Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
A Enigmática Civilização
Cliff Palace - Mesa Verde - Colorado (USA)
Onde obtiveram os Anasazis todo este conhecimento acerca da Energia Solar? Seria este povo assim tão desenvolvido - agido por instinto - ou, estaria simplesmente a esconder-se, a proteger-se da guerra instalada nos céus em batalhas alienígenas e, contra si?
A Cultura dos Anasazis
No Sudoeste dos EUA, onde os estados do Novo México, do Colorado, do Utah e do Arizona se encontram, viveu até ao século XIII d. C. um povo a que hoje damos o nome de Anasazis. Esta palavra é originária da língua dos índios Navajos e significa «os velhos», «os velhos antepassados», mas também «os velhos inimigos». O nome que os Anasazis atribuíam a si mesmos é no entanto desconhecido.
Entre 100 e 1300 d. C. espalharam-se pelo território dos quatro estados e construíram habitações em rochas escarpadas, que ainda hoje se mantêm de pé em Mesa Verde (no Colorado) e em Chaco Canyon (no Novo México). A razão pela qual as abandonaram é, porém, desconhecida.
É possível que, devido a períodos prolongados de seca, fossem ou tivessem sido obrigados a deslocar-se para outras paragens, não muito longe dali, como seria o caso do Sul do Arizona e, da zona central do Novo México. Os pacíficos índios Hopi são considerados - na actualidade - descendentes dos Anasazis.
Residências nas Escarpas
Nichos naturais nos rochedos foram aproveitados pelos Anasazis no período áureo desta civilização, como local de refúgio e, de armazenamento de água.
Ao longo de muitos séculos a chuva havia escavado os rochedos de Mesa Verde e, lavrado uma rede de pequenos canais de água na pedra. As ruínas dos povoados dos Anasazis são testemunho de que este povo levava uma vida em harmonia com a Natureza. Investigações revelaram também vestígios de que se procedia a uma observação do Sol com intuitos astronómicos. Prova disso é Pueblo Bonito, um aglomerado de casas em Chaco Canyon. Com a forma de um D - construído muito próximo da parede vertical de um canyon - o «pueblo» está inteiramente virado para sul. As «casas residenciais» estão dispostas como que em socalcos ao longo de quatro degraus.
No Verão, a luz do sol reflectia nos telhados planos das casas, fazendo com que o ambiente na aldeia não aquecesse demasiado; no Inverno, por sua vez, dada a mais baixa posição do Sol, os seus raios incidiam sobre as paredes das casas, aquecendo-as. Daí a questão de várias alíneas: onde terão havido esses conhecimentos acerca da energia solar, e sendo assim tão desenvolvidos, terão agido simplesmente por instinto ou, por algo que se desconhece ainda hoje, ter sido «empurrados» para esses nichos nos rochedos em sinal de refúgio e protecção em face a um inimigo exterior?
Períodos da Cultura dos Anasazis
No que diz respeito à cultura e aos conhecimentos de construção dos Anasazis, os arqueólogos distinguem quatro períodos de evolução diferentes. O primeiro deles é o chamado «período da cestaria», que durou mais ou menos desde o início da Era Cristã até 450 d. C. Esse nome advém dos extraordinários artigos de cestaria que os Anasazis produziram, tão firmemente entrelaçados que ainda hoje neles pode ser transportada água. Outrora, quando esses cestos foram produzidos, este povo vivia em grutas baixas nas encostas das «mesas» (formações rochosas típicas do Sudoeste dos EUA, cujos cumes são superfícies planas) ou na base dos grandes canyons, em casas de pedra subterrâneas.
Caçavam animais selvagens e outros de pequenas dimensões, para além de cultivarem milho e abóboras. A este, seguiu-se o «período da cestaria modificada», em que foi introduzida a olaria como complemento da cestaria e, em que as trocas comerciais dos Anasazis aumentaram.
