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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Bem-Vindo CO2!

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A Poluição Atmosférica: o nosso grande inimigo! A elevada concentração de CO2, assim como um conjunto de substâncias químicas que acabam invariavelmente por provocar efeitos adversos no desenvolvimento humano, tem sido nas últimas décadas (desde o início da Revolução Industrial) a mais profunda preocupação não só dos ambientalistas mas de todos nós, em se evitar o descalabro de um planeta futuramente irrespirável.

Agora, capturar o dióxido de carbono e transformá-lo em produtos comerciais, poderá ser a nova via de reciclagem ou reutilização - abrangendo novas formas de negócio - e, para os mais confiantes, a possibilidade de se restringirem consequências (e redimirem excrescências) derivadas deste tão elementar químico na vida do planeta.

Uma Nova Industria Global irá surgir então a partir deste tão mal amado ou quiçá difamado CO2 que, assumido numa nova era de industrialização massiva, poderá ser revertido sob outras formas - tais como combustíveis ou materiais de construção -  ressaltando de «sapo para príncipe» na conformidade futura de uma maior projecção e adaptabilidade às nossas humanas necessidades.

De acordo com os investigadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, da Universidade de Oxford e ainda outras cinco instituições de grande referência mundial (sobre um estudo publicado na revista científica Nature, em 2019), tudo isto será possível num fenómeno nunca até aqui observado, que ajudará indefectivelmente o meio ambiente, reduzindo as emissões de gases de efeito de estufa.

Será milagre científico?!... Não, apenas o muito esforçado trabalho e empenho de quem ao longo destes últimos tempos se deixou cativar - e não embalsamar - pelas nefastas agruras que o CO2 consigo transporta sem solução plausível, sendo considerado um dos compostos químicos mais prejudicais ao ambiente. Hoje, essa realidade vai ser posta à prova, e nós, cidadãos do mundo, só temos de aplaudir.

A vulnerabilidade tóxica a que todos estamos sujeitos actualmente leva-nos a admitir que não somos imortais, ou saudavelmente imunes à acumulação dessa espessa camada amarela que muitos chamam de «smog». Ninguém está a salvo.

Ontem e hoje os problemas são os mesmos e avolumam-se; daí que os cientistas nos digam agora que há solução - ou pelo menos uma reconfiguração - desse terrível mas essencial CO2 que, tal como Fénix renascido das cinzas, ainda nos irá conceder essa outra vida que não a da implosão humana e planetária.

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O Anúncio: Emissões Globais de CO2 aumentaram em 2018, afastando-se assim das implementadas metas do Acordo de Paris, segundo dados oficiais reportados pela agência France Presse (AFP). Proferiu-se então que as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis deveriam, previsivelmente, atingir um recorde nesse ano (2018), concentrando por sua vez 3/4 dos gases de efeito de estufa.

Segundo um relatório científico anual (publicado em 5 de Dezembro de 2018, na 24º Conferência sobre o Clima da ONU, celebrado na Polónia) as emissões de dióxido de carbono das energias fósseis - principal causa do Aquecimento Global - registaram uma alta inédita em sete anos. Foi aferido também de que as Emissões de CO2 ligadas à Indústria e à combustão de Carvão, Petróleo e Gás, cresceriam 2,7% em relação ao ano transacto (2017).

Envoltos em Tóxicos
Todos os dias somos bombardeados com notícias vindas da Índia, da China, da América e de todos os nevrálgicos pontos (assumidamente caóticos) do planeta, que nos abordam a questão mais crucial e problemática destes novos tempos: a poluição.

Sabe-se, tristemente aliás, que a China lidera este ranking dos países mais poluidores (em 2018 houve um boom de poluição sem precedentes que se estima no número de +4,7% como o maior emissor do mundo), segundo dados da Global Carbon Project, no 13º balanço anual realizado por cerca de 80 cientistas de todo o mundo.

Os Estados Unidos, como segundo país mais poluidor, registou um aumento de 2,5% em 2018, não sendo consequência ou reflexo de qualquer política anti-clima governamental, estatal ou presidencial mas sim, devido a estações de Verão e Inverno extremadas que vão provocar implicitamente o uso de meios alternativos de aquecimento e arrefecimento (aquecedor e ar condicionado, respectivamente) que acabam por influenciar o meio ambiente, prejudicando-o.

