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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Crença

Existirá o vampiro como criatura humana, ou simplesmente será um produto de ficção romanceado e congeminado arduamente ao longo dos tempos?

 

O Vampirismo

A crença em vampiros é muito antiga. Os Assírios, que já acreditavam neles, deixaram-nos uma longa oração litúrgica para os expulsar, na qual se encontram muitas características que ainda hoje se atribuem aos vampiros: as deambulações nocturnas, as vítimas entre os vivos, o roubo da vida e por aí fora. E pensavam poder afastar os vampiros por meio de fórmulas de esconjuro que, no entanto, deixaram de ser suficientes na crença dos Eslavos e dos Russos, para os quais era necessário cravar-lhes estacas. Existiam até recomendações sobre a madeira que melhor serviria para este fim. A preferida, seria a do espinheiro-alvar, pois pensava-se de que a coroa de espinhos de Cristo era ( ou teria sido) desta madeira. Ou se trespassava o coração do vampiro com uma estaca ou, se lhe espetava um prego na testa.

A Crença nos Mortos-Vivos

Desde muito cedo que se espalhou a ideia de que os mortos que não eram sepultados, segundo os devidos rituais de sepultura, lamentação e luto, se transformariam em mortos-vivos. O morto era uma admoestação e um castigo. Uma das razões para o facto de haver tantas coisas a ter em conta num enterro, baseava-se no medo que as pessoas tinham dos mortos-vivos. Os rituais tinham não só o objectivo de levar o morto em paz até à sua última morada, como também de impedir que este regressasse. Era costume estropiar os mortos em que se suspeitava que pudessem transformar-se em mortos-vivos.
Pensa-se que, as sepulturas que foram encontradas contendo corpos com o rosto virado para cima, sem cabeça e com uma faca na boca ou, um prego no crânio, eram tentativas de obrigar o morto ao descanso eterno. A separação da cabeça e dos membros era considerada especialmente eficaz, como no caso da sinistra história sobre o Papa Formoso (cerca de 816-896): em Maio de 896, por ordem de Estêvão VI, o corpo de Formoso foi tirado da sepultura e sentado no trono papal com toda a pompa e circunstância. Depois de ter sido acusado de apropriação ilegal da cadeira do Papa, o sínodo retirou-o solenemente do lugar que ocupava. Despojaram-no das suas vestes papais, vestiram-lhe roupa laica e, amputaram-lhe três dedos da mão direita. Por fim, o corpo foi atirado ao Tibre.

O Vampiro

O vampiro, um tipo especial de morto-vivo, encontra-se nas mais diferentes superstições. As pessoas acreditam que puxa as outras para si na morte. A razão disto é a maldade do morto e a sua avidez de viver. Da comparação do sangue com a vida, surgiu a ideia de que o morto chuparia o sangue dos vivos, o que também podia acontecer por feitiço à distância. Neste caso, quem corre especialmente perigo são os que se apoderaram de algum bem do morto ou então, os que lhe fizeram a oferenda fúnebre de algum objecto pessoal. Estabelecendo-se assim uma relação estreita com o morto, corria-se o perigo de se ser vítima de um vampiro, que regressa para se debruçar sobre os que dormem e lhes chupar a força vital.
Na crença popular, existem também vampiros vivos, que na imaginação popular se confundem com bruxos, lobisomens e seres semelhantes. Foi William of Newburgh (1136-1198) quem relatou a mais antiga matança de um vampiro na Europa.

De Masticatione Mortuorum in Tumulis («Do Mastigar dos Mortos no Túmulo»)

Existem muitas histórias que falam de mortos que comem a mortalha e as roupas e que sugam o próprio peito e a própria carne. Alguns até afirmavam de que ouviam os mortos comendo na sepultura. Em 1728, Michael Ranfft escreveu uma obra extremamente interessante a nível histórico e cultural, denominada: «De Masticatione Mortuorum in Tumulis («Do Mastigar dos Mortos no Túmulo»). Foi por esta razão que no século XVI se abriram sepulturas, onde se teriam encontrado mortos que haviam comido as suas roupas. Acreditava-se que, semelhante morto não só chuparia a sua própria carne, como se levantaria da campa para sugar a dos seus parentes, até estes o seguirem na morte. Quando nalguma localidade se declarava uma epidemia que fazia muitas vítimas, atribuía-se frequentemente este facto à acção funesta destes mortos.


Ao longo das épocas foi havendo um maior e mais vasto conhecimento técnico e de origem científica no estudo da fisionomia humana em que, não raras vezes se detectaria de que certas pessoas teriam sido enterradas «vivas» por assim dizer. Concluir-se-ia de que, muitas das vezes, os corpos inertes e sem provas de vida (que hoje conhecemos em estímulos e actividade cerebral) eram simplesmente dados como mortos e assim enterrados. Daí que não fosse de todo anormal - apenas mórbido e cruel mesmo - haver pessoas que, acordadas do transe rígido em que se teriam revestido até aí ou, em estado comatoso provavelmente, se induziriam em pânico e como última solução de sobrevivência, terem ingerido as próprias roupas em possível adiamento dessa morte então. Sem oxigénio e sem hipótese alguma de se libertarem do peso da sua sepultura, nada mais do que o já registado e que daria azo a grande especulação sobre si na abertura anos mais tarde dessas campas. Criaturas infelizes, acredita-se. Quanto às outras, em que nada disto se tenha passado, só poderemos questionar se haverá de facto fundamento ou não, para estas designações não muito abonatórias de pessoas de dentes afiados e sacrílégias, profanas, do sangue que consumiriam, roubado e espoliado do seu portador. A ser verdade, pelo sim pelo não, é bom que se tenha à mão, estacas, alhos e cuidados infinitos com os muitos vampiros destes novos tempos. A bem de todos, assim seja!

A Bruxaria

 



A Grande Questão: As Bruxas existem? Ou serão somente fruto da nossa imaginação em contos, mitos e lendas, reportados através da intemporal história universal da Antiguidade até aos nossos tempos...?

O Sabat das Bruxas

As noções medievais acerca das bruxas compreendiam, entre outras coisas, a realização de ritos infernais numa assembleia chamada «Sabat». A estas reuniões acorriam as bruxas de noite, impelidas por um unguento que lhes proporcionava a capacidade de voar, sentadas nos cabos das suas vassouras ou sobre os seus animais de estimação. Juntavam-se então no meio de um campo ou, no cume de uma montanha, e através de danças enlouquecidas e de excessos orgiásticos levados a cabo durante o festim, celebravam e aclamavam Satanás como comandante de toda aquela multidão.

Cultos Antigos

Raízes muito antigas ou cultos igualmente antigos em que havia uma espécie de misteriosos ritos femininos pagãos, que se manteriam vivos ao longo dos séculos e que consequentemente, conduziram e deram origem às noções fantásticas sobre uma festa orgiástica, « o Sabat das bruxas».
Na Antiguidade, celebrava-se o culto das deusas da caça e da fertilidade. Ártemis na Grécia e Diana no Império Romano, respectivamente. Na Ilíada, Ártemis é referida como «a senhora dos animais selvagens», e que, tal como mais tarde as bruxas, voava através dos ares.

A «Sinagoga de Satanás»

Na época da perseguição às bruxas, a Assembleia do Sabat era conhecida como «synagoga diabolica». A expressão foi retirada do livro do Apocalipse, onde os judeus descrentes são referidos como «sinagoga de Satanás». Tal como os judeus, as bruxas ter-se-ão deixado convencer a comerem as carnes imoladas aos ídolos e, a praticarem a imoralidade (Apocalipse 2, 14). A adoração de Satanás, à semelhança do Apocalipse, é entendida como um sinal do fim dos tempos que se aproxima.

Receio do Desconhecido

Na designação: «Sinagoga de Satanás», não deve deixar de ser notado um certo tom de anti-semitismo. As cerimónias religiosas que os judeus realizam nas suas sinagogas não são visíveis para os cristãos, pelo que esses actos se revestiam de um aspecto misterioso e apenas poderiam ter implicações e um carácter diabólico. Nestes ritos que não eram observados, notar-se-ia então, a fantasia das pessoas que livremente projectariam as suas ilusões e receios. Do mesmo modo, a firme convicção de que nos Sabats das bruxas se realizavam assassínios rituais, atrocidades e comportamentos obscenos em registo assente na origem do medo do desconhecido.

O Voo Rumo ao Sabat

O hábito de andar à noite por aí e a própria viagem aérea até ao local de reunião para a realização do Sabat, contam-se entre algumas das mais antigas crenças relacionadas com a bruxaria. Esse voo era feito sobre animais ou objectos, sobretudo vassouras. Por vezes é descrito como uma espécie de arrebatamento: os demónios e os diabos escapam-se com a alma, enquanto o corpo permanece num sono semelhante à morte. Todos os ferimentos sofridos pela alma que se encontra separada do corpo podem ser no dia seguinte constatados neste último. As semelhanças com o xamanismo são evidentes.
 
Para os povos da Lapónia, a alma do Xamã, empreende uma viagem com fins mágicos sob a forma de um animal ou de uma vara. No seu corpo podem mais tarde ser vistos os padecimentos e ferimentos de que a alma foi vítima. É também montados numa vara que, em estado de êxtase, os xamãs buriáticos e tátaros da Sibéria, entram em contacto com o mundo dos espíritos.

Na Idade Média, considerava-se que as bruxas - mulheres despudoradas e indómitas - tinham um pacto com o Diabo. Muitas vezes, bastava verbalizar uma simples e pequena suspeita para que uma mulher fosse acusada de actos de bruxaria. Ainda hoje, existem apoiantes e seguidores desses cultos de bruxaria por diversos pontos do globo mas, mais exactamente em Blocksberg - um monte na região alemã de Harz - onde se reúnem anualmente na véspera do dia 1 de Maio, para aí celebrar a noite de Walpurgis.
 
Como se constata, finalizando este tema de bruxas e suas festas orgiásticas, haverá ainda muito por desvendar, desde os tempos remotos até à actualidade. Em argumentação contemporânea poder-se-à dizer ou rectificar, de que há uma continuidade ou mesmo determinada linhagem alinhavada pelos tempos que correm nessa idêntica corrente de bruxaria e mal dizer e, mal fazer nos outros. Haverá seitas e festas igualmente diabólicas e de sentidos obscuros em ocultas missões por que se regem ainda. O ser humano, munido de todos os seus defeitos e disfunções gerais, consegue ainda surpreender muitos de nós que preferem o poder do «mal» ao do bem, preterindo este em função de uma hierarquização a si afluente, num outro poder - incomensurável mas censurável também - de minimizar, inferiorizar e mesmo obstruir ou matar para se reiterar como ser superior. Até que estas mentalidades se abstenham de fazer o mal e reiniciem um processo de remissão e reversibilidade nas suas vidas, nunca mais sairemos deste execrável ciclo mundano em que todos nos encontramos, vigiamos e emparedamos uns contra os outros, regredindo e, sem evolução possível. Vamos acreditar de que um dia, tudo isso nos seja permitido e certificado para que a Humanidade possa finalmente se não encontrar a perfeição, pelo menos tentá-la em tangencial demonstração da sua boa fé. Ainda que tenhamos de pelejar muito para isso. Pois que assim seja, a bem de todos!


