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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A Clonização

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Zhong Zhong e Hua Hua (de 8 e 6 meses, respectivamente) - A Adaptação, a estranheza e a confusão dos inocentes: Os dois mais recentes sobreviventes macacos clonados - após a implantação de 71 embriões em 21 úteros numa intervenção clínica audaz, na China. (Foto gentilmente cedida a 24 de Janeiro de 2018, pelo Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciências, em Suzhou, Xangai, na China.)

Revejam-se. Analisem-se e tentem projectar-se tal como Zhong Zhong e Hua Hua, na igual proporção e dimensão futuristas de um dia virmos a ser, tal como eles, os quase perfeitos clones com as melhores das intenções que, segundo muitos de nós, está o Inferno cheio...

Amanhã, que futuro? Hoje, o aplauso mundial, as ovações e as endeusadas felicitações sobre a elaborada ou mui reverenciada experiência de clonagem em macacos (do que a partir da ovelha Dolly se fez, na finalização do que foi necessário implantar em 277 embriões), se reflecte agora na última e, de grande sucesso biotecnológico, a avença chinesa de criar vida através de um feto abortado (em núcleo e corpo da célula) - utilizando-se células da cria de um macaco-fêmea que sofreu um aborto.

Ou seja, criou-se vida a partir da morte. Fez-se luz da escuridão, caminhos abertos por onde parecia não haver beco ou saída para se legitimar essa vida. Mas fez-se! E os cientistas chineses estão orgulhosos. E o resto do mundo também.

Poderemos pular de alegria ou, mais interiorizada e conscientemente, questionarmo-nos se não estaremos a precipitar a própria Humanidade (a médio prazo) naquele fundo e inócuo fosso de perdermos a nossa identidade muito em breve?!

Ou são infundados (e algo disparatados) estes conservadores receios e embora lá, que o futuro não espera e quem vai à frente é que recebe a medalha de ter sido o mais pioneiro, o mais corajoso, o mais visionário de todos ao fazer-se passar não só por Deus mas, por todas as forças do Universo (ou daqueles outros, com alma ou sem ela) que tal como nós, já tantas experiências sobre os humanos fizeram...?! Ou será distopia pensar-se que não... que nada disto faz sentido?!

Haverá punição ou sublimação sobre essa nossa humana ambição de, pela clonagem humana, um dia, sermos Deus ou deuses; ou nada disso, disseminando a confusão?!

Haverá coroação - ou inversamente a regressão e destruição - por tudo o que lutámos cientificamente até aqui...??? Talvez tenhamos de esperar mais um pouco para o sabermos...

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Fabricados em laboratório, Zhong Zhong e Hua Hua, abraçados na glória ou infortúnio de cobaias que são, de meros inocentes animais de parco raciocínio mas sensitiva apreensão de não serem apenas os símbolos/íconos do processo na imagem do sucesso, mas, a efémera anunciação do que em breve se fará nos humanos; sendo eles, depois, esquecidos e quiçá desmembrados de toda esta vã aparição, os féretros despojos que a Humanidade não mais lembrará...

Hoje, Macacos... Amanhã... Humanos!
Há quem se lastime pelos avanços da Medicina, da biomédica e da alta engenharia genética se estar a transformar na plataforma global de horrores que só a Deus pertence - quando há Deus ou a crença de só Ele poder pegar no bisturi, na molécula ou no tubo de ensaio e fazer as experiências que bem Lhe convier. Por outros que se entusiasmam - e até digladiam ou flagelam - por querer as honras para si, neste complexo e competidor mundo da alavancagem científica poder ser, em futuro próximo, a mais sonhada inferência do Homem.

A Ásia, em passo adiantado ou em velocidade cruzeiro para a futura clonagem humana - que alguns remetem de «clonização» - arrogam, com a mediatização necessária ou inveja premeditada de quem lhes passou à frente nos intentos, tudo isto ser um enorme disparate; outros nem tanto.

Uns e outros, desmentindo-o pelas regras da bioética internacional (ou forçando a que esta seja revista), vão vulgarizando esta sequência - na medida e nos métodos aplicados dessa sequência ou mesmo anuência - desta experiência ter assim corroborado ou «apenas» implementado já, a existência sobre o ser humano do futuro: «Clonagem Humana ou não, eis a questão»...

