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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Missão Impossível

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A nave/sonda espacial Parker Solar Probe, da NASA, em missão «quase» impossível em direcção ao Sol. Esta sonda, inserida no programa de voo «Living With a Star» (Vivendo com uma Estrela da NASA) - administrado pelo Centro de Voos Espaciais Goddard em Greenbelt, Maryland, nos EUA, para o Directório de Missões Científicas da NASA, em Washington - reverbera uma das mais loucas perseguições do Homem pela sua bela e luminosa estrela anã amarela que se chama Sol. Se é suicídio ou meramente a mais corajosa cruzada a que o Homem já se dispôs (através das sondas espaciais), é algo que iremos descobrir em breve, muito em breve, por meados de Agosto...

NASA - Lançamento da sonda espacial Parker Solar Probe: mediando entre 31 de Julho a 19 de Agosto de 2018

Site de Lançamento: Kennedy Space Center da NASA, Florida, EUA

Veículo de Lançamento: Delta IV - Pesado com Fase Superior

"A Parker Solar Probe vai responder a perguntas sobre a Física Solar que nos intriga há mais de seis décadas!" (Afirmação da cientista do Projecto Parker Solar Probe - Nicola Fox - do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins)


                                                              Em Direcção ao Sol

Se ter ido à Lua foi um pequeno passo para o Homem e um salto de gigante para a Humanidade, que dizer da sua investida agora, em 2018, sobre esta poderosa nave (ainda que em sonda não-tripulada por razões óbvias), roçando o Sol, instigando-lhe provocatória e deliberadamente a face, essa sua face tão abrasadora quanto castigadora aquando se remete em erupções solares ou ejeções de massa coronal?! Estará a NASA a dar um passo maior do que a perna...?

Esperemos que não. Daí que enalteçamos - aguardando ansiosamente os resultados - os avanços tecnológicos espaciais que hoje se edificam, neste caso particular incentivados pela NASA e pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland (EUA), que gere na perfeição esta missão da NASA; algo a que ambos determinaram entusiasticamente pelos seus corredores como «Teaming For Success». Assim seja, desejamos todos.

Parker Solar Probe: A Primeira Visita da Humanidade a uma Estrela! Assim se define, segundo criteriosos dados da NASA, esta tão obreira missão solar através da sua tão nobre nave espacial que tudo arrisca sem que se preveja ela se incinerar ou sequer desmotivar pelos 1.377 graus Celsius (2500 Fahrenheit) que terá de suportar de altíssimas temperaturas, além dos abruptos impactos a que terá de se submeter pela «chuva» de partículas supersónicas e à poderosa radiação solar.

(Quase lamentamos esta sua tão difícil missão pelo que irá enfrentar, não sem antes desejarmos que a leve em frente e a coroe do mais completo êxito. Todos rumamos nesse sentido, estou em crer.)

Uma Viagem Atribulada...? Sê-lo-à sem dúvida, mas essencial ao conhecimento humano. Tenta-se a todo o custo desvendar-se os Mistérios da Atmosfera do Sol, segundo e ainda as palavras dos emissários da NASA que tão explicitamente nos arrogam ir-se tratar da «Mais Revolucionária e Histórica Missão da Parker Solar Probe».

E isto, pela devida compreensão humana em relação a esta nossa gloriosa estrela onde as condições variáveis se podem propagar para o Sistema Solar, afectando o nosso mundo e outros; ou seja, a Terra e outros planetas.

A Parker Solar Probe usará a gravidade do planeta Vénus durante 7 sobrevôos ao longo de quase 7 anos, para assim aproximar gradualmente a sua órbita do Sol. Esta fantástica nave espacial voará então pela Atmosfera do Sol a cerca de 3,8 milhões de quilómetros até à superfície da nossa estrela - bem dentro da órbita do planeta interior Mercúrio - e a mais de 7 vezes mais próxima do que qualquer outra anterior nave espacial.

(Registe-se que, a distância média da Terra até ao Sol, é de 93 milhões de milhas, ou seja, 149 milhões de quilómetros; para se ser mais exacto, o número é: 149.668992).

Voando para a parte mais externa da Atmosfera do Sol (corona), a Parker Solar Probe (assim denominada em homenagem a um cientista ainda vivo, Eugene Newman Parker, cientista este que se evidenciou por um trabalho pioneiro sobre os ventos solares), envergará pela primeira vez a missão que tem por objectivo empregar uma combinação de medições «in situ» (in loco).

