O Corpo Astral é feito de uma matéria subtil?
O Corpo Celeste
Entre os povos primitivos estava muito difundida a ideia de que, em determinadas condições, a alma do ser humano pode migrar. Os seus feiticeiros ou Xamãs eram até capazes de enviar a sua para longe.
A ideia da transmigração das almas foi incorporada em muitos sistemas filosóficos das grandes civilizações.
Também na literatura ocultista do Ocidente se desenvolveu bem cedo a ideia de que o ser humano possui uma espécie de corpo «subtil» que, de certo modo, serve de veículo para a viagem empreendida pela alma.
Recebeu o nome de «corpo astral» ou «sideral», o que remete para as estrelas, visto que se acreditava que o referido corpo constituía o nexo entre o mundo físico e as esferas superiores associadas ás estrelas. Já o erudito renascentista Paracelso (c. 1493-1541) falava de «arqueo» quando se referia a um corpo etéreo deste tipo.
Viagens Astrais ou Clarividência?
A parapsicologia tenta provar que a viagem astral constitui um fenómeno autónomo. As pessoas capazes de auto-induzir as chamadas «experiências extracorporais» afirmam que conseguem perceber o que ocorre em lugares distantes. Muito poucas, porém, puderam confirmar esta afirmação por via experimental.
As experiências bem sucedidas são escassas e, seja como for, não se diferenciam da capacidade da clarividência. A explicação para o facto de alguém ser capaz de «adivinhar» o que há noutro quarto não tem necessariamente a ver com a ideia de que esse alguém se encontre nesse preciso instante em viagem com o seu corpo subtil. Há poucos anos foi conduzida uma experiência muito interessante a esse respeito, baseada no seguinte pressuposto: quando «alguma coisa» abandona o corpo, é possível que exista um detector capaz de tornar perceptível essa misteriosa «coisa». Por exemplo, houve gatos e cães que manifestaram reacções como miadelas nervosas ou latidos e rabos encolhidos. Não ficou claro no entanto, se reagiram deste modo ante um corpo subtil que se evadia do organismo ou, se terá existido uma outra explicação para estas reacções.
Vencer as Fronteiras do Corpo
Um critério decisivo para a apreciação crítica das viagens astrais é o facto de que, na altura das experiências extracorporais se vêem não só apenas objectos ocultos aos sentidos, como também paisagens e lugares insólitos. Durante essas viagens, a realidade é apreendida como que num estado alterado de consciência. Por esta razão, não se pode falar tranquilamente de um voo realizado pela alma, pois, por muito que o que ocorra se assemelhe a um voo, está-se perante experiências em que os limites da percepção sensorial desaparecem. As viagens astrais assemelham-se mais a uma transformação do plano da experiência, que permite que nos deixemos imergir num mundo sem limites que, embora parecido com o nosso, não é tão limitado. Uma referência a esta vastidão constitui o corpo astral flexível, capaz de percorrer distâncias infinitas.
O Cordão de Prata
Nas Ciências Ocultas considerava-se que o Corpo Astral era o portador das qualidades da alma, o responsável pelos fenómenos paranormais. Ao abrigo das especulações ocultistas desenvolveu-se a partir desta ideia o conceito da «trindade» do organismo, corpo astral e espírito.
Especialmente na Teosofia e na Antroposofia, levaram-se a cabo outras subdivisões em formas corpóreas cada vez mais subtis , que supostamente seriam inerentes ao ser humano, até se chegar ao espírito imaterial.
Alguns ocultistas que asseveram ser capazes de partir voluntariamente numa viagem astral, acreditam que o corpo físico está unido ao corpo astral mediante um cordão de prata. Graças a esse cordão, o corpo astral consegue sempre regressar ao corpo material ao terminar a viagem. Estas afirmações não podem ser comprovadas. Em geral, toda a ideia de um corpo astral dificilmente resistiria a uma análise científica.
Na Idade Média supunha-se que entre o microcosmos do ser humano e o macrocosmos do Universo havia uma interacção e que, a comunicação entre estes mundos, era veiculada por uma matéria subtil, o corpo astral. Na actualidade, vencendo por vezes as fronteiras do corpo material em viagens ditas astrais, supostamente, tentamos de alguma forma reequilibrar todo o nosso conturbado sistema físico e mental numa relaxante atmosfera que nos faz vaguear para longe. Sendo mais benéfico do que o contrário - para esse nosso bem estar - sob resultados de uma maior plenitude e acalmia geral, então estaremos perante uma nova dimensão em transformação no plano dessas experiências em que os limites da percepção sensorial desaparecem por completo, como já foi referido. Percorrendo distâncias imensas, infinitas - nesse mundo sem limites de espécie alguma - viajamos na essência pura e perfeita de sintonia total em corpo e mente na exímia constituição de um corpo astral flexível como foi referido também.
Resistindo ou não a uma pormenorizada e mesmo dissecada análise científica, acreditemos de que será possível se não hoje num futuro próximo, uma maior certeza na confluência e incidência de factos entre si na existência efectiva de um nosso corpo astral que por vezes...viaja para uma outra dimensão. Assim seja!
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