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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Atlântida

A Mítica Atlântida - "Os habitantes da Atlântida viviam para além destas colunas (Colunas de Hércules) em diversas ilhas no mar aberto."                                                                              - Platão -

Mítica, lendária ou paradisíaca Atlântida que, desde as épocas mais remotas até à actualidade concerne um mito acerca deste continente perdido, sufragado, que se afundou no mar; algo que foi transmitido pelo próprio Platão (427-347 a. C.), o filósofo e escritor grego.
A Atlântida terá representado a Idade do Ouro da Humanidade, sendo um continente perfeitamente normal. Estendia-se de norte a sul, tinha montanhas, rios, mares e terra arável. A sua capital, possuía uma planta circular. Situada numa colina, apresentava canais e faixas de terra dispostos em círculo. O seu centro espiritual deverá ter sido um templo dedicado a Posídon, um edifício sumptuoso no interior do recinto do palácio, já que Atlântida deverá ter sido governada por reis sábios e prudentes, descendentes de Posídon, «o Deus dos Mares». A vida das pessoas em comunidade que povoavam este lendário continente, é por Platão descrita como uma sociedade democrática ideal, uma forma de governo que ele sempre defendeu, junto dos seus contemporâneos. Existe a possibilidade da Atlântida ter sido apenas uma invenção ideológica de Platão - argumentam os mais acérrimos críticos - com a finalidade de ilustração e alicerce ante as suas convicções filosóficas e políticas. Ou não.

Em dois dos seus diálogos, «Timeu e Crítias», Platão refere que a existência desse continente não é ficção alguma, mas sim a pura verdade. Nos seus diálogos, Platão fala de uma guerra que teria ocorrido havia 9000 anos entre a Atlântida e a Atenas primitiva - distinguindo claramente em termos geográficos - as partes em conflito, ao referir que uma delas se desenvolvia para além das Colunas de Hércules, como o estreito de Gibraltar era então conhecido, na medida em que a outra se situava aquém das mesmas.
Certos investigadores avançam a hipótese da Atlântida se ter situado na região correspondente aos actuais Açores - no meio do Oceano Atlântico - ao passo que outros a pretendem localizar mais próximo da América (por exemplo, na zona de Bimini) - um grupo de ilhas ao largo do Estado Americano da Florida - onde efectivamente parecem ter sido encontrados debaixo de água, vestígios de uma cultura perdida.

O Quotidiano na Atlântida
Platão e as declarações do vidente americano Edgar Cayce (1877-1945), a serem consideradas com alguma reserva, constituem as únicas fontes disponíveis quando se pretende ter uma ideia da vida quotidiana na Atlântida. Platão fala-nos de uma arquitectura sumptuosa. A própria Natureza fornecia a pedra, disponível em cores como o branco, o preto e o vermelho como material de construção. Na Atlântida havia duas nascentes: uma de água quente, e outra de água fria. Graças à existência da nascente de água quente, era possível preparar belos banhos para todas as camadas da população. A terra era fértil e rica e fornecia tudo o que era necessário para a vida do dia a dia. Ainda assim, desenvolvia-se um comércio florescente com outras civilizações, havendo diversas coisas belas e preciosas provenientes de terras distantes e estrangeiras. De acordo com as visões de Edgar Cayce, os habitantes da Atlântida constituíam uma civilização extremamente avançada. Terão conseguido estabelecer a diferença entre os metais condutores e os não-condutores e dispunham de conhecimentos de física atómica, pelo que tinham capacidade de produzir energia e controlar os fluxos da mesma. Apesar de todo esse conhecimento, a civilização da Atlântida parecia estar votada ao declínio. A razão é-nos dada por Platão: - "De início, os Reis da Atlântida ainda respeitavam as leis dos Deuses. O seu espírito demonstrava um feliz casamento de um temperamento benévolo e ameno com traços de sabedoria e prudência, porém e - cada vez mais - os soberanos e os seus súbditos, foram começando a tornar-se vítimas dos anseios humanos, por exemplo, «pelo ouro e pela propriedade». Assim sendo, a Natureza Divina deste continente viu-se relegada para segundo plano, razão pela qual Zeus decidiu destruí-lo!"

