mais rapidamente. Novamente a questão: Que terá determinado e accionado tal reprodução acelerada?!...

Neste estranho processo reprodutivo, observou-se que as larvas das moscas rastejavam para fora do recipiente de reprodução - no chão da caixa para a câmara experimental - e, passadas cerca de duas semanas, que tinham coberto grandes partes ou zonas da janela frontal. 

Após um mês passado, registou-se que não havia possibilidade de se visualizar mais qualquer das aranhas da pesquisa devido a estas se encontrarem por detrás de todo esse emaranhado de larvas das moscas. Mais uma vez, a camuflagem perfeita...

Esta falha não passando despercebida aos intervenientes da investigação porventura também terá gerado alguma desilusão e certa frustração. E incómodo. Foi o caso de Paula E. Cushing - do Museu de Ciência e da Natureza de Denver, nos EUA - que participou do planeamento do ensaio/experiência com as aranhas. Estaria tudo perdido?... É o que vamos saber.

Segundo regista este texto primorosamente redigido na Science Daily, «Quando a oportunidade de uma experiência semelhante se colocou de novo em 2011 a bordo da ISS, a investigadora envolveu o Dr. Samuel Zschokke, da Universidade de Basileia, para preparar e analisar a nova tentativa». 

Desta vez a experiência começou com o envolvimento de quatro aranhas da mesma espécie (Trichonephila clavipes): duas voaram para a ISS em habitats separados (chama-se a isto a verdadeira exploração dos espaços...), duas permaneceram no planeta Terra em habitats separados, tendo sido mantidas e observadas em condições idênticas às das suas companheiras que paralelamente viajavam no Espaço - exceptuando um pormenor muito importante: estas foram expostas à Gravidade terrestre.


Fêmeas que viraram Machos: a desordenada ou confusa situação gerada pelos contratempos que se vieram a verificar. No Espaço. A ISS nunca mais foi a mesma. 

Estas arachnautas malucas - ou muito mais lúcidas e inteligentes do que a comunidade científica esperava - mostraram-se dignas do seu papel. Como verdadeiras operárias obreiras teceram novas teias e, pasme-se, eram de facto muito mais simétricas e perfeitas (em gravidade-zero) do que as construídas pelas suas irmãs na Terra. E o factor luz muito determinante como veremos a seguir.

Os Contratempos e as Surpresas

O plano era simples, conciso e objectivo. Inicialmente usar-se-iam quatro fêmeas, mas outro contratempo ocorreu: As Aranhas tiveram que ser escolhidas ou seleccionadas para a dita experiência como espécies juvenis, sendo de extrema dificuldade o poder-se determinar com toda a fidelidade o sexo/género dos animais ou espécies juvenis.

No decorrer deste ensaio experimental duas das aranhas revelaram-se então como machos - os quais diferem acentuadamente em estrutura corporal e tamanho das fêmeas desta espécie quando totalmente adultas. Mas, finalmente, houve um golpe de sorte: um dos machos encontrava-se a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e o outro na Terra. Bafejados pela sorte dos deuses, os cientistas ficaram então mais animados.

Tal como uma empreitada de grande responsabilidade, os aracnídeos teceram as suas teias, desmontaram-nas, e criaram outras novas. Foram utilizadas três câmaras que, em cada um dos casos, tiravam fotos a cada cinco minutos numa projecção fotográfica impressionante. 

Os Investigadores Samuel Zschokke, Paula E. Cushing e Stephanie Countryman - da BioServe Space Technologies da Universidade do Colorado, nos EUA - que supervisionaram o projecto e o lançamento dos habitats certificados de voo espacial (que continham as aranhas e as larvas da mosca-da-fruta, assim como o sistema de câmaras da ISS), analisaram a simetria de cerca de 100 teias de aranha, ou seja, a focalizada orientação da aranha na teia, utilizando para esse efeito cerca de 14.500 imagens.

Descobriu-se então que as teias construídas em Gravidade-Zero eram, de facto, muito mais simétricas do que as tecidas na Terra. Observou-se com alguma surpresa que no meio da teia - o seu centro - estava efectivamente mais próximo do meio, pelo que as aranhas nem sempre mantinham a cabeça para baixo. No entanto, os investigadores também realçaram o facto de que fazia diferença se as aranhas construíam as suas teias à luz da lamparina ou no escuro.

O que se anotou foi surpreendente: Teias construídas pelas aranhas sob a luz de lâmpadas na ISS eram similarmente assimétricas tal como no caso das teias terrestres.

(Fundamental a Luz! Poderia ter sido assim que o descreveria qualquer dos cientistas envolvidos nesta experiência. Pessoalmente prefiro a luz às trevas; penso que as aranhas também...) 

"Não teríamos imaginado que a luz desempenharia um papel na orientação das aranhas no Espaço", afirmou o investigador Samuel Zschokke que analisou o ensaio com aranhas, publicando depois os resultados do mesmo em parceria com os seus colegas na revista científica «Science of Nature».

Zschokke ainda acrescentou de forma resoluta: "Tivemos a sorte de, as lâmpadas, estarem fixas no topo da câmara e não em vários lados. Caso contrário,  não teríamos sido capazes de descobrir o efeito da luz na simetria das teias em Gravidade-zero."

