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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Morte ao Inimigo!

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Bactérias: o grande inimigo da Humanidade! Antibióticos que salvam mas que, simultaneamente e em muitos casos, se instalam, acomodam e reproduzem em mutação constante, fazendo do Homem o seu perfeito casulo numa corrida contra o tempo ou luta de «Tom and Jerry» em que, por vezes, ninguém sai vencedor...

Poderemos confiar hoje na Medicina Moderna? Serão fiáveis os avanços e os esforços desta por vezes desleal luta entre uma invasora Bactéria e um gladiador Antibiótico que tudo afronta?!

Poder-se-à redimir a doença, contrair a dor e fazer regredir se não mesmo anular ou erradicar de vez as maleitas que nos afligem...? Estaremos preparados para uma invasora/destruidora batalha bacteriológica que se dissemine entre o ser humano e lhe seja fatal...?

Estaremos à altura de nos não deixarmos exterminar e esfumar do planeta se algo correr mal e a bactéria maldita (imune a todos os nossos exércitos microbianos de contra-ataque) se propagar, adensar e fazer evoluir sem que o possamos travar?

Estará o mundo, o nosso humano mundo, consciente, dessa possível e futura realidade planetária se a todos colher sem complacência ou piedade...? Que farão os cientistas então para a demover, para a compreender e estancar, no que actualmente se reclama e excede até, numa quase obscena utilização dos antibióticos desde uma simples constipação à mais pungente patologia...?!

Haverá uma melhor atitude para com estas acções que na prática só nos inviabilizarão a finalidade e nunca o objectivo de ficarmos paras sempre inoculados ou imaculados nessa aferição?! Saberemos diferenciá-lo...? Saberemos estancar essa hemorragia do desconhecimento???

São muitas questões. E muitas delas sem uma rigorosa resposta mesmo nos dias de hoje... infelizmente. Mas sejamos optimistas: antes mesmo da tal «Morte ao Inimigo», sejamos precavidos e até um pouco altruístas, contribuindo assim para o apaziguar da doença na Humanidade, buscando sempre o antídoto, o elixir para todos os males...

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Legionella pneumophila ou doença do Legionário. Ultimamente e em Portugal esta vil bactéria tem-nos importunado... demais! É uma bactéria que vive habitualmente em meios aquáticos; ou seja, está presente na água na maior parte das vezes mas também na terra, causando no ser humano uma doença semelhante à gripe (denominada febre de Pontiac) ou pneumonia grave, alojando-se nos pulmões.

Enfrentar o Inimigo pelos «cornos»...
O mundo da microbiologia invade hoje todas as portas daquele maior conhecimento - ou percepção cognitiva - que nos faz entender em maior rigor todas as causas-efeito das bactérias, vírus, protozoários, fungos e algas microscópicos (no fundo, todos ou grande parte dos micro-organismos que nos rodeiam) na extensão e composição da sua fisiologia, bioquímica, reprodução e genética, assim como das suas interacções com o ambiente e com outros organismos.

O mundo das doenças ou patologias associadas está hoje também directamente ligado ao que dele fazemos no combate às infecções, virologias ou mesmo epidemias - em maior ou menor escala pandémica - que surgem no planeta.

Os aspectos clínicos que incluem o estudo de doenças provocadas por Micróbios e Parasitas, tentam dar-nos respostas (por vezes nem sempre totalmente eficazes ou céleres na correspondente solução) mas que, pelos avanços médicos, se colmatam a cada dia que passa. Muitos Micro-organismos são cultivados à escala industrial para a produção de compostos orgânicos tais como a Penicilina.

Poderá não ser o mais correcto ou o mais fleumático na linguística apresentada mas, como sempre nestes casos, há que ser pragmático: «Há que enfrentar o touro pelos cornos», como se tem por hábito dizer nos países do sul da Europa, ainda que esta frase alusiva ao combate taurino pelo Homem não nos seja muito feliz; nem o touro é o tal demónio bacteriológico nem o Homem o tem de defrontar assim. Mas vamos por partes: Nem sempre o Antibiótico encerra todas as questões, como nem sempre a Bactéria tem todas as vitórias em penetração e invasão imunológicas sobre o ser humano.

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Legionella - primeiros sintomas: dor de cabeça, dores musculares, arrepios de frio e febre súbita e alta. Desenvolvimento da doença (ao segundo e terceiro dias): Tosse com expectoração - e por vezes sangue; falta de ar, dor no peito, náuseas, vómitos e diarreia. Ainda que nos primeiros sintomas se sinta estes poderem estar associados a uma «simples» gripe, há que prevenir, recorrendo sempre ao auxílio médico, evitando-se o pior. Daí que, em desenvolvimento da doença, se não negligencie a sintomatologia apresentada.

