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quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Terraformação de Marte

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Planeta Marte (imagem: NASA/JPL/Caltech) A Habilitação da Habitabilidade Marciana ou, comummente, a suposta e hercúlea tarefa de Terraformação do Planeta Vermelho por parte do Homem. Uma missão que será levada a cabo com toda a dignidade ou meticulosidade possível sobre um planeta que nos esconde ainda muitos segredos seus. (Na imagem acima referida é perceptível a visão aérea do Valles Marineris, um enorme canyon com mais de 2 mil quilómetros de extensão e 8 quilómetros de profundidade)

Ninguém disse que era fácil nem tão-pouco inábil tal projecto, tal compleição. Se pisar a Lua foi um «pequeno passo para o Homem mas um passo gigantesco para a Humanidade», que se poderá definir agora sobre tão complexa - mas incomensuravelmente extraordinária - ambição humana de terraformar Marte?!... Estaremos preparados para colonizar Marte...? E Marte, deixar-se-à ele invadir pela civilização vizinha sem ter uma palavra a dizer?... Bem, é melhor que não saibamos já todas as respostas possíveis...

Dar um passo atrás não é razoável, admissível ou sequer concebível - temos essa consciência global - pelo tanto que o ser humano se esmerou em procurar soluções para fazer «retornar à vida» este planeta vizinho, esta nossa única esperança (pelo menos nos próximos tempos), de ser o nosso único poiso de guarida, investida e vida assistida; sobre vidas e almas enclausuradas devido aos factores ambientais nocivos de Marte.

No entanto, algo pode mudar. Caminhar a «céu aberto» poderá não ser uma miragem, confidenciam-nos os cientistas. As descobertas fascinam-nos e as surpresas enfeitiçam-nos, encandeados que ficamos na incerteza de uma luminosidade opaca que tanto nos honra como nos ofusca, pelos perigos que ainda temos de enfrentar sobre o Planeta Vermelho. Mas confiamos. O futuro não pode esperar!

Se teremos em breve uma biosfera auto-sustentável em Marte ainda não o sabemos, mas acreditamos que sim, que é possível, e que tudo roda e exulta nesse sentido; se iremos em pleno conquistar esse Planeta Vermelho ficando genuína e umbilicalmente a ele ligado para sempre, é algo que também não tem resposta. Para já. Todavia, os esforços são muitos e desprovidos de qualquer contenção.

Se conseguiremos transformar Marte na totalidade ou dar-lhe uma similar «Vida Terrestre» é outra sublimação que só aos deuses cabe saber; no entanto, as promessas são muitas e as expectativas também, em se criar uma verdadeira e sustentável habitabilidade marciana através do Aerosol de Sílica - via efeito de estufa - em Estado Sólido.

Quem o afirma em divulgação pública é a revista científica «Nature Astronomy» (15 de Julho de 2019) que nos afiança que o sonho vai finalmente começar e avançar! Oremos por isso!

                                                     Terraformar Marte: O Objectivo!

De acordo com o que reporta a Nature Astronomy, as baixas temperaturas e os altos níveis de radiação ultravioleta na superfície de Marte são actualmente o factor primordial de impedimento da Sobrevivência da Vida em qualquer lugar - excepto talvez em nichos de sub-superfícies limitados.

Várias ideias para tornar a superfície marciana mais habitável foram apresentadas, sendo que todas elas se revelaram de alguma forma inexequíveis ou dignas de certa ponderação (e reflexão). Foi observado que muitas delas comportam e envolvem Modificações Ambientais Maciças que estarão muito além da capacidade humana no futuro previsível.

Ou seja, o que o Homem ou essa grande massa científica humana tem de conceber à priori e, obrigatoriamente não perpetrar, sob o critério de um enorme e exemplar rigor nas medidas a tomar e nos processos que instar sobre Marte.