Pela História se assumem: Há 60 milhões de anos que cá andam, os Primatas. Há 35 milhões de anos que surgiram os ancestrais arborícolas dos grandes símios.

Os Primeiros Hominóides (primatas semelhantes a homens) apareceram há aproximadamente  23-20 milhões de anos. As comparações entre sequências de ADN do ser humano e dos grandes símios indicam que os homens têm 98,4% do seu ADN em comum com os Chimpanzés e 97,7% com os Gorilas.

Os Cientistas até aqui admitiam uma maior substância genética entre os seres humanos e os Gorilas do que entre os seres humanos e os Chimpanzés.

Provas recentes da Imunologia, da análise de proteínas - da sequenciação do ADN e da cartografia genética - indicam assim que a espécie humana está mais próxima dos hominídeos africanos do que dos Oragotangos e mais próxima dos Chimpanzés do que dos Gorilas.

Os Grupos Importantes de Hominóides (dos afropitecos aos driopitecos, já mais tarde) - se recuarmos na História ou na Evolução da Humanidade - demonstram-nos que estes hominóides eram muito mais parecidos com os modernos grandes símios.

Há 18-25 milhões de anos (na comunicação entre África e Eurásia, devido ao aparecimento da placa Afro-árabe) estes começaram a espalhar-se pelo mundo.

Depois disso, segue-se um hiato de certa forma incompreensível (estar-se-à a registar neste lapso de tempo a elaboração/evolução genética do futuro ser humano na Terra, através dos seres vindos do Cosmos?!) no qual se segue um grande vazio no registo fóssil do período que vai até há cerca de 5 milhões de anos, quando então surgiram os primeiros hominóides/hominídeos - muito mais parecidos com os modernos seres humanos...

Ou seja, mais perfeitos hoje assim como mais distantes deles, dos ancestrais macacos, a civilização humana completa-se. Não sem querer ou desejar à força toda (a nível biotecnológico) instaurar-se na Terra nas muitas versões de si, seja na cura de doenças suas, seja na sua própria essência física. Mesmo que o negue ainda, a Clonagem Humana não está fora de questão...

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Por mãos de cientistas, por mãos de seus criadores, Zhong Zgong e Hua Hua, não sabem quem é a sua mãe, se há mãe, se há algo mais para lá daquelas púrpuras mãos frias de cientista e investigador que os recolhe mas não acolhe em seu seio, em seu peito de mamar, pois que esta é dada através de biberão, tão artificial e desumano, quantos os artifícios e meandros científicos que os fizeram nascer...

Ser sensível à Ciência, mas também à Humanização...
Zhon Zgong e Hua Hua vêem agora mostrar ao mundo, ao nosso crispado e certamente ainda não-desocupado mundo humano que, vão servir de urgente e elencado ultimato, na incessante exploração de doenças que afectam o ser humano - Cancro, Alzheimer, Parkinson, entre outras doenças associadas ou neurodegenerativas. O Mundo deve-lhes isso; por ora.

O debate sobre a possível «Clonização» do Homem (clonagem humana) ainda não está sobre a mesa, aferem. Mas pelos corredores de um certo submundo clínico e laboratorial que ninguém sabe onde fica nem como ou quando se inserem nestas práticas idênticas sobre experiências humanas, insurge-se a questão de estar já a ser uma realidade; ainda que ninguém o assuma ou dê a cara nessa questão.

Quanto às nossas vedetas-macacas, que são na sua origem macacos, com todo o respeito que nos merecem (animais pertencentes à espécie dos macacos-cinomolgo, versus: «Macaca-fascicularis»), partilham exactamente a mesma informação genética, tendo sido utilizada a mesma técnica de clonagem da ovelha Dolly, em 1996 (através da transferência nuclear de células somáticas e do ADN de uma ovelha adulta).

«O mesmo método na experiência em si, mas com várias actualizações», segundo a afirmação de William Ritchie, um embriologista da equipa que clonou a ovelha Dolly, no Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo.