A Índia, como quarto país mais poluidor do mundo também não fica atrás destes maus desígnios planetários em relação ao ambiente poluidor que se vive actualmente. Houve um aumento de 6,5% até ao ano de 2018. Em todos estes países assumidamente poluidores, o carvão continua a ser descrito como o «inimigo número-um» da Poluição Atmosférica.

O Consumo de Gás Natural também aumentou 2% ao ano no globo (entre o ano de 2000 e 2017) e cerca de 8,4% na China que, como já se referiu, tenta sem sucesso por vezes combater a poluição do ar. As populações são quem mais sofre como se sabe, pelo que em muitas circunstâncias há a necessidade de se investir em mais e melhores recursos para se banir essa excessiva concentração tanto de CO2 como de outros químicos que invadem a atmosfera.

Uma boa notícia: a União Europeia (EU) indiciou uma estimativa de retrocesso; ou seja, as emissões europeias retrocederam cerca de -0,7%, embora com disparidades nacionais. Cada país pertencente à União Europeia tem a sua própria estimativa, sendo que todos os esforços são na contenda de se não ultrapassarem os limites arrogados para o efeito.

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As 10 maneiras diferentes de se usar o CO2: a fascinante descoberta dos investigadores da UCLA, Oxford e cinco outras instituições que nos indicam podermos reutilizar o dióxido de carbono (capturado este), no que inclui combustíveis e produtos químicos, plásticos, materiais de construção, manejo do solo e silvicultura.

Estamos assim perante uma nova óptica e concepção do dióxido de carbono, que em futuro próximo se reestruturá em renovadas aplicações quotidianas que abrirão também outras perspectivas de negócio. Bem-vindo ao capitalismo CO2!

Tecnologias e Estudos
No momento actual que vivemos são muitos os estudos efectuados para que se minimizem efeitos nocivos no meio ambiente. Vivemos todos dele e nele. Daí que tenhamos de ser muito cuidadosos com o que neste expelimos e contribuímos, tanto para a sua transparência quanto para a sua opacidade tóxica que, nalguns países, chega a ser trágica como sabemos.

Os temas mais comuns que na sociedade nos afecta - e deles temos informação - vão desde a Climatologia à Meteorologia, Oceanografia e mesmo Biotecnologia naquela alínea do mapa do conhecimento das Ciências Modernas do Ambiente. Mas mais há.

Algumas destas ciências aplicativas são-nos imperceptíveis ou até mesmo desconhecidas, sendo que todas elas fazem parte deste mapa e desta analogia que os cientistas estudam para que possamos compreender melhor os efeitos nocivos dos produtos químicos num ecossistema, como é o caso do estudo que tem a denominação de Ecotoxicologia.

Assim como na Tecnologia da Poluição - na aplicação da moderna tecnologia ao controlo e à redução da poluição. Existe além disso, os estudos radicados na utilização de organismos para combater a poluição (Bio-recuperação).

Como por exemplo, o emprego de certas bactérias para limpar os derrames de Petróleo e para digerir resíduos tóxicos - ou ainda na Gestão dos Resíduos, que estuda os processos pelos quais os resíduos produzidos pelas sociedades modernas podem ser eliminadas sem ameaças para o meio ambiente (sendo que a maior parte dos resíduos pode ser reciclada).

As Energias Renováveis que todos ouvimos falar e cimentar na ideia ambiental global de serem as melhores amigas do ambiente, também nos dão a confiança plena de estarmos a seguir um dos mais obreiros caminhos na profusão e, utilização, das fontes de energia que se restauram a si próprias.

A Maior Parte das Fontes de Energia Renovável baseia-se como se sabe na Energia Solar, quer directamente quer através da Energia Eólica e Hidroeléctrica, assim como das ondas das marés e da biomassa (produtos resultantes da fotossíntese). Em relação à Energia Geotérmica, sabe-se que esta tem o dom de aproveitar o calor oriundo das profundezas da Terra.

