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terça-feira, 5 de março de 2019

Na Caça às Origens

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(Crédito da Imagem: JAXA) Superfície do asteróide Ryugu. Missão: Observação, vigília e captação do asteróide Ryugu pela sonda japonesa Hayabusa 2 da JAXA em rumo, destino e objectivo final sobre este asteróide na recolha e envio de amostras (que em retorno à Terra se catapultará no ano de 2020) para que haja uma maior clarificação e entendimento científicos sobre este poderoso corpo celeste.

                                                             Na Caça aos Asteróides

Está oficialmente aberta a «Caça ao Cosmos». Desde a década de 40 do século XX até aos dias de hoje. E por todos aqueles que vêem na exploração espacial o seu shangri-la de um futuro que almejam conhecer muito antes do tempo; ou além deste, pois que o tempo talvez seja uma forma de diversão para quem tão exíguo espaço tem (para se validar ou até equilibrar) nestas andanças de um Universo rico em mudanças e mistérios. Muitos! Ou tantos e tão deliciosamente emaranhados que jamais saberemos de tudo o que nele se investe...

Estamos à caça de asteróides; do que eles são, formam ou reproduzem em si. Identificados como uma potencial fonte cósmica de vida ou, o que esta transporta em si nos elementos que ainda não conhecemos na totalidade, eles são-nos a exigência fetal de um cosmos que também julgamos nosso.

Assustam-nos. Pela dimensão, órbita ou direcção que possam tomar ou fazer colidir com os planetas; neste caso, o nosso. São enormes, consequentes e absolutamente indigentes se acaso não possuirmos tecnologia necessária para os direccionar numa outra órbita, numa outra trajectória.

No entanto, a comunidade científica está alerta e como tal nada a temer, a não ser que nos enganemos e não seja um asteróide que venha contra nós, mas algo impiamente desconhecido e de forma altamente inteligível - ou com determinado propósito, para o qual não haverá qualquer tecnologia terrestre possível de abate ou neutralidade...

Resultado de imagem para Hayabusa em asteroide Ryugu
A Sonda espacial Hayabusa 2 observada e visualizada pelos cientistas após o pouso ou aterragem na superfície do asteróide Ryugu. A JAXA está de parabéns, pelo que o mundo suspeita começar agora a grande descoberta sobre este tipo de asteróides. E, eventualmente, de saber como e através das pistas que ele nos dará, de como surgiu a vida na Terra. Entre o que ele reporta e ainda em si oculta, que mais mistérios haverão, se acaso se descobrir algo intransponível ou até inadmissível da nossa humana compreensão???

                                                              O Asteróide Ryugu

Por sequência e desenvolvimento da exploração espacial ou aeroespacial japonesa que dá pelo nome de JAXA, o mundo ficou a saber de mais uma missão; desta vez de origem nipónica. O objectivo da missão era o asteróide Ryugu em prospecção e conhecimento com a pretensão da sonda japonesa Hayabusa 2 aí poder aterrar. Assim foi projectado e assim se realizou de facto.

Em Junho do ano passado, a sonda japonesa Hayabusa 2 atingiu finalmente o tão esperado objectivo de se aproximar do asteróide visado a uma distância de 20 quilómetros. Tudo correu como planeado e devidamente projectado.

O que a sonda japonesa nos mostrou então não pacificaria receios mas anunciaria abertas todas as portas para uma recolha de dados e informações prestigiosas sobre ele. Uma superfície rugosa - altamente rochosa - e nada amistosa foi o que se detectou. Mas as expectativas estavam altas. E ele, não nos decepcionou. (Há sensivelmente quatro anos que os cientistas esperavam por isto).

Os cientistas não desmotivaram antes ecoaram tratar-se de algo majestoso que possuía cerca de 900 metros de diâmetro, localizando-se a cerca de 340 milhões de quilómetros do nosso planeta. Rico em carbono - este corpo celeste que se terá desviado da sua posição original na cintura de asteróides - é considerado pelos cientistas hoje como uma autêntica relíquia do período de formação do Sistema Solar.

E isso, consagrar-se-à nas pistas que entretanto ele dará sobre a presença do nosso mais precioso líquido terrestre (a água) e mesmo das moléculas orgânicas que se exibem no nosso seio planetário, na Terra; de onde vieram e como vieram...

Foi assim que do país do sol nascente veio a divulgação do que se estava a passar com a intervenção da sonda Hayabusa 2 no asteróide Ryugu - deixando o mundo boquiaberto por, finalmente, se ir desvendar o que esta classe de objectos mais antigos do Sistema Solar esconderia em si, reportando-nos quiçá, um melhor conhecimento das nossas origens, da nossa génese extraterrestre.