Existem sempre factores de risco associados que podem levar o ser humano à morte e, em caso de prevenção, registar que a toma de corticóides ou, estar a ser submetido a um tratamento por quimioterapia, podem elevar o risco (além do factor idade, acima dos 50 anos, sofrer de uma doença pulmonar ou ainda ter o seu sistema imunitário debilitado, devido a Diabetes, Cancro ou outras doenças crónicas).

A Legionella é um grupo de bactérias Gram-negativas patogénicas que vão causar indefectivelmente uma sucessão de sintomas que no ser humano podem ser fatais. Sabe-se que, o Período de Incubação desta doença, desde a inalação das bactérias presentes nas gotículas de água até surgirem os primeiros sintomas, podem correr dez dias.

É uma doença que se desenvolve em reservatórios de água doce (naturais ou artificiais) e locais onde se libertem aerossóis sem uma manutenção adequada dos aparelhos - como por exemplo: Sistemas de Água Doméstica, quente e fria; Jacuzzis e Termas. Mas os equipamentos afectos aos edifícios e instituições são ainda o alvo preferencial (muitas vezes) da propagação desta bactéria, tais como: Equipamentos de refrigeração com água entre os 20ºC e os 45ºC; Fontanários; Aparelhos de Aerossóis; Lagos; Rios; Piscinas; Repuxos, e ainda águas sujas paradas.

Choques térmicos e químicos são entretanto a solução eficaz no procedimento adequado ou a estabelecer nos casos em que se registe esta bactéria, em particular nas instituições hospitalares e públicas mas também em fábricas ou mesmo domicílios.

O mundo moderno dos equipamentos vem potenciar o surgimento desta bactéria, no que convém prevenir antes de remediar, pelo que se evitará consequências mais graves ou de maior fatalidade nas populações atingidas.

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 Antibióticos: o bem e o mal dos nosso dias. A resistência bacteriana é actualmente o pior demónio biomédico com que os investigadores se deparam. Se por um lado nos realizam a cura ou a amortização dos efeitos patogénicos, por outro, enfatizam - e quase ostracizam - os efeitos desejados, numa consequente banalização da sua toma e prescrição médicas, tendo em conta a mutação que entretanto sofrem ou resiliência que demonstram, ante o combate feroz admitido.

Da Descoberta ao quase flagelo dos Antibióticos...
No início era o «verbo», ou seja, a luz do que então Alexander Fleming descobriu em fulgurante ou inovadora investigação sobre fungos (em 1925, no que se admitiu ser o primeiro antibiótico encontrado), que se ancoraria nos meandros - ou sequência pioneira - da Medicina Moderna: a Penicilina! A partir daqui, foi um ver se te avias, ou seja, nada mais ficou igual...

Bactérias versus Antibióticos: Fleming revolucionou assim o mundo médico, pelo que, os utentes a partir daí, beneficiaram com o tratamento de infecções causadas por bactérias que se propagavam à velocidade da luz e matavam impunemente grande parte da população, sem escolher idades, etnias ou situações sócio-económicas diferenciadas.

Um mal que havia de erradicar. E assim se fez. Ou se pensou fazer-se... até que estas, as Bactérias, tomaram vida própria em resistência e mutação, e se tornaram um outro problema, desta vez acrescido de iguais e nefastas consequências para o ser humano.

O uso indiscriminado de Antibióticos tem levado a que tal se pronuncie, assumindo proporções alarmantes a nível mundial. A auto-medicação é um outro problema que urge corrigir na mentalidade e consciência de quem o faz; a nada se fazer, muito em breve os Antibióticos deixar-nos-ão de ser úteis... ou, como se sabe, eficazes e seguros na erradicação da doença.

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Antibióticos: o exagero na toma, muitas vezes sem a prescrição devida na auto-medicação adquirida. A receita médica tem de ser a prioridade e nunca a generalidade no consumo - abusivo quase sempre - destes medicamentos. Consistindo em substâncias activas que são capazes de inibir o crescimento das bactérias (ou de destruir colónias que estão entretanto a causar quadros infecciosos), os antibióticos têm de ser rigorosamente administrados e, seguidos, sob o escrutínio médico a cada utente.

Acompanhamento Médico
É urgente que haja sempre o acompanhamento médico sobre a toma ou prescrição destes medicamentos. Sempre! Quem assim o não fizer estará a colocar em risco a sua própria saúde na continuação da enfermidade ou patologia existente.

