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quinta-feira, 21 de março de 2019

Porquê Marte...?

Resultado de imagem para Mars, NASA
Imagem captada pelo veículo robótico Curiosity Rover, da NASA, em Marte (2019). A 142 milhões de milhas do Sol (cerca de 228,526848 milhões de quilómetros) do astro-rei do nosso sistema solar, e a 93 milhões de milhas de distância da Terra (cerca de 149,668992 milhões de quilómetros), o planeta Marte distingue-se por ser o nosso mais próximo vizinho no seio do sistema solar.

Daí que a NASA se empenhe na sua exploração devido a, simplesmente, ser para já a nossa única porta de entrada, fronteira e possível concessão de expansão e colonização se quisermos sobreviver e continuar como Humanidade que somos em florescência civilizacional - e direccional - em rumo a outras esferas planetárias...

                                                         Marte: o irmão ressuscitado

Nunca se falou tanto de Marte como agora. Dando azo à imaginação mas exemplarmente também à continuação dos esforços científicos da NASA em complementar essa fruída apelação ao planeta vermelho, a Humanidade vê de alguma forma entusiasmada, o que esta agência espacial norte-americana nos conta e revela em pormenor sobre este nosso irmão apodrecido.

A sua geologia espanta-nos; o meteorito ALH 84001 está aí para o mostrar em toda a linha. Com cerca de 4,1 biliões de anos, esta preciosidade marciana descoberta na Antárctida, no pólo sul da Terra, deu-nos a revelação do seu tipo de rocha (ortopiroxenito).

Segundo a NASA nos diz, a maioria dos meteoritos de Marte são rochas ígneas conhecidas como Basalto. A sua matéria mineral foi então formada há cerca de 3,9 biliões de anos, pelo que os mais antigos minerais de Marte são conhecidos por Zircões de há aproximadamente 4,4 biliões de anos (devido ao conhecimento extraído sobre um meteorito de 2,1 biliões de anos conhecido como «NWH 7034»).

A Atmosfera de Marte como é já do conhecimento geral, é essencialmente composta por dióxido de carbono (cerca de 96% de CO2) com outros gases em menores quantidades, tais como o Argónio ou Argão (Ar) e o Nitrogénio ou Azoto (N). Apesar de exalar uma atmosfera muito fina, há a registar que a Pressão Atmosférica na superfície marciana é de apenas 0,6% em relação à da Terra (101 mil pascais).

Os cientistas entretanto têm-nos expressado em sua convicção científica de que este planeta vermelho possa ter possuído uma atmosfera mais densa na sua ancestral história planetária (em anotação registada pela missão MAVEN). E que Marte terá perdido possivelmente - em substancial quantidade - grande parte dessa atmosfera ao longo do tempo. Assim sendo - O Vento Solar - será o grande culpado dessa perda, segundo os especialistas.

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(Imagem do Curisoity Rover da NASA, em 2012) A mais expressiva revelação - nesta última década - sobre o que os solos marcianos então nos ditavam em irrefutável evidência: Existiu água em Marte!

Há biliões de anos a água fluiu em largo curso aquífero, tendo sido detectável duas linhas tangenciais dessa evidência; as imagens recolhidas então pelo robô Curiosity deram-nos a conhecer os afloramentos rochosos (com pequenos seixos e rochas presas dentro de uma matriz conhecida como «conglomerado»). Daí a questão: Que terá sucedido para tudo se ter evaporado...?

 A Astrobiologia
O mundo mudou. O nosso mundo. E com ele, toda a panóplia análoga a vários campos científicos que se dividem - ou mais exactamente se ramificam - sobre outras temáticas. Daí que tenhamos várias disciplinas (a Astronomia, a Biologia, a Geologia, a Física, etc.) que convergente e interligadamente trabalham para se compreender o potencial da existência da Vida além a Terra.