Tal como, seguindo esta intervenção espacial consignada pela NASA e pela Universidade Johns Hopkins e do que ambas relataram, imagens que irão revolucionar a nossa compreensão sobre a Coroa Solar, expandindo assim e também o nosso conhecimento sobre a Origem e Evolução do Vento Solar.

Eugene Parker não se conteve no entusiasmo relatando por sua vez:
"A Sonda Solar está indo para uma região do espaço que nunca foi explorada antes. É muito emocionante saber que finalmente vamos dar uma olhada. Alguém gostaria de ter algumas medições mais detalhadas sobre o que está a acontecer no vento solar. Tenho a certeza de que haverá algumas surpresas. Sempre há!"

Na Aproximação mais próxima (salvo a redundância da expressão), a NASA refere que a sonda solar Parker vá girar em torno do Sol a aproximadamente 700.000 quilómetros por hora. Uma façanha inacreditável, reconhece-se.

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Inicialmente esta sonda espacial foi designada como «Solar Probe Plus», rectificada e identificada posteriormente como «Parker Solar Probe», em homenagem, honra e préstimos ao brilhante astrofísico Eugene Newman Parker (nascido em 10 de Junho de 1927) que defende ainda hoje que: "A Matéria a Alta Velocidade e o Magnetismo do Sol estão sempre em constante libertação, afectando por essa razão os planetas do nosso sistema solar."

Um fenómeno que foi posteriormente também classificado como: Ventos Solares. (Eugene Newman Parker pratica a sua autoridade actualmente como Professor Emérito do Departamento de Astronomia e Astrofísica de S. Chandrasekhar)

"We`ve renamed our first mission to touch the sun as the Parker Solar Probein in honor of astrophysicist Eugene Parker." (NASA, 31 de Maio de 2017). (Nós (NASA) renomeámos esta nossa primeira missão para tocar o Sol através da Parker Solar Probe em honra (ou homenagem) ao astrofísico Eugene Parker)

Exploração «In Extremis»
Esta brava nave espacial (Parker Solar Probe) deve merecer toda a nossa estimada atenção, até porque, como missão cimeira de tudo o que o Homem já alcançou, o Sol, é talvez o maior desafio que ele enfrenta por razões óbvias na sua aproximação. Estas investigações científicas vão ser de suma importância, pelo que não se descurou qualquer pormenor ou negligenciou qualquer outro ponto tecnológico do que esta admirável sonda vai encontrar pela frente.

Calor intenso, radiação extrema, aproximando-se o suficiente para observar os seus ventos solares em aceleração subsónica para supersónica, e voando através do local de nascimento das partículas solares de maior energia, não será portanto um percurso fácil nem de displicente missão, pelo tanto que terá de captar sem se volatilizar...

Para tal, os Instrumentos com que a NASA a revestiu para protecção do intenso calor do Sol, a esta super-sonda PSP, conta-se um dos mais relevantes de todos: O Escudo Protector de Carbono; ou seja, um escudo que é um composto de carbono de 11, 43 centímetros de espessura que servirá como a mais inviolável muralha no acesso às altas temperaturas sentidas numa resistência (ou resiliência) incomum que atingirá então os tais 1.377 graus Celsius de temperatura.

Outros 4 Instrumentos - 4 suites de instrumentos - foram projectados para se estudar fielmente os Campos Magnéticos, as Partículas de Plasma/Partículas Energéticas e visualizar o Vento Solar como já se referiu. Há a registar que, todos estes dados aqui mencionados, foram-nos gentilmente facultados online por Rob Garner/Brian Dunbar da NASA (na sua página de 30 de Março de 2018), da Administração Nacional Aeronáutica e Espacial.

A Parker Solar Probe deverá orbitar o Sol 24 vezes, numa hercúlea e indefectível resistente missão como já se objectivou. Perspectiva-se que esta missão possa dar por finda a finalidade a que se propôs por volta do ano de 2025.

(Só por mera curiosidade): A NASA, na sua página oficial de 6 de Março de 2018, anunciou que: «Público será convidado a vir a bordo da Primeira Missão da NASA para tocar o Sol»; ou seja, a NASA tornou público algo que se traduziu de forma literal e não metafórica como se regista (o que foi compreensível dado o grande enfoque da inédita notícia).

Relataria depois e mais especificamente de que a população humana era convidada a enviar os seus nomes online - que seriam posteriormente colocados num microchip - a bordo do histórico lançamento da sonda espacial Parker Solar Probe da NASA, no Verão de 2018. Agora portanto. Quem o conseguiu ou o mereceu, deve-se regozijar com a proeza. Parabéns para os eleitos.

