Translate

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

A Última Fronteira do Desconhecido

Resultado de imagem para cérebro humano
O Cérebro Humano. A sua verdadeira idade e o que ele em si comporta na função cerebral que exibe, assim como a degenerescência sofrida devido a causas ainda não totalmente compreendidas, são o que actualmente os neurocientistas tentam descobrir como a «Última Fronteira do Desconhecido».

A IA (Inteligência Artificial) dá uma ajuda inestimável nesse processo e, os estudos agora realizados e plasmados de maiores certezas ou acrescidas conclusões, ditam-nos de que o nosso cérebro é uma máquina perfeita, tão perfeita quanto a sua prestabilidade e funcionalidade exigidas numa impressionante rede de comando superior.

Todavia existem medos. A «Contingência do Medo» é talvez um dos nossos maiores exércitos das trevas, pelo que urge tomar medidas para que essas sombras nos não cubram não só da opacidade inflectida como da mediocridade havida de se não ir mais longe; de se tentar saber que portas secretas o nosso cérebro ainda encerra.

Quando se fala da IA, então o medo é certo! Ontem e hoje esses medos são como monstros à solta, que engrandecem e se enfurecem, cabendo-nos a nós reflectir sobre eles e «domesticá-los» cientificamente; senão tudo fica perdido, irremediavelmente perdido no mais profundo e lacrado sepulcro do desconhecido.

"O Desenvolvimento da Inteligência Artificial Plena pode traduzir-se no Fim da Espécie Humana. Os seres humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não podem competir de igual para igual e serão subjugados." (Stephen Hawking)

Estará Hawking certo? Não sabemos. Todavia sabe-se que a angústia e a ignorância sobrepõem-se muitas vezes à racionalidade ou dureza dos factos. O que não era o caso do brilhante e já desaparecido físico quântico Stephen Hawking.

Mas voltemos ao Cérebro Humano. Há e haverá sempre que questionar quem «inventou» tão mirabolante, poderoso e inebriante mecanismo... algo que certamente ainda não nos foi dado conhecer, não na sua totalidade e especificidade. Quando muito apenas poderemos insinuar de que somos - ou assim nos identificamos - com o poder criador magnânimo que nos é semelhante.

Seremos únicos? Seremos múltiplos? Seremos somente um (ou uma civilização inteligente) de entre milhões ou biliões de iguais espalhados pelo Universo...?! Que seremos nós, eis a grande questão. É o que os cientistas tentam saber, acredita-se.

Seremos seres especiais por possuirmos um cérebro que pensa e raciocina?... Se o somos de facto ou apenas tocamos o tangível desse ser supremo, dessa força-mãe do Universo, também não sabemos.

Apenas sabemos que navegamos à deriva, nadando num imenso mar de interrogações e respostas não havidas ou a nós concedidas. Muito do que somos é ainda uma estrangulada incógnita para muitos de nós; outros haverá que se expõem de todas as explicações que a Ciência reproduz, por outras que ainda não produz (quando muito tenta averbar) sobre a Consciência e, uma espiritualidade não-confessa, que além o físico nos transcende em sopro e coexistência de alma. Não é palpável mas que existe, existe!

No plano físico da Neurociência os campos estão-nos ainda de certa forma vedados ou tão minados que muitas afirmações podem nem sempre corresponder à verdade (como por ex: a idade do cérebro nem sempre corresponder à idade cronológica de um indivíduo).

Daí que seja pertinente a questão que muitos de nós fazemos «Se saberemos um dia de todos os seus segredos?...» Talvez não, mas tentaremos com toda a urgência possível, desvendar um pouco mais de toda essa sua enigmática complexidade que nos faz ser os seres inteligíveis que somos na habilidade e adaptabilidade ao que nos rodeia.