A interrupção do tratamento é igualmente nociva para o paciente, caso a prescrição médica tenha sido implementada numa duração que assim o determine. Na interrupção do tratamento - ao fim de apenas uma semana, por vezes, por se sentir estar já a fazer efeito o medicamento, o que é terrivelmente errado! - as bactérias sobreviventes podem desenvolver resistência aos compostos usados, o que inevitavelmente poderá fazer com que o medicamento não seja mais eficaz numa futura prescrição do mesmo.

Para o bem e para o mal, há que ter consciência de não se «brincar» com o uso, interrupção e utilização destes tratamentos. Como nossos amigos, os Antibióticos, falam por nós.

Os Antibióticos Mais Usados no mundo moderno que actualmente vivemos, estabelecem-se entre os diversos que existem hoje no mercado livre farmacêutico. São eles, no geral:

Ciprofloxacino - indicado na terapêutica ou tratamento das infecções de ouvidos, olhos, rins, pele, ossos ou órgãos genitais; no fundo, infecções generalizadas.

Amoxicilina - utilizado para infecções urinárias (no ouvido ou nas funções respiratórias), na amigdalite, sinusite e vaginite (note-se que a terminologia etimológica «ite» perfaz sempre o sequencial diagnóstico de infecção registada).

Ampicilina - indicado para infecções urinárias, respiratórias, digestivas, biliares e bucais.

Azitromicina - indicado para tratar otite média, sinusite, rinite, rinosinusite (extensão do processo inflamatório da mucosa nasal para as cavidades dos seios perinasais), tonsilite, laringite, laringotraqueíte, traqueobronquite, bronquite, broncopneumonia e pneumonia.

Cefalexina - indicado para tratar infecções do trato respiratório, geniturinário, da pele, dos tecidos moles, infecções ósseas ou dentárias, sinusite bacteriana ou otite média.

Tetraciclina - utilizado no tratamento de infecções causadas por organismos sensíveis à Tetraciclina, tais como: brucelose, gengivite, gonorreia ou sífilis (nas doenças sexualmente transmissíveis).

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Antibióticos: o oscilante maniqueísmo de uma terapêutica em prática no uso e abuso destes medicamentos, além os efeitos secundários ou colaterais que entretanto têm vindo a público, gerando alguma controvérsia. Em excesso ou em paragem a meio do tratamento, os efeitos são sempre ou quase sempre uma consequência e nunca o benefício. Dar-lhes-emos então o benefício da dúvida se prescritos e tomados devidamente...? Espera-se que sim.

Benefícios versus Efeitos Colaterais...
Já se sabe que, a auto-medicação ou tomados em excesso, em sobre-dosagem, os Antibióticos acabam por nos fazer mal. As bactérias que nos são benéficas acabam invariavelmente por perecer, tendo em conta a super-dosagem também a que foram molestadas. Outro tipo de micro-organismos vão-se instalando então, originando o desequilíbrio, sobrevivendo e multiplicando-se (ou seja, disseminam-se nocivamente) numa alteração anómala. Mas nem todas são fatais.

Estas já designadas «Super-bactérias», quando se instalam e propagam no organismo, o seu combate terapêutico torna-se então mais ineficaz por parte da comunidade médica. O que os cientistas nos afirmam é que, estas super-bactérias, carregam consigo genes de resistência tais, que depois é muito difícil controlá-las e bani-las do organismo.

E mesmo que o mesmo não seja uma sentença de morte para os pacientes, será sem dúvida um quebra-cabeças para os investigadores médicos na sanável resolução do problema ou de um tratamento eficazmente efectivo.

Existem indubitavelmente certos efeitos secundários ou colaterais - como lhes queiram chamar - de não menos importância que há a ter em conta. São eles: diarreia, má digestão ou excesso de gases (no que estes medicamentos acabam por interferir na flora intestinal, eliminando as bactérias sensíveis a certos compostos, independentemente de serem positivas ou negativas para o organismo).

Existem ainda queixas dos utentes do sector feminino (mulheres, portanto) que na sua idade fértil e usando de contraceptivos, vêem surgir por vezes gravidezes/gestações indesejadas, uma vez que, por toma de antibióticos (mesmo no uso e prática das pílulas anticoncepcionais mensais, das intravenosas ou da pílula do dia seguinte), se regista a sua interferência (antibióticos) na eficácia sobre os métodos anticonceptivos.

Segundo os especialistas, isto sucede porque, um dos efeitos do medicamento é reduzir a concentração de hormónios presentes no anticonceptivo (na pílula contraceptiva), que circulam no organismo no aparelho sanguíneo.

Esse é um dos efeitos da acção dos Antibióticos então, nas Bactérias Intestinais, responsáveis  por gerar Reacções Enzimáticas que impedem o período fértil no organismo feminino.