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Maldição II

A «Mulher de Branco», a condessa Agnes von Orlamunda, após ter morto os seus dois filhos, terá feito aparições, assombrando sob a forma de espírito algumas pessoas numa vinculada maldição sua para a posteridade. Em pleno século XIX; até aos nossos dias...

Aparições

São poucas as pessoas que têm a percepção das aparições de «espíritos» nos casos de assombração ligados a locais. É possível que estas disponham de uma capacidade rara de tratamento dos estímulos sensoriais no cérebro - especialmente nos chamados «lóbulos temporais» - que integra, filtra e armazena estímulos sensoriais e os coloca em ressonância com informações guardadas no local. Investigações mais recentes demonstraram que, por intermédio de raros fenómenos eléctricos internos ou externos nos lóbulos temporais, podem ser desencadeadas espontaneamente alucinações, aparições, visões e impressões de acontecimentos de natureza paranormal. Há uma teoria que admite que, tanto nos objectos como nos locais, existe um tipo de «memória das coisas», especialmente para acontecimentos emocionalmente marcantes.
 

Castelos Assombrados

Nas histórias assombrosas nunca faltam castelos, alguns dos quais são de facto, singulares. Fyvie Castle, um castelo escocês a quarenta quilómetros, a noroeste de Aberdeen, está triplamente assombrado: há manchas de sangue que não se consegue remover, há um espírito - segundo reza a lenda, o espírito da esposa de Sir Alexander Seton (século XVI), cujo marido a deixou morrer à fome por esta só lhe ter dado duas raparigas - e ainda, duas pragas lançadas pelo lendário profeta Thomas the Rymer (c. 1210-1294), que amaldiçoou o castelo por terem sido utilizadas pedras de uma antiga igreja na sua construção.
A maldição só terminará quando forem reunidas três dessas pedras. Até à data só foi encontrada uma pedra, que é guardada numa sala dentro de uma tigela de barro, por debaixo de uma redoma de vidro. Contudo, com o tempo esta foi-se desfazendo misteriosamente em areia, por isso chamam-lhe a pedra carpideira e dizem que está a desfazer-se por nunca ter sido possível encontrar as outras duas.

Os Lordes de Mar

Alloa Tower, uma casa-torre pertencente à família Erskine, os lordes de Mar, fica situada em Alloa na Escócia. Datada do século XIV, é uma das mais altas casas-torres da Idade Média ainda conservadas na Escócia. No século XVI, o abade de Cambuskenneth lançou uma singular praga sobre a linhagem dos Erskine. Entre outras coisas, previu que um Rei seria criado numa sala de Alloa Tower, mas que essa sala iria arder. Nesse incêndio pereceria uma mãe, cujos três filhos nunca veriam a luz do dia. Só quando no telhado brotasse um rebento de freixo, a maldição terminaria com um beijo de conciliação. Após a batalha de Sheriffmuir, em 1715, foi retirado o título aos Erskine e as suas terras confiscadas. Um incêndio deflagrou numa sala da torre, na qual vivera em criança Jaime VI. A senhora Erskine morreu queimada, deixando três filhos cegos. Por volta de 1820, um rebento de freixo brotou no telhado, o que levaria Jorge IV a devolver ao neto dos Erskine a dignidade nobiliárquica e a rainha Vitória beijaria a esposa deste nessa sequência de devolução e entrega da propriedade. Após 300 anos, a maldição de Mar chegou assim ao fim - tal como fora profetizado- mas enquanto existir o mito dos espíritos, as histórias assombrosas deste mundo irão continuar em cadeia, tal a dimensão contínua também, ao longo da nossa História.

Os Rostos de Bélmez

No Verão de 1971, surgiram rostos no chão da cozinha de uma quinta na pequena aldeia espanhola de Bélmez. As imagens transformavam-se, desapareciam e davam lugar a novas imagens. Na opinião do pároco da aldeia, tal era um sinal inquestionável da acção do Mal; para outros tratava-se apenas de «rostos do outro mundo». Várias testemunhas disseram ter observado a formação dos retratos sem qualquer influência exterior. Durante um ritual festivo e, na presença de centenas de curiosos, o alcaide mandou recortar um dos rostos do chão e emoldurou-o com um vidro pela frente. O misterioso retrato tornou-se uma obra de arte evocativa, criada por um artista invisível, tendo sido muito visitada. O professor de arte Ramón Aznar, escreveria então com determinado entusiasmo sobre a delicadeza dos trabalhos, os quais fariam lembrar criações bizantinas. Estes rostos eram provavelmente fruto de assombrações ligadas àquele local. Contudo, não podemos ter a certeza, pois a dona da casa nunca concordou em abandoná-la e pô-la à disposição para se proceder a estudos mais aprofundados.

Como se observa - a quem o averiguou e estudou no local - estas ocorrências surgem como aparições, assombrações ou mesmo maldições póstumas sobra algo inusitado ou igualmente cruel e violento que tenha sucedido, ainda que há muitos séculos atrás. Novamente se poderá referir os movimentos de forças psicocinéticas numa aprofundada tese científica, ou não. Pode-se especular sobre tudo isto, mas que as situações referidas são uma «realidade», de facto, são. Existem e, perpetuam-se no tempo, até que se quebre a dita maldição pungente sobre os que as desafiam e por fim, enaltecem se acaso estas cessam por vias de profecias havidas ou finalidades assumidas aí repostas e concluídas. Muito há por considerar ainda do que não conhecemos na sua totalidade mas acreditamos de que estamos no bom caminho, e por vias de dúvidas existentes também, não potenciemos esses factos ou extrapolemos essa sua dimensão. Há que averiguar, estudar e reportar, só isso. No tanto que ainda temos por saber, descobrir e mesmo, ensinar. Assim seja, a bem de todos!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Assombração II

 
Tudo começou com o barulho de pancadas na janela. Depois, a assombração penetrou na casa. Os livros mudavam de lugar na estante, os tapetes moviam-se, diversos objectos esvoaçavam, a cama de casal desviou-se do sítio, a proverbial corrente de ar frio soprava frequentemente pela casa.
Mas, a assombração demonstrou também ter um certo sentido de humor: fez desaparecer a roupa interior da dona da casa e distribuiu-a pelos sítios mais estranhos do «doce lar».

Fenómenos Inexplicáveis

Este caso, ocorrido em 1981 na cidade francesa de Mulhouse, na Alsácia, foi analisado por parapsicólogos e físicos. Um aparelho de registo contínuo da temperatura marcaria de facto, correntes de ar inexplicáveis. Por toda a casa apareciam estranhos rabiscos geométricos: cruzes, círculos, triângulos. Os rolos de uma máquina fotográfica desapareceram. Para jogar pelo seguro, foi colocado um novo rolo dentro da máquina, sendo esta colada e selada. Quando a tornaram a abrir, o rolo tinha desaparecido sem deixar rasto e no seu lugar, encontrava-se um papel dobrado com enigmáticos desenhos geométricos no seu interior. Em estado de transe, a dona da casa teve visões de fenómenos estranhos na cave. Quando o seu marido foi com um amigo inspeccionar a dita cave, não conseguiu voltar a abrir a porta de acesso ao andar superior, pois o chão parecia ter-se elevado cerca de dez centímetros.
Numa sala fechada, um aparelho de radar accionava uma câmara de filmar ao mais pequeno movimento. A câmara ligou-se várias vezes, mas nada se movera. Por fim, os visados fugiram para outro país para se livrarem da assombração. Uma vez aí, também se verificariam igualmente fenómenos estranhos durante algum tempo, mas depois a assombração desapareceu, tão misteriosamente quanto havia surgido.

 

Explicações para o Inexplicável

As assombrações são dos fenómenos mais enigmáticos e persistentes analisados pela parapsicologia. Pequenos objectos ganham vida própria e voam pela sala como que atirados pela mão de um espírito; quadros caem das paredes; ouve-se bater à porta, embora não haja ninguém nas proximidades - o recheio da casa fica em total desordem. Neste caso, trata-se de uma forma de psicocinética, ou seja, da acção directa sobre o mundo físico. Os parapsicólogos também lhe chamam «psicocinética espontânea recorrente», na qual as tensões procuram manifestamente uma válvula de escape paranormal. Os chamados «desencadeadores de assombrações» são frequentemente jovens na idade da puberdade, cujos conflitos anímicos interiores se viram para o exterior.

 

Distinção entre as Assombrações

Os investigadores de fenómenos paranormais estabelecem uma distinção entre as assombrações ligadas a um local e as assombrações ligadas a pessoas. As assombrações ligadas a pessoas, duram apenas algumas semanas. Surgem repentina e inesperadamente, vindo frequentemente a terminar do mesmo modo. Quando o indivíduo que desencadeia a assombração se afasta da casa, a maior parte das vezes consegue-se interromper os fenómenos. Um contexto social perturbado tem muitas vezes um papel a desempenhar nos conflitos anímicos interiores que, podem estar efectivamente na origem de uma assombração. Quando se resolve o problema da pessoa que desencadeia, as agressões inconscientes que não foram postas em prática não necessitam de ser descarregadas sob a forma de fenómenos assombrosos destrutivos. Um aspecto notável nas assombrações ligadas a pessoas, é o seu comportamento brincalhão e endiabrado. As assombrações ligadas a locais são observadas num determinado local ao longo de várias gerações. Para além de barulhos de pancadas, são caracterizadas sobretudo pela aparição de «espíritos». A «Grey Lady» (Mulher de Cinzento), a correspondente inglesa da «Mulher de Branco», é particularmente famosa.

 

O Professor das Assombrações

Uma das especialidades do professor Hans Bender (1907-1991) foi a análise de casos de assombração. Este alemão chegou à conclusão de que, os desencadeadores dos acontecimentos eram - na sua maioria - jovens na idade da puberdade, sujeitos a relações familiares psicologicamente difíceis. Através de testes de diagnóstico psicológico, tais como questionários ou associações de imagens, conseguiu determinar - à data dos acontecimentos assombrosos - estados anímicos idênticos, como por exemplo, uma grande necessidade de dominar no interior do círculo familiar. Outro ponto em comum era a incapacidade de lidar com o fracasso, o que pode conduzir a uma acumulação de agressividade que, na maior parte das vezes, é canalizada contra um dos pais. Os indivíduos que desencadeiam assombrações são facilmente irritáveis e têm tendência para sofrer de inquietação interior. No entanto, ficou também demonstrado que todo o grupo afectado pela assombração, se encontrava numa situação de extremo conflito, o que se manifestava por meio de comportamentos neuróticos. Agressões reprimidas, tensões sexuais e outras formas de perturbação do equilíbrio, não podem ser aliviadas num meio social difícil. Em casos raros, esta mistura explosiva vai ser descarregada de um modo paranormal, tomando a forma de assombração. Segundo Hans Bender, a força psicocinética é proveniente da pessoa que desencadeia tudo. As características dos fenómenos de assombração reflectiriam apenas problemas espirituais e sociais.