Segundo a NASA nos relata, a Exploração de Marte foi e continuará a ser (ou a estar, segundo os cientistas admitem) referencialmente interligada também com a busca desta agência espacial norte-americana em encontrar as Origens da Vida - onde tudo começou e porque findou; neste caso sobre Marte. Muito similar à Terra, porque se deixou morrer o planeta vermelho...???

Nas muitas questões continuamente persistentes sobre o que ainda não detemos em conhecimento total sobre o que aconteceu com Marte (por muito que hoje se enuncie este ter sofrido um dilúvio autêntico de meteoritos ou acirrado bombardeio de causas e eventos exteriores) nada se compadece com uma verdade absoluta sobre os destinos que fizeram de Marte o que ele hoje é.

Daí que a NASA queira respostas. As sonoplastas gémeas Vikings (1976) foram as primeiras a tentar detectar vida; ou seja, foi a primeira missão da NASA a desejar confrontar-se com esse poder original da criação, sem contudo ter existido desde logo essa confirmação (nas iniciais observações das amostras de regolitos marcianos). Mais tarde então suscitaria a dúvida e, novamente também, a negação de poder existir uma «certa» vida microbiana, pelo que se constatou dessa não-existência em experiências terrestres.

(De mencionar que os cientistas da NASA do Ames Research Center, na Califórnia (EUA), que em 2018 viajaram para o deserto de Atacama, no Chile - o lugar mais seco e inóspito da Terra e só comparável a Marte - fizeram quase o impossível, tentando assim dar uma resposta mais digna em conformidade e identidade com o que se pode passar nesse outro planeta).

Foi então que descobriram pistas sobre a habitabilidade deste planeta vermelho - e se depararam com a triste conclusão de não haver qualquer sustentabilidade de vida alienígena microbiana. No entanto, houve paralelamente a afirmação de já ter havido vida alienígena na pretensão molecular suscitada.

O Campo da Astrobiologia viu assim um ressurgimento devido à controvérsia em volta da possível vida fóssil, não só em relação ao meteorito ALH 84001 mas, acima de tudo, pela recente perspectiva de vida biológica escondida nos lagos congelados de Marte.

Por muito dura que seja a realidade microbiana na superfície de Marte (que pode inclusive levar milhares de anos a se projectar sem estar efectivamente morta), há a noção exacta de que muitos mistérios ainda se encobrem para lá desta.

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Moléculas em Marte: a incessante perseguição por parte dos cientistas na indelével aferição de se encontrar vida em Marte. O que as moléculas revelaram foi surpreendente: Houve «Vida Alienígena» no planeta vermelho!

Vida Alienígena em Marte...?
A pergunta que vale um milhão de dólares. Ou euros, como queiram. E que, segundo nos reportam as muitas publicações que divulgam estes feitos, estas descobertas sobre Marte, nos dão o enfoque máximo de sabermos quais as verdadeiras razões pelas quais lutamos tanto pela exploração de Marte.

Em 7 de Junho de 2018, a NASA anunciou a descoberta de Material Orgânico em amostras de rochas marcianas exploradas pelo rover remoto Curiosity. Embora a presença das chamadas moléculas «duras» não tenha sido imediatamente reconhecida como evidência de vida passada ou presente neste planeta vermelho, a descoberta foi assim um passo monumental para se poder desvendar finalmente a Mais Antiga História de Marte!

Quem o afirma é Thomas Zurbuchen, o administrador associado da Directoria de Missões Científicas da NASA que acrescentou: "Com essas novas descobertas, Marte diz-nos para continuarmos em curso e continuar assim a procurar evidências de vida."

Mesmo colocando-se restrições sobre o potencial de existência de vida na superfície de Marte, os cientistas não estão pessimistas, ainda que reconheçam um crescimento microbiano mínimo (in situ, mesmo nos solos mais secos do deserto de Atacama, que, segundo contam, qualquer actividade metabólica será provavelmente basal e somente para reparo e manutenção celulares).

Da Terra para Marte: as conclusões não sendo animadoras também não nos desmotivam. Há que buscar mais e saber mais, sem contudo se diminuir ou preterir as conclusões encontradas em Atacama, no deserto chileno.