No «período da formação de pueblos», que se situa entre 750 e 1100 d. C., os Anasazis reuniram-se em pueblos, pequenas aldeias, começando por construir casas situadas acima da superfície do chão, enquanto nas casas subterrâneas foram introduzidos melhoramentos.
Na quarta e última fase, o «período clássico dos pueblos», que decorreu entre 1100 e 1300 d. C., foram aperfeiçoadas não só as técnicas de construção das aldeias, como a própria concepção das mesmas.
Foram abandonadas as «mesas» e, os Anasazis, procuraram refúgio nos grandes nichos escondidos nos rochedos dos canyons, onde passaram a edificar conjuntos habitacionais de vários andares com pedra e barro. Não tiveram contudo, muito mais tempo para gozá-los...
Cliff Palace - Palácio nas Escarpas
Em 1888, os exploradores Richard Wetherhill e Charlie Mason percorreram a região de Mesa Verde, no Sudoeste do Colorado, e depararam com uma povoação edificada nas escarpas de um rochedo, um lugar tido como um dos mais impressionantes testemunhos deixados Anasazis: trata-se de Cliff Palace.
Este complexo habitacional dispunha de 23 salas comunitárias - as chamadas, Kivas - e, de 200 casinhas de pedra e barro. Foi entre 100 e 1300 d. C. que os Anasazis aperfeiçoaram as suas casas e aldeias.
Após as primeiras descobertas em Mesa Verde, continuaram a ser encontradas povoações indígenas até hoje desconhecidas. Em 1996 foram devolvidas 400 delas à luz do dia, na sequência de um incêndio no Parque Nacional de Mesa Verde.
Também em 2000 foi graças a incêndios que foram feitas mais descobertas. O fogo destruiu as camadas de vegetação que cobriam e, circundavam estas povoações.
Já no Paleolítico e no Mesolítico os seres humanos se socorriam dos nichos escavados pelo tempo nos rochedos, para aí residirem em segurança. Estas reentrâncias formam-se pela erosão sofrida por uma pedra mais porosa ou menos resistente. Os índios Anasazis, culturalmente avançados, tiraram proveito disso mesmo e já em 200 a. C. haviam logrado mudar as características desta paisagem, com pequenos aglomerados humanos - como já foi referido - instalados em nichos na rocha.
Ao «período da cestaria» dos Anasazis, que durou até cerca de 450 d. C., seguindo-se o «período da cestaria modificada», a olaria ter-se-à desenvolvido na fabricação dos tais recipientes de louça, cuja excelente forma e qualidade de concepção lhes permitiu assim passar a armazenar os produtos e, a comercializá-los. Toda esta actividade natural, ser-lhes-ia igualmente frutuosa - comum a qualquer outra civilização - se não fosse a idêntica interrogação também, comum a muitos outros povos (tais como, os Maias, os Aztecas, os Incas...) os quais, se extinguiram sem deixar rasto. Dúvidas que, nos ficam a pairar no ar, esfumados que estarão supostamente, as suas memórias em vivência atribulada e assustada, refugiados que estariam na rocha em camuflagem perfeita de uma vegetação cerrada. De quem fugiriam? De quem se refugiariam? A quem temeriam que tanto mal lhes causava em exílio forçado nesses nichos de caverna de pedra e barro? Teriam sido inimigos incognoscíveis e mesmo indestrutíveis, vindos do Céu? Teriam submetido ás suas exigências superiores estes povos da Terra em que nada mais lhes restasse do que fugir e, sobreviver? Que terá acontecido de facto nestes tempos dos Anasazis? Aqui ficam as perguntas para que, um dia, a História nos possa conceder em resposta e prontidão na veracidade e justiça desta enigmática civilização que viveu, trabalhou e soçobrou nos confins das rochas a sua verdadeira identidade e cultura até aos dias de hoje. Assim queira Deus, o Universo e, os homens de boa vontade!
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