Até aqui os investigadores nunca tinham conseguido clonar Macacos, porque, todas as espécies clonadas, demonstravam uma certa resistência sem que houvesse sucesso na continuação da experiência médica. Mais tarde, só em 1999, se soube do primeiro primata clonado - de seu nome, Tetra - um macaco Rhesus. O cientista Robin Lovell-Badge - líder do grupo do Instituto Francis Crick - e em relação aos agora bebés-macaco Zhon Zhong e Hua Hua, regista:

"Embora eles (Chineses) tenham conseguido obter macacos clonados, os números são muito baixos para tirar muitas conclusões." E impõe com certa reserva: "As descobertas publicadas na revista científica americana «Cell», não deixam os cientistas mais perto da Clonagem Humana (argumentou). Isso claramente continua sendo uma coisa muito insensata para se tentar, seria muito ineficiente, muito inseguro e também inútil." Concordamos, no geral.

Soube-se entretanto que outras 23 espécies de mamíferos já tinham sido (ou tentado ser) clonadas sem perspectiva de futuro; e isto, há e durante 21 anos. Entre as espécies contam-se Ratos, Cães e Gatos, Suínos (porcos) e Bovinos (gado vacum: bois, vacas e bezerros). Enfim, um manancial laboratorial que tanto nos enfatiza como nos amedronta, quanto a esse exponencial poder quase malévolo do ser humano sobre as espécies irracionais.

Se outros seres galácticos o fizerem com o Homem é um ai-Jesus, que coisa horrível... mas nós, seres humanos, temos a tendenciosa - porém, também a jocosa mania (e manha!) - de nos sublevarmos às práticas e acções mais hediondas com a pretensão e mesmo argumentação de que só o fazemos a bem da Humanidade.

E, além do mais, licenciando o que achamos que nos é devido ou permitido sobre os animais e plantas, não esquecer, na procura do melhor tratamento/terapêutica das nossas humanas maleitas ou enfermidades/patologias incuráveis. Tudo serve de desculpa. E, confirmação oficiosa, sobre os Direitos Humanos em detrimento de todos os outros...

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«Quero sair daqui, alguém me ajuda?» Esta a imagem que nos sugere este nosso mártir de laboratório, que nos deita a língua de fora em infantil brincadeira sob os auspícios de quem o vigia ou, escraviza, ante um mundo cego, surdo e mudo, no debate sobre práticas - por vezes - tão pouco éticas ou morais em relação à desumana condição em que os colocamos, aos animais...

Experiências falhadas... até... ao grande sucesso!
Em 2000 - quando o mundo pensava que no virar do século a Humanidade poderia acabar por um qualquer cataclismo de profecia anunciado mas não legitimado cientificamente - o Homem instava todo o seu poder biomédico na procura e resolução de ser capaz de criar dois macacos geneticamente iguais ao dividir um embrião em dois - logo depois da Fertilização.

Na prática, o que estes investigadores se propuseram a fazer - ou no que mais tarde foi então admitido como uma não-clonagem - é que apenas tinham criado dois gémeos idênticos, no que em sucessão, poderia originar a até quatro indivíduos desta espécie animal.

Em 2004, foi criado um Macaco clonado com a técnica que originou a celebérrima ovelha Dolly. Contudo, os embriões não viveram o tempo suficiente para sequer serem implantados no útero da progenitora.

Qiang Sun encontrou então a resposta: Antes de implantar o embrião no útero, mergulhou-o numa sopa de nutrientes e de catalisadores de crescimento que activaram dois mil genes essenciais para a sobrevivência e, desenvolvimento, de uma cria. Estava feita a revolução!...

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Mu-ming Poo - director do CAS, ou seja, director do Instituto de Neurociências do Centro CAS para Excelência em Ciências do Cérebro e Tecnologia de Inteligência (em Pequim, na China).
«A barreira foi quebrada por este trabalho», a convicta afirmação de Muming Poo, co-autor desta mesma investigação que, induziu pelo mesmo processo que produziu a ovelha Dolly há mais de 20 anos, no avanço que poderá impulsionar as pesquisas médicas sobre doenças humanas.