Os cientistas aferem de que estes novos dados recentemente obtidos em Atacama, no Chile, vêm referenciar contudo um conjunto de evidências de que os solos mais secos da superfície do deserto de Atacama, representam um limite para a habitabilidade a longo prazo; e por lógica, colocarão assim restrições sobre o potencial de vida existente na superfície de Marte, que é de 100 a 1000 vezes mais seca do que as regiões mais secas de Atacama. Mas, e se os cientistas estiverem enganados???

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(Representação: /INAF/USGS Astrogeology Science Center/Arizona State University)) Lago subterrâneo em Marte: a feliz descoberta de um lago subterrâneo no pólo sul marciano - efectuado pela sonda Mars Express, da ESA -  que sugere assim a existência de vida biológica. Esta descoberta veio comprovar de forma taxativa a insistência de alguns teóricos que defendem a possibilidade de poder existir vida (na evidência de se encontrar microrganismos) sobre Marte. Estamos assim perante um lago de probabilidades de podermos acreditar que ali se faz vida...

"Esta é uma descoberta de extraordinária importância e aumentará a especulação sobre a presença de organismos vivos sobre o planeta vermelho." (Afirmação de Fred Watson, do Observatório Astronómico da Austrália)

Água em Marte
Investigadores italianos descobriram há pouco (em divulgação no ano de 2018) um imenso lago subterrâneo, ou seja, um manto de suposta água líquida encoberta pelo gelo, e que está distintamente localizado abaixo de uma consistente camada gelada que se sobrepõe à superfície - o lago tem então aproximadamente 20 quilómetros de largura, segundo a divulgação relatada na publicação da revista Science por meados de Julho de 2018.

Foi descoberto assim nada menos nem mais do que «O Maior Corpo de Água Líquida» no planeta vermelho. Um sucesso dizemos nós, que não somos astrónomos mas nos engalanamos com tão prestigioso feito. Quente e húmido há cerca de 3600 milhões de anos, Marte exibiria muita água líquida em seus frondosos lagos; algo que só em memória retardada podemos imaginar...

O resultado desta descoberta sugeriu então que «A água em Marte não é um fluxo temporário (como foi revelado em descobertas anteriores), mas um corpo de água persistente que cria condições para a vida durante longos períodos de tempo», na convicta afirmação de Alan Duffy, professor da Universidade de Swinburne, na Austrália, em corroborado elogio e acordo sobre esta descoberta.

A ESA está então de parabéns, pelo que a sua sonda Mars Express realizou (desde que foi lançada em 2003), na sua mais que credenciada ferramenta chamada «MARSIS» - Radar Avançado para a Pesquisa da Ionosfera e Sub-superfície de Marte - projectada para encontrar águas subterrâneas, enviando impulsos de radar que penetram a superfície e as camadas de gelo.

Um total de 29 séries de amostragens de radar mostrou assim aos cientistas uma «radical mudança» ou uma abrupta mudança no seu sinal de radar associado, pelo que permitiu a que todos os envolvidos neste projecto pudessem mapear os contornos do lago. De referir que tudo isto se assemelha, segundo os especialistas, aos lagos de água líquida sob os lençóis de gelo da Antárctida e da Gronelândia do planeta Terra.

Apesar de todas estas evidências o debate persiste: Se existe ou não formas de vida microbiana, uma vez que, neste particular caso do lago recentemente encontrado, a sua água poder não ser potável. Note-se que esta água líquida está localizada a cerca de 1,5 quilómetros de profundidade da superfície gelada; e isto, num ambiente perfeitamente hostil e frio.

Mesmo que não-salubre (salobra, portanto), muito fria e consequentemente contendo uma grande dose de sais e minerais marcianos dissolvidos nessa sua água que muitos cépticos clamam de imprópria para a vida humana, este lago compõe já uma ressonância efectiva de probabilidades quanto ao futuro deste planeta vermelho.