Depois de quase quatro longos anos de viagem e numa distância de pouco mais de três centenas de milhões de quilómetros da Terra, a sonda Hayabusa 2 da JAXA (Agência Japonesa de Exploração Espacial) exultar-nos-ia a curiosidade e algum suspense através das centenas de imagens que nos enviou de Agosto a Dezembro de 2018.

Todas elas surpreendentes e efectivamente muito dignas e de grande entusiasmo por parte dos especialistas envolvidos neste projecto ao asteróide Ryugu, do que a sonda japonesa Hayabusa 2 nos revelou de si...

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(Imagem: JAXA) Superfície do asteróide Ryugu: Uma das muitas fotografias e belíssimas imagens que a sonda japonesa Hayabusa 2 enviou para a Terra. Cerca de 200 admiráveis imagens de Ryugu foram assim observadas na mais pura contemplação do que existencialmente formata este asteróide.

Asteróides «irmãos» (Ryugu e Bennu)
Inicialmente, os cientistas admitindo de que o asteróide Ryugu possuía uma gravidade fraca demais para segurar um veículo com rodas (em particular os robôs no terreno que aí pousaram para a subsequente exploração do Ryugu) viria prejudicar enormemente o trabalho deste. Esses receios tiveram fundamento, uma vez que dos dois robôs aí estabelecidos para a recolha de imagens, um deles tenha sucumbido.

Presumindo-se então que ambos tenham percorrido a distância de aproximadamente 300 metros recolhendo estas preciosas imagens - e isso numa deslocação algo «saltitante» devido ao factor gravidade - um deles se tenha estatizado ao fim de 10 dias mandando apenas 40 imagens do que obteve até aí.

Mas nem tudo foi azar. Takashi Kubota - membro do projecto na JAXA - referiu em 2018 de que a temperatura artificial do asteróide (menor do que a esperada), pode ter efectivamente ajudado a retardar a deterioração dos veículos. Daí que o outro robô tenha executado a tarefa em perfeitas condições enviando estas magníficas imagens de Ryugu para a Terra.

Existiu entretanto a referência de que Ryugu (à semelhança de Bennu, o asteróide que a NASA está a estudar, na missão OSIRIS-REx) possa ser identicamente húmido e cheio de pedras. Ambas as agências são unânimes em relação a este factor, determinando que ambos os asteróides têm de facto muitas semelhanças, tal como «irmãos» na igual formação.

A NASA afiança inclusive de que Bennu tem (ou já teve) água líquida na sua superfície, pelo que observaram dele. Havendo essa perspectiva sobre esse elemento vital para a vida, é natural que o ênfase dado a estas questões esteja também em alta, uma vez que sugere em termos biológicos a hipótese de vida microbiana.

De registar ainda de que, a Órbita de Ryugu, passa perto das órbitas da Terra e de Marte, o que cria a esperança nos cientistas de que vestígios de água e matéria orgânica possam então ser encontrados na sua superfície, reafirmando o que anteriormente se disse.

Acredita-se assim de que desde a missão Rosetta da NASA, ao cometa 67P, em 2004, que estes corpos celestes poderão ter transportado para o nosso planeta Terra os componentes necessários à formação da vida.

Quem duvida agora de que somos todos provenientes dos corpos cósmicos, das imbuídas matérias orgânicas desses corpos e dessa elementar substância panspérmica que a todos nos determina e classifica como iguais???

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(Reprodução: Akihiro Ikeshita) Recentemente a sonda Hayabusa 2 gravou novos dados e transmitiu-os para os cientistas da Terra. A informação que nos foi prestada legitima uma maior intervenção da sonda Hayabusa 2 sobre Ryugu. A sonda disparou assim uma bala de tântalo (um metal considerado particularmente duro) contra o corpo celeste do asteróide, na acção mais eficaz de poder recolher depois as amostras desses fragmentos de rocha. Esperemos então que Ryugu não se «sinta» estuprado em seu seio, fornecendo-nos mais detalhes sobre si...

Um «Míssil» contra Ryugu
Será mal interpretado se dissermos que foi um míssil e não apenas em sentido metafórico, sendo que a invasão é óbvia. No entanto, sabe-se que não foi um míssil nem nada parecido, apenas uma intervenção que se pressupõe ter sido necessária para desbloquear o que estava à superfície. O que, em finais de Fevereiro de 2019 foi obtido com muito sucesso, segundo os especialistas.

(A sonda pousou no local designado como LO8E1, ejectando um projéctil, uma bala de tântalo de 5 gramas contra a superfície de Ryugu)

"Os nossos dados actuais mostram que recolhemos uma quantidade de material suficiente durante a manobra anterior. A conclusão bem-sucedida do primeiro pouso, significa que a segunda da Hayabusa 2 será realizado após o ensaio que prevê a formação de uma cratera na sua superfície - perto ou dentro dela - se as condições permitirem." (Declaração dos cientistas da JAXA)

A segunda tarefa incluída nesta missão, será a de executar na superfície do asteróide Ryugu uma explosão efectivamente mais potente para se poder recolher amostras maiores, estudando-as de seguida, de acordo com a estimativa dos cientistas.