Tudo isso na perspectiva do que nos poderá ou não ser intransponível ou, vá além do que previamente potenciámos, sobre factores que nos poderão ultrapassar (e não dominemos na totalidade), nesse imprevisível futuro no Planeta Vermelho.

Uma nova abordagem foi agora reportada ao mundo, suscitando de forma surpreendente não só a curiosidade dos cidadãos como a de grande parte da comunidade científica que se debruça por tornar Marte minimamente habitável.

Ou perfeitamente habitável, segundo nos revelam agora os cientistas, mostrando que Regiões Ampliadas da Superfície de Marte poderão efectivamente tornar-se habitáveis para a vida fotossintética no futuro, através de um análogo de Estado Sólido ao Efeito de Estufa da Atmosfera da Terra.

No Cômputo Geral, este recente estudo publicado na revista referida, traduz-se na execução e no procedimento desse grande potencial para se criar um Forte Aquecimento de Estufa - em Estado Sólido - nas condições marcianas. A criação de pequenas ilhas que imitaram presumivelmente o efeito de estufa da Terra farão a consumação do que se pretende, de acordo com os responsáveis do estudo. Entretanto, novas pesquisas estão já em laboração e continuação.

«Especificamente demonstramos através de experiências e modelagem que, sob condições ambientais marcianas, uma camada de 2-3 centímetros de espessura de Aerogel de Sílica transmitirá simultaneamente luz visível suficiente para a fotossíntese, no que bloqueará a radiação ultravioleta perigosa e, elevará temperaturas abaixo dela permanentemente acima do ponto de fusão-água, sem a necessidade de qualquer fonte interna de calor.»

A explicação científica aborda ainda: «A Colocação de Escudos de Aerogel de Sílica sobre regiões suficientemente ricas em gelo da superfície marciana poderia, portanto, permitir que a vida fotossintética sobrevivesse ali com o mínimo de intervenção subsequente.»

"Essa abordagem regional para tornar Marte habitável é muito mais viável do que a modificação atmosférica global. Além disso, ela pode ser desenvolvida sistematicamente a partir de recursos mínimos, e pode ser testada actualmente em ambientes extremos na Terra." (A consistente afirmação de Robin Wordsworth, professor assistente e de Ciência Ambiental e Engenharia na Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences, em Massachusetts, EUA)

Wordsworth ressalta ainda de que: "Ao contrário das ideias anteriores, esta pode ser desenvolvida e testada com materiais já existentes"- o que perfaz a convicção de que em breve se poderá admitir a habitabilidade (e adaptabilidade) para o ser humano na ambição de terraformar Marte.

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(Imagem: NASA/Opportunity Rover) Cratera Eagle em Marte. Desde 2010 - época em que foi registada esta foto captada pela defunta sonda Opportunity, que os cientistas não têm parado na perseguição do sonho mais desejado: encontrar água líquida no Planeta Vermelho.

Antes e depois as expectativas não se diluíram nem esmoreceram na espuma dos dias como poeticamente se diz, observando-se sobre estas crateras e depressões (em geologia muito específica de rochas muito ricas em enxofre) que se podia extrair muito mais delas do que o suposto.

Inicialmente cobertas de água, essas rochas, ter-se-ão deixado prostrar em lento processo de dessecamento ou estado de extrema secura - versus um processo de extrema secagem derivado desta (água) ter secado.

Água, temperaturas amenas e confortáveis à vida humana sem munição ionizada e radioactiva é tudo o que o Homem quer e sonha poder realizar sobre Marte; contudo, o sonho ainda agora começou, pelo que os homens e mulheres da Ciência nos realçam de um longo caminho a percorrer...

A Esperança do «Escudo Protector»...
Todos temos consciência do mui difícil que é esta tarefa de criar a atmosfera ideal para o ser humano em Marte. Todos sabemos que os esforços são enormes e a persistência não menor de tentarmos «reavivar» aquele que já foi porventura um idêntico ou muito semelhante à Terra planeta verdejante, munido de belos lagos e mares azuis.