Há quem afirme que nunca se saberá exactamente qual a verdadeira idade de um cérebro - ou que legitimidade haverá na afirmação - de que a velocidade de caminhada de um indivíduo pode ser usada como um marcador fiel do envelhecimento do cérebro e do corpo; no entanto, os neurocientistas não desarmam, pelo que com a ajuda da IA (Inteligência Artificial) e os recentes estudos publicados nos reportam, confiarmos saber e, estar, perante o limiar de uma outra fresta de conhecimento sobre o que o cérebro ainda nos esconde de si.

Resultado de imagem para cérebro humano
Imagem detalhada do Cérebro Humano. A tridimensional imagem de todo o cérebro humano no orquestrado tempo de digitalização de mais de 100 horas, numa incrível imagem só possível devido a uma poderosa máquina de ressonância magnética que possui a resolução potencial para detectar objectos com menos de 0,1 milímetros de largura.

Segundo a ScienceNews, estas imagens cerebrais vistas em detalhe podem efectivamente conter pistas para os investigadores que tentam identificar as «anormalidades cerebrais» de difícil detecção em casos pontuais.

Distúrbios como «estado de coma» ou condições psiquiátricas tais como a depressão podem ser agora mais prontamente diagnosticadas com esta preciosa ajuda. (De registar: A FDA (Food and Drug Administration aprovou o primeiro scanner 7T para imagens clínicas em 2017, sendo actualmente uma incontestável mais-valia nos recursos médicos para diagnosticar e estudar as doenças)

A Idade Cerebral
De acordo com o que os cientistas nos dizem «A idade cerebral é diferente da idade cronológica», sendo que o tempo de vida de um indivíduo nem sempre corresponde ao mesmo nível proporcional de uma saudável anatomia e fisionomia.

Um recente estudo publicado pela revista científica Nature Neuroscience revela que, juntando as áreas da Neurociência, Longevidade e Machine Learning (na associação com a IA, Inteligência Artificial, num único algoritmo),  foi possível prever a Idade do Cérebro de um indivíduo com base unicamente em exames de Ressonância Magnética.

Se no caso da imagem acima referida se pode mostrar a evidência tecnológica sob amostras/imagens post-mortem (divulgadas pela ScienceNews, do artigo «A 100 hour MRI scan captured the most detailed look yet at a whole Human Brain», em 2018) e que os autores do estudo na altura mencionaram como «Tendo o potencial de avançar a compreensão da Anatomia do Cérebro Humano na saúde e na doença», agora se veja reforçado este mesmo potencial mas sobre um outro prisma.

Assim sendo, o estudo elaborou um ensaio que compôs 50 mil indivíduos de diferentes escalões etários, no primeiro do género a mostrar como distúrbios mentais comuns - como a Depressão e o Autismo -  afectam o envelhecimento cerebral, citado na publicação «Singularity Hub.»

Esta experiência consubstanciou além disso a identificação de vários conjuntos de genes relacionados com distúrbios neurológicos, os quais como se sabe, provocam a aceleração do Envelhecimento Cerebral.

"Esta é uma validação importante ao mostrar que a Inteligência Artificial  pode condensar informações de um grande número de imagens do cérebro, em dados interpretáveis,  sem perder completamente a informação sobre regiões cerebrais individuais. Por outras palavras, alguns distúrbios podem fazer com que uma região do cérebro envelheça mais rapidamente que outras. A IA pode decifrar essas diferenças e, ajudar a encontrar possíveis tratamentos." (Divulgação dos autores do estudo em publicitação na Nature Neuroscience, 2019).

A Contribuição Tecnológica da IA ou Inteligência Artificial tem estimulado assim os cientistas sobre a relevância deste cálculo (e do seu apuramento), vir a ser encarado como uma espécie de Biomarcador - sendo que através deste a informação médica pode claramente ser mais precisa numa decisão correcta sobre o diagnóstico e terapêutica a realizar, sobretudo em pacientes mais idosos.