Em essência líquida devido à presença de Magnésio, Cálcio e Sódio, esta água permanecerá assim até que mais descobertas nos elucidem dessa sua insalubridade - ou até patogenia (no modo como os agentes etiopatogénicos agridem o nosso organismo e os sistemas naturais de defesa do nosso sistema imunológico) - caso se venha a notificar a presença de outros microrganismos.

Microrganismos esses que eventualmente nos seriam nocivos à condição humana (algo a ter em conta e em esmerada atenção do que também está associado e se verificou nas águas subterrâneas de Antárctida), o que faz os cientistas estarem muito cautelosos ante todas estas prerrogativas morfológicas marcianas.

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Cratera Jezero, em Marte (Imagem da NASA): a mais que viável região marciana onde a NASA, na sua próxima expedição científica, se supõe aterrar - em 2020 - na impressionante e ávida busca de vida em Marte. Este belo local marciano de 45 quilómetros de extensão, foi o seleccionado de entre os possíveis 60 outros locais para o efeito em pouso na superfície do planeta vermelho. 2020 será assim o ano de todas as coisas plausíveis em Marte; sonhar é possível e concretizar esse sonho também, basta apenas acreditar!...

"Este lugar é muito importante, porque nos poderá responder a questões importantes em Evolução Planetária e Astrobiologia. Obter algumas amostras da cratera, revolucionará o que conhecemos até agora de Marte, assim como a sua capacidade de realizar vida." (Thomas Zurbuchen)

Presente e Futuro
Há a consciência da NASA ser (e ter) uma organização muito ponderada. Assume-se como deveras meticulosa e em certa medida algo comedida com os avanços e descobertas que se têm realizado sobre Marte. Não nos cabe julgar apenas registar essa determinação.

Resume-se que não deve ser entusiasta em demasia nem retrógrada ao ponto de tudo negar, pelo que se considera passível de certa compreensão esta grande cautela (sobre todos os envolvidos nestes projectos e missões a Marte) que não podem ou não devem exceder emoções e responsabilidades sobre o que vão descobrindo e reflectindo sobre Marte.

É conhecido por todos que o ambiente marciano não é de todo o mais apreciado ou invejado para se viver ou suportar a vida humana tal como a conhecemos na Terra. A NASA descreve-a mesmo como um ambiente hostil e inóspito - frio, seco e estéril - pelo que se sabe de uma sua atmosfera fina e impregnada de dióxido de carbono; além de uma intensa projecção de radiação ultravioleta e muitas outras formas de radiação que banham a superfície marciana.

Sem Campo Magnético activo para nos proteger dessas radiações, é comum ouvir-se dizer que poucos segundos viveríamos (ou sobreviveríamos) a essa radical imputação sobre os nossos frágeis organismos humanos.

(Daí que não seja já em 2020 que possamos aterrar de malas e bagagens sobre a superfície de Marte; no entanto, perspectivam-se grandes avanços sobre essas hipotéticas viagens futuras sobre este planeta. E tudo isso numa missão infindavelmente ambiciosa e precursora de outras tantas viagens orbitais e quiçá interestelares se o futuro nos for promissor).

Daí e também que a NASA nos refreie os impulsos ou excitações imediatas sobre uma possível e desenfreada colonização sobre este planeta vermelho, pelo que conhece sobejamente dele em termos geológicos primários que modelam actualmente a sua superfície. São eles: Crateras de Impacto; Transporte de Sedimentos movidos pelo vento; Condensação/Sublimação de água e gelo de dióxido de carbono e Deslizamentos de terras.

Os Perigos espreitam a cada esquina, temos essa noção. Seja à superfície seja no subsolo, Marte é-nos ainda um grande mistério e uma grande submissão se não quisermos correr riscos. A NASA informa-nos de que em relação à actividade vulcanológica marciana a coisa não é de todo um mar de rosas, ou seja, a presença de grandes vulcões na superfície marciana, induz a que os especialistas pensem de que Marte se livrou do calor ou dessa energia térmica impulsionada por estes ao longo do tempo.

