Terá existido outrora na cordilheira sul-americana dos Andes uma cultura avançada, da qual hoje em dia já nada se sabe? Ou terão os piedosos monges destes locais de peregrinação sido enganados por uma falsificação?
As Placas de Ouro do Equador
Peças de valor incalculável de ouro e de prata estão dispostos no pátio interior de uma igreja de Cuenca, no Equador, a igreja de Maria Auxiliadora, destino de peregrinações. Estas placas e recipientes não são, porém, oferendas cristãs. Os enigmáticos motivos nestas folhas douradas de metal com escassos milímetros de espessura, nas peças de cerâmica cozida e em ossos primorosamente ornamentados, nunca antes foram vistos pelos arqueólogos.
Civilização Andina desconhecida
Quando em 1982 o padre Carlo Crespi faleceu com uma idade já avançada, legou à Ordem dos Salesianos, uma das mais enigmáticas colecções de arte do mundo. Durante mais de meio século, o monge reunira um número imenso de objectos antigos de grande valor, oferecidos pelos indígenas das redondezas em sinal de agradecimento pela ajuda que lhes prestara. Haviam retirado aqueles estranhos artefactos de um sistema de cavernas até então inexplorado, com vários quilómetros de extensão e desenvolvido pelos seus antepassados. O padre Crespi aceitou-os, sem que contudo ficasse a saber qual a sua origem exacta ou, qual o contexto cultural preciso em que haviam sido produzidos. Uma coisa não deixou de notar: que os artefactos eram bastante invulgares.
Em inúmeras placas, que chegavam a ter um metro de altura e meio metro de largura, haviam sido representadas figuras semelhantes a monstros, espíritos semelhantes a animais, esqueletos dançantes e caveiras. Qualquer destes símbolos ocorre também em associação às práticas xamanísticas, quando o «eu» de um Xamã se dissolve ritualmente e, sob o efeito do transe, é transformado num animal.
Mostrarão então estas cenas, imagens de experiências num outro mundo? Serão o que resta de uma civilização antiquíssima há muito perdida?
Mensageiros Culturais da Ásia
Símbolos de escrita desconhecidos poderão apontar nesse sentido. Contudo, é esta escrita que leva os arqueólogos a duvidar da veracidade dos achados, pois em toda a América do Sul não há conhecimento da existência de qualquer sistema de escrita no Período Pré-Columbiano. O linguista indiano Dileep K. Kanjilal (n. 1933), de Calcutá, afirma em oposição o contrário, de que se pode estabelecer uma estreita relação com os escritos bramânicos antigos da Índia. A ser verdade, os artefactos da colecção de Crespi, constituiriam uma prova da existência de intercâmbios culturais entre os continentes asiático e americano.
O Tesouro dos Andes
Quando em 2001, alguns destes achados foram investigados no Museu de História Natural de Viena (Áustria), o director, o doutor Rudolf Distelberger, concluiu: -"Porque haveremos de achar que algo não bate certo? Alguém só se dá ao trabalho de forjar uma falsificação quando há uma procura para tal, não se forja algo que ainda não existe na investigação ou na literatura. Para além de que não existe qualquer interesse comercial. A ciência demonstra maior probidade quando começa por admitir a veracidade das coisas, mesmo que a sua existência se afigure enigmática."
Os índios de Cuenca afirmam que o esconderijo secreto das placas de metal gravadas, ainda se mantém guardado. A descoberta do enorme depósito subterrâneo revelaria o maior tesouro arqueológico de todos os tempos.
Viagens Celestes
Já na Antiguidade seria praticado na América do Sul, um culto em que, imersos num profundo transe, os Xamãs enviavam a sua alma em viagens que tinham como objectivo, estabelecer contacto com deuses e espíritos. As placas de metal da colecção do padre Crespi, poderiam muito bem representar este tipo de experiências transcendentais. Já que as estruturas em forma de crescente e os símbolos astronómicos apresentam semelhanças com uma «mandala», sendo esta utilizada pelo Xamã como ajuda para se orientar nas suas viagens celestes. Seres abstractos e escadas apontadas ao Céu, parecem desempenhar o papel de elemento de ligação entre este mundo e o mundo divino. Possivelmente estas cenas ilustradas, constituirão as últimas memórias pictóricas de uma civilização que através do uso de drogas alucinogéneas, desbrava novos mundos do Além.
Mais uma vez a revelação exacta do muito por conhecer e desbravar em investigação arqueológica, geológica e mesmo filosófica sobre o muito que estará ainda escondido em arca maior e, porventura, superior a nós. Que o planeta Terra era diferente em oceanos mais vasos e possivelmente em escala inferior ao que hoje conhecemos na sua incontestável pujança magnífica e, a parte territorial mais plana e mais una numa coexistência mais contínua sem fronteiras que hoje a delimita em espaço de oceanos entre-cortados, todos o sabemos. Daí, esta união de povos na Antiguidade em artefactos hoje alcançados numa invasão total de territórios unidos e seus povos na correlação própria de movimentos e acções entre si. O que se não pode julgar supostamente ainda, é da razão de alguns cépticos e avessos aos novos conhecimentos de reiterarem a sua verdade em exortações insidiosas de se ter forjado algo - em falsificação aberta - do que não terá valor comercial e nunca existiu em investigação ou sequer em literatura como assevera o director do Museu de História Natural de Viena, o doutor Rudolf Distelberger.
Como sempre digo em afirmação para a posteridade, que tudo seja descoberto e revelado em abono da verdade única, de todo um conhecimento geral em sapiência mais lata, exacta e transparente. E como sempre também, em abono da Humanidade que somos todos nós. Assim seja!
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