É difícil imaginá-lo assim mas não impossível de o concretizar, um dia, daqui a muitos milhares de anos... tantos, quantos os que ancestralmente já viveu em si. Daí que a luta não acabe e as batalhas se não deixem a meio, pois que delas poderá depender a sobrevivência da nossa civilização!

Por esta e outras razões é que o sonho não pode morrer: Há que continuar e tentar compreender todos os estudos, todas as experiências, assim como todos (ou a grande parte) dos possíveis e futuros projectos que o Homem irá fazer sobre Marte. Daí que tenhamos de dissecar muito bem todo o empenho envolvido nestes estudos, como o mais recentemente apresentado pela Nature Astronomy que nos fala de um certo «Escudo Protector».

De grosso modo, o que estes reputados cientistas e investigadores nos vêem dizer é que, este agora proeminente e glorioso escudo, será de facto capaz de transmitir luz visível suficiente para a Fotossíntese (algo que qualquer leigo na matéria entende), além de bloquear a Radiação Ultravioleta nociva, elevando também as temperaturas abaixo da superfície de forma permanente (sugerido como acima do ponto de fusão da água), sem necessidade de uma fonte de calor interna.

E isto, na prossecução do que envolve esse escudo - de 2 cm de espessura de aerogel de Sílica (que se traduz por ser um material extremamente leve derivado de um gel) - que será assim plenamente eficaz no isolamento do Planeta Vermelho, sem preterir ou esquecer o que sequencialmente se vai produzir no subsolo, ou seja, nas camadas abaixo da superfície marciana, em derretimento de gelo que criará água líquida de forma permanente.

Estamos assim no bom caminho. Ou assim pensamos. Uma segunda Terra (que nunca o será como é óbvio), um apêndice planetário de longa e árdua conquista ou somente uma árida e inóspita terra-mártir, vermelha de suas entranhas, tóxica nos seus elementos - e tanto do que ainda não sabemos de si - mas estranhamente já sentimos amar como se fôssemos uma desenraizada e mal-amanhada alma-gémea que em tempos foi unida e depois se quebrou...

Poder-nos-à ser mortal mas também triunfal, se um dia houver esse derrube, essa mágica e disruptiva aferição com tudo o que era antes e depois mais não é ou será - em se abrir sob um céu limpo e límpido de toxicidade, vociferante de um ar «puro» que igualará o da Terra, viável e sereno para o ser humano.

Será uma quimera perdida...? Um fantasma que se não deixa ver e perseguir em ectoplasma doentio e incessante do que queremos agarrar e não conseguimos...??? Pensamos que não; nós e muitos dos cientistas que não deixam por mãos alheias tão forte convicção de que Marte, um dia, será tão verde e azul como o seu irmão...

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(Imagem: NASA/Curiosity Rover) Monte Sharp (2016) A geologia surpreendente de Marte: elevações rochosas que revelam vestígios de paredes de arenito formadas pela acção do vento (na erosão que sofrem), após a formação local. É fácil a observação de sentir que poderíamos estar a falar da Terra, tal a semelhança com as áreas desérticas dos Estados Unidos, por exemplo. Que segredos nos trará Marte...? Para já sabemos ser inabitável mas terá sido sempre assim...? Não, dizem os cientistas, e nós acreditamos!

Aquecimento Global em Marte...?
Se fosse possível exportar-se CO2 para Marte o assunto estaria resolvido pela certa. Ou não. Nunca se sabe. Pelo menos por enquanto.

Wordsworth, um dos co-autores deste actual estudo que está aí para nos provar de que tudo é possível, ou sê-lo-à em futuro não muito distante, afirma peremptoriamente de que não existe CO2 (dióxido de carbono) suficiente e, armazenado em forma sólida em Marte, para criar uma atmosfera que pudéssemos respirar; ou seja, consistente e adaptável às nossas vias respiratórias e a todo o nosso tão débil sistema imunitário humano em conformidade com a estranheza do exterior..

