Translate

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A Profecia de Mühlhiasl


Imagem Ilustrativa do Fim dos Tempos - em Planeta Invasivo (ou em Colisão) na Terra

Profecias de Mühlhiasl:
"Aproxima-se um período em que se esvazia o Mundo e os humanos são cada vez menos...Quando os camponeses vão para o estábulo com as botas polidas...Quando os do campo se vestem como os da cidade e os da cidade como palhaços...Quando abundam os chapéus às cores...Quando as pessoas vestem sapatos vermelhos...Quando construírem a rua de ferro sobre o Danúbio...Quando os carros se movem sem cavalos...Então já não faltará muito." (Então já não faltará muito para a Grande Guerra do Fim dos Tempos)                                               - Profecias de Mühlhiasl - (século XVIII)

Lendas Proféticas Itinerantes
Existe uma tradição de histórias proféticas sobre o Fim dos Tempos, acompanhado de uma guerra atroz. A sua presença estende-se desde Inglaterra, passando pela Vestefália, até ao território fronteiriço entre a Baviera e a Boémia.
Por esta razão, trata-se de uma tradição profética qualificada de Lenda Itinerante, sendo que fontes distintas nos fornecem previsões semelhantes. Será que isso faz com que aumente a probabilidade de se cumprirem as previsões? Ou significará apenas que se propagam as mesmas lendas proféticas de um lugar para outro?

Profecias Coincidentes
Comparando as compilações dos Enunciados Proféticos, parece emergir a sugestão de que, à luz do grande número de coincidências, as previsões encerram em si alguma verdade. Na realidade, os temas dos relatos e as suas modificações reflectem as circunstâncias de cada época, que contribuíram para que as Lendas Itinerantes adquirissem uma dinâmica própria. É por isso muito provável que em diferentes profecias apareçam numerosas coincidências.

A Lenda de «Mühlhiasl»
Um exemplo paradigmático disso mesmo é a história do famoso «Mühlhiasl», o profeta dos bosques da Baviera. Diz-se que este «Profeta do Bosque» foi um moleiro que viver durante a segunda metade do século XVIII, perto de Straubing, na Alemanha.
O historiador Reinhard Haller foi o único que tentou investigar os factos históricos referidos na lenda. As previsões supostamente realizadas há cerca de 200 anos publicaram-se pela primeira vez em 1923, quando todas as inovações que se consideravam precursoras da Grande Guerra - a Primeira Guerra Mundial - já eram conhecidas. Tratam-se na realidade de materiais narrativos compilados por um padre, que os atribuiu a um homem chamado «Mühlhiasl».
O religioso tinha-se de facto inspirado no colectivo lendário de todos os povos,, enriquecido pelo respectivo colorido local, sendo o seu protagonista uma figura inventada.

Invenção de um Profeta
O fantasma chamado «Mühlhiasl» converteu-se numa figura de culto na Baviera. Com o passar dos anos,supostos investigadores elaboraram uma espécie de biografia que tentaram fundamentar com informações de registos paroquiais, baptismais, obituários e outros censos.
A pessoa mais adequada que encontraram foi um tal Matthias Lang, nascido em 1753, moleiro monástico de Apoig. Mas na realidade este Matthias Lang não tem nada a ver com o profeta «Mühlhiasl». Haller conseguiu demonstrar que a existência do referido profeta não é mais do que uma invenção alimentada pelo fervor.

Matéria Narrativa Dinâmica
Existe na tradição popular uma corrente dinâmica de manifestações e de temas proféticos que se apresenta com uma série de semelhanças nas mais diversas regiões: Tratam-se de histórias transmitidas por bons contadores.
Os melhores narradores conseguem deixar uma impressão viva, de modo a que muitas vezes sejam considerados os autores das profecias. Apropriam-se do material narrativo - do mesmo modo que o costumavam fazer os contadores de contos e de histórias - e na mente das pessoas converteram-se em «Profetas», apesar de nunca o terem sido.

Temas Itinerantes
Muitos dos temas atribuídos a «Mühlhiasl» já estiveram antes ligados a outros «Visionários», como por exemplo, aos «Profetas» da Renânia: Bernhard Rembold (1689-1783) e Johannes Peter Knopp (1714-1794) ou a Wessel Dietrich Eilert (1764-1833), da Vestefália, também conhecido como «O Velho Jasper» - assim como ao pároco rural Souffrant, da Vendeia, em França (m. cerca de 1830).
Encontram-se também numa tradição britânica que viria a dar lugar às lendárias profecias de Mother Shipton, no século XVI.