Poo, ventila ainda com toda a segurança: «Os humanos poderiam ser clonados por esta técnica, em princípio, embora o foco desta equipa tenha sido a clonagem para pesquisas médicas». Será mesmo???

Qiang Sun e a técnica de clonagem (TNCS)
Qiang Sun é hoje a vedeta. Assim pensa e assim age. Ou não. Falarão à comunicação social outros mais visualizados, tais como Mu-ming Poo do CAS, que parece liderar se não a investigação pelo menos o mundo da comunicação social, em fleumática revelação sobre esta pesquisa.

Mas falemos de Qiang Sun - prestigiado investigador do Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciência (e director do Centro de Pesquisa de Primatas Não-Humanos do CAS) - que, pegando no núcleo de um óvulo de Macaco - parte da célula que contém 98% de toda a informação genética de um ser vivo -  e colocando-o dentro da célula de outro macaco, viu a sua experiência resultar. Continuando então a explicação do processo:

Verificando-se que a célula recebe um estímulo eléctrico semelhante ao experimentado quando um óvulo é fertilizado por um espermatozóide (o que a leva a dividir-se como num embrião criado naturalmente), o embrião é transferido para o útero de uma fêmea. Então, nesse processo a decorrer, a nova cria vai ser geneticamente igual àquela que doou o  núcleo.

Todo este processo instituído pelo doutor Qiang Sun teve a duração de 14 longos e árduos anos de investigação e ensaios clínicos em Macacos mas, sem grandes expectativas (porque todos os outros embriões não evoluíam além da fase de «blastocisto», um embrião com 5 ou 6 dias de vida) - e que ocorre menos de uma semana depois da fertilização, não tendo mais do que duas centenas de células.

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Zhon Zhong e Hua Hua abraçados... mais uma vez. Que pensarão? Que futuro será o seu? Que destino terão para além do foguetório em massa da equipa de cientistas que os invadem de brinquedos e cor, fantasia e rumor, de que serão felizes eternamente sem o serem...?! E, pedindo desde já desculpa pela excessiva exposição fotográfica destes dois bebés-macacos que não pediram para nascer nesta vil condição aos olhos do mundo, o meu sincero perdão por sentir que, faço parte integral mas não visceral, dos que pensam e sentem tudo poder fazer em nome da Ciência...

Um Laboratório Vivo...
A partir de agora tudo é possível: o concebível e o inconcebível, o exequível e o inexequível - e mesmo o inadmissível - em relação à nossa perturbada mente humana que tudo proclama e incentiva; desde os maiores dislates sobre a Humanidade aos maiores disparates sobre a Natureza. E, como sempre nestes casos, nestes mui particulares casos em que o ser-se senciente não interessa para nada, o começar-se a fabricar animais em série numa orgia de clonagem... para que, a breve trecho, surja uma outra clonagem ou «clonização» - a humana.

Escancaradas agora as portas do Criador, ou da tal Caixa de Pandora que nunca se sabe muito bem o que de dentro dela virá, são anunciadas as glórias científicas deste Outro Mundo Novo em que nos encontramos...

Um dia, a abordagem poderia ser usada para criar grandes populações de macacos geneticamente idênticos que poderiam ser usados para pesquisas médicas, evitando retirar macacos da Natureza, referem os cientistas. Mas Mu-ming Poo vai mais longe, dizendo-nos:

"Somente nos Estados Unidos estão importando de 30 mil a 40 mil macacos a cada ano que passa; e isto, pelas empresas farmacêuticas. Os seus antecedentes genéticos são todos variáveis - eles não são idênticos (assevera) - no que há a necessidade de um grande número de macacos. Por razões éticas, acho que ter macacos clonados reduzirá em muito o número de macacos usados para testes ou ensaios de medicamentos."

A bem da Ciência (pela qual eu sempre luto e insisto que se deve seguir) está-se perante a massiva ideologia científica de explorarmos, dissecarmos e muitas vezes confinarmos a uma existência deprimente, animais que nada fizeram de mal (nem o poderiam) ante a ignominiosa e sedenta ambição do Homem em servir-se da Ciência e dos seus avanços médicos, para usar e abusar destas populações desprotegidas.