Mesmo observando de que o Dióxido de Carbono Sólido nos pólos marcianos cria enormes bolsas de calor na sazonalidade do Verão (permitindo a entrada da luz solar e evitando assim que o calor escape, tal como em escala planetária na Terra se verifica no seu equivalente gasoso), os cientistas apostam agora mais no que este estudo lhes revelou, não havendo CO2 massificado ou em quantidades suficientes que abrangessem toda a sua atmosfera; e por conseguinte, a adaptabilidade humana a essa atmosfera.

O Efeito-Estufa em Estado Sólido: Os cientistas estão optimistas não sem antes alguma contenção na demanda científica sobre eventualmente um dia se poder radicar tal experiência em Marte. Por isso nos dizem de que serão necessários cerca de 50 K de Aquecimento de Superfície em Marte para elevar a média anual das temperaturas de baixa a média latitude para cima do ponto de fusão da Água Líquida.

A Actual Atmosfera de Marte é muito fina para atenuar significativamente os raios ultravioleta (UV) ou para fornecer um Aquecimento de Estufa de mais de alguns Kelvins (unidades de temperatura no SI, sistema internacional, e na escala de temperatura termodinâmica).

No entanto, Observações de Manchas Escuras nas Calotas Polares - de dióxido de carbono polar marciano - sugerem que elas são aquecidas temporariamente por uma quantidade maior através  de um fenómeno planetário conhecido como Efeito-Estufa de Estado Sólido. E que surge quando a luz solar é absorvida no interior de camadas translúcidas de neve ou gelo.

O Efeito-Estufa em Estado Sólido é mais forte em materiais que são parcialmente transparentes à radiação visível, mas possuem baixa condutividade térmica e baixa transmissividade infravermelha. Embora o dióxido de carbono (CO2) e os gelos de água sejam comuns em Marte, eles são também muito voláteis para que se criem «Escudos de Estufa Robustos em Estado Sólido» para a sustentabilidade de vida.

De acordo com os cientistas, a Sílica possui indefectivelmente propriedades mais favoráveis, pois é quimicamente estável e, refractária, nas temperaturas da Superfície de Marte.

A Sílica Sólida é transparente à radiação visível, mas opaca à radiação ultravioleta em comprimentos de onda menores que 200-400 nm; e ao Infravermelho, em comprimentos de onda maiores dependendo da abundância de impurezas como grupos-hidroxila. No entanto, a condutividade térmica da Sílica Sólida (0,8 a 1,6 W-1 K-1) é muito alta para permitir um forte efeito de aquecimento.

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Marte/ Planeta Vermelho: o quarto planeta (a partir do Sol) do nosso Sistema Solar que, intencional e artificialmente por mão humana, se vê observado nas órbitas que sobre ele se fazem na descoberta e entendimento da sua verdade planetária, onde se registam as formidáveis sondas ou naves espaciais não-tripuladas da NASA e ESA. São elas:

Mars Odyssey (NASA); Mars Express (ESA) e Mars Reconnaissence Orbiter (MRO da NASA); além dos dois veículos exploradores geológicos da NASA - a já desactivada sonda Opportunity e a irreverente e sempre persistente Curiosity Rover - os dois veículos ou sondas robóticas de sondagem na superfície de Marte que nos deram (e continuam a dar, no caso do robô Curiosity), o conhecimento deste tão inacessível ainda Planeta Vermelho.

(Mais recentemente, em 5 de Maio de 2018, foi lançado o veículo lançador Atlas V 401 com o intuito de fazer prosseguir a missão espacial da NASA/JPL através da InSightMars (Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport) que desde essa data tem o objectivo principal de estudar o interior e toda a evolução planetária de Marte, assim como a de outros planetas interiores e rochosos)

O Isolamento perfeito!
Não sabemos se será ou não utópico o pensar-se que esta nova tecnologia dos Aerogéis de Sílica poderão ser a solução radical e de futuro para o isolamento perfeito do que se pretende sobre Marte.

