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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Comunicação

Será possível comunicar com formas de vida inteligentes do Universo? E que consequências teria a descoberta efectiva de seres extraterrestres?
 
                               
 

Sinais do Universo

Um dos projectos mais ambiciosos da História da Humanidade é o de estabelecer contacto com formas de vida inteligente do Universo. Concebem-se constantemente meios para detectar civilizações estelares distantes. Existem as sondas espaciais, potenciais dispositivos de comunicação que assim tentarão interagir ou simplesmente ser emissor nesse possível contacto com seres espaciais inteligentes. Usam-se para investigar o Espaço e, como ligação entre os planetas. Mas no nosso planeta Terra estes meios também existem, no radiotelescópio de Arecibo, instalado numa cratera natural das montanhas de Porto Rico, recebendo este ondas radioeléctricas do Espaço e enviando transmissões para possíveis inteligências extraterrestres. Para além deste, há ainda «A Tidbinbilla Deep Space Tracking Station», situada perto de Camberra na Austrália, sendo um centro espacial onde existe um grande observatório com uma antena de 64 metros de diâmetro, esperando receber à semelhança de Porto Rico, sinais do Universo.

Comunicação Galáctica

Chamam-lhes por brincadeira, «a gente do rancho SETI». Mas na verdade são astrónomos, biólogos, geólogos e físicos que trabalham num projecto científico de alcance mundial. O SETI, sigla de: Search for Extraterrestrial Intelligence  (Procura de Inteligência Extraterrestre), e o seu «rancho» é um centro de investigação de Green Bank, na Virgínia Ocidental, dotado de um poderoso radiotelescópio, cuja antena parabólica tem 26 metros de diâmetro. Foi aqui que o professor Frank Drake iniciou em 1960, o primeiro projecto de procura de seres extraterrestres, o «OZMA», uma analogia com o fabuloso país de Oz, habitado por seres estranhos e ao qual seria muito difícil aceder. Durante três meses, Drake apontou a antena do radiotelescópio às estrelas Tau Ceti e Epsilon Eridiani, relativamente próximas do nosso sistema solar. Um sinal radioeléctrico proveniente destes dois sistemas solares precisaria de respectivamente 11,9 e 10,7 anos para chegar à Terra. Como não recebeu nenhuma mensagem «inteligente», Drake pôde, pelo menos, constatar um facto: 11,9 e 10,7 anos antes, não havia nestas duas estrelas nenhuma vida inteligente desenvolvida que tivesse emitido ondas radioeléctricas. Mas isto não desanimou os cientistas do SETI, que já sabiam que a sua procura poderia durar décadas, visto que só na nossa galáxia, a Via Láctea, há dez milhões de sóis, em volta de muitos dos quais - como no caso do nosso - giram planetas em que poderia haver vida. Ou seja, o trabalho destes cientistas é como procurar uma agulha num palheiro.

 

O Enigmático Sinal «UAU»

No dia 15 de Agosto de 1977, sucedeu aquilo que os cientistas esperavam desde os anos sessenta. O astrónomo Jerry Ehmann, da Ohio State University, recebeu um sinal muito intenso no comprimento de onda de 21 centímetros. -"Era o sinal mais impressionante que alguma vez víramos", comentaria depois Ehmann. Arrebatado pela experiência, escreveu «uau» na folha que saiu da impressora. Mas este sinal «uau«, caracterizado por aparecer e desaparecer por si só (como um telefone a tocar), não voltou a ser encontrado. Não obstante, Frank Drake é da opinião de que «este sinal é um dos mais prometedores que alguma vez detectámos, um verdadeiro candidato à prova da existência de inteligência extraterrestre».

Seti arroba home

Para processar os milhões de dados que os radioastrónomos recebem por segundo, os investigadores do SETI tiveram uma ideia única: Seti arroba home (Seti em casa). Trata-se de uma experiência que usa a capacidade de cálculo de numerosos computadores ligados através da Internet para procurar seres extraterrestres inteligentes. Pode participar qualquer pessoa que tenha um computador ligado à Internet, utilizando um programa de protecção do ecrã que descarrega dados do radiotelescópio de Arecibo e os analisa enquanto o computador está ligado mas inactivo. Deste modo, cada participante tem uma possibilidade mínima de que o seu computador esteja num determinado momento, a analisar um sinal fora do normal e, procedente do Espaço. Em finais do ano 2000, participavam no projecto cerca de um milhão de pessoas de 225 países.

O radiotelescópio de Arecibo continua a enviar sinais até aos dias de hoje para o espaço exterior. O problema é que não sabemos se os seres extraterrestres conseguiriam entendê-los, admitindo que de facto existem e que recebem a emissão.
 
Pessoalmente, acredito piamente que sim. Que os ouvem e que os registam. Na Internet já há muitos que o evidenciam em palestras dadas e, em vídeos aí revelados, mesmo sem a autenticidade científica comprovada ainda para tal. No entanto, a ser verdade como sempre afirmo, que «eles» os nossos prestigiados ouvintes galácticos, nos remetam em igual anunciação e recepção, pois seremos bons ouvintes e bons acolhedores dessas mensagens suas. O SETI aguarda, e nós também, todos os cerca de um milhão ou mais de pessoas que assim se devotam nisso em perspectivas audazes de algo ouvirem e, se possível, corresponderem. A bem desses nossos amigos, ditos seres inteligentes e como sempre também reafirmo, a bem da Humanidade! Assim seja, também!

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