O Fim de toda uma civilização
De acordo com Platão, certo dia a Atlântida terá sido vítima de uma catástrofe natural, um tremor de terra. Se tal for verdade, dever-se-à, e segundo a opinião de peritos ( ou ter-se-à tratado) de uma explosão vulcânica submarina de proporções gigantescas, que terá arrasado a Atlântida com uma vaga enorme, submergindo-a depois, com uma drástica subida do nível do mar. De acordo ainda com as declarações de Edgar Cayce, em virtude sua soberba, os habitantes da Atlântida, atraíram sobre si mesmos um total de três catástrofes naturais. Todas elas foram previstas com uma antecedência tal que terá permitido a muitos dos seus habitantes migrar para outras paragens, ainda antes da ocorrência das catástrofes. Segundo E. Cayce, a primeiras delas deverá ter ocorrido por volta de 50 000 a. C.; a segunda, terá dividido o continente em três ilhas (Poseidia, Og e Aryan) em 28 500 a. C.; e a última, um tremor de terra, sendo precisamente aquela a que Platão se refere. Foi esta última catástrofe que conduziu à destruição definitiva da lendária Atlântida.

Excertos de Crítias de Platão: -"Esta ilha era, como referido, maior que a Ásia e a Líbia tomadas juntas, e desapareceu por acção de tremores de terra, deixando no seu lugar um baixio impenetrável e lamacento que impede o avanço de quem quiser entrar pelo mar que se abre para lá desse baixio (...). Ao longo de muitas gerações, até quando permaneceu actuante a origem divina, eles obedeceram às leis e foram amigos dos deuses, com os quais tinham parentesco (...). Quando, porém, a parte divina deles começou a enfraquecer devido ás numerosas e frequentes uniões com os mortais, as características humanas tornaram-se preponderantes: não foram mais capazes de reconhecer o seu verdadeiro destino, e por isso, desvirtuaram-no (...)."

Açores (Portugal), Florida (USA), ou Santorino (ou Thera no mar Egeu-Grécia), em todas a Atlântida poderia ter sido uma realidade. Pouco importa a sua localização, a não ser em vestígios factuais (se um dia estes chegarem a ver a luz do dia em prova científica da sua existência) na investigação e estudo dessa perdida civilização de há milhares de anos. O que se questiona, segundo os relatos de Platão na sua estóica conclusão das agruras e desmandos dessa civilização - que se identificava com seres superiores - e, de tecnologias avançadas, se terem quedado às concupiscências humanas em comunhão, junção e reprodução latentes. Relações que se revelariam promíscuas e diletantes no que se desviaram e não propuseram. Pagaram caro. Julgo ter sido uma factura por demais ríspida e, por demais fatal. Se observarmos bem, não estaremos hoje muito diferentes desse povo milenar da Atlântida. Aprendamos então com o seus erros, os seus defeitos, as suas malfazias que lhes coube em sorte a extinção plena de toda a sua evolutiva civilização no planeta Terra. Temos de ser humildes, temos de ser crentes e não cometermos os mesmos erros crassos, erróneos em total afronto e desconsideração por quem do alto das estrelas nos vigia os passos. Vamos ser mais concisos, exuberantes sim, na aprendizagem e na aculturação devidas mas nunca por nunca, nas tomadas de posição contrárias ao que um dia, «alguém» supostamente nos indiciou que fizéssemos na Terra. Não os vamos desiludir uma vez mais, ou pereceremos todos numa vã e magoada condição de não merecermos os seus préstimos. Ou, as suas intenções de nos voltarem a conceder a vida na Terra como Humanidade que somos, ainda!... Vamos lutar por isso. A bem de todos. A bem da Humanidade!

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