No entanto, a experiência foi bem sucedida e a intenção de se disseminarem outras na ambição conseguida - e por demais exigida! - a quem sabe também poder ser este o início «não de uma grande amizade» (como o cliché do famoso filme Casablanca), mas, o de uma grande e inolvidável inovação que nos transportará para uma vida em Marte.

Por ora apenas se sabe (sobre o estudo apresentado) que os Aerogéis são formados por aglomerados em nano-escala, interconectados em torno de enormes bolsas de água - sendo o Aerogel um material sólido poroso (numa escala de 97%), e ser extremamente leve e derivado de um gel - cuja parte líquida foi substituída por um gás. Sabe-se que o resultado deste processo é um bloco sólido com uma densidade extremamente baixa em comunhão com muitas outras notáveis propriedades que fazem dele um excelente isolante térmico e eléctrico.

Este material tem sido utilizado pela Alta Engenharia Aeroespacial e não só, devido à sua inabalável eficácia como poderoso isolante, como se regista no isolamento térmico no caso dos robôs ou sondas robóticas alocadas em Marte. A explicação científica determina então:

«Os Aerogéis de Sílica que consistem em redes em nano-escala de aglomerados de Sílica interconectados, têm mais de 97% de volume de ar e possuem algumas das mais baixas condutividades térmicas medidas de qualquer material conhecido (~ 0,02 W -1 K -1 a um bar de pressão, ou 0,01 W m -1 K -1 nas pressões atmosféricas de Marte).

Por causa dessas propriedades, os Aerogéis de Sílica ganharam destaque em muitos campos da Engenharia, inclusive no projecto de edifícios passivamente aquecidos na Terra (e até mesmo nos Mars Exploration Rovers, onde camadas finas de aerogel foram usadas para fornecer Isolamento Térmico Nocturno).

Os Aerogéis de Sílica, portanto,  possuem um excelente potencial para a criação de um Forte Aquecimento de Estufa em Estado Sólido sob as condições de Marte».

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Marte: a nossa próxima terra? O nosso próximo destino de vivência e sobrevivência...? Quem o saberá responder, ante tamanha transformação, modificação e realização para que haja um futuro a breve prazo para a Humanidade... Será que estamos a ser ingénuos ou optimistas demais?! Será que o sonho se transmuta em realidade e potencial verdade nos próximos tempos?... E se já não houver tempo, tempo suficiente para que se consuma de facto essa terraformação...???

Modificação e Consolidação
Por muitas questões que se estabeleçam ou fiquem no limbo do esquecimento do que se não quer ou deseja ver respondido (se a resposta for em tom de pouco ou nenhum êxito sobre este pressuposto), então nada nos restará do que confiar, em absoluto, nos homens e mulheres que hoje estudam, classificam e originam estes esclarecimentos e estas conclusões sobre este e outros nossos parceiros planetários.

A Terra pode nem sempre estar aqui para nós; como Marte também não, mas temos de acreditar que a luz do conhecimento se irá fazer em recrudescimento gradual alusivo a estas tantas questões malditas. Pertinentes sim, mas assiduamente malditas se não correspondidas às expectativas...

Os Investigadores do estudo que foi divulgado na Nature Astronomy, alegam que os seus resultados mostram «Que através do Efeito-Estufa do Estado Sólido, as regiões na superfície de Marte poderiam ser modificadas no futuro para permitir que a vida sobreviva lá com muito menos infraestrutura ou manutenção do que através de outras abordagens». Mas afiançam ainda:

"A criação de regiões permanentemente quentes teria (e traria) muitos benefícios para futuras actividades humanas em Marte, além de ser de fundamental interesse para com as experiências astrobiológicas, e como um meio potencial para facilitar os esforços de detecção de vida.