Temos assim muitos recursos ao nosso dispor, disso ninguém duvida, mas estaremos aptos para os entendermos e não explorarmos até ao seu mais ínfimo pormenor, até ao seu ponto de ruptura...?

Talvez que seja o tempo de pararmos não só para reflectir mas para exortar ou fazer expandir outros que, a bem da Humanidade mas igualmente a bem do planeta, os não tenhamos de eliminar ou extinguir, sendo que nada é inesgotável ou aprazível de neles podermos sempre confiar em eternidade.

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Aviões eléctricos, automóveis eléctricos: a solução futura para para a redução de emissões de CO2 no planeta?... Pode ser. No entanto, muito cuidado com as precipitações fundamentalistas que nem sempre vêem o outro lado da moeda; e isto, em relação à inevitável profusão e acumulação de baterias de lítio (inerentes e existentes nos telemóveis, automóveis, etc.), igualmente nocivas para o meio ambiente. Sendo este um outro tema de debate, o que actualmente se inflecte é o uso e captura do dióxido de carbono em novas aplicações.

Ver no CO2 um amigo...
Sabe-se que os Transportes na sua maioria são prejudiciais ao meio ambiente: automóveis, barcos ou navios de médio e grande porte e também, evidentemente, os transportes aéreos.

Em escala global, o transporte aéreo é o responsável por cerca de 5% do Aquecimento Global devido à emissão de CO2 e outras substâncias. Mesmo comprometendo-se a reduzir esse efeito para metade até 2050 (em relação ao nível de 2005), a Indústria Aérea está bem ciente das suas responsabilidades mas também dificuldades que enfrentará no futuro. O mesmo se passa nos transportes rodoviários e navais.

Um estudo agora publicado na revista científica Nature (na publicada consagração que dita pelo nome de «As Perspectivas Tecnológicas e Económicas para Utilização e Remoção de CO2»), concede-nos o privilégio de uma maior segurança - banidos que estão alguns receios -  quanto aos efeitos do CO2 se vir a transformar num demónio de muitas cabeças.

Inversamente aos nossos piores pesadelos, o dióxido de carbono irá a partir de agora fazer parte de outros métodos a aplicar, outras utilizações (para já consistindo em 10 maneiras de utilização) deste elemento.

Ou seja, num processo em que o Dióxido de Carbono é capturado a partir de gases residuais produzidos pela queima de combustíveis fósseis ou da atmosfera por um processo também ele industrial. Os autores deste estudo consideraram igualmente os processos em que usam o CO2 capturado biologicamente pela Fotossíntese.

 A Investigação descobriu que, em média, cada caminho da utilização poderia usar cerca de 0,5 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano que, de outra forma, escapariam para a atmosfera (saliente-se que uma tonelada ou tonelada métrica é equivalente a 1000 Kg, e uma gigatonelada é de 1 bilião de toneladas ou, ou cerca de 1,1 bilião de toneladas nos EUA).

Segundo nos reporta o Science Daily de 7 de Novembro de 2019: «Captura e Uso de Dióxido de Carbono pode se tornar um grande negócio», acrescentando que um cenário de ponta poderia ver mais de 10 gigatoneladas de CO2 por ano usadas, com um custo teórico que orçaria menos de 100 dólares por tonelada de dióxido de carbono.

Os Investigadores observaram, no entanto, que as possíveis escalas e custos do uso de CO2 variavam substancialmente entre os sectores.

"A análise que apresentamos deixa claro que a utilização de dióxido de carbono pode ser parte da solução para combater a Mudança Climática, mas apenas se, aqueles com poder de tomar decisões em todos os níveis do Governo e das Finanças, se comprometerem a mudar políticas e fornecer incentivos de mercado, em vários sectores. A urgência é enorme e temos pouco tempo para efectuar mudanças."