Ainda não se sabe quão quente é o interior de Marte. Como age e reage a sua crosta interna. Há actividade sísmica em Marte (Marsquakes)? Existe vida extraterrestre em Marte hoje?... Ou um poder microbiológico ainda não detectado?...

São estas as grandes questões que a NASA impõe mas igualmente nos cria a perseguição de termos de saber mais, conhecer mais, pelo que é imparável esta sequência de expedição sobre Marte.

Segundo nos confidencia a NASA, Isidis Planitia é para já o pouso em Marte - uma gigantesca bacia de impacto, localizado no norte do equador marciano. 2020 é o ano da «salvação», e nós expectantes em vê-lo chegar com agrado. De uma riqueza geológica ímpar (através dos seus 3600 milhões de anos) esta região marciana - a cratera Jezera - vai certamente revelar-nos o muito de si que ainda nos está oculto ou secretamente guardado do que possui em seu redor.

Os investigadores acreditam piamente que Jezero já reteve vida, tendo sido o lar e o leito (delta) de um antigo rio, que poderá reter em si - em preservação e ostentação - antigas moléculas orgânicas e muitos outros potenciais sinais de vida microbiana. O desafio está lançado: 2020 em Marte!

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Seres Humanos em Marte é possível? A NASA diz que sim. Possível e credível talvez lá para o ano de 2035, se entretanto não houver mais surpresas, mais descobertas e quiçá mais «embelezamentos» sobre Marte. A esperança de uma futura colonização é tanta, que nos esquecemos que Marte já foi como a Terra, e agora é apenas, tudo aquilo que nós não desejamos que aconteça em nosso berço planetário!...

Mas assim é, ou assim flui, pois que o encantamento é tanto que nem por vezes nos deixamos tocar por toda essa inadaptabilidade e negativa habitabilidade primária com que somos atingidos caso fôssemos de corpo feito e nenhuma apreensão até este nosso quarto irmão planetário (o quarto a contar do Sol) em total despojamento, negligência ou displicência científicas até lá...

O Futuro que começa em 2020...
Em 2018 a NASA lançou a Insigh Mission (missão InSigh) com toda a certificada pujança de se ir alcançar o sucesso. Os primeiros passos estavam dados e todos nós o observámos em igual entrega e deslumbramento. O seu propósito foi (e continua a ser) o de iniciar um processo de escavação e recolha de dados geológicos para informação terrestre.

Os aplausos, os abraços e só depois as verificações de que tudo tinha corrido bem e estava de pleno uso das suas faculdades técnicas sobre o solo marciano. Parecia que a Terra estava lá, de tão perto que nos sentíamos ou ali nos víamos em assinatura individual de juntarmos dois «irmãos» desavindos. Foi assim que o senti e absorvi.

Preparados para a Exploração Humana  (a NASA e todos nós um pouco, convenhamos...) fomos vendo realçada essa sofisticada tecnologia terrestre que agora até pousava em Marte.

E assim foi, pelo que jubilosamente considerámos (e exortámos) sob uma extensa e devassada alegria, de quem parecia estar envolvido ou em perfeita colaboração e harmonia com todos os engenheiros e técnicos associados nesta grande causa interplanetária. (Sim, a Internet faz maravilhas, na percepção de sermos todos parte integrante de um igual projecto, ainda que à distância de um clique...)

Estudando o interior de Marte, as suas entranhas e até as suas «vísceras» planetárias, saberemos com o que lidamos; se eventual e futuramente este planeta nos irá servir de refúgio, libertação ou simples continuação da Humanidade em si. Ou nada disso, e a soberba matou-nos à partida qualquer desejo de exploração. Apesar de tudo, mesmo com muitas fragilidades ou debilidades que enfrentemos pela frente, não desistamos do sonho marciano; sejamos optimistas.

A NASA completa-nos o sonho então, reformulando esperanças e cativas promessas sobre Marte, dizendo que, pela «Primeira Vez na História do Homem», se conseguiu uma sofisticada medição geológica sobre o interior de Marte (incluindo o fluxo de calor e medição da sua actividade sísmica). Tal como uma radiografia geológica, Marte será exposto perante toda a comunidade científica.