O conceito de «Aquecimento de Estufa em Estado Sólido» também tem aplicações para pesquisas em ambientes hostis na Terra hoje, como a Antárctida e o Deserto de Atacama, no Chile.

Em trabalhos futuros será importante investigar a facilidade com que as técnicas tradicionais de fabricação de Aerogel de Sílica podem ser adaptadas às condições em Marte. No entanto, dada a capacidade de Vida na Terra modificar o seu ambiente, também é interessante considerar até que ponto os organismos poderiam eventualmente contribuir para sustentar as próprias condições habitáveis marcianas.

Na Terra, já existem múltiplos organismos que utilizam Sílica como material de construção, incluindo esponjas hexatinelídeos e fitoplâncton diatomático.

As Diatomáceas, em particular, podem crescer até vários milímetros de comprimento, produzir Frátulas de partículas de Sílica amorfa de ~1-10 nm de diâmetro (menor que o diâmetro médio dos poros nas redes de aerogel de Sílica), sendo que já são conhecidas por possuírem alto potencial para aplicações de Bio-nanotecnologia em outras áreas.

Portanto, seria interessante no futuro investigar se as camadas com alta transmissibilidade visível e, baixa condutividade térmica, poderiam ser produzidas directamente por meio de uma abordagem de Biologia Sintética. Se isso for possível, em combinação com os resultados descritos aqui (neste estudo), poderá eventualmente permitir o Desenvolvimento de uma Biosfera auto-sustentável em Marte.

Como existe o potencial de Marte tornar-se habitável para a Vida Fotossintética - a curto e a médio-prazo - importantes questões éticas e filosóficas devem ser consideradas. Obviamente, se Marte ainda possui vida actual, a sua sobrevivência ou detecção pode ser dificultada pela presença de microrganismos baseados na Terra.

No entanto, nenhuma missão detectou ainda Vida em Marte; portanto, se existir, é possível que esteja confinada a regiões muito específicas no subsolo.

A abordagem aqui estudada não resultaria na Sobrevivência da Vida baseada na Terra fora das regiões de estado sólido, portanto, é improvável que ela represente um risco maior para a busca pela Vida Marciana do que a presença de seres humanos na superfície.

No entanto, as preocupações com a Protecção Planetária em torno da transferência de vida baseada na Terra para Marte são importantes, portanto, os riscos astrobiológicos associados a essa abordagem para capacitar a «Habitabilidade Marciana» precisarão ser cuidadosamente ponderados contra os benefícios da Ciência e, a Exploração Humana de Marte, no futuro!"

(Dados criteriosamente respeitados e ofertados pela revista científica «Nature Astronomy» de 15 de Julho de 2019 em relação ao estudo recentemente realizado sobre «A Habilitação da Habitabilidade Marciana com Aerogel de Sílica via Efeito-Estufa em Estado Sólido»)

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Seres Humanos em Marte: o previsível futuro sobre um planeta muito pouco aprazível mas ainda assim o único ao nosso humano alcance. Elon Musk, o CEO da SpaceX, e responsável pelas empresas Tesla Motors, The Boring Company, Neuralink, etc., já reafirmou essa sua intenção de colocar seres humanos em Marte até 2026.

Acreditamos na sua assertividade, combatividade e alguma ferocidade em si embutidas (de emblemático ou problemático «deus» que quer reivindicar o seu próprio espaço) -  na História Humana. Não tem por hábito mentir, embora as paixões o arrebatem, e lutando contra todas as forças opostas ou oponentes, impõe-se como um incontestável líder sobre o que acredita ser de facto o Futuro da Humanidade fora da Terra.

Pode praguejar mas fá-lo interiormente, quando há falhas, fracassos e passos atrás, mas nunca pára, esmorece ou desiste dos projectos em que se mete. Tudo isto pode ser falso ou verdadeiro, não o sabemos, apenas nos damos conta de que foram precisos muitos anos (talvez 50, 60 ou mais...) para que saibamos que nada nos é vedado, ficando-nos apenas o sabor da conquista pelo solo lunar.