Essa fase da Missão Espacial Japonesa (JAXA) está prevista para meados de Abril deste ano; possivelmente para os primeiros dias deste mês em 2019. Entre Maio e Junho suceder-se-à o segundo pouso (se tal for possível em termos de segurança para a sonda). Em Novembro, a sonda Hayabusa 2 iniciará a sua viagem de regresso à Terra, finalmente. Bem-vinda seja então!

Resultado de imagem para buraco negro invisível
(Imagem de Jean Pierre Luminet) Simulação/ilustração de como seria um Buraco Negro. Tal feito tem as honras e o préstimo elaborados pelo astrofísico Jean Pierre Luminet com um computador IBM 7040 na década de 60 do século XX. Sentindo que se pode vislumbrar ou visualizar algo que nos é completamente indistinto (e invisível), Luminet deu-nos aquela parte do sonho cósmico de sabermos de como será indefectivelmente um buraco negro em toda a sua evocativa magia, ainda que hajam outros (astrofísicos) que revelam agora ter encontrado um «buraco negro invisível»...

Na vencibilidade do Invisível...
Ilustrando de como um «Horizonte de Eventos» poderá ser, o admirável astrofísico Jean Pierre Luminet deu-nos acima de tudo a perceptibilidade fotográfica de um buraco negro.

Literalmente invisíveis (em que a força de gravidade é tanta que nada escapa, incluindo a radiação electromagnética, como raios-X, infravermelho, luz e ondas de rádio) nada permite a detecção do objecto. Todavia, uma equipa de astrónomos conseguiu detectar recentemente um Buraco Negro Furtivo.

Sabe-se que, os Buracos Negros, são incapazes de libertar qualquer forma de luz; daí que os astrónomos necessitem frequentemente de observar os objectos celestes em redor, verificando se eles são afectados de alguma forma pela influência do buraco negro.

Nesse pressuposto, uma Eminente Equipa de Astrónomos do Japão conseguiu recentemente localizar  uma diferenciada nuvem de gás que estava próxima do centro da Via Láctea - a mais de 25 mil anos-luz de distância da Terra. Um feito inédito!

Esta nuvem foi precisamente localizada na constelação de Sagitário, sendo de tal forma interessante esta descoberta que de imediato se tornou justificativa a nível científico para novas averiguações e investigações.

(No entanto, os cientistas afirmam de que se não pode desmesurar a compreensão do Buraco Negro Massivo que empreende em si 5 vezes a massa do nosso Sol - no caso de um buraco negro regular, a mais de um milhão de massa solar, tratando-se de Buracos Negros Supermassivos)

Após a análise cuidada do objecto que parecia de facto invisível, chegou-se à conclusão de que aquele Misterioso Objecto era sem margem para dúvidas um Buraco Negro Furtivo! Ou Fugitivo, pelo que desaparecia de seguida. Com esta descoberta, a equipa espera encontrar futuramente Muitos Outros Buracos Negros, uma vez que existem milhares deles escondidos por toda a Via Láctea!

Esta mui fantástica descoberta dos Astrónomos Japoneses veio assim demonstrar ao mundo (ao nosso mundo), a eficiência de um novo método que poderá tornar o processo de descoberta de outros buracos negros (de um modo que se complementa também como algo revolucionário) consideravelmente mais fácil e mais eficaz. Estão de parabéns então os astrónomos nipónicos!

Os Cientistas dão assim o alerta sobre a existência de Milhões de Buracos Negros - potencialmente mortais! - que povoam todo o Universo. Além da evidência incessantemente divulgada a nível científico do que os astrónomos têm recolhido em ascendente informação sobre as estrelas, que se julgam coesas e munidas de outras verdades.

Uma delas em particular, é que se pode estar na iminência de reportar uma «mega-estrutura alienígena» que tem vindo a ser sistemática e minuciosamente analisada na detecção de sinais de vida extraterrestre.

Mais do que simples demagogia ou psicologia de cartilha, os cientistas sabem bem a delicada situação do que podem ter de vir a enfrentar e, consequentemente, a divulgar ao mundo - sendo que esse mundo (o nosso mundo) poderá não estar de todo preparado para isso...

Na Caça às Origens sobre asteróides, buracos negros e enfim todos os corpos celestes inseridos no surpreendente contexto cósmico do qual todos fazemos parte, é apenas e somente (na óptica dos homens e mulheres da Ciência) o natural passo de um já longo caminho da Humanidade para se saber, finalmente, toda a verdade sobre as nossas origens. Será pedir muito?... Penso que não.

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