Com a já inegável importância que a IA subleva neste domínio, os investigadores anunciam de que podem agregar, a partir de agora, dados de diferentes laboratórios obtidos por diferentes Scanners de Ressonância Magnética em diferentes configurações.

Resultado de imagem para cérebro humano
A IA/biotecnologia: para muitos, o cognoscível ou agora acessível avanço tecnológico tão necessário quanto entendível ao ser humano, para que possa estar mais perto do conhecimento; parcial ou total sobre o Cérebro Humano. Muitos dizem que a IA não é mais do que um mero algoritmo que efectua super-cálculos rigorosamente programados. Mas será mesmo assim?...

IA e Biotecnologia: A soma das partes que é sempre mais, muito mais, em resultado adquirido do que em laboratório se projecta e enaltece na grandiosidade científica revelada. Fabricam-se «mini-cérebros» para a compreensão humana do que reveste e impele o nosso cérebro. Alcançam-se patamares prolíficos na verdade, desenvoltos e empreendedores em muitos casos (por ex: os implantes), reduzindo assim as carências e deficiências encontradas.

Dizem os cientistas que estas estruturas agora elaboradas representam um enorme avanço para o estudo do cérebro humano, as suas doenças e reacções a drogas e medicamentos. Mas estaremos a ir longe demais...? Estaremos a criar a nossa própria mutação genética...? Não sabemos.

Outras questões se avolumam: Se estaremos ou não a programar futuros cérebros artificiais que no futuro se nos sobreporão, se nos sublevarão e guiarão porventura até às trevas finais da Humanidade por tanto poder lhes termos dado...? Sinceramente não sei.

Cérebros de Laboratório
Quanto à IA estamos esclarecidos ou julgamos estar pelo que nos é dado conhecer desta ter influência e repercussão tecnológicas no Reconhecimento de Imagem, Diagnóstico Médico, Veículos Autónomos, Processamento de dados (matemáticos e outros) numa infindável lista de habilitações e apetências que o ser humano jamais ascenderia não fossem as suas capacidades quase ilimitadas (as da IA obviamente).

Possuímos sem dúvida alguma uma enormidade e quase excentricidade de faculdades exercidas pela Inteligência Artificial que hoje nos é dada sem contestação. Desde 1950 que assim é, provinda dos Estados Unidos (sob o impulso dos investigadores de Stanford e do MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusets) e desenvolvida depois um pouco por todo o mundo à escala planetária.

Passando à Biotecnologia, temos o espectro do «fabrico» de mini-cérebros ou organóides - agregados tridimensionais de neurónios criados em laboratório a partir de células epiteliais (da pele) - reprogramadas. E isto é só o início...

Estas estruturas muito pequenas (com tamanho médio entre 3 e 5 milímetros), apresentam algumas características semelhantes às observadas no cérebro humano em formação, principalmente no que respeita à organização das camadas primordiais e aos tipos celulares, segundo nos conta a Drª Lívia Goto do IDOR - Instituto D`Or de Pesquisa e Ensino do Laboratório Stevens Rehen, pioneiro no desenvolvimento de mini-cérebros no Brasil.

"Nesse sentido, são bons modelos para estudar alguns dos processos fisiológicos, bioquímicos e metabólicos observados no tecido cerebral." A convicta afirmação da doutorada Lívia Goto que mais tarde acrescentaria em conformidade com o que a sua equipe laborou e em profusão com a utilização de organóides:

"As culturas tridimensionais do tecido nervoso têm sido estudadas desde a década de 1950 (Séc.XX), passando por diversos aprimoramentos a partir de células animais."

A Concepção Laboratorial: Os mini-cérebros são concebidos a partir de células de pele ou de urina de um voluntário, induzidas em laboratório a voltarem ao estágio de células-tronco, e com o potencial de se transformarem em qualquer tecido do corpo humano - sendo portanto células-tronco de pluripotência induzida (iPS).