Incisivo nas acções e igualmente pragmático com o que gere e com quem gere, Elon Musk é o homem do momento. Desde Wernher Von Braun que não se via nada assim.

Jeff Bezos (Amazon) ou Richard Branson (Virgin Galactic) não lhe querem ficar atrás e outros tantos que se lhes seguem na coragem, no atrevimento, ou simplesmente no encantamento que estas medidas têm, sem por vezes se pesarem os riscos que, como todos sabemos, são muitos e não se dão a conhecer previamente...

Elon Musk e o desejo de morrer em Marte...
Não importa se o homem é louco ou simplesmente génio; se é um aventureiro ou apenas um engenheiro muito hábil e especial que faz das suas ideias o clarear de uma Nova Era, de uma nova e colossal epopeia espacial que nos levará (não a todos mas a alguns) nesse circuito existencial de viajar até Marte.

Não importa o homem mas a ideia! Não importa a glória mas a assumpção de quase se estar lá, penso eu. Há cinco anos que temos essa esperança, essa majestosa esperança de podermos sonhar «aterrar» em Marte. Na Lua foi alunar e em Marte como será...? Não sabemos.

O Maior Desafio da Humanidade é (e será sempre!) o de conquistar e colonizar outros planetas, outras galáxias; e se possível tantos outros espaços no Espaço que só outras dimensões lhe poderá assegurar (à nossa civilização) o quão ilimitada é essa sua ambição humana de, se não estar só no Universo.

Daí que não seja de estranhar que desde há cinco anos para cá (em 2014), Elon Musk tenha proferido ao mundo (através da NBC, a rede televisiva norte-americana de grande audiência) ter a convicção e determinação de colocar o ser humano em Marte até ao ano de 2026. Por conseguinte já falta pouco...

"Estou esperançoso de que as primeiras pessoas podem ser levadas para Marte em 10 ou 12 anos, e acho que certamente é possível fazer com que isso aconteça. Mas o que importa a longo prazo é ter uma cidade auto-sustentável no planeta para criar vida multi-planetária. Talvez estejamos perto de de desenvolver um veículo que nos leve até Marte."

Sendo Director da SpaceX (Space ExplorationTechnologies Corp.) com toda a pujança e sapiência-mor que todos lhe reconhecem - como executivo e máximo responsável desta Empresa de Sistemas Aeroespaciais e de Serviços de Transporte Espacial, sediada em Hawthorn, na Califórnia - Elon Musk fomentou e desenvolveu um projecto de foguetões modulares e reutilizáveis num afã fabuloso de pioneirismo e bravura, pois que há que ter coragem e hombridade para se assumir tão elevados riscos.

Expectável - e admirável, há que acrescentar - tudo o que se seguiu depois numa vertiginosa e crescente sequência de inteligência, acção e prática envolventes sobre todas as outras criatividades tecnológicas possíveis que até aqui nem sonhadas haviam sido!

Criatividades essas que vão desde o «Hyperloop» (o projecto de veículo terrestre movido a energia solar capaz de atingir a velocidade máxima de 1220 quilómetros por hora, até ao protótipo de uma tecnologia de Interface (capaz de controlar objectos em 3D apenas com o movimento das mãos).

Além dos revolucionários implantes/sensores no cérebro humano, utilizando a AI (Artificial Intelligence) na empresa Neuralink - uma sociedade comercial neurotecnológica anglo-americana (estabelecida em 2016 em São Francisco, na Califórnia) que como é publico e o foi a partir de Março de 2017, começou a desenvolver interfaces Cérebro-Computador implantáveis.