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O Sol: as suas erupções/protuberâncias solares. As suas EMC`s (ejeções de massa coronal). Tudo o que nos pode ser fatal, a nós seres humanos, a nós, Humanidade sobre a Terra, e tudo o que é ser vivo sobre o nosso planeta, caso o Sol, em «língua do Diabo», nos queime as telecomunicações e toda a vida electrónica planetária. Viver na escuridão seria um susto; morrer por entre ela, um dos maiores absurdos se não estivermos à altura da sobrevivência, ou do prévio conhecimento solar antes que tal suceda e nos mate a todos...

"Esta investigação vai viajar para uma região que, a Humanidade, nunca explorou antes. Esta missão vai responder a perguntas que os cientistas tentam descobrir há mais de seis décadas." (Alocução de Thomas Zurbuchen, administrador associado da Directoria de Missões Científicas na sede da NASA em Washington, nos EUA)

A Ciência do Sol
Segundo a NASA «Os objectivos primários da ciência para esta missão da Parker Solar Probe são traçar como a energia e o calor se movem através da coroa solar; e explorar o que acelera o vento solar, bem como as partículas energéticas solares.»

Há mais de 60 anos que os cientistas pretendem assegurar estas respostas. Só agora o vão saber, acredita-se. Sabe-se que, o Sol, é uma fonte de luz e de calor para a Terra. Mas tal como nos fornece calor e energia, também nos afecta de outras variadíssimas formas, não tão exemplares ou estéreis para que as não estudemos. Por vezes, podem-nos ser fatais.

Ex: A Língua de uma Protuberância versus Erupção Solar  - ou mesmo as tais EMC`s, ejeções de massa coronal, que são partículas de altas energias lançadas no espaço interplanetário, ou noutra versão, erupções de gás ionizado a alta temperatura provenientes da coroa solar. Fenómenos estes que nos poderão levar à extinção. Erupções, ejeções ou protuberâncias solares são sempre dignas da maior atenção por parte dos cientistas. Percebe-se porquê.

E, nessa sequência, aquando observadas e expelidas (as tais protuberâncias) - sendo muito parecidas com uma chama - e que se estendem na direcção do espaço cósmico a partir das camadas exteriores do Sol, podem resultar em grande perturbação para os planetas em redor; o nosso incluído.

Visualmente, pelo que delas se pode observar - dessas protuberâncias solares - sabe-se que são densas nuvens de gás associadas aos campos magnéticos que ligam grupos de manchas solares. O gás é mais frio mas mais denso do que a matéria solar que o rodeia. Se o Campo Magnético se distorcer de repente, o gás é então projectado no Espaço.

Cientificamente, os investigadores dizem-nos de que, as pequenas protuberâncias, podem permanecer suspensas na Coroa Solar durante meses ou até anos, enquanto as as mais violentas - aquelas que no geral são passageiras - se podem prolongar por cerca de 100.000 quilómetros no Espaço.

Existem já imagens verdadeiramente fascinantes (ainda que por vezes algo assustadoras!) de espectaculares protuberâncias solares - enormes jactos de gás incandescente -  que sobem nas regiões da Coroa Solar, formando por vezes arcos e anéis intrincados à medida que interagem com as linhas de força do Campo Magnético do Sol.

A Coroa Solar está em movimento constante, sabe-se,  activado que está pelas ondas de choque enviadas da Fotosfera para a Cromosfera (na devida explicação científica que o assunto nos merece).

A Expansão da Coroa no Espaço dá origem assim ao Vento Solar - a tal mistura de electrões, protões, núcleos e outros iões em movimento assaz rápido - que se estende por todo o nosso Sistema Solar e mesmo para lá deste.

É reconhecido por todos, em particular pelos cientistas que abordam estes temas, de que este Vento Solar pode chegar a atingir a Terra a velocidades próximas dos 500 quilómetros por segundo, após o que interage fortemente com o Campo Magnético Terrestre. Estaremos assim em perigo...? Muito possivelmente. Daí que urja esta relevante missão agora da NASA, supõe-se.

Infere-se ainda de que - A radiação X e a ultravioleta que chegam à Terra - ionizam as camadas altas da atmosfera produzindo a Ionosfera. Como se referiu, distúrbios no Vento Solar agitam o Campo Magnético da Terra, bombeando energia para os cinturões de radiação - parte de um conjunto de mudanças no Espaço (próximo da Terra) conhecido como «Clima Espacial».

