Possuíam os nossos antepassados há milhares de anos tecnologias modernas? Sabiam fabricar lentes ópticas e telescópios?
Astronomia de Alta Tecnologia na Antiguidade
O astrónomo francês Théodore Moreux visitou em 1903, em Tunes, a antiga cidade de Cartago (séculos VIII a II a. C.), onde o padre Delattre o levou ao seu museu administrado por uma ordem religiosa. Moreux ficou deslumbrado com as imagens em miniatura que havia num dos camafeus expostos e perguntou se fora descoberto algum objecto parecido com uma lupa de relojoeiro. Para sua surpresa, o sacerdote mostrou-lhe uma pequena lente plano-convexa que fora encontrada num túmulo. Moreux interrogou-se sobre quem seria capaz de polir lentes há mais de 2500 anos.
Curiosas Lentes de Cristal
A curiosidade de Moreux fora despertada. Descobriria depois, que já em 1852 o físico inglês David Brewster (1781-1868) havia examinado uma pequena placa de quartzo talhada como uma lente que servira de lupa ou vidro ustório. A peça fora descoberta durante umas escavações em Ninive (cidade da antiga Assíria, no actual Iraque) e a sua origem remontava ao século VIII a. C. Em Helwan, no Egipto, fez-se uma descoberta espantosa: uma lente de aumento de quartzo tratada com óxido de césio. Actualmente, o óxido de césio é fabricado mediante um processo electroquímico, daí que nos surja a liminar questão: como terá sido então possível, reproduzi-lo há mais de dois mil anos?
Quem quiser ver uma lente redutora ainda mais antiga, com cerca de três mil anos, pode dirigir-se ao Museu de Ancara na Turquia. Este achado foi feito durante umas escavações em Éfeso. De Creta provém também, uma lente de alta qualidade do século V. a. C. Em 1998, uma lente especial, talhada em forma esférica e encontrada num túmulo viking da ilha de Gotlândia, no mar Báltico, foi analisada pelo engenheiro alemão Olaf Schmidt: -" A forma da lente é tão perfeita que, segundo os critérios de qualidade actuais, se pode qualificar de sofisticada." Conclui então O. Schmidt.
Lentes de Aumento de Astrónomos Antigos
Sensacionais, são igualmente os resultados obtidos em 1999 pela astrofísica e arqueóloga Marilyn H. Childs (Washington, Estados Unidos). Afere deste modo: -"Tenho a certeza de que existiu uma tecnologia pré-histórica de fabrico de telescópios. No decurso das minhas investigações, deparei-me com diversos desenhos astronómicos que faziam referência a espelhos trabalhados." Marilyn Childs nos seus estudos, observaria assim grandes similaridades com os modernos telescópios de reflexão.
Na literatura sagrada dos Maias, encontraria ainda outras pistas para a sua teoria:-"Muitos dados astronómicos apenas puderam ser determinados ao cabo de largos períodos de observação com instrumentos de precisão. Apenas uma tecnologia moderna em termos de telescópios, pode explicar os cálculos exactos do calendário. As tradições Maia e Chinesa, indicam que os sacerdotes astrónomos contaram com a ajuda dos deuses nos seus cálculos matemáticos e astronómicos. As lendas fazem-nos pensar que houve alguma espécie de contacto com astronautas pré-históricos."
Uma conclusão destas tão arrojada assim, pode ou não ser aceite, contudo, o facto é de que a tecnologia das antigas culturas devia ser bem mais avançada do que até hoje se supunha.
Telescópios de há três mil anos: - Em 1850, Sir Austen Layard (1817-1894) descobriu em Nimrud (Iraque) uma lente de cristal de quartzo que se conserva no Museu Britânico de Londres. Para talhar um cristal tão rígido de forma a obter uma lente de tal precisão, um homem da Antiguidade com acesso a todos os meios técnicos então ao seu dispor, necessitaria de muitos anos. Para quê tanto esforço?
O professor Giovanni Pettinato, da Universidade de Roma, sugeriu em 1999 que a lente fazia parte de um telescópio. Argumentava então, de que já os Assírios saberiam da existência dos anéis de Saturno. Do século III a. C. data ainda a descrição de um misterioso instrumento que o Rei Ptolomeu III (284-221 a. C.) mandou instalar no farol de Alexandria (Egipto) para poder «avistar barcos ao longe».
O Observatório Solar de Uaxactún, no México, é considerado um dos antigos centros científicos de alta tecnologia. Existem ainda, numerosos indícios que fazem supor - muito antes do início da era cristã - de que haveria já o conhecimento dos telescópios, no Próximo Oriente.
Conclui-se desta forma de que a astronomia de alta tecnologia na Antiguidade era uma realidade. Ainda que muitos, mesmo nos dias de hoje o contraponham em oposição ao constatado por astrofísicos, arqueólogos e subsequentemente astrónomos ao longo dos últimos séculos. Uma certeza existe: havia esse conhecimento na Antiguidade, fosse por vias «próprias» ou...por vias extraterrestres. Cada um pensará em comunhão com o que acredita ou sugestiona puder acreditar. Nada é ditatorial mas põe-nos a pensar e se isso fabricar algo mais do que o conhecido até hoje, então valerá a pena, mesmo suscitando a dúvida ou a incoerência. Está tudo em aberto até talvez, as mentes mais cerradas para tal. A bem do conhecimento, a bem da verdade que tudo nos seja revelado. A bem da Humanidade! Assim seja!
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