Perante toda esta Caixa de Pandora agora escancarada que Elon Musk se propôs abrir como o limiar de uma nova fronteira, uma nova luz sobre a imensa escuridão de empreendedorismo e resolução em todas as áreas aqui mencionadas (entre muitas outras que porventura Elon Musk tem na forja ou no seu maior esconderijo de córtex magistral), que não se poderá duvidar de que, um dia, muito em breve, pisaremos solo marciano certamente!

Corroborando inteiramente com o plexo determinativo e contemplativo que Elon Musk faz sobre o tema, há que pronunciar que quem não estiver aberto a essa nova missão, para sempre se fechará a muitas outras que entretanto se alocarão e implementarão quer se queira ou não.

"Se nós não nos conseguirmos tornar uma espécie multi-planetária, inevitavelmente vamos sucumbir até que algum evento de extinção ocorra aqui na Terra." (As assertivas palavras de Elon Musk)

Sabendo-se estar em execução e desenvolvimento também largos processos de Bioengenharia no mundo - para produção de alimentos que possam garantir a nossa subsistência e claro está a nossa sobrevivência em Marte - é distintamente factual e determinante que todos estejamos conscientes e céleres no contributo a dar a essa investigação, a esse tributo científico.

Mesmo que sob outras plataformas, da logística ao investimento ou apenas ao conhecimento, todos temos de nos certificar de que, a nossa Terra, a nossa mui amada Terra planetária, um dia pode não estar lá mais para nós. Sem ser alarmista mas enfim realista ou consensual com o que hoje os cientistas nos vão dizendo, será chegado o momento de todos podermos pactuar e realizar algo que vai directa ou indirectamente ajudar nessa causa: A da Terraformação de Marte.

Hoje e sempre há que acreditar que mesmo sobre outros céus e outros solos, a Humanidade poderá fazer-se continuar, poderá fazer-se impor e regenerar - mesmo que sob as mais sofridas e espinhosas estacas de tantos sacrifícios, tantas dores, sob os mais abnegados cumprimentos do dever, em direitos civis ou militares, de muitas vidas perdidas, muitas percas ou baixas havidas.

Mas não desistiremos. Nem podemos. O planeta Terra não é nosso, apenas nos foi dado a conhecer e quiçá a não permanecer por muito mais tempo. Há que renascer e revolver o assombro ou desassombro de outras vidas, outras almas; provavelmente sob ou sobre muitos outros planetas também.

Por enquanto Marte é o destino; em terraformação e consolidação do que os deuses quiserem para nós ou nós (humanos) formos para «eles» em Igualdade, Fraternidade e Liberdade.

Será que estou a ouvir a Marselhesa...? Talvez. Mas com o ressoar heróico (e pouco estóico) do meu Hino Nacional que em português a todos exclama em tangente herança bélica dos intemporais guerreiros que fomos e somos: «Contra os canhões marchar, marchar!»

Que nos diz ele (esse meu hino português) que todos nós já não saibamos de antemão?! Do que se passará no futuro, do que poderá ser e coalescer na metáfora mais que perfeita para o embate e, audaz confronto, com os possíveis raios cósmicos ou os altos níveis de raios ultravioleta que Marte em carismática e pungente levada sua nos reverterá, e assim matará!...

Se o deixarmos. Se formos negligentes e pouco espertos ou tendenciosamente seres não-presentes, não-humanos, que confundamos tudo, vendo depois tudo ruir, sem solução, sem reforço ou contingente que não seja de destruição, e pereçamos por entre os destroços da poeira cósmica, dos ventos solares e da cega radiação que tudo colhe (se acaso para isso não estivermos preparados ou celestialmente inoculados...)

Mas o fim se for fim poderá ser um início. E, tudo recomeçará. De novo. Somos seres sobreviventes; somos seres especiais porque um dia algo ou «alguém» muito especial nos fez... A todos! A toda a Humanidade! A todo o Universo! Que a Vida se faça então! Por Terra ou por Marte de igual condição!!!

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