Por conclusão científica, tanto nos casos de assombração ligados a pessoas (que a desencadeiam ) ou a locais onde de geração em geração esta se despoleta em imagens surpreendentes mas assustadoras, convenhamos também, a situação é idêntica na demonstração geral. Poderá ser eventualmente a dita força psicocinética que a própria pessoa faz regurgitar...ou não. Pessoalmente, tendo presenciado algo do género, não poderei ou saberei especificamente explicar o sucedido mas (em criança) não acredito que tivesse havido esses «poderes» psicocinéticos ou transmitido-los em igual forma. No entanto, respeito-o. Quanto aos locais em que estas assombrações também se evidenciam ( e muitos o presenciam em registo ocular ou de aromas intensos e imagens não esbatidas, ou seja, nítidas) a evidência de algo inexplicável aí ocorrer, é inquestionável. Pode-se ou não ter esta vivência de assombração, questionando, inquirindo e estudando para se saber mais, não se pode é ofuscar a realidade que a transporta e que apesar de impressionável, não poderá ser negada ou pior, renegada dos círculos mais eruditos ou científicos no geral. Como sempre registo também, que tudo se investigue e aluda sem estigmas ou estereótipos de espécie alguma. Há tanto por descobrir e por revelar. Há tanto por conhecer e consolidar...pois que assim seja, a bem de todos!


A Missa Negra

As Missas Negras e o Satanismo

Um dos pressupostos básicos do satanismo era a aceitação do princípio de que Deus e o Diabo estão ao mesmo nível. Esta noção deve-se em consistência com o pensamento gnóstico da Antiguidade. Durante muito tempo, os pactos com o Diabo e a adoração de Satanás existiriam apenas na cabeça das autoridades eclesiásticas, passando estas a acusar os bruxos e as bruxas destes delitos. A cumulação do que se escreveu acerca deste tema foi tanta que chegaram mesmo a surgir imitadores desta ficção.

Gilles de Rays - o Diabo em forma de gente
Um caso interessante do ponto de vista da história da cultura é o de um nobre bretão, chamado Gilles de Rays (1404-1440), companheiro de Joana d`Arc. Quando a donzela de Orleães - o grande modelo de Gilles de Rays - foi acusada de exercer feitiçaria e consequentemente queimada na fogueira, o mundo deixou de fazer sentido para ele. Desapontado, recolheu-se nas suas propriedades e, de um fervoroso devoto que era, desenvolveu-se no mais abjecto e reprovável dos satanistas.
As crónicas do seu processo dão conta de 140 crianças terem sido por ele (e pelos seus servos) hedionda e liminarmente sacrificadas em ritos satânicos realizados na cripta do seu castelo de Tiffauge.

Os Demónios de Loudun
No auge do combate e da perseguição movidos às bruxas e aos hereges, muitos dos aspectos da personalidade humana até então contidos e refreados, manifestaram-se com alguma violência. Os conventos de religiosas deram exemplos de ser «incubadoras perfeitas» para esse tipo de fenómenos. Urbain Grandier, um padre de mentalidade liberal e para além do mais, também bastante notável, foi vítima deste tipo de situação quando, entre os anos de 1634 e 1635, as freiras do Convento de Loudun desenvolveram ataques de histeria e lascívia, motivados pelo facto de desejarem o padre. Grandier não tardou a ser acusado de satanismo, de ter enfeitiçado as freiras, e acabou por ser queimado vivo.

As Missas Negras do Abade Guibourg
A missa negra como perversão do rito católico da missa, popularizou-se no século XVII. Tornou-se um espectáculo com um grande número de entusiastas, como seria de esperar dos faustosos tempos em que reinou Luís XIV. Uma das mais «famosas» missas negras foi organizada pelo abade Guibourg para Athénais de Tonnay-Charente, marquesa de Montespan, futura amante do Rei-Sol, Luís XIV. Possuída pela obsessão de se tornar rainha, a marquesa quis através de uma missa negra, afastar todos os obstáculos que pudessem surgir-lhe à frente. Nessa missa negra, o seu corpo terá sido desnudado servindo de altar a Guibourg. O pervertido abade disse a missa de acordo com o rito católico, tendo consagrado a hóstia sobre os órgãos genitais da marquesa. A sua ajudante, a famigerada Cathérine Montvoisin, também conhecida por «La Voisine», trouxe para a celebração uma criança de apenas dois anos que fora comprada à sua mãe por um punhado de moedas. Foi então que Guibourg terá invocado demónios, cortando a garganta à criança que se encontrava deitada sobre a barriga da marquesa de Montespan, e por último, recolheria o seu sangue num cálice. Na fase final, o abade Guibourg e a marquesa de Montespan beberam o sangue da criança misturado com vinho, realizando após isso, o coito.
No fim da celebração, o padre entregaria à marquesa um saco com os restos da hóstia, das vísceras e do sangue da criança. Por conclusão (por mais tenebrosa que seja), aos olhos da marquesa de Montespan, a missa negra deverá ter sido um verdadeiro sucesso, já que logo no ano seguinte, tornar-se-ia a amante do Rei Luís XIV, chegando mesmo a dar à luz sete filhos deste.

O Satanismo de «Fin de Siècle»
O materialismo científico do século XIX, conduziu no seio de muitos intelectuais a uma reacção contrária: desenvolveu-se um grande interesse pelos fenómenos ligados ao espiritismo e à hipnose. O romantismo havia celebrado o interesse pelas partes ocultas da vida e da alma. Por outro lado, surgiu também uma nova compreensão - mais dinâmica - dos fenómenos relacionados com a psique que desafiavam os limites do entendimento, um interesse que serviu como precursor da psicanálise e, da moderna parapsicologia.
Deu-se igualmente uma reacção que sobreveio das mais ocultas e obscuras instâncias da alma e que foi revolucionária. Surgiu sobretudo em França, revelando-se sob a forma de um satanismo de «fin de siècle» (fim de século). O seu arauto foi o romance satanista de Joris Karl Huysmans (1848-1907), intitulado «Là-Bas» e editado em 1891, no qual Gilles de Rays é apresentado como místico e a figura-símbolo deste movimento ocultista, Stanislas de Guaita (1861-1897), é representado como Docre, um sacerdote de Satanás.

Gilles de Rays, La Voisine, Guibourg, Montespan e tantos outros em território seu, manchando a História com os seus actos impuros, reprováveis e mesmo impensáveis na contemporaneidade que vivemos (arrepiando-nos de tais actos só por leitura...) aos quais a finalidade só serviria a si. Demónios que o tempo não apagará tão depressa e dos quais também, nos ficará a certeza de os não repetirmos em retrocessos execráveis como seres humanos e de afectos e sensibilidades que compomos. Ainda existem alguns por aí. Se a temática lhes fosse benéfica (numa outra espécie de missas negras havidas) acredito lamentavelmente, de que as fariam ressurgir e penso que, mesmo à porta fechada, haja ainda muitas seitas seguidoras desta alucinação satânica com repercussões doentias e possivelmente fatais para quem nessas participe. A seu tempo, tudo será reposto, embora muitos com a ganância de um poder que acreditem lhes ser supremo e cimeiro para além de todas as coisas, ainda se sujeitem a esta mediocridade de pensamento e acção. Mas como haverá certamente, acredito eu, de um julgamento posterior a si, todas estas práticas lhes serão um dia questionadas, expostas e pronunciadas de algo que nunca terão suspeitado ser-lhes punitivo, em si mesmos também. Esperemos que o bem prevaleça, que o bem vença, acima de todas as coisas. A bem de todos nós, a bem da Humanidade!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Feitiçaria

Muitas são as razões que explicam o facto de serem sobretudo mulheres a ser consideradas bruxas, a ser consideradas responsáveis por estragar colheitas, por levar a cabo ritos misteriosos, espalhar doenças e lançar feitiços amorosos.

A Crença na Feitiçaria 

A crença em bruxas é um fenómeno muito antigo e de carácter universal, encontrando-se em relação estreita como o xamanismo. Todas as razões invocadas acima, de delegarem a culpabilidade nas mulheres sobre maleitas, doenças, más colheitas ou feitiçarias, já provém da Antiguidade mediante os cultos pagãos.
Sem dúvida de que a tendência feminina para a clarividência e a adivinhação desempenhou um papel importante, bem como os conhecimentos de que estas habitualmente dispunham na preparação de remédios naturais (e a proximidade à Natureza, indissociável desse facto). A figura da bruxa ganharia forma também, através de cultos pagãos da Antiguidade em honra de mulheres, como era o caso da deusa grega da caça e da fertilidade, Ártemis e, da sua correspondente romana, Diana.

 

O Medo da Mulher

A partir da Idade Média, passaram a ser consideradas perigosas não só as mulheres que possuíam conhecimentos sobre feitiçaria, como também, todas aquelas que viviam sem ser na companhia de um homem. O medo das bruxas era motivado pelo medo que os homens sentiam - em particular, o clero dominante - da ideia de uma mulher indómita e livre. Essa liberdade era imediatamente (e com especial ênfase) associada à devassidão sexual, o que apenas poderia significar uma coisa: essa mulher estava sob influências satânicas. A tradicional postura misógina da Igreja, potenciou (facilitando bastante) a rejeição desse tipo de mulheres e a sua classificação como bruxas.

O Bruxo como Lobisomem

Os homens que se revelassem socialmente inaceitáveis, eram também e igualmente suspeitos de se tornarem bruxos ou dedicarem à bruxaria. Uma vez que o lobo era associado ao Diabo, pensava-se que de noite certos bruxos se transformavam em lobisomens impetuosos. Presumia-se que o lobisomem era um «versipellis», isto é, que de noite virava a sua pele de lobo para fora, enquanto de dia, quando mostrava a sua figura humana, a pele de lobo estava virada do avesso, para dentro. Esta extravagante teoria, desenvolvida por um jurisconsulto francês, chamado Jean Bodin (1530-1596) num famigerado livro intitulado «Démonomanie des Sorciers» (1580), serviu de pretexto às mais horrendas torturas: àqueles de quem se suspeitava serem lobisomens, eram arrancados pedaços de pele do peito na obtenção a tentar encontrar a parte de dentro coberta de pêlos. Revelando-se isso impossível, ainda assim tal não queria dizer que o torturado estivesse inocente nem que, a tortura ficaria por ali.

Perseguição das Bruxas

A Igreja soube utilizar habilmente os receios das populações, ante pessoas dotadas de dons ditos «sobrenaturais», ao pretender detectar em todos fenómenos inexplicáveis os vestígios de um acto do Diabo. Tal prática, conduziu sobretudo entre os anos 1500 e 1700, a perseguições impiedosas movidas contra as mulheres que eram acusadas de ser bruxas, de serem amantes do Diabo (Crimen Exceptum) ou de praticarem magia (Crimen Magiae). Por meio de torturas conseguia-se identificar os bruxos e as bruxas e por fim, aniquilá-los. Esta verdadeira caça às bruxas acarretou não apenas tremendos maus tratos com vista à obtenção de confissões mas também, a contínua invenção de novos ordálios: em provas realizadas com recurso à água e ao fogo, chegando-se mesmo ao derramamento de sangue. Invocava-se então um poder superior, no sentido de este revelar a inocência ou deixar aplicar o castigo.
O médico flamengo Johannes Wierus (1515-1588), foi um dos primeiros a refutar publicamente com veemência, a noção generalizada de que as bruxas teriam um pacto com o Diabo. Wierus elaborou uma teoria de cariz psicológico, segundo a qual, se trataria de «pessoas melancólicas» que simplesmente imaginavam ter selado um pacto com o Diabo. Ainda segundo este, seriam mais dignas de dó e compaixão do que de punição, porém, até ao século XVIII muitas pessoas com doenças ou distúrbios do foro psicopatológico, eram acusadas de se dedicarem à bruxaria.