Da Mars InSigh (2018) para a Mars 2020 Rover foi um pequeno passo. Em 2020, a missão da NASA Mars 2020 conjuntamente com o veículo robótico Curiosity Rover, farão a prospecção territorial marciana com afinco. (Esperemos em êxtase; como sempre, aliás!)

Irão registar se a região da cratera de Jezero, na Isidis Planitia terá sido ou não habitável, assim como alguma evidência (ou qualquer sinal) da existência de vida microbiana ancestral. Haverá ainda a recolha de amostras do solo marciano que, posteriormente, serão «armazenadas» num esconderijo na superfície do planeta (em parte recolhido ou talvez mais protegido das terríveis tempestades de Marte), sendo depois recuperadas e trazidas de volta à Terra.

O estudo sobre Marte jamais terminará, afiança-nos a NASA. Reitera de forma institucional de que também outros países se lhe juntam nesse mesmo afã; assim como muitas outras empresas privadas que, como é do conhecimento público, estão nessa igual caminhada em empenho e recíproco fervor de uma conjunta exploração sobre Marte.

(Ao que se sabe, só para 2020 está já programado o envio de 5 naves espaciais, o que perfaz a certeza da assertiva ambição do Homem em procurar mais, saber mais, e expandir-se mais sobre outras terras, outros domínios fora da Terra).

 Alguns exemplos dessa compleição espacial para Marte: A missão da ExoMars rover, da ESA, a «Hope Orbiter», dos Emirados Árabes Unidos, a «Mars Orbiter Mission» da ISRO, da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, ou da JAXA, a agência espacial japonesa.

O histórico espacial: Em 26 de Novembro de 2011 a NASA lançou em direcção a Marte a sonda Mars Science Laboratory, levando consigo um sofisticado veículo explorador denominado «Curiosity». (Muitos chamam-lhe astromóvel ou um carro-médio destinado a explorar a superfície de Marte como parte da missão da Mars Science Laboratory).

Em 6 de Agosto de 2012, esse veículo realizou então uma aterragem perfeita na superfície de Marte, mais exactamente na Cratera Gale - sendo esse mesmo veículo ou instrumento no terreno marciano de seu nome Curiosity, que mais tarde haveria de fazer todas as nossas terrenas delícias devido à captação de surpreendentes imagens de Marte.

Até aqui tudo bem. Mas fala-se agora de viagens tripuladas que, como se sabe, tem riscos e suporta um maior financiamento geral, além da componente humana que obviamente nos inspira uma maior consideração, trato e preocupação se tivermos em conta a duração da viagem.

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A Grande Vedeta: Curiosity Rover, da NASA - o robotizado veículo que continua a sua missão de inspeccionar Marte (2354 sols em Marte, após o que a Opportunity deixou a sua missão em 13 de Fevereiro de 2019, participando em 5388 sols em Marte). Mas falemos da Curiosity: A famosa anfitriã que sob os áridos solos marcianos nos vai dando a informação a cada dia mais volumosa sobre este planeta vermelho. Na antecipação do envio de seres humanos para Marte, a NASA vai recolhendo assim e desta forma mais dados informativos sobre este planeta.

Nada é ao acaso, sendo que os Recursos Naturais de Marte são essenciais à vida humana, pelo que a Curiosity irá continuar na busca dos mesmos. Água e Oxigénio são cruciais para essa vida mas, também, a certeza de que não haverá mais tarde ocorrências estranhas sobre um provável e escondido mundo microbiológico que nos possa ser fatal...

O Programa Espacial da NASA explica-nos de que a ciência e a tecnologia estão ambas habilitadas para nos desvendar todos (ou parte) dos grandes mistérios dos sistemas planetários; tais como a formação e evolução de Marte como planeta, a história dos processos biológicos e climáticos por que passou, ou que moldaram Marte ao longo do tempo, e ainda, a percepção do potencial de Marte ter hospedado vida (no seu potencial biológico).