De seguida, são transformadas em neurónios e outras células do sistema nervoso num processo que as verte para um líquido com nutrientes semelhantes aos do ambiente de desenvolvimento do Embrião Humano.

Os Cientistas afirmam categoricamente de que, estes mini-cérebros, estão ainda muito longe de serem considerados factualmente «um cérebro», pois segundo estimam, eles não possuem consciência (por enquanto), nem pensamentos ou memória.

Além disso, asseguram, esses mini-cérebros possuem apenas 5 milhões de neurónios de entre os 86 biliões verificados no ser humano. Poderemos então ficar sossegados que não se está a ultrapassar os limites da decência biotecnológica...? Não sei responder com toda a certeza; no entanto, haverá sempre códigos de ética a confirmar se haverá ou não abusos e procedimentos anti-éticos que comprometam a nossa estabilidade humana de concepção e replicação.

De acordo com Rehen, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e investigador do IDOR (Brasil): "Apesar das limitações, os mini-cérebros são um bom modelo para estudo do tecido humano vivo. Com eles é possível fazer uma série de descobertas sobre alterações celulares e moleculares do tecido cerebral exposto; por exemplo, a agentes causadores de doenças."

Rehen especifica ainda: "Mas não só isso. Os organóides cerebrais também servem para entendermos quais são as respostas dos neurónios a medicamentos ou, a substâncias que podem vir a se tornar um novo remédio como é o caso dos psicadélicos."

Desde o ano 2000 que Rehen tem desenvolvido esses modelos tridimensionais (para o estudo do cérebro de ratinhos/camundongos que facilitaram a descoberta de factores capazes de influenciar a geração dos giros e sulcos ou dobramentos do cérebro); fê-lo nos Estados Unidos no início do século, mesmo tendo já na década anterior começado a estudar a Formação da Retina a partir de estruturas tridimensionais também.

A partir de 2014, o professor Rehen já no Brasil, daria azo à sua experiência e empenho nesta área, adaptando a receita de Lancaster para criar os Primeiros Mini-cérebros no Brasil.

De acordo com Rehen: "Esse «Avatar Biológico Vivo» tem facilitado bastante as investigações sobre a neurogénese normal e associada a enfermidades. Células-tronco de pacientes com doenças neurodegenerativas ou transtornos mentais podem ser usadas para criar mini-cérebros, que crescem durante meses em laboratório, para estudá-las e melhor entendê-las."

Rehen dá por rematada a sua tese, acrescentando o êxito de outros: Na utilização de Organóides Cerebrais (em território dos Estados Unidos) por Flora Vaccarino que então pela sua experiência pessoal, viria a revelar um desequilíbrio neuroquímico associado ao Autismo; assim como Kristen Brennand que descobriu alterações num receptor celular que irá futuramente facilitar a identificação de medicamentos para a Esquizofrenia.

Rehen explicou ainda: "Além disso, Fred Gage transplantou mini-cérebros para o interior do sistema nervoso de roedores. O objectivo era fazer com que vasos sanguíneos do animal nutrissem o tecido humano. Gage observou assim que houve uma troca de informação entre o organóide e o cérebro."

Novamente Rohen nos descreve de forma peremptória de que «Os mini-cérebros não se desenvolvem da mesma forma que o nosso órgão maior. E tão pouco possuem consciência» acentua. No entanto, poderá o professor Rohen dizê-lo também em sua própria consciência e exactidão absoluta do que está a aferir...? Não se sabe.

Todavia, enuncia ainda: "Mas já é possível mantê-los vivos por mais de 9 meses, período que consiste no tempo de uma gestação humana..." o que nos engrossa ainda mais a dúvida sobre os futuros procedimentos serem ou não devidamente executados. Em tom de desafio finaliza dizendo:

Paola Arlotta, cientista de Harvard, por exemplo, gerou organóides cerebrais sensíveis à luz, algo que poderá - no futuro -  permitir a comunicação entre eles e os cientistas."