A Bula Papal e o «Malleus Maleficarum»

Em 1484, o Papa Inocêncio VIII - ele mesmo, um dos menos dignos da época renascentista - emitiu uma bula em que condenava as bruxas, e por meio da qual incentivava e promovia a funesta perseguição de mulheres suspeitas de serem bruxas. Ao abrigo desta bula, em 1487 foi publicado por Heinrich Institoris e Jakob Sprenger, o chamado «Malleus Maleficarum» (Martelo das Bruxas), onde a feitiçaria é caracterizada e são indicadas medidas para proceder à luta e perseguição contra as bruxas. Sob a influência desta obra difamatória, deu-se início a uma verdadeira histeria de perseguição em massa à feitiçaria, primeiro em França e no decurso do século XVI, também na Alemanha.
Esta espécie de loucura colectiva foi favorecida e fomentada pela instauração de tribunais que moviam processos inquisitórios - e reforçada pelas torturas - conseguindo-se assim «demonstrar» a todas as acusadas a sua culpa, para além de se obter confissões.

Ainda hoje, na actualidade, se fala de tortura e obtenção de culpa e subsequente castigo através de várias submissões dessa mesma tortura em dor e flagelação no corpo. Os métodos são diversos, havendo por todo o mundo ainda o debate de tal acontecer, em pleno século XXI. Uns estarão mais creditados do que outros para o fazerem, visto que as democracias se subjugam muitas das vezes a esse mesmo jogo (ou jugo) questionável na obtenção de informações e segredos de Estado. Não estamos na chamada «guerra fria» ainda ( ou novamente...) para que o mesmo se repercuta em similaridade do que outrora aconteceu. Contudo, continuam a existir «caças às bruxas» em determinadas zonas do globo e consoante as circunstâncias em insinuações de «Wikileaks» ou do tão afamado agora Edward Snowden que deu com a língua nos dentes e esventrou ao mundo que todos estariam a ser vigiados, ouvidos e investigados. Ninguém escapa, nem ele próprio que está em maus lençóis, caso venha um dia a ser capturado pelas forças de segurança dos Estados Unidos, a tão falada NSA. Como se constata, ainda existe por aí, muitas perseguições e julgamentos à semelhança do Malleus Maleficarum dos séculos passados. Não faço juízos de valor sobre uns e outros mas acredito de que um dia, sejamos mais puros ou menos ímpios na equidade de valores e princípios e tenhamos uma maior consciência de não nos martirizarmos nem o fazermos a ninguém. Por vias de escutas, torturas ou subjugação individuais, escolher em opção e livre arbítrio uma outra via de vida. É nisso que acredito. Ou seremos todos bruxos, feiticeiros ou demónios em busca de uma remissão de pecados há muito perdidos. Por salvação destas nossa almas, como ditam as regras cristãs, sejamos mais benevolentes e caridosos com os que nos desafiam e mesmo, nos magoam. A bem de todos!

sábado, 26 de outubro de 2013

A Consciência

É um facto inegável que todos temos uma idade da inocência mas será de igual forma para a da consciência?
Eu tive a minha idade da inocência. Acreditei no primeiro amor e...no último. Dancei nas discotecas da moda em anos loucos da lantejoula e do disco-sound e apanhei a primeira bebedeira de cair para o chão ainda mal sabia como se atavam os atacadores dos sapatos. Mais tarde surgiriam os «charros» que nunca fumei mas por vias esconsas de um destino matreiro, me haveria de quedar por uma experiência algo sui generis que me acometeria da cabeça aos pés em neurose instantânea de fazer tombar um elefante.
 
Naquele tempo, tudo se partilhava. Roupa, adereços, mesada e...tabaco. Foi esse o meu erro. Parecia ter levado uma tareia de pau. No dia seguinte todos os ossos do meu corpo reclamariam em exaustão e petrificação rígida de algo muito mau eu lhes ter imputado desnecessariamente. Na véspera, tinha sido possuída por um fantasma idiota, reencarnado em hiena iridescente que me fizera rir até às entranhas e quase estas esventrar de tanto riso inconcebível e iracundo em mim. Pior ainda, ter de o esconder do olhar cirúrgico da minha mãe que tudo via, tudo perscrutava no horizonte e quanto mais perto fosse, pior. E tudo, por ter fumado um simples cigarro (considerava eu) de um maço onde havia vários de um dos meus amigos da altura. O que não sabia, é que estavam misturados com outros, porventura não tão inocentes assim em mistela pavorosa da dita «erva» que em épocas de pós-revolução dos cravos haveria por todo o lado como alfaces, cenouras ou tomates em mercado aberto. Serviu-me de lição. Em corpo e, espírito. Quanto à consciência, apenas a que me ficou de não mais partilhar nada - nem sequer em pensamento - sobre a alucinação neurológica incomensurável que não teve efeitos perniciosos ( a não ser de uma noite em delírio imbecil), vendo cores lustrosas e pessoas desfiguradas numa ramificação de efeito colateral, igualmente idiota e sem nexo. A partir daí, perdi a chamada inocência para as coisas ilícitas mas fiquei a ganhar em maior e mais lúcida consciência do que se não deve fazer. E eu não fiz, directa ou indirectamente; consciente ou inconscientemente porque pura e simplesmente o rejeitei em objectivos de vida que não seriam aqueles de total desfaçatez neurológica e física em mim.

Estudo Científico da Consciência: sendo este um dos territórios desconhecidos do ser humano e, ao mesmo tempo, a própria condição par que saibamos seja o que for: a consciência. Como ponto central de referência da vida, abarcando a percepção, a memória, a imaginação, o sentimento, o estado de espírito e o pensamento, assim como o conhecimento de todos eles. Daí que, a vivamos em autoconsciência.

O Problema do Método: a consciência só pode estudar-se adequadamente, submetendo a própria consciência a estados alterados (por exemplo) através da ingestão de drogas. Estas experiências são, no entanto, muito subjectivas, não constituindo por isso um instrumento muito útil para uma ciência objectiva. O doutor Paul Feyerabend (1924-1993), filósofo da ciência, oriundo de Viena terá criticado esta arrogância da ciência, que só dá por válidos os métodos por ela consagrados e que despreza todos os fenómenos que necessitam de métodos de investigação menos convencionais.

Estudos Insólitos: o doutor Charles Tart, um dos mais destacados investigadores no campo da parapsicologia, também reconheceu a importância do estudo científico da consciência. Opinaria que, deviam estabelecer-se as chamadas «ciências dos estados específicos» ou seja, métodos científicos próprios para estados alterados da consciência, em que o próprio investigador se encontra num estado alterado e adquire conhecimentos segundo métodos válidos, exclusivamente para o estado em que se encontra.

Formas Potenciais de Consciência: na viragem do século XIX, o filósofo e psicólogo norte-americano William James (1842-1910) estudou em si próprio a influência das drogas na consciência. Afirmaria então: - "Há alguns anos, fiz umas observações sobre o efeito da anestesia com gás hilariante. Na altura, formei uma opinião que ainda hoje se mantém inabalável: a nossa consciência normal e desperta, ou, como poderíamos dizer, a nossa consciência racional, é só uma determinada forma de consciência e, à sua volta, existem outras formas potenciais, completamente distintas e separadas dela por uma parede finíssima."
William James antecipava assim uma conclusão do moderno estudo científico da consciência: os estados alterados da consciência, provocados por drogas psicadélicas - ou por outras vias - conseguem transmitir uma percepção inteiramente diferente da realidade. Certas experiências deste tipo são vividas como indescritíveis e de significado profundo. A percepção sensorial normal, pelo contrário, parece insignificante e irreal. Chamam-se experiências místicas a estas vivências. William James viveu-as durante os seus ensaios com gás hilariante, nos quais lhe parecia descobrir uma verdade cada vez mais profunda.

Sabedoria Oriental: os actuais estudiosos da consciência começam a compreender que as linhas directrizes da investigação deviam ser sobretudo, os ensinamentos da sabedoria oriental, pois há milhares de anos que se ensinam nos sistemas espirituais do Oriente, formas de meditação que provocam numerosos estados alterados da consciência, através dos quais esta pode depois modificar-se. Os mestres mais avançados neste campo averiguaram as possibilidades do espírito através da meditação e adquiriram um conhecimento profundo do espectro da consciência.

Por conclusão se pode afirmar de que, seja induzido ou por vias da meditação a nossa consciência altera-se de facto, havendo uma maior percepção dessa mesma consciência. Havendo ou não em si, uma verdade cada vez mais profunda, o certo é que ainda não sabemos tudo sobre essa mesma consciência em efeito e sobrecarga no ser humano. Estudá-lo é um desafio que por vezes nos sai caro, à semelhança do que fez em tempos, William James em vivência própria. Por desafio imposto ou inconsciência total como foi o meu caso em adolescência «errática» mas pontual, a única conclusão possível é a da ilimitada fronteira a que nos conduz esse desconhecimento ainda, da dita consciência humana. Como em tantas outras coisas...mas não desistamos do seu estudo, da sua pesquisa e de todo o envolvimento a si imbuído. Assim seja!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Transmissão

Estaremos sós no Universo?


Transmissão Cósmica

No início do Terceiro Milénio, os cientistas do SETI (Procura de Inteligência Terrestre), dispõem de alguma tecnologia que há algumas décadas seria impensável e que lhes permite processar milhões de frequências radioeléctricas do Universo numa questão de segundos. Desde 1995, o projecto BETA (Billion-Channel Extraterrestrial Assay) cobre ao mesmo tempo vinte milhões de canais: a partir de 2005, o Allen Telescope Array começou a receber em Hat Creek, a 460 quilómetros e a nordeste de São Francisco, sinais do Espaço numa dimensão completamente nova. Milhares de pequenas antenas parabólicas formam este telescópio gigantesco, capaz de registar mesmo os sinais mais ténues.
 

Telefonia Espacial

Na procura de vida extraterrestre, é preciso ter em conta que os sinais radioeléctricos, são afinal de contas, uma forma de transmissão primitiva, que na Terra marcaram o início de um sistema de comunicação global. E se os extraterrestres utilizarem outras tecnologias de comunicação?...
O professor Paul Horowitz, físico da Universidade de Harvard, quer portanto empreender a busca de eventuais raios laser, ou seja, sinais ópticos, com a ajuda de um telescópio espacial. Claro que, para os captar, seria necessário que os extraterrestres os dirigissem propositadamente para a Terra, pois de outra forma a mensagem perder-se-ia no vácuo. Não obstante, é possível que as civilizações estelares se limitem a «escutar», sem que elas próprias emitam qualquer tipo de sinal. Até agora, só se emitiu uma única vez, em 1974, a partir de Arecibo em Porto Rico: a mensagem de três minutos foi dirigida a um aglomerado de estrelas da constelação de Hércules. Como os sinais só chegarão ao seu destino após uma longa viagem de 21 000 anos, qualquer resposta demorará (no mínimo), 42 000 anos.
O professor alemão Sebastian Von Hoerner, astrónomo do SETI, aponta outra razão para não termos ainda conseguido estabelecer contacto com extraterrestres. Suspeita que, os acontecimentos mundiais que se transmitem por rádio e por televisão através da atmosfera, assustam os extraterrestres. Von Hoerner refere ainda: -"Se realmente existirem, e se nos julgarem apenas pelas notícias de guerra e pelos actos terroristas da televisão, não podemos estranhar o seu silêncio."

