Não fiz ninguém passar fome.
Não fiz chorar.
Não matei.
Não mandei matar.
Não fiz mal a ninguém.
Não cometi adultério nem actos desonestos.
Livro dos Mortos Egípcio
Confissão Negativa: - O Livro dos Mortos Egípcio contém uma compilação de citações rituais que se colocavam nos túmulos dos defuntos, escritas em rolos de papiro com cerca de 20 metros de comprimento. Durante a chamada Época Baixa, os conselhos do Livro dos Mortos estavam divididos em 165 capítulos.
No capítulo 125, é mencionada a «confissão negativa» que por hipótese, talvez tenha servido de modelo para os dez mandamentos cristãos.
Os livros dos mortos dos antigos Egípcios, Tibetanos e Maias, escritos normalmente em papiros, pergaminhos ou pedras, avisam para os perigos do Além e formulam conselhos para os superar. O Livro dos Mortos Egípcio (por exemplo) aborda o tema de: "O que se diz quando se chega à sala de ambas as verdades, quando se é purificado de todo o mal que se cometeu para que se possa olhar para a cara dos deuses que lá estão." O «Deus» mais temível é Osíris, presidindo ao juízo final da alma do falecido, representado assim em Papiro do século IV a I a. C. Os primeiros papiros reveladores desta insígnia remontam a 1.500 a. C. Neste Livro dos Mortos do Antigo Egipto, aparece continuamente a referência a uma «confissão negativa» de grande importância entre as pessoas vivas. Em vez do mandamento imperativo «Não matarás», o Livro dos Mortos refere: «Não matei.» Quem não tivesse sido informado em vida deste modo de proceder no Além, poderia lê-lo no livro que se colocava no túmulo.
Instruções para os vivos
O Livro dos Mortos Tibetano «Bardo Thodol» do século VIII, não é apenas (ao contrário do egípcio), um guia para o caminho até ao Além; constitui também um manual para os vivos, com o objectivo de converter o acto de morrer num processo de libertação. Oportunidades para a «redenção» existem logo desde o útero materno, quando a lactante passa de um mundo para o outro, mas também durante o sono e a meditação.
Arquétipos Tibetanos
No Livro dos Mortos Tibetano estão descritos os estados emocionais de um moribundo: tristeza, raiva, medo, etc..., na forma de divindades e de demónios que se encontrarão no caminho para o Além. Estes textos remetem para questões da psicologia profunda como os arquétipos que só foram formulados no século XX pelo psicólogo Carl Gustav Jung (1875-1961).
Os monges tibetanos costumam recitar orações deste Livro dos Mortos. Todo aquele que tiver permissão ou oportunidade para assistir a esta leitura, poderá conhecer as regras do Além mesmo antes de morrer. Mas existe consistentemente também, a possibilidade de conhecer os conselhos para o Além, depois do óbito. Durante os primeiros 49 dias após a morte, os monges lêem passagens em frente do defunto. Pretende-se deste modo facilitar a transição até alcançar a redenção no paraíso ocidental.
O Livro dos Mortos Maia
Conjuntamente com o Livro dos Mortos Egípcio e o Tibetano, o Livro dos Mortos Maia, é o terceiro grande exemplo deste tipo de obras na História da Humanidade. O francês Paul Arnold, perito em religiões, conseguiu nos anos 70, decifrar um dos poucos manuscritos Maias que se conservaram - e trazido pelos conquistadores espanhóis para a Europa no século XVI. Segundo este texto, para os Maias, a vida não era mais do que uma etapa numa cadeia infinita de reencarnações e a morte não passava de um passo, para outra forma de existência.
Vida e Morte: uma junção equitativa e similar ainda que, equidistante na realidade dos comuns mortais que somos todos nós e só admitimos essa crua realidade como verdade única. Nem todos...os que se questionam e afrontam perante a argumentação desde a Antiguidade até aos dias de hoje em documentação histórica e de factual consistência, registado em livros, papiros, pergaminhos e pedras ao longo dos tempos. Ignorar esses factos, compostos de uma nova realidade é camuflar e renegar a própria História universal e humana que nos tem assistido ao longo dos séculos em que aqui na Terra somos meros transeuntes, meras almas voláteis e passageiras nos tempos que vamos vivendo em paz e harmonia uns e menos noutros que assim serão julgados, eventualmente. Acreditem ou não, os nossos venerandos antepassados, assim o designavam, corroborando teses suas de uma veracidade inquestionável e quiçá inviolável, tanto no Presente havido como num Futuro advindo. Conheciam a sequência, a cadeia mutável e de transformação humana de espaço físico em alma liberta, para além de toda uma coesa certeza da purificação e certa libertação humanas de todos erros ou de todos os males fabricados nessa vida passada. Eliminar, reestruturar e purificar toda a mácula para trás deixada em renovação iminente de uma outra e nova provação, de uma outra e nova vida a decorrer. Para quem acredite ou não, assim será para sempre, até à pureza total, à perfeição global em cada um de nós. Acreditem ou não...assim será!
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