Contudo existe uma outra questão: Terá Marte sustentado vida em tempos idos?... É certo que sim, mas por que razão ela se «evaporou»???

Viajar para Marte: ilusão ou realidade?...
Nada nos poderá fazer parar. Marte é o caminho e a NASA sabe disso. Mas impõem-se as distâncias e as concomitantes situações que podem surgir em caso de alguma anormalidade ou realidade mais sombria em face ao que detemos hoje em tecnologia e assumo espaciais.

Assim sendo, elucida-se que da Terra a Marte a distância pode mediar em cerca de 55, 76 milhões de quilómetros (o que se registou em 2003, na menor distância havida), em 75,3 milhões de quilómetros em 2016, ou aproximadamente 57,6 milhões em 2018. Há que referir ainda de que Marte poderá distar da Terra até 400 milhões de quilómetros, o que nos não convém nada certamente para uma maior aproximação e abordagem a este nosso foragido irmão planetário.

Estudando os Alinhamentos que nos serão benéficos nessa missão tripulada - que diste uma maior aproximação entre a Terra e Marte - incluir-se-ão inevitavelmente os riscos associados a tão prolongada viagem que poderá levar cerca de 150 a 300 dias, dependendo da velocidade do lançamento e mesmo da limitação de combustível.

Todavia, há que consignar ainda as condições da nave espacial (que neste momento estão a ser lideradas pela Space X em conjunto com a NASA), e todos os procedimentos inerentes à melhor condição de sustentabilidade deste percurso não só em relação à nave, mas também, aos seus tripulantes em comodidade e segurança efectuados.

(Por curiosidade): A Primeira Viagem de Terra a Marte realizada por uma nave espacial foi a Mariner 4 da NASA que foi lançada no dia 28 de Novembro de 1964, chegando a Marte em 14 de Julho de 1965. O tempo total de voo da Mariner 4 foi de 228 dias. Surpreendeu-nos então com 21 belíssimas imagens que captou do planeta vermelho.

Outras se lhe seguiram com igual sucesso em maior ou menor equilíbrio de tempo de voo, reportando ao Homem de que Marte afinal, está ali tão perto....

Por muito imbecil, desnecessária ou até em parte jocosa que possa ser a Grande Questão «Porquê Marte?» na verdade a razão mais óbvia ou pertinente para quem se ilude nestas questiúnculas de menor acervo, é de que Marte é talvez a nossa única salvação em fronteira planetária de rampa, acesso e abrigo, caso algo de catastrófica iminência venha a surgir no nosso planeta Terra.

A NASA afirma-nos de que existem várias razões estratégicas, práticas e científicas para os seres humanos explorarem Marte. Mais acessível por ser o mais perto mas nem por isso muito amistoso para a vida humana, é aquele que temos de assegurar pela nossa continuidade como civilização que somos de um planeta chamado Terra.

Diz-nos também que - Explorar Marte - nos oferece a oportunidade de possivelmente responder à Origem e à Evolução das questões da Vida, podendo inclusive ser um dia o destino para a sobrevivência da Humanidade. Penso que estamos todos de acordo.

Em relação à especificidade nacionalista, a NASA arroga-se no direito universal de defender a sua pátria e honra de que «No sentido estratégico, a exploração de Marte demonstra a nossa liderança política e económica como nação, melhora a qualidade de vida na Terra, ajuda-nos a aprender sobre o nosso planeta natal, e expande a liderança dos EUA na exploração pacífica e internacional do Espaço.» Acreditamos que sim.

O Programada de Exploração de Marte investe nas suas próprias tecnologias, refere-nos o site da NASA que, engalanada e enfaticamente, nos sugere de grande relevância todo este empenho espacial e aeroespacial norte-americanos.

Tecnologias de propulsão e orientação na sobrevivência da viagem a Marte assim como a segurança, sustentação e permanência dos seres humanos no planeta vermelho, é algo que esta agência espacial norte-americana não descura. Delas dependerá o Homem seguramente também, há que afirmar.