Criar-se uma população de macacos geneticamente iguais, fazendo dela uma espécie de laboratório vivo (permitindo assim estudar geneticamente as doenças que afectam a qualidade de vida do ser humano), não será também uma violação aos direitos dos animais???

A tese dos cientistas é peremptória: «Ajustando os genes que os macacos transportam e que estão relacionados com essas doenças - se isso for possível - podemos replicar a doença num animal e depois comparar as alterações biológicas provocadas pela Nova Informação Genética com as características verificadas no macaco saudável. A realizar-se, esta técnica permitirá encontrar mais facilmente os genes que provocam as doenças e, estudar, as formas de os evitar».

(Lembram-se do Ébola, tendo-se diabolizado esta espécie? Agora, parece ser a salvadora do Homem). Quão estranha é esta nova filosofia de se criarem «laboratórios vivos» não de genes mas de força criadora viva em população animal que só terá de experimentar a dor, o sofrimento e a subjacente e incessante manipulação genéticas para nos dar frutos no futuro sobre as nossas humanas doenças. Como é bom ser-se «superior»...

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Os primeiros de muitos. Primeiros dos Primatas, depois de Tetra; depois de tantos outros sacrificados pela mesma causa «humanitária»... E, por onde houver ciência ou requisitos de quase malvadez, em fazer destes animais os bodes expiatórios de uma continuidade civilizacional que se chama Humanidade; com saúde ou sem ela; com espécie animal ou sem ela... se entretanto eles, os animais, do planeta forem erradicados também...

As Questões Éticas
Emergem sempre. As questões ou interrogações éticas do que se deve ou não fazer, do que se deve ou não propagar nas populações animais. E, como sempre nestes casos, uns tentando não subverter valores e princípios por outros mais desviantes ou disformes/disfuncionais para com a fauna no planeta, vão tentando não se imiscuir muito nos fracassos ou sucessos do que se consegue...

Assim sendo, impõem-se as eternas questões éticas: Darren Griffin - professor de Genética, da Universidade de Kent, no Reino Unido - ainda que saudando o artigo da «Cell» com um «optimismo cauteloso» e um muito impressionante olhar do ponto de vista técnico, reverbera também que:

 "O primeiro relato de clonagem de um Primata Não-Humano, levantará sem dúvida, uma série de preocupações éticas, com críticos evocando o argumento de que isso nos deixa um passo mais perto da Clonagem Humana."

Mas influi consequentemente: "Os benefícios desta abordagem, porém, são claros. Um modelo de Primata que pode ser gerado com um fundo genético conhecido e, uniforme, será sem dúvida muito útil no estudo, compreensão e tratamento de doenças humanas, especialmente aquelas com um elemento genético."

Nada mais restará então do que concluir este texto acrescentando que, A «bem da Ciência ou da Humanidade», todos fiquemos de acordo com os meios - passando pelo princípio e fim a que se destinam estas experiências - concordando ou não com o que estabelecidamente nestes laboratórios se faz, em busca do gene perdido; mesmo que isso custe a vida e o sofrimento excruciantes dos macacos ou animais no seu todo sobre todas as outras populações do planeta.

Pela nossa saúde e bem-estar, erradicando ou pelo menos amortizando as doenças na Terra, sacrificamos todos - ou uma grande parte - de algumas espécies; plantas e animais. E tudo isso numa contabilidade meramente racional e muito pouco estóica ou digna do ser humano, numa felicidade assintomática e, ímpar, nos avanços da ciência biomédica.

A Humanidade recrudesce e os animais fenecem. A vegetação desaparece e o ser humano prevalece em toda a sua imponente ociosidade e avareza, ganância e pouca subtileza para com os mais fracos; que neste caso, são os animais, nascidos, criados e por fim mortos ao serviço de uma Humanidade sem humanidade - esta, a grande e estúpida metáfora do Homem e da sua civilização no planeta.

Até um dia... um dia em que tudo se inverta...pleno de poderes e distintamente fazendo justiça a quem sofre por entre laboratórios humanos sem qualquer tipo de complacência ou inocência...

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