Expressão dos Medos Humanos
O acervo de lendas desta tradição profética alimenta-se das circunstâncias e, das tribulações de cada época. Neste capítulo deve-se, ainda assim, incluir na vertente religiosa as Aparições da Virgem. Nelas é manifestado o medo do fim de uma forma de vida tradicional, assim como as incertezas próprias de períodos de mudança económica, religiosa e cultural.
São atribuídos quase exclusivamente a «Mühlhiasl» Enunciados Apocalípticos, como por exemplo, "Quando o Cão de Ferro ladra do Danúbio (...) Quando as Pessoas puderem voar no Céu (...) Então o Mundo não aguentará muito".
A sua história é muito didáctica, uma característica que se pode aplicar a muitas profecias, que expressam os medos existentes da sua época. Com demasiada frequência tornam-se as Profecias e os Profetas pelo que aparentam ser, ainda que na realidade se tratem de artifícios ou mesmo de personagens históricos fictícios.
Estes temores, a que levam a que muitas pessoas acreditem em todo o tipo de profecias, são muito reais e não devemos subestimar os seus efeitos no inconsciente colectivo de cada época.

Em 1917, a Virgem Maria apareceu a três pastorinhos em Fátima, Portugal. O Papa João Paulo II canonizou então Francisco e Jacinta Marto (dois dos três pastorinhos já falecidos).
Estes dois irmãos e a sua prima Lúcia dos Santos (que morreria a 13 de Fevereiro de 2005) terão em vida, todos eles, revelado ao mundo a dita Aparição Mariana e seus três segredos - conhecidos posteriormente como os Três Segredos de Fátima.
O Primeiro deles referia-se à Primeira e à Segunda Guerras Mundiais no que se evidencia:(«A Guerra terminará em breve, mas virá outra, muito mais terrível...»).
O Segundo, à criação de «Armas que em questão de minutos podem acabar com metade do género humano». O Terceiro segredo contém - juntamente com o conselho de recuperar os valores religiosos (já que de outra forma o mundo teria que enfrentar tempos terríveis) - uma referência ao atentado contra o Papa perpetrado em 1981: («Também o Santo Papa terá que sofrer muito»).

Para além de todas estas mensagens proféticas já realizadas ou passadas que já serão (deduz-se), impõe-se uma outra questão que, além os tempos e os medos do Fim do Mundo - e dos Tempos - antagonizando com a continuidade da Humanidade, se tem de fazer obrigatoriamente: Será que todas estas profecias foram efectivamente já instadas ou teremos de, a breve prazo, vê-las de novo instauradas na Terra? Das Grandes Guerras, às invasões alienígenas tudo nos é possível de suspeição e temeridade. Das Guerras Nucleares em cataclismo global de origem humana e não-natural ou por consequência também estas - numa Natureza que se exterminaria quase de imediato - qual a plenitude ou sossego das nossas almas, perante uma eventual e futura catástrofe global?...Estaremos a caminhar para um fosso já costumeiro de orgia profética ou divina aparição nas nossas gentes, pelo que temos de refrear, redimir e recuperar em nova consciência e comportamentos humanos? E se no meio de tudo isto - em visão profética anómala ou não (à semelhança de um «Mühlhiasl» real ou fictício em heterónimo ou em plágio), soarmos as trompetas do Apocalipse (que também a Bíblia nos fala) e, daí, reflectirmos e renunciarmos àquilo que nos levaria a todos - como Humanidade perdida - para a eliminação da espécie? E se o perigo vier de fora, externo ao planeta??? E se formos invadidos...? E se formos volatilizados por uma ocorrência de colisão planetária à escala global, onde rios, mares e oceanos desaparecem e se esfumam no ar tão rapidamente quanto esse brutal impacto, sem algo que nos valha...? Cataclismo de facto. O pensar-se, o sentir-se quão pequenos somos mas igualmente tão grandes de alma, que lutemos sempre pela nossa continuidade e não pelo nosso extermínio, ainda que nos não seja possível ter em acervo uma solução - ou um milagre divino - em Profecia ou Aparição que nos salve de tudo isso. Mas assim o desejamos, assim o adjectivamos em anúncio de um Deus maior dos céus ou do Universo que nos ampare e nos não abandone. É nisso que acredito, é nisso que anseio e busco até ao Fim dos meus dias! Para toda a Humanidade assim possa ser também! Em Profecia ou determinação pela contínua existência da Humanidade!

Sem comentários:

Enviar um comentário