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Abelhas: um outro mundo que se abre na indústria farmacêutica e clínica sobre a utilização desta maravilhosa espécie que, muito para além da apicultura, se transforma no potencial auxílio e desenvolvimento de Novos Antibióticos. Do pólen para os medicamentos... a misteriosa magia dos avanços na Medicina - e biomédica realização - das abelhas nos serem a cura para muitos males...

"Agora podemos aproveitar o conhecimento de como o Api37 funciona para produzir novas drogas que matariam bactérias ruins usando um mecanismo de acção similar."
                               (Afirmação de Nora Vásquez-Laslop, investigadora da «Illinois University» (Universidade de Illinois, em Chicago, EUA, em 2017)

As Descobertas: abelhas ao poder!
Uma mui recente investigação sugere que um composto anti-microbiano criado por Abelhas Melosas, ou seja, abelhas criadoras de mel,  poderá ser a base para o desenvolvimento de novos antibióticos.O mundo reconhece hoje, não só as suas múltiplas qualidades e benefícios da actividade da apicultura como, agora, nos avanços nesta área médica.

Sabe-se que, nos últimos 30 anos nenhum antibiótico foi descoberto. Sabe-se também que as bactérias estão cada vez mais a desenvolver resistência aos antibióticos, resultando em doenças mortais que anteriormente até eram de tratamento eficaz e que, actualmente, se pontuam de maior complexidade.

Estima-se então que, em futuro próximo, cerca de dois milhões de seres humanos sejam afectados - e claro está, infectados - com patologias que são resistentes aos antibióticos.

Daí que esta agora recente descoberta e, novidade anunciada, nos seja um entusiasmo redobrado pelo que recentemente também veio a público através de um artigo divulgado no jornal «Nature Structural and Molecular Biology» sobre um estudo assente pelos principais investigadores: Alexander Mankin e Nora Vásquez-Laslop, ambos do Centro de Ciências Biomoleculares da Faculdade de Farmácia, da Universidade do Illinois (EUA).

Descobriram então um derivado do antibiótico Apidazina (Api37) que bloqueia a produção de proteínas em bactérias potencialmente nocivas.

O Ribossoma dentro de antibióticos, cria todas as proteínas dentro de uma célula de bactéria. Os Antibióticos visam essas proteínas, matando assim  a célula das bactérias. Por exemplo: a produção de proteínas pode ser paralisada  por «interferir com diferentes estágios de tradução» - o processo pelo qual o ADN é traduzido em moléculas de proteína.

De acordo com o estudo Api37, é o primeiro inibidor conhecido da conclusão da tradução, segundo rigorosos dados da University of Illinois, em Chicago, EUA.

Os Organismos dentro da Natureza são conhecidos sobeja e naturalmente por se defenderem contra bactérias, criando proteínas ou péptidos pequenos anti-bacterianos. Um desses bi-produtos naturais criados por Zangões, Vespas e Abelhas é simplesmente... o Api37!

Resumindo e concluindo, este Api37 é, assim, o mais brilhante resultado não só deste estudo destes dois investigadores (além outros envolvidos) como, a quase oitava maravilha do mundo biomédico na contenção da proliferação da doença ou da resistência aos antibióticos nos doentes devido à descoberta destes agora Novos Antibióticos.

Está de parabéns então esta prestigiada equipa de investigadores como, a sua mui nobre Universidade do Illinois, nos EUA, por mais esta preciosidade biomolecular que, se assume através das não menos ilustres abelhas do nosso mundo planetário. E vivam elas: As Abelhas e as Descobertas! Todas elas!

Combatendo um Inimigo feroz e incessante na ancorada perseguição sobre Novos Tratamentos, Novas Terapêuticas e Novos Antibióticos, o ser humano do futuro poderá ser bem mais saudável e possuidor de uma invejável idade, se se souber prevenir, não abdicar dos muitos conselhos médicos - seguimento e prevenção - para tal se instaurar. E que, como é comum apelar-se, só beneficiarão os utentes, pacientes ou doentes ajuizados que assim o façam.

Numa atitude de uma nova consciência ou instituídos comportamentos exemplares e cumpridores - muito além o que a indústria farmacêutica nos infere e desenvolve dia-a-dia - há que recobrar esforços também em positivismo e plasmado optimismo, no percorrer deste longo percurso da Humanidade.

Há que dar luta ao inimigo e não nos deixarmos vencer por ele; ou em breve nada restará de uma Humanidade doentiamente perdida, exaurida - ou mesmo enlouquecida - por uma busca sem limites que nos avance uma imortalidade há muito esquecida.

Podemos não ser imortais (em termos físicos) mas sê-lo-emos, eternamente, se nos soubermos precaver e fazer vencer, mesmo que por vezes o «Inimigo» pense já nos ter batido...

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