Resultado de imagem para caminhantes
Notícias Científicas: «Caminhantes mais lentos possuem cérebros e corpos mais velhos aos 45 anos de idade.» Assustador?... Claro que sim, mas passemos à explicação dos investigadores sem o alarmismo óbvio de sentir que temos a morte à porta...

Segundo o que o ScienceDaily e o JAMA Network Open de 11 de Outubro de 2019 publicam, de um estudo que lhes foi comunicado pela Duke University - Universidade Duke, em Durham, no estado da Carolina do Norte (EUA) - os caminhantes mais lentos podem ser identificados pela Função Cerebral aos três anos de idade, segundo testes que vêm predizer se somos ou não maus caminhantes... e por conseguinte, se nos deixamos assim envelhecer prematuramente.

Ou seja, quanto mais nos mexermos mais activos seremos, mais o nosso cérebro corresponderá física e mentalmente às exigências da idade avançada ou da mudança de faixa etária. Sem a presunção de sermos eternamente jovens mas com a consciência plena de que quanto mais activos formos mais saudáveis seremos, este estudo agora realizado vem-nos dizer que nem todos somos assim tão lestos e tão audazes na caminhada ou na arruada das nossas vidas...

Ser saudável e fazer caminhadas...
Um estudo recentemente vindo a público e que foi criteriosamente analisado pela Duke University, nos Estados Unidos, vem-nos agora afirmar que a «A Velocidade de Caminhada» num indivíduo de cerca de 45 anos, pode ser usada como um marcador do envelhecimento do Cérebro e do Corpo.

Mesmo que muitos de nós não estejamos alegadamente aptos para a escalada, o alpinismo ou qualquer outro desporto radical, o certo é que todos os especialistas nos afirmam de que andar, correr ou simplesmente fazer curtas ou longas caminhadas nos determina talvez um pouco mais a longevidade e, a saudável permanência no planeta, até ao ditoso final físico. Penso que todos concordamos com isto.

Agora, o que esta universidade norte-americana nos apregoa é muito mais do que isso. Em resumo pontua: « A velocidade de caminhada em pessoas de 45 anos de idade, pode ser usada como um marcador do envelhecimento do cérebro e do corpo. A evidência estava presente nos testes neurocognitivos que esses indivíduos levaram aos três anos para indicar (ou como indicação) de quem se tornaria mais lento como caminhante; ou seja, quem se tornaria menos ágil e menos propenso a ter uma locomoção mais desimpedida e saudável. Em termos gerais é isto.

Os Investigadores/Pesquisadores de Duke, aferiram então de que, aos 45 anos de idade, os caminhantes mais lentos «aceleravam o envelhecimento» numa escala de 19 medidas - escala essa criada pelos investigadores - que tinha como propósito analisar os pulmões, dentes e sistemas imunológicos dos mesmos.

Foi então que se registou estes terem tendência para se apresentarem em pior estado do que as pessoas que andam de forma mais rápida ou acelerada.

"O mais impressionante é que isso ocorre em pessoas de 45 anos, não nos pacientes geriátricos que geralmente são avaliados com essas medidas." (Citação do investigador principal ou máximo responsável Line JH Rasmussen, investigador pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Universidade de Duke e Neurociência.

Os Testes Neurocognitivos foram igualmente impressionantes - os testes que esses indivíduos fizeram aquando eram crianças, prevendo-se quem se tornaria ou não um bom caminhante; e por conseguinte, muito mais saudável.

 Aos 3 anos, a contagem/identificação do QI (quociente de inteligência), compreensão da linguagem, tolerância à frustração, habilidades motoras e controle emocional, predisseram  a sua velocidade de caminhada aos 45 anos de idade.