À Deriva entre as Estrelas

Em 1972, a NASA enviou para o Universo uma «mensagem numa garrafa» a bordo da sonda espacial Pioneer 10 e, em 1977, uma outra na Voyager. Ambas exploraram os planetas Júpiter e Saturno; em seguida, a sua trajectória fê-las sair do nosso sistema solar. Se algum dia uma civilização extraterrestre descobrir a Pioneer 10, verá numa medalha de ouro um casal de humanos nus e os planetas girando em volta do nosso Sol. A cápsula espacial Voyager, levou uma placa metálica audiovisual na qual, se gravaram mensagens de saudações em sessenta línguas, juntamente com fotografias e música. Se alguma vez chegar ao nosso planeta uma mensagem cósmica de outros seres inteligentes, será o acontecimento mais emocionante da História da Humanidade, porque então saberemos que não estamos sós no Universo.

Interlocutores Cósmicos

As ondas radioeléctricas são o modo mais fácil de detectar vida inteligente na nossa galáxia, uma vez que são produzidas em muitas actividades tecnológicas. Difundem-se à velocidade da luz (aproximadamente uns 300 000 km/s) e são capazes de cobrir as vastas distâncias do Universo. Até ao ano 2000, os radioastrónomos de Arecibo já tinham verificado cem biliões de canais em busca de emissões extraterrestres. Mas ainda não se conseguiu nenhum resultado positivo. No entanto, nem de perto se examinaram ainda, todas as combinações possíveis. A frequência e a modulação das emissões, o período de observação, a intensidade e a direcção são factores decisivos no que toca a encontrar «interlocutores cósmicos».

Em conclusão: não estará longe, supostamente, o podermos vir a ser receptores de alguma mensagem do Espaço. Ainda que por lá, a nossa Pioneer possa estar em «passeio galáctico». Aguardemos então, ante novas e promissoras expectativas vindas dos nossos interlocutores cósmicos ou seres inteligentes que assim nos queiram dar a primazia e alegoria feliz de nos virem cumprimentar um dia. É possível que até já o tenham feito ( e eu suspeito abnegadamente...) de que assim é. Podem mesmo, já ter interagido e comunicado connosco por vias extra-governamentais que nem suspeitamos de Estados, dentro de outros Estados.
 
Fala-se muito agora em «Exo-Política» e eu penso que, mudados os tempos, uma nova expressão se repõe em verdade quase única de termos quem a faça em ascensão e liminar intenção de nos conduzir a todos o nosso destino na Terra. Fala-se em «Energias Limpas» (fusão a quente), processos de fusão, iguais ao Sol com um potencial igual ou superior das energias atómicas e nucleares. Não especulo nem enalteço pelo devido respeito no sector e do meu quase total desconhecimento nessa área mas penso que, a ser verdade, se poderia tirar daí algum benefício e mudança total em oposição às matérias combustíveis poluentes e nocivas a todos nós na Terra. O Pentágono duvida destas, ainda. Seja, por via de economias reprodutivas no seu seio e assentes há muito de lucros e afins ou simplesmente por não ter ainda a exactidão e eficácia sobre as mesmas. Ainda é muito cedo para o saber, no entanto, algo me diz que em breve se verão novidades sobre estes assuntos que estarão certamente correlacionados em parte, com o muito que se diz, de estarmos a ser «guiados» por outras fontes externas a nós e que se chamam de: interventores espaciais, mas isto, sou eu a divagar...ou não! Apenas me limito a acrescentar: sejam bem-vindos quem vier por bem, com as "Cold Fusion" ou sem estas. Apenas e tão somente na condição de nos reiterar uma maior e melhor ambiência global em que todos possamos ser mais «afortunadamente» felizes. Assim seja!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Comunicação

Será possível comunicar com formas de vida inteligentes do Universo? E que consequências teria a descoberta efectiva de seres extraterrestres?
 
                               
 

Sinais do Universo

Um dos projectos mais ambiciosos da História da Humanidade é o de estabelecer contacto com formas de vida inteligente do Universo. Concebem-se constantemente meios para detectar civilizações estelares distantes. Existem as sondas espaciais, potenciais dispositivos de comunicação que assim tentarão interagir ou simplesmente ser emissor nesse possível contacto com seres espaciais inteligentes. Usam-se para investigar o Espaço e, como ligação entre os planetas. Mas no nosso planeta Terra estes meios também existem, no radiotelescópio de Arecibo, instalado numa cratera natural das montanhas de Porto Rico, recebendo este ondas radioeléctricas do Espaço e enviando transmissões para possíveis inteligências extraterrestres. Para além deste, há ainda «A Tidbinbilla Deep Space Tracking Station», situada perto de Camberra na Austrália, sendo um centro espacial onde existe um grande observatório com uma antena de 64 metros de diâmetro, esperando receber à semelhança de Porto Rico, sinais do Universo.

Comunicação Galáctica

Chamam-lhes por brincadeira, «a gente do rancho SETI». Mas na verdade são astrónomos, biólogos, geólogos e físicos que trabalham num projecto científico de alcance mundial. O SETI, sigla de: Search for Extraterrestrial Intelligence  (Procura de Inteligência Extraterrestre), e o seu «rancho» é um centro de investigação de Green Bank, na Virgínia Ocidental, dotado de um poderoso radiotelescópio, cuja antena parabólica tem 26 metros de diâmetro. Foi aqui que o professor Frank Drake iniciou em 1960, o primeiro projecto de procura de seres extraterrestres, o «OZMA», uma analogia com o fabuloso país de Oz, habitado por seres estranhos e ao qual seria muito difícil aceder. Durante três meses, Drake apontou a antena do radiotelescópio às estrelas Tau Ceti e Epsilon Eridiani, relativamente próximas do nosso sistema solar. Um sinal radioeléctrico proveniente destes dois sistemas solares precisaria de respectivamente 11,9 e 10,7 anos para chegar à Terra. Como não recebeu nenhuma mensagem «inteligente», Drake pôde, pelo menos, constatar um facto: 11,9 e 10,7 anos antes, não havia nestas duas estrelas nenhuma vida inteligente desenvolvida que tivesse emitido ondas radioeléctricas. Mas isto não desanimou os cientistas do SETI, que já sabiam que a sua procura poderia durar décadas, visto que só na nossa galáxia, a Via Láctea, há dez milhões de sóis, em volta de muitos dos quais - como no caso do nosso - giram planetas em que poderia haver vida. Ou seja, o trabalho destes cientistas é como procurar uma agulha num palheiro.

 

O Enigmático Sinal «UAU»

No dia 15 de Agosto de 1977, sucedeu aquilo que os cientistas esperavam desde os anos sessenta. O astrónomo Jerry Ehmann, da Ohio State University, recebeu um sinal muito intenso no comprimento de onda de 21 centímetros. -"Era o sinal mais impressionante que alguma vez víramos", comentaria depois Ehmann. Arrebatado pela experiência, escreveu «uau» na folha que saiu da impressora. Mas este sinal «uau«, caracterizado por aparecer e desaparecer por si só (como um telefone a tocar), não voltou a ser encontrado. Não obstante, Frank Drake é da opinião de que «este sinal é um dos mais prometedores que alguma vez detectámos, um verdadeiro candidato à prova da existência de inteligência extraterrestre».

Seti arroba home

Para processar os milhões de dados que os radioastrónomos recebem por segundo, os investigadores do SETI tiveram uma ideia única: Seti arroba home (Seti em casa). Trata-se de uma experiência que usa a capacidade de cálculo de numerosos computadores ligados através da Internet para procurar seres extraterrestres inteligentes. Pode participar qualquer pessoa que tenha um computador ligado à Internet, utilizando um programa de protecção do ecrã que descarrega dados do radiotelescópio de Arecibo e os analisa enquanto o computador está ligado mas inactivo. Deste modo, cada participante tem uma possibilidade mínima de que o seu computador esteja num determinado momento, a analisar um sinal fora do normal e, procedente do Espaço. Em finais do ano 2000, participavam no projecto cerca de um milhão de pessoas de 225 países.

O radiotelescópio de Arecibo continua a enviar sinais até aos dias de hoje para o espaço exterior. O problema é que não sabemos se os seres extraterrestres conseguiriam entendê-los, admitindo que de facto existem e que recebem a emissão.
 
Pessoalmente, acredito piamente que sim. Que os ouvem e que os registam. Na Internet já há muitos que o evidenciam em palestras dadas e, em vídeos aí revelados, mesmo sem a autenticidade científica comprovada ainda para tal. No entanto, a ser verdade como sempre afirmo, que «eles» os nossos prestigiados ouvintes galácticos, nos remetam em igual anunciação e recepção, pois seremos bons ouvintes e bons acolhedores dessas mensagens suas. O SETI aguarda, e nós também, todos os cerca de um milhão ou mais de pessoas que assim se devotam nisso em perspectivas audazes de algo ouvirem e, se possível, corresponderem. A bem desses nossos amigos, ditos seres inteligentes e como sempre também reafirmo, a bem da Humanidade! Assim seja, também!

A Velocidade Superior

O ser humano de um futuro já não muito distante, poderá viajar a outros mundos do Universo? Ou existem limites naturais de velocidade que nos impedem de percorrer as distâncias infinitas entre duas estrelas?

Mais Veloz do que a Luz

A teoria da relatividade de Albert Einstein (1879-1955) estabelece que a velocidade da luz (299 792 km/s) constitui uma barreira absoluta. Os físicos pensaram durante muito tempo que não era possível superá-la, mas esta hipótese já foi ultrapassada: parece não existir nenhum limite cósmico de velocidade. Apesar de tudo, as tecnologias conhecidas permitiam-nos imaginar qualquer coisa parecida com a velocidade da luz, mas as experiências físicas realizadas indicam que é possível que exista uma velocidade superior, pois entretanto descobriram-se efeitos físicos, ainda desconhecidos no tempo de Einstein.
A velocidade da luz pode acelerar-se. Numa experiência já realizada e confirmada - em revolução científica no laboratório - o raio laser alcançou uma velocidade de 100 milhões de quilómetros por segundo.

Uma Sinfonia de Mozart mais rápida do que a Luz

Um dos primeiros a pôr em causa a barreira da velocidade da luz, foi o professor Gunter Nimtz (Instituto Físico da Universidade de Colónia na Alemanha) em 1995. Na sua experiência, usou microndas transmitidas por um condutor oco - um tubo, cujo diâmetro devia coincidir com o comprimento de onda das microndas - para que estas pudessem atravessá-lo. Nimtz montou neste tubo uma passagem mais estreita, um túnel; para ultrapassar este obstáculo, as ondas electromagnéticas tinham de «estreitar», ou seja, de se transformar. A aceleração experimentada neste processo foi incrível! O professor Nimtz transmitiu assim partes de uma sinfonia de Mozart, registando do outro lado do tubo, uma velocidade 4,7 vezes superior à da luz.