 (A assertiva referência de Emily Carter, professora de engenharia química e biomolecular da UCLA, Henry Samueli School of Engineering, na Califórnia, e co-autora do artigo)

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Reduzir a Poluição do Ar é imperativo. Assim como, também garantir a venda e comercialização do CO2 como matéria-prima para empresas de fertilizantes, combustíveis e bebidas gaseificadas. Em 2017 uma empresa sediada na Suíça - Climeworks - foi a pioneira empresa que realizou a primeira captura da carbono para comercialização, conseguindo capturar 2460 kg por dia (dependendo das condições climáticas). Até 2020 estará na fase-teste, prevendo então vender cerca de 900 kg de CO2 por ano para a Gebrüder Meier.

A Tecnologia da Esperança (ou do negócio?...)
Reduzir a poluição é uma regra. Reduzir as emissões de gases também. Comercializar o CO2 seria algo que jamais nos passaria pela cabeça, apesar de tal se fazer em taxas de carbonização pelo mundo inteiro. Essencial mesmo é estabilizar-se o clima, no que todos estaremos de acordo. Se o conseguiremos ou não, será uma prerrogativa que ficará no ar...

De acordo com o Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas «Manter o Aquecimento Global em 1,5 graus Celsius durante o restante  do século XXI, exigirá  a remoção de dióxido de carbono da atmosfera na ordem de 100 a 1000 gigatoneladas de dióxido de carbono. Actualmente, as emissões fósseis de dióxido de carbono estão a aumentar a mais de 1% ao ano, atingindo assim um recorde de 37 gigatoneladas de dióxido de carbono em 2018».

"A Remoção de Gases de Efeito de Estufa é essencial para obter emissões líquidas zero de carbono e estabilizar o clima. Não reduzimos as nossas emissões com a suficiente rapidez; então agora, também precisamos começar a extrair dióxido de carbono da atmosfera. Governos e Empresas estão a adoptar isso, mas não com a rapidez suficiente." (Afirmação de Cameron Hepburn, um dos principais autores do estudo, director da Smith School of Enterprise and Environment de Oxford)

No entanto, esta revolucionária tecnologia não é isenta de críticas. Se por um lado poderá ser útil, por outro, poderá resumir-se em pura economia de grande capital em que só uns poderão ditar as regras. Ou não. «A promessa da utilização de dióxido de carbono é que ele poderia actuar como um incentivo à remoção de CO2 e reduzir as emissões deslocando os combustíveis fósseis». Esta a parte positiva. Há que esclarecer.

O Sucesso destas Novas Tecnologias dependerá em muito se serão ou não usadas como estratégias de mitigação, no que terá de se fazer uma análise muito cuidadosa, muito ponderada, em relação ao impacte geral no Clima.

O estudo reporta que «É provável que alguns desses métodos sejam adoptados rapidamente, simplesmente por causa dos seus atraentes modelos de negócios». Por exemplo:

Em certos tipos de produção de plástico, o uso de de dióxido de carbono como matéria-prima é um processo de produção mais rentável e, ambientalmente mais limpo, do que o uso de  hidrocarbonetos convencionais, podendo deslocar até três vezes mais esse dióxido de carbono que se usa».

As Aplicações Biológicas também podem apresentar numerosas oportunidades para colher os co-benefícios. Noutras áreas, a utilização ou aplicação poder-se-à dar no fornecimento de uma melhor alternativa - ou «melhor escolha» - durante o processo global de descarbonização.

Um exemplo disso mesmo pode ser explicado pelo uso de combustíveis derivados do dióxido de carbono, que podem ter um papel crucial em sectores mais difíceis de descarbonizar - como é o caso dos transportes aéreos, vulgo na aviação comercial, civil ou militar.

"Começaria incentivando as soluções mais óbvias - muitas das quais já existem -  que podem actuar em escala de gigatonelada na Agricultura, Silvicultura e Construção." (A direccionada afirmação de Carter, vice-chanceler e reitor executivo da UCLA, nos EUA)

Corroborando dessa mesma opinião (e a uma só voz com o que Carter também alude) está Gerhard R. Andlinger, professor emérito de Energia e Meio Ambiente da Universidade de Princeton ao afirmar:

"Ao mesmo tempo, eu investiria agressivamente em P&D em Academias, laboratórios Industriais e Governamentais - muito mais do que está sendo feito nos Estados Unidos, especialmente em comparação à China - em soluções de Alta Tecnologia para capturar e converter Dióxido de Carbono em produtos úteis que podem ser desenvolvidos juntamente com soluções que já existem na Agricultura, Silvicultura e Construção."

Mesmo enfatizando que poderá não ser uma «bala mágica» ou ferramenta milagrosa que erradicará todos os males poluidores do planeta, poderá sem dúvida alguma estabelecer um meio caminho para a longa estrada a percorrer neste sentido; de possuirmos uma atmosfera mais pura e por conseguinte mais respirável. Todos nós, seres vivos, somos afectados pelo meio ambiente que nos rodeia.

Segundo a teoria dos que defendem Gaia, o planeta Terra é constituído por um único super-organismo. Nesta teoria, a concepção é baseada de que tudo no planeta existe e coexiste (incluindo as rochas, os oceanos, a atmosfera e todas as criaturas), fazendo parte de um único e grande organismo que está em evolução constante num leque imenso de tempo geológico.

O papel fundamental da saúde do planeta - ou do organismo na sua totalidade - depende de nós, de todos nós como civilização inteligente que somos em prestar melhores cuidados e auxílio a este mesmo planeta ou organismo vivo em que estamos inseridos. Tudo isso, chega a ser mais importante do que a saúde das espécies individuais, pois se o planeta estiver doente, todos nós, espécies racionais e irracionais ou vigentes nele, pereceremos.

Tudo tem obrigatoriamente de se manter em equilíbrio. Um equilíbrio que gere uma auto-suficiência de sobrevivência, e que se mantém à tona, mesmo perante os nossos maiores dislates ou disparates humanos, sobre um planeta que por vezes desmembramos ou quando muito desorganizamos e colocamos em perigo.

(Podemos já ter aqui vivido por mais de um, dois ou três milhões de anos sem o sabermos, e não só pelos 40, 60 ou 70 mil anos em que nos auguram termos desenvolvido a inteligência racional; daí a consciência de que este planeta é sempre muito mais do que nós próprios em genealogia ancestral)

E tudo pode estar em paz, manter-se em paz - mesmo que já tivessem havido cinco extinções da Humanidade sobre a Terra - ela aqui está para nós; com negociatas ou sem elas. Com mais CO2 ou menos CO2.

Desde que foi descoberto pelo entusiasta escocês Joseph Black, em 1754, que este composto químico constituído por dois átomos de Oxigénio e um de Carbono nos não dá tréguas. Malfadado, ignorado ou diabolizado, o CO2 é uma incontestável verdade no princípio da vida que não poderá ou deverá ser negligenciado, se fortuito, se excedente. Ou agora aplacado e alocado a outras utilizações.

Somos tudo o que comemos, bebemos, ingerimos e respiramos. E o planeta connosco. Ocorrendo uma mudança significativa, nem sempre positiva, tudo se altera. Gaia aí está para nos mostrar quem é que manda, quem será o vencedor, que não seremos nós certamente.

Pode não ser o diabo - o CO2 - mas sê-lo-à se o não soubermos conter, modificar e transformar em algo mais do que o que se expele de nós e de outros ou outros contingentes (nas tantas variantes subornadas aos combustíveis fósseis) sobre um planeta que sufoca. E se revolta.

Não sei se será demais presenteá-lo, beatificá-lo com um «Bem-vindo CO2» mas não será certamente em endemoninhá-lo que lá chegaremos, pois todos nós somos CO2 por uma razão ou outra. Não há que combatê-lo, antes dar-lhe uma outra função, uma outra compleição e o planeta agradecer-nos-à.

Talvez que com uma outra nova face, uma outra nova ambição ou mesmo sobre um novo ideal, ele se faça revitalizar e aí, o planeta nos possa dizer de sua justiça.

Afinal, CO2 quer dizer vida para além da vida, por onde tudo começa e se inicia, tão simples como isso... e se a Terra o sente hoje, Marte um dia o sentiu, pelo que um destes dias ele lá poderá voltar, transformado ou não (ainda que por ora os cientistas nos afirmem de que Marte não tem CO2 suficiente para se poder transformar numa «Nova Terra»). Afinal, se não existisse CO2 que seria de tantos outros planetas...? Que seria enfim de nós???

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