«Why Mars?...» Talvez o porquê não seja um tema de conversa muito interessante, preponderante e fanaticamente popular - ou até imperativo - nas mesas de café e seus participantes sobre as grandes questões da Humanidade. Há outros assuntos por resolver, admitimos. Mas, no meio da intolerabilidade e da ignorância, surgem os que continuam a afirmar que a Terra é plana e que aquela coisa do «Homem ter ido à Lua» é tudo um chorrilho de mentiras....

E assim seria ou não fossem os audazes, os aventureiros e os que querem saber por que razão, estão então as perspectivas tão em alta na disruptiva acomodação (ou falso cepticismo) criado até aqui sobre as futuras viagens e hospedagens de seres humanos em Marte. «É coisa de malucos», relatam uns; por outros que dão a vida para que se chegue a Marte. Enfim, são ópticas e filosofias de vida. Aos cientistas cabe «apenas» descobrir o mundo de uns e outros ainda que fora do nosso planeta...

Talvez que o porquê não seja tão interessante quanto o como, quando ou onde vamos aterrar e viver finalmente neste pouco simpático planeta-irmão deficiente que só nos traz preocupações mas que é, simultaneamente, a nossa única muleta de suporte; pelo menos até ao momento. Se Marte nos for a alcova perfeita na sua total imperfeição de formação e evolução, então que talvez também tenhamos de nos formatar - e adaptar - e não pensar apenas na terraformação de Marte.

A água líquida pode ser potencialmente extraída do gelo moído (ou enterrado sob a superfície) da atmosfera; ou ainda dos minerais hidratados do planeta vermelho através de recursos tecnológicos apropriados, assim como o oxigénio pode eventualmente ser gerado através do CO2 (dióxido de carbono) que compõe a maior parte de Marte.

Tudo pode ser convertido e revertido a nosso belo prazer humano de coexistente habitabilidade, pois pode. Mas poderemos nós algum dia sermos identificados como «Marcianos»???

Possivelmente construiremos em Marte uma atmosfera grossa. Obesa! E só nossa! (O gáudio é nosso, pois se tanto nos empenhámos, havemos de sentir!) Aquecêmo-la e emprenhamo-la numa estouvada ebulição de gases de efeito de estufa, aprisionando a tão terrível radiação solar marciana como monstro destruidor que jamais verá a luz solar; não a nossa.

Iremos readquirir o prazer de respirar um oxigénio puro e não radioactivo e tão nocivo para nós, humanos. Edificaremos as muralhas humanas dessa sustentabilidade física e moral em que nos depomos e compomos, tal como na Terra.

Haverá um grande sucesso ambiental, vegetal e orgânico, em majestoso triunfalismo de ecossistema único, feito à nossa maneira, e que jamais deixaremos retroceder, contrair ou morrer ante tamanhas expectativas garrafais dessa tão louca terraformação marciana. Tudo será geneticamente alterado, modificado e diversificado numa aposta ganha de um «Mundo Novo» sem limites; em todos os recursos e sob todos os recursos - até os humanos!

Venceremos a dura batalha planetária de sermos grãos de areia terrestres que o cosmos colocou no caminho de outros grãos de areia mas, desta vez, sob Marte. Somos da Terra e somos de Marte ou não somos de lado nenhum???

É muito difícil responder-se a isto. Um dia. Ou fomos ou seremos marcianos. Ou fomos ou seremos terrestres. Ou jamais nos identificaremos, pelo que só o futuro nos ditará em consonância e na mais pura idiossincrasia legítima se acaso formos postos à prova.

À parte filosofias estranhas e nada coincidentes com o que desejamos alcançar, há que afirmar também de que nós, terrestres, somos e seremos sempre (em união de concílio institucional e governamental em poder legislativo, executivo e quiçá judicial, além um planeta, além uma galáxia) a mais resiliente civilização que em evolução e continuação se fez pertencer e ser! Seja na Terra seja em Marte! Porquê Marte...? Porque é já ali....

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