 

Revolução Científica

Na Universidade Técnica de Viena, o físico quântico Ferenc Krausz realizou uma experiência com impulsos laser ultracurtos dentro de um tubo espelhado. O resultado foi assombroso: o tempo de que precisaram para atravessar o túnel foi igual a zero. Mas há mais: em Berkeley, nos Estados Unidos, o físico Raymond Y. Chiao (Universidade da Califórnia) «tunelou» fotões (partículas de luz) que atingiram duas vezes a velocidade da luz. Mas, a mais espectacular de todas as experiências foi levada a cabo pelo doutor L. J. Wang em 2000 na Universidade de Princeton (Nova Jérsia, Estados Unidos). Os impulsos de luz (feixes de ondas de luz) atravessam mais rapidamente um gás de átomos frios de césio do que o vácuo. Quando as ondas de luz entram em interacção com os átomos, a velocidade do agrupamento chega a atingir 330 vezes a da luz. Estes novos conhecimentos ainda não têm nenhuma utilidade prática, mas o que interessa é o resultado: é possível alcançar velocidades superiores à da luz. A incógnita que permanece, é quando será que estes conhecimentos poderão ser utilizados em naves espaciais.

 

Distâncias Infinitas

Reconhece-se assim, a importância das velocidades elevadas (ou superiores) para a realização efectiva de futuras viagens espaciais. O mais rápido que conhecíamos até agora era um raio de luz, que se desloca a 299 792 km/s. Quando a luz do Sol, que se encontra a 150 milhões de quilómetros da Terra, chega ao nosso planeta, já está a caminho há oito minutos. A título de comparação: uma pessoa que percorresse a pé 40 km por dia, precisaria de 10 274 anos para cobrir esta distância. Para chegar a Plutão - o planeta mais afastado do nosso sistema solar - um automóvel que percorresse 1000 km por dia, precisaria de 32 876 anos; mas a luz só leva onze horas. Até ao Sol que nos está mais próximo, Sírio, o raio de luz precisa de 8,5 anos, mas um foguetão viajando a 28 000 km/h, levaria 318 000 anos. Portanto em jeito de conclusão, o astronauta aí exposto, nunca alcançaria com vida a sua meta.

A Via Láctea é uma galáxia da qual a nossa Terra faz parte, sendo um sistema com 100 000 milhões de sóis. Um raio de luz enviado enviado de um extremo ao outro da Via Láctea, demoraria cem mil anos a chegar ao seu destino. A velocidade da luz que é de 299 792 km/s foi durante muito tempo a mais rápida que o Homem conhecia. Perante esta nova evidência científica na já inquestionável e poderosa revelação de uma velocidade superior à da luz, deixemos que os factos futuros falem por si. Viagens espaciais, viagens inimagináveis, no que considerávamos ser impossível até à data. Ficção científica que desde meninos fomos elaborando em mentes inquebrantáveis mas esperançosas também, de que algo mudasse, de que algo surgisse num novo horizonte científico e de ordem prática que tudo revolucionasse. Vejamos se, a ser verdade e posto em prática e realização, esses objectivos de desenvolvimento e projecção nos sejam uma concertada consolidação num futuro próximo, a bem de todos. Assim seja, então!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Teoria Quântica

A teoria quântica foi desenvolvida para explicar os processos do microcosmos. Mas também será valida para as colossais dimensões do macrocosmos?

O Fascinante Mundo dos Quanta

A teoria quântica é a descrição matemática do Universo e, embora pareça absolutamente correcta, ninguém é capaz de nos explicar com exactidão, o que nos diz sobre este mundo. Daí que haja um certo mistério à volta dos «quanta» num interesse a cada dia mais recrudescente no mundo filosófico. Segundo a teoria quântica, a Natureza é apenas regida pelo acaso e não, como se supunha até agora, pelo princípio da causa e do efeito. Recorde-se de que a física quântica é a chave para a compreensão dos processos no mundo dos átomos e o fundamento teórico de todas as tecnologias modernas, do transístor ao microchip, do laser de um leitor de CD ao mecanismo de um relógio atómico, da tomografia computadorizada da medicina nuclear ao scanner do código de barras do supermercado.
A teoria quântica, apresentada a 14 de Dezembro de 1900 pelo físico Max Planck (1858-1947), que mais tarde viria ser Prémio Nobel, mudou a vida do ser humano como nenhum outro conhecimento científico. O conceito, confirmado nos anos seguintes, permitiu que cientistas como Albert Einstein (1879-1955), Werner Heinsenberg (1901-1976) e Max Born (1882-1970) reformulassem completamente as leis do microcosmos com a mecânica quântica que diz: em determinadas situações, não é - em princípio - possível atribuir uma localização clara a uma partícula elementar, como por exemplo, um electrão, dado que esta parece encontrar-se potencialmente em muitos locais ao mesmo tempo. Mas, não é possível prever onde, pois isso depende do acaso. Na mecânica quântica, podem indicar-se apenas probabilidades.

A Luz Ilumina o Mundo

O mundo dos «quanta» é misterioso e bizarro e contradiz todas as experiências do quotidiano, pois há pequenas partículas que podem atravessar paredes e comunicar (não se sabe como), com outras que se encontram para lá dos oceanos. Embora estejam a milhares de quilómetros de distância e não exista nenhuma relação aparente entre elas, o facto é que interagem umas com as outras.

Tecnologia e Quanta

O desenvolvimento da teoria quântica, uma das realizações da mente humana, estabeleceu as bases para uma gigantesca maquinaria económica: cerca de 50% do produto interno bruto dos países industrializados do Ocidente, é actualmente gerado a partir da teoria quântica. As tecnologias da informação e a nanotecnologia do futuro, são impensáveis sem a teoria quântica e a sua explicação do microcosmos.
Não restam dúvidas de que a teoria quântica, com a sua série de equações, é a descrição matematicamente correcta do Universo. No entanto, muitos físicos não conseguiam visualizar o mundo que estas equações implicam. Einstein, por exemplo, teve sempre a impressão de que a teoria com que trabalhava tinha algum senão, mas viu-a sempre confirmada. A situação é curiosa: há mais de cem anos que temos uma teoria que se aplica na perfeição à tecnologia e que todos os físicos consideram correcta, mas cujo significado para o mundo, ninguém sabe explicar.

Viagens no Espaço e no Tempo

O físico britânico Hugh Everett, sugeriu pela primeira vez em 1957, que o nosso Universo - aquele que vemos - é apenas um, de uma infinidade de universos paralelos. À sua hipótese, Everett chamaria de explicação «multicósmica» da mecânica quântica. Se seguirmos esta linha de pensamento, chegaremos ao modelo actualmente consolidado na astrofísica: o dos universos paralelos, que são bolsas que se podem ter formado no espaço-tempo, independentemente umas das outras.
Estes universos podem estar ligados uns aos outros por wormholes: túneis através do tempo e do espaço. Segundo esta noção, a abertura de um «wormhole» na nossa região do Universo, corresponderia a outra abertura noutra zona. Os autores de ficção científica sonham com viagens nestes universos paralelos, onde o tempo decorre de modo diferente. Isto é, alguns dos universos poderiam ter existido anteriormente. Uma viagem no tempo à Idade Média não seria, portanto, uma viagem ao passado da nossa Terra, mas sim à realidade de um mundo existindo paralelamente ao nosso.
Os astrofísicos que conseguem imaginar a existência de womholes cósmicos , supõem que, a abertura destes túneis é tão microscópica que nenhum objecto material poderia passar por ela, nem sequer uma partícula subatómica como um protão.
 
 
Assim sendo, nada a opor. Mas, questionando-nos sobre essa veracidade de túneis mais largos e não microscópicos - deixando-nos passar por estes - qual seria a nossa expectativa e surpresa possivelmente, se acaso os pudéssemos transpor para um confronto com uma outra realidade? Conheceríamos outros universos, outros mundos em paralelo com o nosso e por certo, reescreveríamos mais uma vez, a nossa própria História científica e humana também. A existência de outros universos, consequentemente, outros seres universais ou mesmo - e de novo - outros mundos em paralelismo ao nosso, com identidade própria e sem semelhança ao nosso no que já imaginaríamos em reciprocidade e «colagem» ao nosso planeta Terra. Os cientistas negam-no. Poderá haver um outro planeta similar à Terra sim, mas de ambiência, criação e formação diferentes, supostamente. Ou então, a ser idêntica nesse contexto, em História e evolução contínuas, também nada semelhantes à nossa Terra. De um ponto de vista ou de outro, especulo eu assim, poder haver uma outra pessoa igual a mim - que nem a melhor ficção me poderia cingir, acredito - mas sei acintosamente, (além de ser muito estranho, reconheço) ser igualmente muito difícil, se não impossível, alguém «do outro lado» impor-se nos mesmos defeitos, virtudes ou simples manias idiossincráticas minhas. Finalizando, apenas me resta consolidar em bonomia e alguma ironia, assim sendo (ou não) vamos desde já estabelecer regras nessa eventual e futura passagem pelos ditos wormholes: nada de nos copiarem em plágios pessoais doentios que só nos traria ainda mais dores de cabeça e idas ao psiquiatra. Acoplagem sim, imitação não. Mas penso que ainda levará muito tempo também, para que haja essa nova realidade de viagens no espaço-tempo. Ainda não o merecemos. Ainda andamos de fraldas e chupeta nesse campo, no entanto, abriremos o nosso próprio espaço e consideração universal para que tal venha a suceder. A bem da Humanidade, assim seja!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Nanobactéria

Planeta Marte - Planeta Vermelho

Diâmetro 6787 de quilómetros, atmosfera formada por 95% de dióxido de carbono, 3% de azoto e 2% de árgon. Superfície avermelhada - rocha tipo basáltica - sobre uma base rochosa escura, quimicamente alterada.

Biologia Extraterrestre

A notícia caiu como uma bomba: David Mckay e outros geólogos da NASA publicaram em Agosto de 1996, um artigo sobre a descoberta de possíveis seres vivos em Marte. No meteorito marciano ALH84001, encontrado em 1994 nos gelos da Antárctida, tinham-se detectado pequenas esferas de carbonato (mineral cálcico) que poderiam ter-se formado organicamente. As referidas esferas tinham uma «pele» de magnetite como a que na Terra é produzida pelos micróbios, que são os seres vivos mais antigos que conhecemos.
A explicação mais verosímil é que se trate de produtos de microrganismos desenvolvidos em Marte, afere a microbióloga Kathie Thomas-Keprtra.

Microbactérias

Outros indícios de uma possível vida no passado de Marte, são uns objectos em forma de verme semelhantes às nanobactérias terrestres, com uma idade de cerca de 3400 milhões de anos e, estruturas moleculares orgânicas em forma de anel, típicas da desintegração dos microrganismos terrestres. Para além disso em 2001, o doutor Imre Friedmann, da Florida State University de Tallahassee nos Estados Unidos, identificou finas cadeias cristalinas que se assemelhavam às «bactérias magnetostáticas» da Terra que têm uma estrutura magnética e são capazes de se orientar como uma bússola no campo magnético terrestre.
As nanobactérias são capazes de viver no interior das pedras sem depender da energia solar, o que para os seres vivos marcianos que há milhões de anos se retiraram para debaixo da superfície do seu inóspito planeta, pode ter sido a diferença entre a vida e a morte.

