(Terça-Feira) - Um dia normal. Como todos os outros. Para mim e, para muitos a nível mundial que, consoante os fusos horários e localização de habitat se dispunham a contrair mais um dia de trabalho.
Nada podia prever o que dai a escassas horas, aconteceria. Estando eu em Lisboa (na cauda da Europa, segundo alguns...) a tragédia nas Torres Gémeas, apenas sucederia por volta da hora do almoço, sensivelmente às 13 horas e quarenta e cinco minutos. Sempre fui acometida de pressentimentos ou em parte, de uma certa agitação interior que me ditava não raras vezes, que algo de mau podia surgir a curto ou médio prazo. Nesse ano e neste preciso mês de vindimas e fim de Verão, o meu peito calcava-me na certeza cada vez mais profunda de uma ocorrência maligna estar prestes a suceder, sem nunca eu ter sequer imaginado - eu, e todos no geral, acredito - (exceptuando os próprios na intervenção latente) de algo tão insólito, sinistro e horrendo se precipitar sobre vítimas e inocentes do outro lado do Atlântico.
Era mais um dia de trabalho, como já o referi. Nessa hora maldita de pós refeição (sendo ainda manhã em Nova Iorque) eu tinha-me destinado a uma entrevista de auditoria com um dos meus médicos que, gentilmente, me havia concedido aquele hora para o efeito. Enquanto eu ia elaborando a minha entrevista telefónica com o estimável e simpático médico da zona de Sintra, do outro lado do oceano, já os motores de um avião ribombavam de encontro à Torre Norte do World Trade Center, ainda que eu não o soubesse nem suspeitasse sequer. Na minha sala de trabalho havia apenas um radio intercomunicador que no momento estava silencioso e mudo pela óbvia circunstância de, sozinha e em hora de almoço, estar a falar com o já referido senhor da medicina que supostamente, salvava vidas. Uma interposição antagónica e estranha em relação ao que sucedia do outro lado em que vidas se despedaçavam sobre o fumo, fogo e estilhaços da brutalidade havida de um avião a esventrar o coração da Big Apple.
Pela tarde dentro, a incredulidade acentuar-se-ia à medida que os relatos na rádio se iam amontoando, cumulados dessa tragédia louca e devassa nos corpos e nas mentes dos infelizes que estariam àquela hora no WTC, perante a impotência, fragilidade e total estupefacção em todos no mundo inteiro, do que sucedia em visão e audição demoníacas de pó, cinza e nada. Eu só tinha a audição mas muitos, nos seus locais de trabalho, casas ou diversas funções no momento, com os seus televisores ligados, iam presenciando o horror não anunciado de um segundo avião deposto igualmente sobre a Torre Sul, a segunda a ser destroçada igualmente. Observava-se então, numa enorme dor e flagelo sideral, os evacuados em pânico, uns a correr, outros aos tropeções, outros ainda cobertos de pó e cinzas ou detritos infectos que incluíam fragmentos de corpos humanos que se desintegravam no solo em impacto brutal. Um horror! Papéis, pedaços de vidro e metais que acabavam por desferir rudes golpes nos transeuntes ou as mesmas vítimas que do imenso edifício tinham saído ainda com vida. brutal, é o mínimo que se pode apelidar do que a mundialmente todos víamos numa cumplicidade aterradora. Não foi fácil estar deste lado mas certamente muito mais, do que estar do outro em holocausto citadino de sirenes a tocarem, de bombeiros desenfreados na busca e salvamento dessa gente e na completa alucinação de massas que nas ruas iam tentando fugir em total desatino e horror do que assistiam in loco.
As torres Gémeas colapsaram e, sendo isso do domínio geral, não o seria de todo, a incoerência e a deformada consciência norte americana do inusitado da situação em ocorrência feroz e maldita de uma sua arquitectura e engenharia inquestionáveis e, inalteráveis supõe-se como um certo "Titanic" inavegável de rombo à vista. Desta vez não era um iceberg mas dois aviões, um destes (o primeiro) no fatídico voo 11 da American Airlines que se precipitaria contra a Torre Norte ceifando as vidas dentro e fora deste. De imediato, se acordaria de que forças terroristas do Médio Oriente teriam assim feito a maleficência em nome de Alá, designando em voz sua: Allah Akbar! (Deus é grande!) e de facto foi, mas não na magnitude suprema daqueles homens em espera de um paraíso de umas centenas de virgens (não lhes bastava uma ou duas...) perpetrando actos infames e hediondos por suas mãos sem que Deus ou Alá tivessem algo a haver com isso, sabemos todos.
Passaram-se doze anos. Muita coisa mudou. Eu já possuo telemóvel (pois na época quem me emprestou o seu, também já cá não anda na Terra, na pessoa da minha amiga C. que morreria de meningite um ano após esta tragédia da Al-Qaeda) e, em assomo da verdade, faz muita falta; ambos. A minha infeliz amiga que faleceu no ano seguinte, já não veria os contornos e as sequelas desta maleita terrorista de fundamentalistas que em nome de Deus, fariam coisas horrorosas até ao seu desmembramento final por incursões de americanos e aliados seus em busca de armas maciças de poderes incomensuráveis que, descobertas ou não, haveria que aniquilar. Em justa causa ou não, iniciar-se-ia a Guerra do Golfo em sigla de: "Tempestade no Deserto" que eliminaria qualquer vestígio dessas armas e intentos, supunha-se.
O Mundo, cada vez mais fragilizado e débil também, acorreria em massa nessa percussão de justiça a fazer ante tantas vítimas do 11 de Setembro; eles, as suas famílias e todos quantos viveram e sofreram pelas mortes aí depositadas. Queria-se justiça, vingança talvez...o que era aceitável se considerarmos que ninguém se sentia a salvo nessa época dos desmandos de uns quantos que faziam da sua lei, a lei universal pelo medo e pelo terror. Havia que parar isso, admitia-se. E assim foi.
