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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A Sublimação

Oração pela Alegria na Minha Vida

   Por favor, meu Deus
   afasta de mim esta nuvem de escuridão.
   Derrama sobre mim a tua luz.
   Envia os teus anjos para me ajudarem.
   Concede-me a coragem e a força,
   para recomeçar a sentir a alegria na minha vida.
                                          - Ámen! -

 
A ciência angelológica  ou todos os que assim a determinam, angelôlatras ou simplesmente simpatizantes e gente de fé - ao longo dos tempos - vão pedindo a Deus e aos seus súbditos de asas e boas acções nos humanos, um pouco de paz e acalmia na turbulência e desespero da sua vida na Terra. E, levados por uma angústia materialista e sem fim - por objectivos obsoletos do que espiritualmente temos como missão e certeza - se vão cumulando de frustrações e sentidos iníquos.

Cristo enunciou: -" Não acumuleis tesouros na Terra, porque,
                             onde o vosso coração estiver, ali estará também,
                             o vosso coração."


Vagueando por entre Céu e Inferno, o Homem nunca irá aprender. Até que planeta terra prevaleça e Deus queira. Por entre espíritos do bem, lindos e bondosos, ou espectros hediondos, iracundos, envoltos numa concupiscência  atroz, o ser humano desencarnado, irá sempre lamentar a sua busca incessante e infrutífera talvez, da perfeição. Alguns, conseguiram-no ou...andaram lá muito perto. Como exemplos disso: o célebre e magistral Leonardo da Vinci - avançado para o seu tempo - Miguel Ângelo, nas suas pinturas divinas de uma Capela Sistina maravilhosa e Proust, Lavoisier, Larousse e tantos outros que, homens da ciência e da descoberta científica mas que ordeira e acentuadamente se induziriam nessa mesma corrente de busca e quimera de alquimia, da verdade.

O halo iluminado de muitos, sê-lo-iam na escrita, na pintura ou na música que compunham. foram pessoas iluminadas, certamente. Renoir foi um desses em sentidos pictóricos na corrente impressionista do fim do seu século, apaixonado que fora pelas coisas boas da vida. Abominava a poluição e a imensa propagação dessa, na vasta e inicial industrialização que se fazia sentir em Paris. pintaria quadros magníficos, muitos deles em autêntica contemplação irreal de uma beleza ímpar.
O meu preferido - e no qual Renoir imortalizaria em total abnegação e beleza - é a tela da filha mais velha da Srª Cahen d`Anvers, mulher de um abastado banqueiro judeu (1880). Pintaria a farta cabeleira dourada, descendente em cascata pelos ombros da menina. Iréne Cahen d`Anvers de seu nome e brilho, não olharia de frente para o pintor em postura transcendente e distante - no que observei e o autor do livro em que esta está referida, igualmente o focou - parecendo perdida nos seus próprios pensamentos tristes. Melancolia esta, induzida ou não, seria a mais bela imagem de todos os tempos em ícone pictórico intemporal também, por mão de Renoir. Está hoje exposta em pertença e posse, na Fundação E. G. Burhle (Zurique).

Franz Schubert, compositor austríaco (Viena 1797-1828) outro génio ou anjo terreno enviado por Deus à Terra na sua obra marcada por um romantismo, feito de desilusão e solidão.
Johann Sebastian Bach - criador do sistema temperado - (no qual se baseia toda a harmonia), é de todos os tempos igualmente, a música feita obra celestial em melodia e asserto espiritual do que se conhece até à actualidade. Mozart e Beethoven também mas estes diferentemente, não explodem em tanta alegoria reminiscente de certa forma esotérica e de tamanha dimensão transcendental.

Anjos e Demónios, uns e outros em conluio com o nosso intransponível receio de nos quedarmos para um ou outro lado. belos seres de asas e arpas cantantes ou querubins que nos assustam e roubam o sossego de possuir as nossas almas em paz e refrego de não nas roubarem. Será sempre em eternidades que não verei já, a grande questão e incitação ao seu estudo, à sua elaboração de tese em investigação e conclusão. Todos preferimos os anjos bons - ainda que haja alguns seguidores dos outros...- e todos desejamos que noa ajudem e auxiliem nos sacrifícios e tormentos terrenos. veremos então, se tal seremos também merecedores ainda que sem grandes genialidades, a maior parte de nós, se franqueie a ser melhores seres humanos na Terra. Não é necessário que sejamos perfeitos ou exímios nas artes que escolhermos para trabalhar, estudar ou simplesmente criar. Mas temos de ser, acima de tudo, fiéis ao que nos rege e é pedido de nós. Apenas isso e Deus, fica feliz. Manda-nos os seus anjos e nós, só temos de agradecer. Assim seja!

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