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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Ciência

O que é a vida?

Os filósofos perpetuam-se na dúvida e na discussão sobre, como classificar o conceito de «vivo» ou se este se poderá aplicar relativamente ao núcleo de um computador. Além disso, esta classificação poder-se-à atribuir a qualquer coisa criada pelo Homem? O conceito de «vida» não deveria permanecer limitado aos fenómenos naturais?...É difícil responder a estas perguntas, pois ainda não existe nenhuma definição realmente viável do conceito de «vida».
Os seres de "Poly World" (ecossistema artificial idealizado no fim do milénio passado pelo informático Larry Yaeger (n. 1962) em Silicon Valley) preenchem muitos dos requisitos necessários para serem considerados vivos: crescem, reproduzem-se, são capazes de evoluir e morrem. estas criaturas podem ter uma forma física, sendo portanto uma espécie de robôs vivos, mas também existem de forma imaterial, apenas dentro de um computador.

Os minúsculos seres vivos deslizam em silêncio e a diferentes velocidades, sendo capazes de se orientar. Uma rede neuronal dá-lhes a capacidade de percepcionar o mundo que os rodeia. Desta forma, a experiência ensina-lhes o que é bom para eles e como podem satisfazer as suas necessidades mais urgentes. Os seus genes fundem-se, determinando assim as características da sua descendência. São mortais e ás vezes os seus congéneres devoram-lhes os corpos antes de estes se corromperem. O material é inorgânico, o núcleo é informação e os computadores são as incubadoras que produzem estes novos organismos.
Da mesma forma que a investigação médica dos últimos séculos conseguiu realizar processos vitais nos tubos de ensaio (in vitro), também os biólogos e os informáticos criam vida nos circuitos electrónicos (in silício).

"Vejo nos cérebros das nossas máquinas, o germe de uma percepção que a evolução acabará por transformar numa consciência semelhante à do ser humano!" - Afirmação perene do professor Hans Moravec (n. 1958) director do Mobile Robot Laboratory da Universidade de Carnegie Mellon em Pittsburgh. Segundo Moravec, os computadores mais modernos têm um desempenho comparável ao do sistema nervoso de uma abelha. Há 50 anos, o comportamento das máquinas mais complexas era ainda mais simples do que o de um micróbio. Na evolução biológica, a passagem do ser unicelular ao insecto demorou 500 milhões de anos. A evolução tecnológica actual da inteligência  e, portanto, cerca de 10 milhões de vezes mais rápida.
Na próxima década, possivelmente, ou nas precedentes...teremos robôs domésticos de inteligência similar aos anfíbios e à inteligência de ratos, posteriormente. Dentro de trinta anos (aproximadamente) serão independentes e reagirão conscientemente como os nossos macacos. A partir daí, tornar-se-ão mais inteligentes do que o ser humano...a idade da evolução artificial só a gora começou.

As máquinas executarão então, qualquer trabalho com menos custos, maior rapidez e mais precisão.
Stephen Hawking está firmemente convencido de que estas máquinas se tornarão independentes, se desenvolverão à margem do Homem e acabarão por herdar o Universo quando forem robôs super-inteligentes. Os seres humanos biológicos, seus antepassados, não serão então mais do que uma recordação distante...afere ainda Hawking numa eventual tomada de poder mecânica e, pensante.

Assustador não é? Pensa-se que sim. Nada nos reporta para que tal seja apenas especulação mental ou derivados de uma ciência a cada dia mais expedita e transformadora, apesar de certos malefícios também, do que se pode augurar na transcendência e afronta em relação ao ser humano. A realidade dentro de uns anos, ser-nos-à reveladora e esperemos que não, tão arrepiante e demolidora nestas máquinas pensantes de inteligência suprema que nos vença nos intentos de dirigir e coagir na Terra. Vamos esperar e acreditar que estas máquinas poderosas de cérebros complexos e generosos, o sejam igualmente na conformidade de funções que lhes é imposto e não o oposto, na insurreição ou sublevação contra o ser humano. Penso que o não merecemos, apesar de todos os nossos defeitos intemporais, ocorridos no planeta. Esperemos então que tudo chegue a bom porto para que todos (homens e máquinas) possamos «navegar» em águas límpidas e planas de confiança mútua. Assim seja!

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