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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A Aura Fantasma



Existirá de facto uma aura em nós ou tratar-se-à simplesmente de uma ilusão?

A Luminosidade do Campo Energético
Segundo o ideário dos povos primitivos, através do organismo humano e de todo o Universo flui uma enigmática energia vital. Esta energia tem vários nomes, porém nas últimas décadas é conhecida sobretudo pelo termo chinês «chi». Os efeitos desta energia vital são estudados em numerosos institutos científicos desde a década de 1970. As pessoas dotadas de capacidades paranormais afirmam ser capazes de vislumbrar o campo energético do ser humano sob a forma de luz colorida, ou seja, a aura.
Os ocultistas asseveram que esta energia rodeia cada pessoa como se fosse uma espécie de ovo luminoso, tratando-se de uma irradiação «ténue» do corpo humano. Muitos estão convencidos de que também os animais estão rodeados por este campo energético luminoso. Em pessoas que se destacam das demais, por exemplo as que alcançaram um elevado nível de espiritualidade e os Santos, diz-se que a aura possui uma força e uma intensidade especiais.
Ao que parece, as cores permitem tirar conclusões sobre o carácter, eventuais doenças ou o destino das pessoas. A Teosofia e a Antroposofia - em especial - ocuparam-se intensamente do conceito de aura.
A Antroposofia distingue cinco estratos. Interessante é a observação de que as crianças são por vezes capazes de se aperceber das auras, porém este dom especial perde-se com a idade. Esta afirmação baseia-se no facto de nas experiências conduzidas, as crianças referirem com maior frequência, uma percepção da aura.

Óculos para Auras
O médico inglês Walter J. Kilner (1847-1920) desenvolveu um dispositivo com o qual pretendia tornar visível a aura humana. Trata-se de um filtro que apenas deixa passar a luz azul. Se observarmos durante algum tempo, através desse tipo de lentes escuras, podemos ver uma débil aura em redor de uma pessoa.
Quando se vislumbram leves resplendores em torno de um objecto, não se trata da aura mas, de uma ilusão óptica provocada pelas lentes filtrantes.

Depuração da Aura
Entre os povos primitivos, a energia vital é uma espécie de campo energético em torno do ser humano como já foi referido. No rito de cura dos Shipibo, uma tribo indígena da região amazónica peruana, o Xamã limpa o «campo de aura» do doente com molhos de determinadas ervas. Em estado de transe vê padrões geométricos que atravessam o corpo do doente. Ao limpar a aura, reordena de novo esses padrões, harmonizando deste modo a energia vital da pessoa tratada. A indumentária, as cerâmicas e, as pinturas faciais dos Shipibo, mostram esta «anatomia espiritual» do organismo sob a forma de linhas energéticas.

Os Chacras
Mediante um determinado exercício de introspecção praticado na Índia, o chamado «pranayama», os centros energéticos do ser humano (chacras), que giram como rodas e estão dispostos ao longo da coluna vertebral, tornam-se visíveis sob a forma de nuvens luminosas e, coloridas. Claro que não existem indícios irrefutáveis  de que se trata de um fenómeno objectivo e não apenas figurado. Existem algumas referências soltas a fotografias de iogues indianos em que se vêem débeis fenómenos luminosos sob a forma de neblina, mas estes documentos não são suficientes para provar seja o que for.

As Fotografias de Kirlian
O engenheiro electrónico russo Semyon Davidovich Kirlian, de Krasnodar, desenvolveu entre 1939 e 1958 um método fotográfico combinado com correntes de alta frequência, a chamada fotografia Kirlian.
Quando se submete uma placa metálica a uma tensão de alta frequência, forma-se então, entre a placa e qualquer objecto que se encontre imediatamente sobre ela, um campo eléctrico. Sempre que este campo atinge uma determinada intensidade, o ar que se encontra entre ambos ioniza-se, formando-se assim canais de descarga de pequenos raios luminosos, fenómeno a que se dá o nome de «corona». Estas manifestações luminosas ficam registadas em material fotográfico sob a forma de uma corona radiante. Tal significa que, numa fotografia Kirlian, não aparecem os objectos fotografados mas sim, a imagem radiante do seu contorno.

Um Fenómeno Físico
Embora se trate de um processo físico absolutamente normal, os ocultistas afirmam que a fotografia Kirlian permite tornar visível a aura. As mais populares, são as fotografias das pontas dos dedos.
As imagens são muito diferentes em termos de densidade e de coloração. Supõe-se que estas diferenças resultem do estado energético do corpo. De facto, o efeito de Kirlian nada tem a ver com a aura. É possível obter este tipo de imagens a partir de todos os objectos condutores de electricidade.

A Folha Fantasma
Um fenómeno que causou sensação na época, foi o que supostamente se terá registado num laboratório sul-americano. Numa fotografia Kirlian aparecia a imagem de uma folha inteira, embora previamente lhe tivesse sido cortada uma ponta. Por outras palavras, isto significa que a amputação de uma parte da folha não se traduz num recorte da fotografia da aura. O chamado «efeito de folha fantasma» foi interpretado como prova da teoria de que a fotografia Kirlian permite visualizar a aura. De acordo com os seus defensores, mesmo que falte uma parte ao objecto físico, a corona mística colorida conserva a sua integridade.
Os cépticos argumentam que se trata de uma ilusão esotérica, já que uma folha mais não é que uma parte de um ramo e este, é parte de uma árvore. Porque não aparece então na fotografia, a totalidade do organismo?

Diagnósticos com Fotografias Kirlian
As fotografias Kirlian das pontas dos dedos das mãos e dos pés são usadas sobretudo para fins de diagnóstico na medicina não convencional, por exemplo, pelos curandeiros ocidentais. Os defensores deste método asseveram que a imagem reflecte estados físicos e mentais da pessoa. Tal não deixa de ser possível, mas as fotografias dependem de numerosos factores difíceis de controlar que, teriam de manter-se constantes para que servissem realmente, para efeitos comparativos ou de diagnóstico: o ângulo de inclinação das pontas dos dedos, a pressão aplicada, a pressão e a humidade atmosféricas, a temperatura ambiente, as características da pele, a transpiração, etc. Para além disso, a cor da imagem depende também do papel fotográfico utilizado.

Ingo Swann, um «sensitivo» nova-iorquino, tornou-se conhecido na década de 1970 quando participou nas primeiras experiências de remote «viewing» (telepercepção) nos Estados Unidos. Destacou-se não apenas pelos seus talentos telepáticos mas também como artista que estuda fenómenos paranormais. Existe uma tela pintada por si, intitulada de «A Aura» que nos revela em imaginação individual, a coroa luminosa em redor de uma pessoa e o que, a meu ver, cada um de nós pode então exibir em ostensiva luminosidade, ainda que a não observemos a olho nu. Assim sendo, estaremos mais perto da verdadeira afirmação de sermos todos seres de luz e de uma energia vital incomensuravelmente bela e feliz, ao que se deseja. Pois que então, tal nos glorifique em alegria, bonomia e pacifismo autónomo mas solidário em trazer, reverter e multiplicar em dimensão e anunciação na vida, essa mesma luz em todos os outros como em nós. Para todo o sempre!
 

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