Passageiros Cegos

Outra grande sensação, foi o resultado do estudo dos meteoritos marcianos por parte dos investigadores do California Institute of Technology de Pasadena, nos Estados Unidos. Os objectos investigados saíram disparados do planeta vermelho, provavelmente por causa do impacte de um grande corpo espacial na sua superfície, abandonando o campo de atracção gravitacional de Marte e sendo mais tarde captados pela gravidade terrestre. Estes fragmentos trouxeram consigo organismos vivos, ou seja, as bactérias são capazes de resistir a uma viagem pelo Espaço. E, se no fim de tudo, descobrirmos que somos todos marcianos e que a primeira forma de vida no nosso planeta foram «os passageiros cegos», vindos de Marte às costas dos meteoritos?

A Face de Marte

Em 1977, a sonda Viking 1 enviou de Marte, imagens de uma gigantesca cara que olhava para o Céu e estruturas semelhantes a pirâmides. A região de Cydonia, situada na orla dos planaltos do Sul do planeta, foi objecto de infinitas especulações. Teria alguma civilização extraterrestre de uma estrela distante deixado um auto-retrato para astronautas posteriores? Para decifrar o enigma, a NASA programou o satélite Mars Global Surveyor para sobrevoar directamente o local. A análise detalhada das imagens apenas revelou a existência de formações naturais que, devido às sombras, pareciam testemunhos de extraterrestres. No entanto e por vias desta missão, procurou-se pela primeira vez e de uma forma específica, o artefacto de uma civilização estelar distante.

Por última conclusão, não obstante haver ou não vida em Marte no momento, o certo é que algo se terá passado de muito grave na sua superfície, fazendo os residentes aí, marcianos ou outra espécie inteligente vinda de outros planetas, refugiar-se nos seu interior. Para além de tudo isso, fica-nos também a grande e verosímil questão de, sermos ou não - também nós, terrenos - uma espécie sua, trasladada para este nosso agora, planeta Terra por ocasião ou circunstância maior da não permanência em Marte. Ou seja, algo que tenha ocorrido na superfície de Marte que os tenha a si marcianos, levado a transferirem-se em parte para a Terra. Novamente, se falará em especulativa insinuação do que hipoteticamente poderá ter sucedido há milhares ou milhões de anos atrás, contudo não será de todo inverosímil também, interrogarmos-nos sobre as pesquisas recentes de alguns cientistas da NASA - ante um certo pasmo geral (mais concretamente lusitano) - dessas averiguações se estarem a efectuar em solo da Península Ibérica, mais especificamente em terras alentejanas no Sul de Portugal. Referem os cientistas de que se possa estar a fazer história na qualidade técnica e científica dos primórdios da vida na Terra em que no seu subsolo (em Cabeço de Vide), se pode detectar o mesmo tipo de solo que em Marte. Expectantes e de certa forma entusiásticos, será então como observamos estes desígnios dos entendidos e que por aqui vão fazendo medições, registos e conclusões suas que pouco ou nada exortam até que lhes seja isso enunciado. Daí a perene e já muito debitada pergunta: seremos de facto, marcianos? Seremos os seus descendentes?
Seja como for, a verdade nos seja dita e escrita para a posteridade da Humanidade e...dos marcianos. E de todos os outros que há muito o devem saber, a ser verdade esta prerrogativa. A bem de todos, assim seja!

domingo, 20 de outubro de 2013

A Missão

Há vida em Marte?


O planeta Marte tem um diâmetro de 6787 quilómetros , um décimo da massa da Terra e um terço da sua gravidade. Um dia marciano equivale a 1,026 e um ano a 686,98 dias terrestres.
No dia 4 de Julho de 1997 - o dia da Independência dos Estados Unidos - a sonda espacial Pathfinder tocou o solo arenoso do planeta nosso vizinho, Marte. Pouco tempo depois transmitia as primeiras fotografias da sua superfície amarelo-avermelhada. Eram imagens do delta da sua desembocadura do Ares Vallis, um enorme rio marciano que agora está seco mas que em tempos remotos corria no planeta perto do seu equador. Depois, o pequeno robô Sojourner saiu a rolar da sonda espacial e foi examinar o deserto pedregoso, juncado de grandes rochas. Milhões de pessoas por todo o mundo contemplaram atónitas as imagens de uma paisagem estranha, sem vida, mas que poderia ser a Terra. No entanto, este pioneiro electrónico não terá obtido a concisa resposta para a eloquente pergunta que a Humanidade a si tem feito já há algum tempo, sobre a existência de vida em Marte.

 

Missão Pathfinder

Quando a sonda marciana iniciou a sua viagem a 4 de Dezembro de 1996, em Cabo Canaveral na Florida, o seu objectivo não era descobrir indícios de vida no planeta nosso vizinho. Tratava-se sim, de experimentar as últimas tecnologias e de realizar observações meteorológicas e experiências geológicas de forma a reunir dados para missões posteriores. A missão Pathfinder confirmou, de que há muitos milhões de anos houve água no nosso vizinho vermelho. O director científico do projecto, o doutor Peter Smith da Universidade do Arizona, descobriu o leito de um pequeno riacho nas fotografias de Marte. Noutros locais, encontraram-se restos de evaporação e pequenas crateras que em tempos talvez tenham sido lagos.

Vida Subterrânea

A vida, tal como a conhecemos, precisa para além de água, de três outros factores: carbono, calor e protecção da radiação cósmica letal. Há 4000 milhões de anos - quando é possível que Marte tivesse rios, lagos e mares - estes ingredientes existiam sem dúvida em grande quantidade. Os vulcões e as descargas eléctricas atmosféricas forneciam energia e, a água ou a crosta rochosa do planeta, protegiam dos mortais raios ultravioletas. Mas, nos nossos dias, Marte é um corpo celeste gelado. Por ter uma gravidade menor do que a Terra, a sua atmosfera é muito pouco densa e insuficiente para deter a radiação cósmica. Apesar disso, é possível que haja organismos simples refugiados nas profundezas do interior do planeta.

Indícios de vida em Marte

A existência de água é fundamental para que haja vida. Os geólogos da NASA, descobriram nas imagens de alta resolução do «Mars Global Surveyor» padrões e depósitos de sedimentação que só podem formar-se em lagos ou em mares. Calcula-se que a idade destas formações rochosas seja de 3500 a 4300 milhões de anos. Quando, em 1976, a sonda Viking 1 chegou a Marte, um ensaio biológico revelou que, de facto, havia vida. Mas depois, duas experiências de controlo não deram resultados positivos. Hoje, sabemos que os detectores não eram suficientemente sensíveis para identificar bactérias. Só após 2005 e 2007, as missões da NASA seriam capazes de sinalizar a presença das células bacterianas mais pequenas.
A bióloga Melanie Mormile da Universidade de Missouri-Rolla, nos Estados Unidos seria assertiva quanto a esta matéria: -"Creio que há muitas probabilidades de encontrarmos seres vivos em Marte. Ainda que os microrganismos sejam para quase todos os humanos menos emocionantes do que extraterrestres de olhos grandes, penso que nos esperam algumas descobertas emocionantes!"

Aludamos então à seguinte questão: a haver microrganismos, haverá vida, mas será esta compatível com a do ser humano em coexistência futura? Surgirá a possibilidade de num futuro próximo «colonizar-se« Marte com seres humanos em solo marciano? Penso que isto, já será tão especulativo quanto ficcional por óbvias razões. Agora, a existência de haver ou ter havido vida em Marte, talvez não seja tão absurdo assim pelo facto de se registar diversas ocorrências nesse sentido. Uma delas, a evidência fóssil apresentada no solo marciano, (crânios), as várias estruturas que se evidenciam na sua superfície e, captadas em fotografias, e por fim, as ditas cidades que emanam fontes de calor mas que a NASA não reconhece como tal. Marte é assim um enigma,( nosso ainda) para o muito que há por desvendar. Haverá então que informar, justificar e elucidar pois já temos a consciência exacta da imbecilidade que seria autenticarmos-nos como povo único dentro ou fora do nosso sistema solar em Via Láctea maravilhosa e, exuberante de vida. Quanto ao planeta vermelho, aguardemos então as novas desse novo vizinho, se assim o quiserem, se assim o determinarem os senhores da NASA, sobre Marte e, todos os outros pois que já se ouve por aí de que Saturno exalou plástico no Espaço como uma espécie de limpeza geral doméstica. A ser verdade, estamos a um passo muito pequeno de descobrir assertivamente esta nova realidade de sermos muitos e, mesmo sem nos conhecermos ainda, nos podermos cruzar por aí também. Mais «eles» do que nós que embora já conhecedores das energias ponto zero de propulsão e afins, ainda levará muito tempo para que viajemos no Espaço como eles o fazem entre si, supostamente. E que tudo seja por uma finalidade científica e de união entre os povos, é nisso que acredito e é isso que espero vir a suceder um dia. Assim seja!

sábado, 19 de outubro de 2013

A Verdade II

Jesus Cristo terá afirmado: -"Eu não sou deste Reino!"

E nós, seremos?...


Missão STS - 115 - Atlantis
Mensagem dada à Atlantis no Espaço: -"Não estão sozinhos. Mas também não estão preparados (ainda...) para tal."
 

 
Ao longo de décadas, fui presenciando em constatação de certa forma entusiástica umas vezes e menor noutras, ou mesmo em delírio aquando as nossas missões no Espaço se faziam realizar com sucesso a partir dos Estados Unidos ou da antiga União Soviética. Nestes tempos idos, eu era ainda muito pequena e de maturidade púbere para que entendesse certos factos técnicos e humanos nessas aventuras espaciais de uns e outros em rivalidade permanente. O Homem chegaria à Lua ainda mal eu sabia reconhecer as verdadeiras essências terrenas - que me levaria ainda muito a percorrer, a descobrir - numa adolescência perfeitamente normal e comum aos demais. Para além disso, era rapariga, não sendo usual haver esses interesses de tecnologias além estrelas, além a Lua e mesmo o Sol se alguém tivesse a «ousadia» ou o disparate de tal pensar. Nunca fui muito dada aos estudos, reconheço hoje e lamento-o. Mas tentei ao longo dos tempos, não me tornar uma completa idiota, fechada numa concha morna e cómoda em bloqueio sectário ou ignorante que me invalidasse a vontade de querer saber mais. Daí, a minha investida - louca talvez - de me interrogar ao longo destas décadas de vivência justificada, a razão pela qual nos diziam em permanente submissão sobre nós, de que éramos provenientes de um certo Adão e, uma Eva tonta, insidiosa e de líbido alterado, certamente. Quis saber mais, tinha o direito de saber mais. Até, aos dias de hoje...

Specola - Astrónomos do Vaticano que terão elucidado o ex- Papa Bento XVI sobre as ditas civilizações exteriores a nós, externas ao planeta Terra em espaço interestelar e que este, lá se terá determinado em concílio e mestria de o asseverar ao seu público cristão do mundo inteiro: -"Aceitaremos as outras civilizações como iguais ou semelhantes criações de Deus!"

A Internet tem feito o resto. Vejamos então: Vídeos de conferências, congressos e demais palestras em bonomia e complacência com a dita verdade. Um dos últimos registos que pude fazer - e no qual posso acrescentar que fiquei deveras surpreendida pela atitude altruísta e de certa forma, corajosa - de um ex-Primeiro-Ministro Canadiano, de seu nome, Paul Hellyer que para quem o quisesse ouvir, «denunciaria» todo o seu conhecimento e aval sobre as cinco civilizações superiores que nos rodeiam na Terra. Comentaria o facto já estabelecido por outros - entre os quais, Bob Dean e Clifford nas várias entrevistas já dadas e expostas na Internet - do embargo a Cuba e dos mísseis que por pouco não fariam deste planeta, mais uma cratera de ossadas e almas perdidas, não fosse a intervenção urgente e precisa dos «nossos amigos inter-galácticos» que nos não deixaram cometer mais essa atrocidade, contra nós próprios. Já não teria bastado sequer, a devassidão feita em Hiroshima e Nagasaki, quanto mais repercuti-la de novo em assomos geo-políticos idiotas e sem nexo. Voltando ao venerando e prestigioso Ministro Canadiano Paul Hellyer que, aferiria ainda em correcta e frontal afirmação de que o mundo teria de saber de que não estava só e que, sempre fora vigiado ou «supervisionado» por estes seres inteligentes. Das cinco civilizações, das que tomara conhecimento em segredos de Estado lacradamente guardados até agora, eram estes: "Os Reticuli, Orion, Andrómeda, Pléyades e Altair. Reiteraria ainda, de que no momento estes poderiam ser mais de 20 civilizações em nosso redor...numa hospitalidade milenar que ascenderia até ou mais de 57 civilizações fora do nosso Sistema Solar ou em outras Galáxias do imenso e quase infinito Sistema Galáctico do qual pouco ou nada sabemos, ainda. Que os «Altos Brancos» nos têm guiado e impulsionado em interjeição, indução e conexão supostamente entre estes e nós. E tudo mas tudo, com o aval e sinergia e acordo de todo o G-8. Nada que nos espante. Se já estivemos ou ainda estaremos sobre as cinzas dos nossos antepassados em hipotéticas «Atlântidas» ou outras, em subcinerício  assente de uma aprendizagem ou correlação que ainda não penetrámos em nós - do que devemos ou não fazer à semelhança desses extintos povos da Antiguidade - e percorrer um outro caminho mais delinear e correcto com o que nos é pedido, ou seremos todos erradicados do nosso mapa planetário por voz e mando dessas civilizações que nos comandam. Será isto demência? Ou lucidez, eloquência de trato e mente consciente do que ainda nos pode acontecer, se acaso não delimitarmos a errónea atitude e acção de nos matarmos uns aos outros como animais da selva ou em lutas de capoeira em que só um galo pode cantar e ser sultão de tudo o resto.

Vou finalizar apelando a essas consciências ditas cimeiras, ditas inquestionáveis do G-8, da ONU, da UNESCO, da NASA, da NATO e doutras mais ainda em oclusão sobre si e sobre todos nós num arremesso de só estes saberem a verdade, aferindo de que o ser humano não pode saber ainda dessa verdade. Aqui, parecem estar «todos» de acordo: somos uns gigantes na ignorância e na não crença ou apetência para sabermos de toda a verdade. Será?...
Já vi Patentes Militares Superiores morrerem de ataque cardíaco, aneurismas e cefaleias instantâneas e fatais; astronautas de patentes igualmente superiores (em calibragem pessoal, experiências e treinos inatingíveis ou inultrapassáveis para o comum dos mortais) desfalecerem, desmaiando ante todo um público subserviente e cândido face ao que os média arrogam na insipiência do que retratam e revelam na sua escrita diária. Já vi tudo isso. Eu e muitos que, tal como eu, se questionam da razão disso mesmo. Pessoas, excepcionalmente bem preparadas em missões exímias na jactância de lançamento e feitos no Espaço, se quedarem por breves momentos na ocorrência do que lhes é inquirido também, sobre essas experiências e observações no Espaço. Que terão sabido? Que terão ouvido? Que terão presenciado? E finalmente, o que lhes terá sido dito em reserva sua, de uma maior mensagem em abrangência tal que os siderou liminarmente em perca de sentidos momentâneo...? Talvez...a verdade? Que somos o «seu« produto? Que somos a sua obra imperfeita ainda, em novas manipulações e sofisticações a nível genético e não só? Que somos as suas «formigas» andantes e mal pensantes que só fazemos asneiras no planeta, tendo estes de nos porem na ordem? Que temos de repensar a nossa História Universal, mais do que isso, muito mais, temos de fazer uma nova história, a verdadeira da nossa génese - robótica ou não - pois há quem especule que já estamos a ser «fabricados» em espécie manipulada de anfíbios e isso, aflige-nos, faz-nos recear o pior. Experiências sub-reptícias que nos irão converter em repteis e receptáculos rastejantes, subservientes a esses deuses contemporâneos? Será?...Deus, o meu Deus e O de muitos - que espero sinceramente que o seja também destas e nestas civilizações inteligentes - nos não limite à incongruência de lhes sermos minhocas, amibas ou espécie a abater por não termos préstimos alguns para «eles». Assim não seja. A bem da Humanidade que estejamos enganados nos nossos maiores receios de uma invasão inóspita e prepotente de carisma única de nos subjugar à nossa inferioridade. Não quero acreditar nisso, até porque, nem todos somos maus, acredito mesmo. Que «eles» nos dêem o benefício da dúvida e connosco possam sublevar novos conhecimentos e novas correntes de pensamento. A bem de todos. É nisso que quero acreditar. Então...que assim seja!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Placa

Terá existido outrora na cordilheira sul-americana dos Andes uma cultura avançada, da qual hoje em dia já nada se sabe? Ou terão os piedosos monges destes locais de peregrinação sido enganados por uma falsificação?
 
A BIBLIOTECA DE OURO DO EQUADOR - OS MISTÉRIOS SUBTERRÂNEOS

As Placas de Ouro do Equador

Peças de valor incalculável de ouro e de prata estão dispostos no pátio interior de uma igreja de Cuenca, no Equador, a igreja de Maria Auxiliadora, destino de peregrinações. Estas placas e recipientes não são, porém, oferendas cristãs. Os enigmáticos motivos nestas folhas douradas de metal com escassos milímetros de espessura, nas peças de cerâmica cozida e em ossos primorosamente ornamentados, nunca antes foram vistos pelos arqueólogos.

 

Civilização Andina desconhecida

Quando em 1982 o padre Carlo Crespi faleceu com uma idade já avançada, legou à Ordem dos Salesianos, uma das mais enigmáticas colecções de arte do mundo. Durante mais de meio século, o monge reunira um número imenso de objectos antigos de grande valor, oferecidos pelos indígenas das redondezas em sinal de agradecimento pela ajuda que lhes prestara. Haviam retirado aqueles estranhos artefactos de um sistema de cavernas até então inexplorado, com vários quilómetros de extensão e desenvolvido pelos seus antepassados. O padre Crespi aceitou-os, sem que contudo ficasse a saber qual a sua origem exacta ou, qual o contexto cultural preciso em que haviam sido produzidos. Uma coisa não deixou de notar: que os artefactos eram bastante invulgares.
Em inúmeras placas, que chegavam a ter um metro de altura e meio metro de largura, haviam sido representadas figuras semelhantes a monstros, espíritos semelhantes a animais, esqueletos dançantes e caveiras. Qualquer destes símbolos ocorre também em associação às práticas xamanísticas, quando o «eu» de um Xamã se dissolve ritualmente e, sob o efeito do transe, é transformado num animal.
Mostrarão então estas cenas, imagens de experiências num outro mundo? Serão o que resta de uma civilização antiquíssima há muito perdida?

Mensageiros Culturais da Ásia

Símbolos de escrita desconhecidos poderão apontar nesse sentido. Contudo, é esta escrita que leva os arqueólogos a duvidar da veracidade dos achados, pois em toda a América do Sul não há conhecimento da existência de qualquer sistema de escrita no Período Pré-Columbiano. O linguista indiano Dileep K. Kanjilal (n. 1933), de Calcutá, afirma em oposição o contrário, de que se pode estabelecer uma estreita relação com os escritos bramânicos antigos da Índia. A ser verdade, os artefactos da colecção de Crespi, constituiriam uma prova da existência de intercâmbios culturais entre os continentes asiático e americano.

O Tesouro dos Andes

Quando em 2001, alguns destes achados foram investigados no Museu de História Natural de Viena (Áustria), o director, o doutor Rudolf Distelberger, concluiu: -"Porque haveremos de achar que algo não bate certo? Alguém só se dá ao trabalho de forjar uma falsificação quando há uma procura para tal, não se forja algo que ainda não existe na investigação ou na literatura. Para além de que não existe qualquer interesse comercial. A ciência demonstra maior probidade quando começa por admitir a veracidade das coisas, mesmo que a sua existência se afigure enigmática."
Os índios de Cuenca afirmam que o esconderijo secreto das placas de metal gravadas, ainda se mantém guardado. A descoberta do enorme depósito subterrâneo revelaria o maior tesouro arqueológico de todos os tempos.

 

Viagens Celestes

Já na Antiguidade seria praticado na América do Sul, um culto em que, imersos num profundo transe, os Xamãs enviavam a sua alma em viagens que tinham como objectivo, estabelecer contacto com deuses e espíritos. As placas de metal da colecção do padre Crespi, poderiam muito bem representar este tipo de experiências transcendentais. Já que as estruturas em forma de crescente e os símbolos astronómicos apresentam semelhanças com uma «mandala», sendo esta utilizada pelo Xamã como ajuda para se orientar nas suas viagens celestes. Seres abstractos e escadas apontadas ao Céu, parecem desempenhar o papel de elemento de ligação entre este mundo e o mundo divino. Possivelmente estas cenas ilustradas, constituirão as últimas memórias pictóricas de uma civilização que através do uso de drogas alucinogéneas, desbrava novos mundos do Além.

Mais uma vez a revelação exacta do muito por conhecer e desbravar em investigação arqueológica, geológica e mesmo filosófica sobre o muito que estará ainda escondido em arca maior e, porventura, superior a nós. Que o planeta Terra era diferente em oceanos mais vasos e possivelmente em escala inferior ao que hoje conhecemos na sua incontestável pujança magnífica e, a parte territorial mais plana e mais una numa coexistência mais contínua sem fronteiras que hoje a delimita em espaço de oceanos entre-cortados, todos o sabemos. Daí, esta união de povos na Antiguidade em artefactos hoje alcançados numa invasão total de territórios unidos e seus povos na correlação própria de movimentos e acções entre si. O que se não pode julgar supostamente ainda, é da razão de alguns cépticos e avessos aos novos conhecimentos de reiterarem a sua verdade em exortações insidiosas de se ter forjado algo - em falsificação aberta - do que não terá valor comercial e nunca existiu em investigação ou sequer em literatura como assevera o director do Museu de História Natural de Viena, o doutor Rudolf Distelberger.
 
Como sempre digo em afirmação para a posteridade, que tudo seja descoberto e revelado em abono da verdade única, de todo um conhecimento geral em sapiência mais lata, exacta e transparente. E como sempre também, em abono da Humanidade que somos todos nós. Assim seja!