A autora sénior Terrie E. Moffitt, professora de psicologia da Universidade Nannerl O. Keohane da Universidade de Duke e professora de desenvolvimento social dessa mesma universidade, impulsiona de modo emotivo:

"Os médicos sabem que os caminhantes lentos dos 70 ou 80 anos tendem a morrer mais cedo, mais precocemente, do que os caminhantes rápidos (ou mais acelerados) da mesma idade. Contudo, este estudo abrangeu o período desde os anos pré-escolares até à meia-idade, e descobriu que uma caminhada lenta é (ou pode ser), um sinal grave ou de um certo problema décadas antes da velhice se pronunciar."

Os dados agora adquiridos vêm de um estudo de longo prazo que se pontuou entre Abril de 2017 até Abril de 2019, e que contou com a colaboração de 1000 pessoas que nasceram durante um único ano em Dunedin, na Nova Zelândia. Os 904 participantes da pesquisa no presente estudo foram testados e monitorizados durante toda a sua vida, principalmente os de 45 anos e no período referido entre 2017 e 2019.

Os Exames de Ressonância Magnética durante a sua última avaliação mostraram que, os caminhantes mais lentos, tendiam a ter menor volume total do cérebro, menor espessura cortical média, menor área de superfície cerebral, assim como maior incidência de «hiper-intensidades» da substância branca, e ainda pequenas lesões associadas à doença cerebral de pequenos vasos.

Segundo Rasmussen nos especifica: "Algumas das diferenças de saúde e cognição podem estar ligadas às escolhas de estilo de vida que esses indivíduos fizeram. Mas o estudo também sugere que já existem sinais de quem se tornará os caminhantes mais lentos. Podemos ter aqui uma chance (ou oportunidade) de ver quem vai melhorar a saúde mais tarde na sua vida."

Esta pesquisa foi o resultado de um apoio conjunto efectuado por doações do Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA;  Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido; Fundação Jacobs; Conselho de Pesquisa em Saúde da Nova Zelândia; Ministério de Negócios, Inovação e Emprego da Nova Zelândia; Fundação Lundbeck; Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, e ainda do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano dos EUA.

Não sei se os confins do cérebro se abrirão para nós algum dia, esse dia em que a Comunidade Científica virá para a rua e festejará com os demais «A Última Fronteira do Desconhecido».

Sinceramente não sei. Penso que os cientistas também não, pelo que ainda há pouco a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (Portugal) projectou um evento em manifesta exposição de alto gabarito que, aludindo ao Cérebro, se denominava «Cérebro - Mais vasto do que o Céu».

Em última análise, penso que - A Última Fronteira do Desconhecido - será aquela que em nós e por nós fizermos sobre o nosso cérebro, sobre o nosso corpo e a nossa alma que, esta última, sendo ou não única no estabelecimento cósmico do Universo (ou universos) instalados, nos dará provavelmente a importância adquirida de também sermos influentes - e não indolentes - à semelhança do que conquistamos e não subestimamos.

A Última Fronteira do Desconhecido é talvez a minha mais indefectível consciência do ser humano que sou e que, cognitiva e liberalmente sinto pertencer, na mais lata abóbada celeste de inteligências que porventura povoam todos os domínios ainda não explorados.

Quando esta fronteira se abrir para nós, seres humanos, então ficará mais fácil compreender-se toda a genuína força criadora que nos deu cérebro e instância, personalidade e jactância de sermos tão poderosos quanto maravilhosos sem fronteiras que nos barrem o interesse e o conhecimento.

Quando não existirem fronteiras e não formos exilados de nós próprios, então o «Desconhecido» será aquele amigo que nos entra portas adentro e se faz aceitar, abraçar e consolidar de que não estamos sós e não somos inexistentes.

Ou acéfalos, pelo descrédito ou pela negação de que existirão outros por aí... mais espertos ou mais burros, mais eficientes ou proficientes, mas sem dúvida alguma muitos mais cerebralmente competitivos e inteligentes sem fronteiras do desconhecido, sem fronteiras de espécie alguma!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário