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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Cancro: A Maldita Mutante Célula!

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Cancro. Só o nome assusta. Reprime, e condiciona todo e qualquer pensamento racional que se possa liderar a partir do momento em que o médico se vira para nós e remete: «É portador (a) de Cancro! A sentença de morte está à nossa frente e nós, já com a visão toldada pelo sofrimento e pela angústia futura do que se vai passar, apenas ouvimos o arrastar dos grilhões que nos grita estarmos condenados a um fim que se avizinha. Nada mais aterrador então, do que espelharmos essa própria dor sobre aquela vã sombra que um dia nos disse que éramos vida e luz para todo o sempre...

                                         - Cancro: a mais odiada patologia dos nossos dias! -
Cancro: A anormal proliferação das células. É este o epíteto maior em pronunciada patologia oncológica que, muitas das vezes, ou como referem altos especialistas médicos, a associação de várias outras patologias que se adensam e concentram no paciente.

Todavia, grosso modo, sabe-se que as células velhas que não morrem (no processo normal de divisão, crescimento, envelhecimento e morte celulares dando espaço e substituição para novas células), estas vão resultar em tumores; ou seja, num ou mais conjuntos de células-extra tumorais (embora nem todos os tumores correspondam a cancro).

Benignos ou Malignos, os tumores que se radicalizam no organismo humano e dos animais, projectam a sua disseminação (malignos) ou retracção (benignos). Se houver a felicidade de, por testes clínicos, o paciente descobrir que tem um tumor benigno, este à priori não se espalha nem vai «engolir ou seduzir» tudo em redor; e isto no organismo, em tecido tumoral (metastização à distância). Pode ser removido ou ver-se regredir por terapêutica anunciada (quimioterapia).

No caso oposto, de ser um tumor maligno, não afastadas todas as esperanças (se este não estiver já espalhado por todo o organismo), mesmo que removido, pode voltar a crescer numa inenarrável teimosia que vai por sua vez  invadir e, danificar nocivamente, grande parte dos tecidos e órgãos circundantes.

As Células dos Tumores Malignos podem ainda libertar-se do tumor primitivo (primitivo), e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático. A este criterioso mas irregular processo orgânico, é chamado o nome de: Metastização das Células Cancerígenas - a partir do cancro original (tumor primário), formando novos tumores noutros órgãos do organismo.

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Raio-X de um paciente, revelando a anomalia apresentada que se regista como Cancro de Pulmão. Em norma clínica que estabelece (ou se rege) por uma escala de estadios no paciente, o médico assistente pode saber em que nível da doença este se encontra e que terapêutica aplicar. Em estatística portuguesa, segundo dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a taxa de sobrevivência do cancro do pulmão é de 15,7% (dados de 2014).

Segundo os especialistas, para se detectar qualquer perturbação que possa indiciar esta doença, ter muita atenção à tosse (crónica ou não, principalmente se for fumador); falta de ar; dor no peito (note-se de que o cancro de pulmão pode ser resultado de uma inflamação dos gânglios linfáticos ou metástase); um certo «chiar» ao respirar (ultrapassando a possibilidade de se tratar de asma ou alergia); rouquidão (por afectação do nervo que controla a laringe); perda de peso (desnutrição); dores nos ossos e dores de cabeça.

(Toda esta sintomatologia deve ser levada em consideração numa imediata visita ao médico pessoal ou de família.) Há que recordar que a prevenção é sempre o melhor remédio!

Causas e Consequências
Muito se tem falado das causas - múltiplas - que leva a que todos nós sejamos potenciais portadores desta oncológica doença que tanto nos amedronta como fustiga - desde logo - numa enorme e doentia apreensão se sairemos ou não vivos dela. Recentemente, as descobertas têm-nos dado largo optimismo e uma certa positividade nos resultados obtidos. Mas já lá vamos.

Segundo relatou à agência Lusa o eminente bioquímico britânico, Paul Nurse: "Um dos mitos do cancro é pensar-se que se trata de uma única doença." Paul Nurse recebeu o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 2001, sendo por esse facto digno de registo sobre esta temática.

Nurse afiança convictamente de que, o Cancro, não é de facto uma única doença, tratando-se de um Grande Número de Doenças - cerca de 300 ou 400 - que têm uma característica comum: A reprodução celular descontrolada!

Este reputado cientista e investigador britânico afere antes de mais, ser de muito difícil tratamento os pacientes com cancro, uma vez que, como insiste afirmar: "Existem muitas doenças diferentes no cancro."

 Nurse admite também de que a Descoberta do Controlo do Ciclo Celular revolucionou então o conhecimento sobre patologias onde esse ciclo é afectado; e isso, com grande impacto nas doenças em que ocorre proliferação descontrolada das células - como é o caso do Cancro!

Outros mitos existem que, segundo Nurse, não podem prender-se unicamente devido aos factores externos na causa da doença, existindo outros factores que a influenciam, como a Herança Genética herdada pelos pais.

No entanto, não descura de todo os endémicos factores externos tais como: o Tabágico (de quem fuma, fazendo do tabaco um uso intensivo na maior probabilidade de desenvolver cancro do pulmão), e quem se expõe desmesuradamente ao Sol, possuindo uma pele muito clara e sem protecção devida - para além de outros factores sobejamente conhecidos.

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Imagem de Melanoma Maligno (cancro de pele). Desde 2010 que cientistas dos Estados Unidos têm estado numa luta contra o tempo e, contra este tipo de cancro, mais propriamente do melanoma de pele, no que descobriram uma vacina - OncoVex - que, acidentalmente, se veio a registar de grande sucesso, pelo que obteve de resultados positivos sobre o tecido cancerígeno.

Esta vacina inclui um vírus que foi modificado e, convertido, num agente que atinge essas células (o tecido afectado) sem por sua vez melindrar ou afectar as células saudáveis e ditas normais. Segundo a Rush University, em Chicago (EUA),  a vacina é injectada directamente nas lesões, gerando de imediato uma eficaz e segura resposta imunológica que segundo os especialistas, circulou pela corrente sanguínea até aos locais mais remotos do organismo.

A eterna luta contra o Cancro!
Muitas são as descobertas e, os estudos realizados, sobre este e outros tipos de cancro que se inflamam nos pacientes sem que haja uma cura efectiva - e até alternativa - para tudo erradicar. No entanto, tem havido grandes êxitos neste domínio.

Em 2015, cientistas britânicos descobriram uma proteína capaz de combater todo o tipo de Cancro ou Vírus através do fortalecimento do Sistema Imunitário. Projectava-se então, na época (há sensivelmente três anos),  poder desenvolver-se uma Terapia Genética em Laboratório que seria realizada em ensaios clínicos sobre seres humanos por volta de 2018.

Registou-se então que a proteína «LEM» (Lymphocyte Expansion Molecule),  conseguia promover a expansão de células-T citotóxicas que por sua vez estavam a matar as células cancerígenas  e as células infectadas com vírus.

Este estudo foi publicado na altura na revista «Science», divulgando este trabalho (de acordo com o comunicado do Imperial College London, no Reino Unido) mas também por voz de  Philip Ashton -Rickardt, o principal autor do estudo e investigador do Departamento de Imunologia e Medicina desta Universidade:

"As células cancerígenas conseguem anular a actividade das células-T, o que lhes permite escapar ao sistema imunitário. Ao introduzir uma versão activa do gene LEM nas células-T em pacientes com cancro, esperamos conseguir proporcionar aos pacientes um tratamento robusto."

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O Rastreio necessário na Prevenção do Cancro: por mamografia digital convencional ou, em adição, a tomossíntese mamária (ou mamografia 3D). Ambas se utilizam no rastreio/detecção do cancro da mama (rastreio de neoplasia mamária), no objectivo clínico de, desta forma, em comportamento preventivo, se tentar reduzir os riscos de que a doença mamária se expanda (caso seja detectada) se prevenida a tempo.

A idade torna-se um dado muito importante (há médicos que defendem que em pacientes com factores de risco devem fazer este exame antes dos 40 anos), no que, a idade de início do rastreio mamográfico, dependerá em muito da do factor de risco para cancro da mama. (Acima dos 65 anos é essencial, dizem os especialistas)

Prevenção e Descobertas
Já se sabe que o maior inimigo do cancro é a não-prevenção. Protelar ou adiar o inevitável, só fará que este criminoso à solta se dê ainda mais desse à-vontade para se disseminar e fazer proliferar celular e erraticamente.

As Mamografias Digitais Convencionais têm por objectivo captar, se assim ocorrer, qualquer evidência ou incidência de nódulos na mama. Estas especificam-se por vezes numa calcificação grosseira mas de aspecto benigno (compatível com fibroadenoma).

Na Mamografia 3D ou Tomossíntese Mamária,  é comum ver-se um nódulo espiculado numa caracterização mais específica do que na mamografia convencional; no entanto, este último método de rastreio mamário possui algumas preocupação na sua utilização.

 Por exemplo: No aumento da radiação ionizante que ocorre, ainda que a percentagem empregue neste método, fique abaixo da dose aceitável ou admitida pela comunidade médica internacional. Seja como for, há que ter em atenção este elemento no momento em que se optar pelo método da tomossíntese ou mamografia 3D.

Quanto a Descobertas, existe de facto um grande manancial - ou quase global arsenal - de cientistas  ou de eminentes investigadores/pesquisadores (a concepção é a mesma) que, sobre os diversos tipos de cancro, se debruçam por encontrar algo que estanque de vez este até aqui poderoso e maléfico disseminador celular de se frutificar.

Uma delas, foi a da exultante e aprimorada investigação recente (divulgada em Maio de 2018 pela revista Nature), liderada pelo doutor Michael Stratton, director do Instituto Sanger, em Cambridge, no Reino Unido, sobre um estudo que identifica genes e processos de mutações genéticas envolvidos no desenvolvimento do Cancro da Mama. Por sequência, esta brilhante descoberta permitirá num futuro muito breve,  a criação de Novos Medicamentos para tratar a doença.

Michael Stratton  foi muito conciso na sua abordagem à BBC: "Esta descoberta é um marco significativo para a investigação do cancro! No fim do século passado, fomos capazes de identificar os primeiros genes individuais mutantes. Agora, com a nossa capacidade de sequenciar todo um genoma de um grande número de cancros, estamos no caminho para criar uma lista completa destes genes mutantes do cancro."

Inacreditável, o que estes cientistas lideraram: Examinando 3 mil milhões de letras que compõem o código genético em 560 casos de Cancro da Mama, encontraram um total de 93 conjuntos de genes que, na hipótese de haver mutação, irão criar indefectivelmente tumores.

Os autores deste estudo britânico identificaram então um considerável número de «Assinaturas de Mutações» (marcas deixadas pela mutação) nos genomas de pacientes com cancro - assinaturas estas que estavam associadas a reparações imperfeitas do ADN, e às funções dos genes supressores dos tumores BRCA1 ou BRACA2.

Os cientistas identificaram assim 12 tipos de «dano» ou anomalia, que eventualmente poderão causar danos na mama devido a essa mutação - alguns relacionados com o historial médico familiar (razões genéticas) - enquanto outros continuam sem haver uma explicação associada.

Serena Nik-Zainal, uma das prestigiadas investigadores envolvidas neste estudo referencia-nos: " No futuro, gostaríamos de traçar o perfil individual dos Genomas de Cancro, a fim de identificar o tratamento mais benéfico para uma mulher ou para um homem diagnosticado com Cancro da Mama."

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Cancro: células que se metastizam, que proliferam e se disseminam no organismo. E depois há a prevenção, a descoberta e as conclusões que se desejam felizes ou, com um final feliz para o portador desta doença. As descobertas não estancam e os bons resultados também não. Tudo isso nos cria a esperança - e por vezes alguma ironia - na detecção e combate a tão vil processo celular.

De sensores que detectam a doença do cancro pelo hálito - numa pesquisa realizada por cientistas nipónicos do National Institute for Materials Science de Tsukuba, no Japão - composto por uma película capaz de captar substâncias associadas à presença de tumores malignos presentes no hálito de um indivíduo doente, até à análise hematológica derivada do sangue (etiologia, patofisiologia, sintomas, sinais, diagnóstico e prognóstico), aos mais específicos exames, tudo se alude no combate a este malfadado mutante celular que nos restringe - e mata por vezes! - na incessante luta de investigadores e precursores desta tão grande batalha.

As Grandes Descobertas!
Também aqui, as revelações são fantásticas! E de Portugueses! Em 2012, houve a divulgação pública de que, cientistas portugueses, tinham descoberta uma espécie de agulha no palheiro deste mundo oncológico, ao referirem ter:  «Obrigado as Células Cancerosas a Suicidarem-se!»

Adoptando assim uma abordagem diferente, actuando sobre a proteína que sofre a reacção química, os cientistas portugueses começaram a realizar ensaios em seres humanos com muito sucesso, no que implementaram substâncias que afectaram a formação do fuso mitótico, mas que no entanto inibiam o PLK1 (proteína que desencadeia a reacção química).

O Suicídio das Células Cancerosas  resulta de uma simples alteração de uma única letra no gene que comanda o fabrico de CLASP2 - as proteínas que ajudam a agarrar o Cinetócoro às cordas do Fuso Mitótico.

Esta Famosa Descoberta publicada à época no «Journal of Cell Biology (em publicação editada pela Universidade Rockefeler, nos EUA) averbaria então de que «através de uma única modificação se poderia controlar o processo de divisão celular», estando-se perante uma nova realidade no combate ao cancro.

Daí, uma nova e potencial terapia com efeitos surpreendentes, que veio criar a esperança não só na comunidade científica mundial mas em particular de quem sofria (e sofre ainda em novos casos registados) desta terrível doença oncológica.

Outra Grande Descoberta (divulgada em Novembro de 2017, no editorial da revista «Cancer Research»), foi a que se tornou pública através dos cientistas catalães do Instituto de Biomédica de Bellvitge, em Espanha, que arrogaram ter criado um vírus que consegue levar o sistema imunitário de doentes com cancro a combater as células tumorais.

"Trabalhamos com adenovírus oncolíticos, vírus modificados para atacarem exclusivamente células cancerosas sem atacar o tecido normal, como forma de terapia dirigida." Afirmação de Carlos Fajardo, um dos autores da investigação.

Este e outros investigadores, sobre esta e outras investigações, tentam assim atrair o investimento das empresas no desenvolvimento do que empreenderam cientificamente (e também na criação em laboratório de vírus no combate ao cancro, neste caso espanhol; e na modificação da específica proteína do processo que fará as células suicidarem-se, no caso português).

Oxalá as expectativas de ambos os lados se não vejam defraudadas, pois será um bem público da saúde pública de todos nós!...

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Novos Avanços no Combate ao Cancro: Novos tratamentos sobre novas descobertas que, à escala planetária, se fazem em múltiplas e incansáveis investigações científicas no debelar desta oncológica patologia ou mal-amada doença que ninguém quer perto de si ou próximo dos seus. Mas há esperança! Os dias são agora de maior pacificação - que não acomodação! - sobre o que há a fazer, o que há a tratar no caso do cancro. Vamos ser optimistas: Os cientistas merecem-no!

Novos Tratamentos (cancro: pâncreas, cólon e mama)
Novas descobertas sobre o Cancro do Pâncreas, do Cólon e da Mama, estão a ser apresentadas nos Estados Unidos no presente ano (no «Experimental Biology, 2018 meeting» (EB 2018), nos EUA,  com o intuito de revolucionar os tratamentos no combate ao cancro, assim como da dor associada à Quimioterapia.

A Inovação, na concretizada revolução ou potencialidade de tratamentos mais eficazes e seguros para os pacientes, tornou-se a desejada quimera de todos quanto perseguem este sonho de aliviar os males físicos de quem padece desta doença.

Assim sendo, os investigadores do «Human BioMolecular Research Institute», da Universidade da Califórnia, em San Diego, e da ChemRegen, Inc. (empresa privada de Investigação e Desenvolvimento em Medicina Regenerativa, localizada também nessa mesma cidade de San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos), desenvolveram um novo composto que irá ser muito útil no tratamento do Cancro do Pâncreas.

O Adenocarcinoma Ductal Pancreático (que compõe 90% dos cancros pancreáticos com uma taxa de sobrevivência inferior a 5% num período de 5 anos), sendo de muito difícil detecção, acaba não raras vezes de se tornar também de muito difícil terapêutica ou tratamento eficaz, devido a mutações no gene supressor do tumor p53 que tornam as células cancerígenas resistentes à quimioterapia.

Neste novo estudo, os investigadores comprovam de que, o composto,  funciona visando exclusivamente duas vias de morte de células humanas: Morte Celular Programada (apoptose) e o sistema de degradação intracelular conhecido como: Autofagia.

Em relação ao Cancro do Cólon, os investigadores do Centro de Ciências de Saúde da Universidade do Texas, em Houston nos EUA, conduziram um estudo em que envolveram Indometacina modificada e Indometacina não-modificada com Fosfatidilcolina para proteger contra a lesão dos AINEs no trato gastrointestinal.

Registe-se que, a Indometacina, é um AINE; ou seja, um anti-inflamatório não-esteróide altamente potente! E que demonstrou possuir propriedades anti-cancerígenas em pessoas e animais.

Os Investigadores concluíram então de que, a Indometacina e a Fosfatidilcolina-indometacina, são fortes e efectivas inibidoras do crescimento das células cancerígenas do Cólon, tendo assim potencial para prevenir e potencialmente tratar o Cancro Colo-rectal (colorectal cancer) em pessoas.

Investigadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Novo México, nos EUA, estudando a Proteína de Ligação ao ARN (ou RNA) induzida pelo frio (CIRP) - que desempenha um deveras importante papel na regulação da expressão génica (e como as células respondem ao stress) - relataram que o Aumento dos Níveis de CIRP inibiu o crescimento, progressão e metástases dos tumores, no caso do Cancro da Mama.

(Estes efeitos anti-cancerígenos foram associados a alterações nos sinais do sistema imunitário conhecidos como Citocinas)

Estudando os mecanismos envolvidos na capacidade da CIRP de influenciar a sinalização entre o Cancro e as Células do Sistema Imunológico, tenta-se deste modo que esta favorecida informação possa ser usada para melhorar as terapias-padrão, assim como as abordagens Imuno-terapêuticas para o tratamento do Cancro da Mama.

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Oncologia Radioterápica (na imagem). Radioterapia (intra ou extra-operatória), quimioterapia invasiva ou não, e demais tecnologia associada que se vai estabelecendo e, revertendo nos pacientes, tendo um fim por alcançar: A Remissão do Cancro!

Entretanto, novas tecnologias de diagnóstico e tratamento, novas técnicas cirúrgicas no tratamento do cancro vão surgindo, entre outras descobertas dos inestimáveis investigadores que tudo investem para a saúde e bem-estar dos seus pacientes.

Novos Tratamentos para a Dor (associada a medicamentos quimioterápicos)
Finalmente quanto à Dor Associada à Quimioterapia (neuropatia periférica), os investigadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em San Antonio, Texas, nos Estados Unidos, revelam-nos que, a exposição a Alcaloides da Vica e a quimioterapia com Taxanos, estava associada a uma resposta imediata de dor activada pelos nervos periféricos que detectam estímulos de dor.

Isto porque, pacientes submetidos frequentemente a medicamentos contra o cancro, disseram experimentar uma dor debilitante, induzida por Quimioterapia.

Daí que esta criteriosa investigação se debruçasse sobre a origem de tal, fazendo-os descobrir então de que, os tais mencionados «Medicamentos Quimioterápicos», causavam hiper-excitação dos neurónios sensoriais, activando especificamente o canal iónico (TrpA1) envolvido na percepção da dor. Esta, a explicação científica dos especialistas.

Este exemplar estudo veio assim representar a primeira demonstração de activação directa dos Neurónios Sensoriais por medicamentos contra o Cancro, suportando um papel para TrpA1 no desenvolvimento de Neuropatia Periférica induzida por Quimioterapia.

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Centro Champalimaud, em Lisboa, Portugal. O exemplo do que se deve fazer em prol da comunidade científica e, da saúde pública, no combate ao cancro. Como Fundação Champalimaud, esta instituição médico-científica investe, desenvolve, unifica e dissemina todo o seu saber, toda a sua colheita em favor da ciência médica num incomensurável acervo de conhecimento, estudo e tratamento do cancro.

Recentemente, e tendo por objectivo e particularidade a construção de um novo edifício/centro de pesquisa e tratamento no combate ao cancro do pâncreas, esta fundação portuguesa - Fundação Champalimaud - teve a mais viável e fidedigna prova do seu crédito e da sua importância, ao ter sido presenteada com uma doação impressionante para a finalidade a que se propôs: estudar, analisar, investigar e dar assim a mais persecutória luta ao cancro do pâncreas!

(Actualmente, o cancro do pâncreas é a 5ª causa mais frequente de morte oncológica, prevendo-se ser a 4ª causa de morte dentro de aproximadamente uma década; década que não podemos perder nesta luta! Talvez por esse mesmo facto, a Fundação Champalimaud tenha merecido esta benesse em prol de todos nós...)

Daí ter recebido de um filantropo espanhol mas de origem grega (tendo nascido em França) - o  venerando senhor Mauricio Botton Carasso - a bonita quantia de 50 milhões de euros. E isto, directamente para a Fundação Champalimaud dos braços e apoio de uma das famílias europeias mais conceituadas e carismáticas da nossa sociedade actual (oriunda dos fundadores da Danone, empresa fundada em 1919, em Espanha).

Há a referir de que o futuro Centro de Investigação e Tratamento do Cancro do Pâncreas deverá chamar-se «Centro Botton-Champalimaud». Com todo o respeito que tal me assiste, espero que assim se cumpra; Portugal merece!

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Ilustração que nos percepciona o Cancro do Pâncreas. O Cancro do Pâncreas continua a ser um dos mais letais, com a taxa de sobrevivência global (entre 2010 e 2014) situada entre os 5% e os 15%. Em Portugal, regista-se a percentagem de 10,7%. Mas há que ser optimista: O Cancro da Mama, Estômago e Próstata revelam relevantes taxas de sobrevivência. Há que animar com estes dados...

A Realidade em Portugal
Somos pequenos, mas por vezes grandes no altruísmo e na não-desistência do que nos faz ser grandes e, emergir à tona, sobre o grande globo que se chama Terra. No geral, sabe-se que a Taxa de Sobrevivência ao Cancro está a aumentar no mundo, o que não deixa de ser uma feliz notícia!

No dia 31 de Janeiro de 2018 a revista médica Lancet publicou um estudo afirmando isso mesmo. Ou seja, será uma realidade global, pelo que se assinala que o nível de vida nos países marca as hipóteses de sobrevivência, em particular para as crianças que são, como se sabe, o fulcro de todo o nosso humano futuro. E da Humanidade em geral.

É por isto que se deve ir pela positiva e não pela negativa; pela esperança e não pelo retrógrado de alguns números que ainda marcam a diferença e a estatística de alguma elevada taxa de mortalidade sobre alguns cancros ou, países, onde estes não são debelados.

Em Portugal - e segundo dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal - o Cancro da Mama (feminino) tem uma taxa de sobrevivência de cerca de 87,6%; o que é muito bom, convenhamos. (Por exemplo, na Índia, essa taxa é de 66%).

O Cancro do Estômago, tem uma taxa de sobrevivência de 32,2% (média); e o Cancro da Próstata, nos homens como é do conhecimento geral sobre a sua masculina anatomia, uma percentagem de 90,9% de taxa de sobrevivência. Estamos no bom caminho portanto.

A Taxa de Sobrevivência no Cancro do Cólon situa-se nos 60,9%, enquanto a taxa de sobrevivência para a Leucemia (que tem início nas células brancas do sangue, os leucócitos),  é de cerca de 89,8% - em paralelo com o que se passa nos Estados Unidos e noutros países europeus.

Em relação ao Cancro do Pulmão, a realidade portuguesa situa-se nos 15,7%, no que no restante do planeta se verifica entre 10% a 20% no seu todo. Estamos assim a meio da tabela... Quanto ao Cancro do Fígado, a taxa de sobrevivência regista-se nos 18,7%, enquanto no resto do globo se situa entre os 5% e os 30%.

Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são os países com maiores taxas de sobrevivência - registo do estudo «Concord 3» em que foram analisados os registos de 37,5 milhões de pacientes diagnosticados com cancro entre o ano 2000 e 2014 em 71 países.

Do melhor para o pior, há que relatar que, países como a China, o México ou o Equador - em números registados sobre a Leucemia infantil -  estão abaixo dos 60% evidenciando grandes deficiências no diagnóstico e, tratamento de uma doença, que é geralmente considerada «curável».

«O Cancro mata mais de 100 mil crianças todos os anos, principalmente em países de rendimentos baixos ou médios, onde o acesso aos serviços de saúde é muitas vezes deficiente; e o abandono dos tratamentos é um grande problema!» consideram os investigadores.

Sabe-se, ainda segundo o que foi redigido à agência Lusa pelo SNS de Portugal e, por um estudo de Claudia Allemani, da Escola de Higiene e Medicina Tropical, de Londres:

"Dados desadequados ou errados (sobre os números estatísticos das taxas de sobrevivência do cancro), impedem os Governos de Estado de compreenderem a verdadeira natureza e, dimensão, dos problemas de saúde pública criados pelo cancro."

Os Investigadores estimam que, o Custo Global do Tratamento do Cancro em 2017,  deve ser substancialmente superior a 300 mil milhões de dólares. - um valor crescente que ameaça a viabilidade de sistemas de saúde e as economias nacionais.

Finalizam assim os investigadores/cientistas sobre esta triste ou mui dispendiosa epopeia financeira em relação aos custos no combate ao cancro, acrescentando: «Nos países onde não há Cuidados Universais de Saúde, os doentes e as suas famílias sofrem catástrofes financeiras para conseguir tratamento.»

Claudia Allemani asseverou ainda e em relação aos números reais globais sobre o cancro: " Os Governos, para não andarem às cegas, devem reconhecer que os registos do cancro são instrumentos eficazes de saúde pública que fornecem informação valiosa para definir as estratégias de combate à doença." Acredita-se que sim; haja vontade.

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Há que acreditar que se pode vencer o Cancro. Haver uma mão que nos segura a nossa; uma mão que acarinha, entende e não faz perguntas, apenas escuta. Por vezes, «O Barulho do Silêncio» como referiu certa vez o médico-psiquiatra e escritor português - António Lobo Antunes - pode até ser confrangedor e jamais um bálsamo para a alma; mas pode, inversamente, sugerir-nos a total compreensão do que se está a viver, do que se está a sofrer, bastando um olhar, uma mão sobre a nossa... um afecto sobre o nosso desafecto, que já nada tem a não ser a dor e a solidão do que está para vir... do que está para sentir... Mas desistir não é o caminho! Nunca!!!

Por factores genéticos, pelo tabaco, pelo álcool, por comportamentos desviantes ou factores ambientais (ou simplesmente por mero descuido com o nosso corpo, com a nossa alimentação ou mesmo com um excesso de sedentarismo que praticámos em parte negligente ou inconscientemente), todos nós exercemos essa potencialidade de poder ter Cancro.

Confiar na equipa médica, compreender os trâmites e cumprir à risca tudo o que devemos fazer, já será um meio caminho para o sucesso. Há que acreditar! E nos não deixarmos abater!

A Informação sobre o Cancro: Essencial, dizem os cientistas!
Todos, ou grande parte dos cientistas (de entre eles, Paul Nurse, que também passou pela Universidade de Oxford, no Reino Unido), defendem acirradamente:

" A Informação Credível sobre o Cancro provém de estudos epidemiológicos que envolvem «amostras significativas e controladas», a partir dos quais é possível conseguir resultados e evidências sensíveis - e criteriosas! - sendo nesses que as pessoas devem acreditar!"

Segundo Nurse - o prestigiado cientista inglês e grande responsável pela criação do Francis Crick Institute (um centro de investigação sediado em Londres e no qual ele foi director) - os investigadores têm procurado entender como a vida funciona e, como usar essa informação e conhecimento, para pensar de forma correcta sobre as doenças e como as controlar. Nada mais assertivo, reconhece-se.

Uma vez que já vai longo este complexo texto, apenas me apraz finalizá-lo, respeitando e tentando assim dignificar/homenagear quem tão árduo trabalho, estudo e investigação concerne para nosso maior entendimento, compreensão - e se possível até salvação - destes males do mundo que, neste caso, se chama: Cancro.

Ou, esta maldita e mutante célula (ou células) que se espalham por nós sem muitas das vezes deixarem aviso ou algum sentido naquela que consideramos o maior desrespeito pela nossa vida. E que tanto sacrifício por vezes nos faz erguer ou tentar manter para que assim continue - saudável, sem mácula!

Há que prevenir, cuidar, tratar; e se Deus ajudar (para quem é crente não só nas ciências do Homem mas na sapiência Dele), travar essa maleita que na Terra se impôs sobre pessoas e animais sem acordo de nenhum de nós.

Sejam felizes e com Muita Saúde! O Cancro só existe, se nós não lhe dermos luta, se desistirmos a meio caminho sem termos percorrido o outro meio que nos vai fazer feliz e viver até querermos, até que o céu se abra e se ilumine para nós... para todos nós... um dia...

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Ilustração/animação digital de Célula Cancerígena. Os alertas, os avisos, a prevenção e a divulgação mundial sobre os riscos para a população no mundo sobre esta futura catástrofe sobre a Humanidade.

A OMS deixou-nos um claro aviso: um homem em cada cinco e uma mulher em cada seis no mundo, terá cancro. Mais do que um aviso ou um comum alerta, é a insuspeita verdade do que mais temíamos que viesse a acontecer. Estará a Humanidade em risco...? Lamentavelmente receamos que a resposta seja sim...

                                                             - Alerta da OMS -
(Alerta da OMS em comunicado mundial no dia 12 de Setembro de 2018): Câncer (cancro) progride de forma alarmante no mundo!

Segundo dados emitidos pela Organização Mundial de Saúde - mais exactamente pelo Centro Internacional para a Pesquisa do Cancro (IARC) que está subordinado à OMS - difundidos nesta quarta-feira (12-09-2018), a estimativa relata-se cruel no frio número de 18,1 milhões de novos casos de cancro, e 9,6 milhões de óbitos em todo o mundo, para 2018.

Ou seja, a sequencial tragédia humana em questões de saúde pública à escala global, na descendente curva demográfica que delineará o nosso planeta, e que se reverterá em falecimentos devido a esta oncológica e mui terrível doença que invade qualquer uma das nossas casas - ou dos nossos hospitais - sem que lhe fujamos a tempo.

Um homem em cada cinco (1-5) e uma mulher em cada seis (1-6) terá cancro, sendo que um em cada oito homens (1-8) e, uma em cada onze mulheres (1-11), morrerão devido à doença.

Em Portugal, novos casos de cancro podem ultrapassar os 58 mil este ano. Estima-se que, um quarto da população portuguesa, está em risco de desenvolver cancro até aos 75 anos e cerca de 10% corre mesmo o severo risco de contrair esta doença oncológica e morrer dela.

Reporta-se também neste comunicado mundial de saúde de que, em 2012, por comparação, foram detectados 14 milhões de novos casos (e já 17 milhões em 2018), no que se exceptuaram os cancros cutâneos que assim não foram considerados - mas não o Melanoma, que continuou incluído nesta estimativa. (Os dados de 2018 serão verdadeiros sobre esta mesma referência, caso não estejam inseridos todos os cancros cutâneos).

Por quase ultimato obrigatório de se tomarem muito a sério estes avisos, estes alertas da OMS, este boletim refere ainda de que - O Cancro do Pulmão - é de longe o Mais Mortífero!

Os números são verdadeiramente assustadores ou tão aterradores que jamais nos poderão ser equivocados. De acordo com os dados estabelecidos para 36 tipos de Cancro recolhidos em 185 países, os números não deixam margem para dúvidas. São eles:

Cancro do Pulmão: 1 milhão e 800 mil mortes (quase 2 milhões de óbitos) estimadas para o corrente ano de 2018 (18,4% no total), à frente do Cancro Colo-rectal ou Colorretal com 881 mil óbitos registados (9,2% do total); Cancro de Estômago, o número de 783 mil óbitos; e por fim o Cancro de Fígado com 782 mil de óbitos, vulgo mortos, pois que todos foram corpo e alma e um dia vida; e só depois morte, pelo que o cancro ceifou não debelando a doença nem os tão gélidos números da verdade oncológica mundial.

Há que pensar nestes números; fazer uma reflexão e sentir que, também nós, podemos ser um número a acrescentar a esta tão impressionante lista em estimativa oficial da OMS. Não nos deixemos adormecer nem amolecer perante a inevitabilidade do que nos está a suceder - a nós, Humanidade.

Vamos dar luta ao Cancro! Vamos travar mais esta batalha; a guerra é farta e insana mas nós não! Nós apenas temos de saber encontrar alternativas e, se possível, não dar tréguas a quem nos quer matar - aleatoriamente ou não - sobre algo que ainda não dominamos mas lá chegaremos.

Há que confiar e acreditar que tudo vale a pena quando a alma não é pequena; e a nossa não o é, certamente! É, ou tem de ser, maior do que o cancro, pois só assim venceremos esta luta de David contra Golias em todos nós. Fiquem em paz. Saúde para todos!

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