O Clima Espacial pode assim alterar as órbitas dos satélites, encurtar a sua vida ou finalidade a que se determinam, interferindo nos componentes electrónicos vigentes e alocados a bordo.

Segundo as prestigiadas palavras da NASA «Há que precisar entender primeiro este ambiente espacial da mesma forma que os Primeiros Navegantes precisaram entender os oceanos.»

Nada mais correcto de se afirmar (reconhece-se), ao que supomos de igual fidelidade, avanço e conhecimento, pois que há Adamastores que se não vergam nem perante os maiores navegadores...

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O Sol: o maior amigo ou inimigo da Terra? Que se passa com ele...? Porque razão em vez de nos dar vida no-la tirará...?! Que sabe a NASA que nós não sabemos??? Que estará o Sol a reservar-nos se acaso implodir, se distender ou perder a sua energia (mais rapidamente do que o suposto, passando para uma anã vermelha), ou respaldar e soçobrar no seu todo?! Ou alterar-se, do seu núcleo denso até à coroa, da fotosfera à cromosfera, deixando de refulgir em toda a sua luminosa absorção de espectro solar como estrela de sequência principal (de classe G), como estrela-maior do que até aqui conhecemos de si...?! Que se estará a passar com o Sol, o «nosso» Sol???

Muitas questões para as quais muitos de nós (na sua maioria) não saberão nunca a resposta. Nem as consequências. E sabendo, apaziguaríamos essa afirmação, essa resposta...?! Também não sei responder. Mas temo. Fundamentado ou não este receio que apenas se chama «medo» - meu e de muitos outros como eu - entrego-me à sapiência dos que entretanto vão tentando compreender melhor o Sol e o Universo que nos rodeia, pois só assim se poderá adormecer em paz.

Há a clarificar - ou mesmo desmistificar - que antes mesmo de ficarmos órfãos deste nosso Sol, ensandeceríamos talvez pelo conhecimento (total!) do que hoje os investigadores e cientistas da NASA e outros, suspeitam ou admitem estar a passar-se com o Sol.

Sem alarmismos ou facciosismos, há que compreender as razões, os procedimentos. (Não sei é se no cômputo geral todos o aceitaríamos, estando ou não preparados para o interiorizar em maior ou menor consciência, caso o Sol se esteja também a preparar para nos deixar... Mas acreditemos que não).

Pedindo desde já desculpa pelo alongar deste texto, não deixarei de engrandecer e reverenciar antes de mais esta ambiciosa, fulgurante e mui fervorosa agência espacial norte-americana (NASA, seus agentes, colaboradores e engenheiros espaciais, além de outros envolvidos nestas tão urgentes missões), pelo tanto que nos tem ofertado em conhecimento e divulgação.

Tenho assim e apenas de reiterar com todo o respeito e simpatia que todos me merecem, do meu mais sincero desejo de que esta Missão (quase) Impossível da sonda/nave espacial Parker Solar Probe, se invista do maior sucesso possível. Acredito nisso. Conto com isso; a bem de todos nós, Humanidade.

Que esta Missão ao Sol lhes seja (a todos na NASA, e futuramente a todos nós, na Terra) a promessa e a premissa de novos tempos, novos auspícios de uma «Nova Era Solar» que nos não domine ou mate, nos crucifique ou extermine para todo o sempre.

E se possível, em dose menor de circunstância e afã solares, nos não apague completa, abstrusa e silenciosamente todos os aparelhos electrónicos (da televisão à internet, passando por tudo o resto que nos é insubstituível e inadmissível de não-existência sobre a era moderna em que se vive).

Catapultando então esses medos - ou abstraindo-nos dessa realidade sobre o que o Sol ainda fatalmente nos poderá instar, ao invés do que até agora nos invectivou, alegrou e aqueceu ou ruborizou (se não contarmos com os melanomas dele provenientes...) - tentaremos pela Ciência travar. Ou pelo menos tentar...

Para que ele, o Sol, este nosso belo Sol, se não transmute em catana assassina por via dos seus lampejos coronais e possa agir contra nós como voraz e ímpia estrela criminosa num ilimitado abate sobre os nossos destinos na Terra.

(Sem ofuscar a sua beleza ou olhar de frente para si, peço-lhe que nos proteja e nos não malfazeja por outros destinos, outras vias que penso também não merecemos - no extermínio ou extinção da nossa civilização - apesar de não actuarmos de todo correctamente em face ao planeta que habitamos e respiramos...).

Que seja então Uma Missão Possível e não Impossível, e só isso já basta para nos deixar felizes; a todos cá na Terra. Ámen!

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