Vamos então à teoria da conspiração...ou fraude ou...o que se queira demonstrar. Na Europa em que vivo, são vários os documentários e anunciações televisivas na amostragem de novos factos e novas insinuações pela subida do valor do petróleo, pela bancarrota iminente dos Estados Unidos e por tantas outras coisas em seio próprio dos mesmos sobre esta tragédia de 2001. Tudo se explana, potenciando verdadeiras teias de contornos pouco claros ou de tentáculos ardilosos e, infinitos. Não se sabe quem terá razão mas a ser verdade de facto, o poder humano da cobiça, da ganância e da psicose patológica serão ainda para muitos de nós, autênticos labirintos capciosos e malditos, acredita-se. Como é possível que possa haver em teoria e elementos que alguns tentam consciente e ostensivamente demonstrar de que tudo foi orquestrado não pelos terroristas muçulmanos mas pelos próprios americanos, de governos sombra e, da alta finança. Um susto!
Comenta-se assim, de que se terão ouvido explosões à medida que as torres iam desabando, para além de "pequenas" coincidências sobre vestígios de mão humana e cérebro litigioso de cariz americana que, em apelo de recusa e sufrágio seus, terá sabido e querido esconder factos, documentos e situações malditas que o seu próprio governo terá mandado incendiar, incinerar e eliminar na totalidade. Acções fraudulentas numa economia decadente (que ninguém supõe que suceda nos Estados Unidos, pela óbvia constatação da primeira economia do mundo, prolífera e inextinguível...), ouro roubado, espionagem tecnológica em avançada prole - e estendida em braços compridos pela Ásia, Europa e América do Sul, ao que consta - e, tantas outras omissas situações ilícitas e fora da lei. Da sua Constituição e...da dos outros, supõe-se. Um imbróglio! Um doentio e estranho imbróglio de antecedentes e acidentes diplomáticos certamente, que o mundo descobriria dos nossos aliados e amigos norte americanos. Um choque para alguns e não tanto para outros, pois os americanos (não no seu todo, pois há boa gente e má gente em todo o lado) mas guiados por uma elite financeira e de finalidades não muito explícitas e correctas, se dão de feição a estas teorias da conspiração que nem mesmo o tão afamado Mel Gibson na sua belíssima interpretação cinéfila, teria condições de o exibir, acredito. Mas como em tudo na vida, há que questionar, há que procurar a verdade e essa verdade quem a saberá...? Eu não sei mas posso extrapolar um pouquinho, dizendo-vos de que até mesmo eu já me interroguei sobre o que levaria a fazer implodir sem apelo nem agravo um edifício lateral às duas torres, sendo pertença da CIA e que supostamente recolheria dados, informações e demais secretas e confidenciais avenças sobre todo o mundo, aliado ou não dos Estados Unidos.
Macabro! Nem sequer encontro um termo correcto ou afecto a esta demanda terrível de matar os seus em seu território para salvação de uns quantos ou, informações por demais invasivas e chocantes que nos pudessem ser num voyerismo absurdo de sombras, fantasmas ou esqueletos escondidos no grande armário do Tio Sam. Parece Magia Negra no seu mais sublime estado de vigência e atribulação de alta voltagem e um certo tecnicismo factual (e pactuante) numa miscelânea diabólica de poderes ocultos e, estou em crer liderados, por psicopatas ou sociopatas e afins.
Bob Dean já o referiu uma vez e, tomado por louco ou alguém aquém da razão e do seu próprio espaço, terá afirmado, aferindo com total lucidez de que, a reserva de ouro federal dos Estados Unidos, tem sido espoliada e "roubada" aos americanos por uns quantos que ninguém sabe o nome nem onde vivem mas todos admitem existirem, seja nos cofres das catacumbas do WTC, seja as do Fort Knox. Que apenas existem reservas numa terça parte do que deveria para intercâmbio, aquisição e propriedade de novos conhecimentos tecnológicos, bélicos e outros. Estes, serão outros subterrâneos porventura...os dos que, ambicionando tomar o mundo como seu, nas suas mãos, fazem das suas reservas, as de ouro e, as de princípios seus, a sua alquimia de berço e pira fúnebre, até ao fim das suas existências terrenas. A quem de direito que investigue e se atreva (não tendo medo de ser morto e extinto também da face da Terra para
já...) para que venha a lume estas inquirições, suposições e insinuações sobre o 11 de Setembro. O Grand Zero está lá. Os desperdícios já não, mas as almas sim. A "Pilha" foi gasta, espoliada também e tudo desapareceu...menos a recordação fiel dos que aí sofreram. O Pentágono foi vítima, dizem...mesmo sem imagens, o que é estranho...um avião volatilizado no ar sem vestígios ou destroços no terreno. Tantas questões, tantas coisas mal contadas mas enfim. O Homem é fluido de conhecimentos e artimanhas suas para fazer da mentira, uma verdade...a sua. Só nos resta então rezar pelas muitas vítimas e almas incandescentes que aí se finaram. Ou, outra vida anunciaram. Rezaremos então. Oraremos, velando para que não mais suceda tão cruel destino a quem só queria trabalhar e ganhar o pão do seu dia. Não...o ouro ou as abjecta inconfidências globais que alguns clamam para si. E a bem dos que se não vergam, oremos também. Descansem em paz. Rezaremos por si. Até que nos elevamos também...mas sem igual dor. Deus está convosco e connosco também. Sempre!
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