A Análise das Fotos Captadas também veio mostrar que as aranhas descansavam em orientações arbitrárias nas suas teias aquando as luzes eram apagadas, orientando-as para longe - ou seja, para baixo - quando as luzes estavam acesas. 

É perceptível assim a influência que a luz exerce na demanda construtiva das aranhas e suas teias; parece então que elas usam a luz como um auxílio de orientação adicional quando a gravidade está ausente. 

Uma vez que as aranhas também constroem as suas teias na escuridão ou mesmo na total ausência de luz podendo inclusive capturar as suas presas sem qualquer vislumbre de luz, existe hoje a certeza do papel fundamental que esta exerce - inversamente ao que anteriormente se supunha no processar da orientação.

"Parece surpreendente que as aranhas tenham um sistema de Backup (cópia de segurança, apoio ou suporte) para orientação como este, já que nunca foram expostas a um ambiente sem gravidade no decorrer da sua evolução", alude Samuel Zschokke. E refere de modo explicativo: 

" Por outro lado, o senso de posição de uma aranha pode mesmo ficar confuso enquanto ela está a construir a sua teia. O órgão responsável por esse sentido regista a posição relativa da parte anterior do corpo em relação às costas. Durante a construção da teia, as duas partes do corpo estão em movimento constante, de modo que um auxílio de orientação adicional - baseado na direcção da luz - é particularmente útil!"

Muitas vezes a adaptabilidade ou mesmo receptividade com que se gerem os espaços e a luz neles fazem com que as espécies se moldem de facto ao que pode ou não ser hostil - ou mesmo muito pouco cómodo - com o que então conheciam. É assim nos animais, nas plantas e até nos seres humanos, se acaso tivermos de lidar no futuro com uma evasão em massa, um êxodo vivido à escala global e fora da nossa orbita planetária. Sobreviver é necessário! E em todas as situações!

Aranhas no Espaço até nos pode fazer sorrir pelo inusitado de estarmos a querer povoar (quiçá provocar...) com semelhante espécie um outro espaço, um outro planeta; além de ratos e outras espécies que nos não são à priori tão afectuosas como um gato, um cão ou um pássaro - e de como, todas elas, reagem e se manifestam perante a gravidade zero.. 

Tudo faz parte da biodiversidade terrestre, pelo que até as espécies ofídicas (cobras/serpentes) foram presenteadas na lendária e sempre mítica Arca de Noé... em termos óbvios de um ADN de continuação em reprodução, repovoamento e colonização. E tudo isso projectado ou clonado agora e de futuro, num processo de desenvolvimento evolutivo sempre consonante com as condições gravitacionais, atmosféricas, climáticas, geofísicas e outras desses outros espaços ainda por explorar.

Tal como a inquieta e deslumbrantemente aventureira Larinioides patagiatus, a aranha insubmissa a exíguos e invioláveis espaços, também nós seres humanos temos de ir em busca do que nos faz ser felizes, do que nos faz ser livres, do que nos faz ser Humanidade. 

E mesmo que observemos que existem espaços que não podem ser ultrapassados, visitados e muito menos conquistados, ter sempre a certeza e a inteligência devidas - que não esperteza saloia de manipular factos ou abrilhantar outros dados - sobre a superioridade hierárquica cósmica que nos rege e comanda, limitando-nos os ímpetos de uma maior expansão e exploração espaciais. 

Temos de ser humildes, de ser melhor ouvintes que falantes, menos irascíveis e mais colaborantes; temos no fundo de ser presentes quando a necessidade se fizer implantar, neste ou noutro qualquer planeta para onde a Humanidade possa também fazer expandir o que aprendeu, mesmo que se esteja a dar ainda os primeiros passos, ou a ser aquela fase pré-natal de um cosmos sábio e ancestral que sempre espera por nós, condescendentemente.

Temos de nos preparar. Para tudo. Para que haja vida lá fora e para que sustentável seja a que possuímos cá dentro, na Terra. Temos vontade de descobrir outros horizontes, o que é legítimo e levar connosco todas as fontes de sabedoria, as que conhecemos, por outras que raramente entendemos aquando nos dizem que «Não Estarmos Preparados». Mas estamos!!!

Só temos mesmo é de saber dosear a ansiedade da exploração e dessa expansão, e conhecer todos os riscos, todas as implicações e derivações que delas venham em tsunami estelar de todas as coisas; e aquietar aquando for caso disso ou acabaremos todos como a aranha de reserva que se viu de novo e eternamente confinada num cofre-forte de nada. 

Não protelaremos vontades com ou sem gravidade zero, no entanto não nos devemos precipitar acaso ela nos seja mais uma mortalha que uma mais-valia humana de nos perpetuarmos... não aquiescendo todavia verdades que o não são. 

Pela luz e nunca pela escuridão será o mote, ou em breve as nossas vidas assimétricas e talvez sem sentido, se percam no limbo das coisas más e inúteis, fátuas e dissolúveis, fechadas para sempre em máxima segurança como aquela que apenas queria libertar-se espreitando outros horizontes. 

Aranhas no Espaço...? Não, apenas a nossa imaginação de sermos como elas, tecendo outras vidas sobre outros espaços e outras terras que alguém, porventura, nos deixará um dia pisar... em realização de outros sonhos, outras aventuras e outras almas; iguais ou diferentes de nós...

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