Como é possível que os pacientes que perderam uma parte do cérebro, não tenham perdido também, uma parte das suas lembranças?
Estes, os enigmas neurológicos que até agora representavam verdadeiros quebra-cabeças para os cientistas de todo o mundo, sendo posteriormente explicadas por Karl Pribram nas suas investigações pioneiras nesta área. Karl Pribram, neurofisiologista da Universidade de Georgetown em Washington, defende que o cérebro humano funciona como um holograma, que é uma técnica fotográfica na qual os dados são armazenados de tal maneira que cada imagem representa uma projecção tridimensional. A teoria de Pribram baseia-se nos trabalhos do físico David Bohm (1917-1992), da London University, que foi colaborador de Einstein. Segundo Bohm, toda a realidade é um padrão de ondas que se sobrepõem continuamente, produzindo interferências. Para ele, a realidade está organizada holograficamente.
Esta teoria esclarece problemas até agora insolúveis no estudo do cérebro mas, a sua exactidão não está ainda provada definitivamente. Prosseguem as investigações no sentido de se encontrar esta demonstração.
A Holografia
Para se obter um holograma, divide-se um raio laser em dois com a ajuda de um espelho especial. O objecto fotografado reflecte o primeiro raio, enquanto o segundo colide - de certa maneira - com o raio reflectido. O efeito assemelha-se ao que se observa quando se atiram duas pedras para um lago: cada uma delas produz um movimento ondulatório de círculos concêntricos. Quando os dois círculos se encontram, as ondas sobrepõem-se e formam o chamado «padrão de interferência». Este padrão, formado pelos dois raios laser em colisão, é registado um negativo. A olho nu, só se vêem ondas irregulares na fotografia holográfica mas, quando se ilumina o negativo, o objecto fotografado aparece na forma de reprodução tridimensional que se pode observar de todos os lados e de diversos ângulos de visão.
O que é intrigante nesta técnica, é que neste tipo de fotografia todas as informações são armazenadas em cada secção do negativo. Cada parte contém o todo. É suficiente iluminar apenas um sector da chapa para se obter uma imagem de todo o objecto.
Cérebro Holográfico
Segundo Pribram, o cérebro regista as informações recebidas na forma de padrão de frequências. À semelhança do raio de luz que produz o holograma, também o nosso cérebro transforma estas ondas de dados em imagens tridimensionais em movimento e, a cores; que vivemos como percepção consciente do mundo. O cérebro funciona como um holograma que interpreta um universo holográfico.
Em relação aos enigmas neurológicos ainda, nos quais não se sabia responder a razão por que os pacientes não perdiam uma parte das lembranças - tendo perdido uma parte do cérebro - a verdade é que, ou perdem a memória toda ou não a perdem. Se for destruída metade da região cerebral responsável pela visão, os pacientes não passam a ver só meia casa, meia mesa ou meia pessoa: vêem o mundo inteiro como antes, sem lacunas.
Aparições: - A percepção de «aparições de espíritos» em determinados lugares e, os relatos sobre estranhos fenómenos cronológicos - nos quais, uma pessoa se sente transportada ao Passado e vive situações que aconteceram há muito tempo - parecem compreender-se melhor à luz da teoria holográfica. Se a realidade estiver de facto organizada como um holograma, então os padrões de ondas podem permanecer codificados num local ou num objecto, até que alguém volte a vê-los na forma de «aparição». Os investigadores elaboram actualmente, complicadas teorias para explicar como é possível que isto aconteça. Parece que, em determinadas condições, a consciência é capaz de «sintonizar» as frequências vinculadas a um dado lugar. Supõe-se que a possibilidade de uma pessoa viver esta experiência, depende de particularidades ainda não estudadas no que respeita ao processamento da informação no cérebro. Existem pessoas que (independentemente umas das outras), vêem «aparições de espíritos» em tudo coincidentes numa casa em que há fantasmas. No entanto outras, presentes na mesma altura, não se apercebem de nada. A chave destas experiências talvez seja uma misteriosa capacidade da consciência, de entrar em contacto com as informações ocultas num determinado lugar.
Vejamos então: - Serão projecções do cérebro ou eloquentemente um poder sensitivo exacerbado em determinadas pessoas que levarão a estas ocorrências, chamadas «aparições« e «visões do Além» ou ainda, observações além a «normalidade comum» do ser humano em extrapolar o que lhe é devido? Não se sabe. Nada é ainda definitivo em conclusão rectilínea e exacta como a simples ou complexa matemática dos nossos dias. O Vaticano excomungar-me-ia se acaso eu sugerisse que as visões ou aparições de Fátima, Lourdes ou Medyugorie fossem somente a transposição visual de um holograma elaborado ou sequer, montado por algo ou alguém. Não se sabe. Pode-se especular na oscilação premente do que se deverá acreditar em anunciação divina ou mera actividade cerebral em perspectiva científica de uma parte neurológica holográfica que mal conhecemos. Pode ser...ou não! Pode simplesmente ser tudo isso ou nada disso! A controvérsia mantém-se. A investigação também. A bem de todos, que a verdade nos seja dita e revelada, seja por quem for em divindades latentes ou em argumentação científica, pois que por uns e outros a verdade seja só uma. Ainda há muito por descobrir, por revelar. Esperemos então que se faça luz, nos nossos cérebros e, a bem de todos, nos homens de boa vontade como afere a religião cristã. Assim seja!
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