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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A Estranha Morte


 

Terá Jesus Cristo sobrevivido à cruz, prosseguindo o seu caminho de profeta como simples mortal?
Estará o Salvador sepultado na cidade de Srinagar? Repousarão aí, os seus restos mortais?

Crucificação e Ressurreição
Para o Cristianismo, a crucificação e a ressurreição são aspectos essenciais da doutrina da fé. No entanto, o Alcorão contém uma «sura» (capítulo) que não só dá azo a diversas interpretações como levanta também a hipótese de que Jesus não teria sido executado. Na verdade, diz-se que morreu na Índia sob um pseudónimo e que, está enterrado naquele país, mais concretamente em Srinagar.
Alguns leitores mais atentos acreditam ter também encontrado na Bíblia indícios de que Jesus não morreu. Por exemplo, no Evangelho de São João surge, junto a alusões veladas ao facto de o enterro se ter efectuado de forma «incorrecta» do ponto de vista dos costumes judaicos, a referência a alguém que trouxe aloé e mirra até à sepultura. Para o Judaísmo, porém, estas duas substâncias não são usadas no embalsamento de cadáveres, mas no tratamento de feridas. Actualmente, muitas pessoas acreditam de que Jesus Cristo - depois de sobreviver à crucificação - foi escondido na sepultura e curado, fugindo depois para a Pérsia. Afirmam que nesse país terá continuado o seu trabalho de profeta sob o nome de Yuz Asaf. Depois terá prosseguido a sua viagem rumo ao Afeganistão e, finalmente, até à Índia.
Conta-se que, em Caxemira, fez muitos milagres e se casou, tendo muitos filhos. Afirma-se mesmo que viveu até aos 108 anos. Verdade ou heresia, nenhuma destas se pode corroborar ainda com toda a certeza, ainda que os relatos firmados ao longo dos séculos, tenham permanecido.

Jesus na Demanda de Buda
Não existem provas sólidas quanto a esta teoria, ainda assim algumas relíquias históricas apontam para a presença de Jesus em Caxemira. Mas por que razão, teria Jesus Cristo ido para a Índia?
Em pleno século XIX, o historiador e filósofo Rudolf Seydel (1835-1892), da Universidade de Leipzig, na Alemanha, demonstrou que os Evangelhos contém muitos elementos emprestados de textos budistas. Buda viveu na Índia de 560 a 480 a. C. É possível que Jesus Cristo, agora Yuz Asaf, se tivesse familiarizado na pátria de Buda com os seus ensinamentos e os adoptasse e, integrasse, na sua própria doutrina.
Segundo Seydel, os autores do Novo Testamento tiveram da basear-se em algo que seria uma espécie de Evangelho Budista, passado por um filtro cristão.

Cristianismo Budista?
Recentemente, o professor de literatura norte-americano Zacharias P. Thundy afirmou que a história da infância e juventude de Jesus coincide em muitos aspectos com a de Buda. Para além disso, os sermões de Jesus Cristo revelam muitos paralelismos com textos Hinduístas e Budistas.
Para o historiador alemão Holger Kersten, não restam dúvidas de que os traços fundamentais da doutrina cristã são de natureza budista. Tanto o milagre da multiplicação dos pães como o de Jesus caminhar sobre a água são idênticos a, histórias milagrosas que se contam de Buda. No caso dos pães, as coincidências abrangem não só o próprio fenómeno como também o número de pessoas, de pães e de cestos com as sobras. O milagre de caminhar sobre a água é, em termos de estrutura e conteúdo, quase idêntico ao da tradição budista, que é muito mais antigo. Ambos os apóstolos, Sariputta, no caso de Buda, e Pedro, no de Jesus, se afundam na água devido à sua falta de fé.

Simulação da Morte e Fuga?
Voltando à questão inicial, convém esclarecer então: Diz o Alcorão na sura 4157 e seguintes: «...e (porque) disseram: "Matámos Jesus Cristo, filho de Maria e enviado de Deus." Mas, (na realidade) não o mataram nem (sequer) crucificaram. Mas apareceu-lhes (outro) parecido (de modo que o confundiram com Jesus e o mataram)... E não o mataram com certeza (não podem afirmar com certeza que o mataram)...».
Tendo em conta as palavras escolhidas e a gramática árabe, é difícil traduzir e entender o capítulo da crucificação no Alcorão. As várias interpretações possíveis deram lugar especulações como a que afirma que Jesus Cristo não morreu na cruz ou que foi morto, mas não pelas pessoas que a Bíblia aponta.
No que diz respeito à crucificação e ressurreição, alguns investigadores falam de morte aparente ou até de morte simulada. Segundo eles, Jesus não bebeu vinagre, mas antes um opiáceo com o qual os seus aliados o anestesiaram. Para além disso, sustentam que Jesus morreu de forma «estranhamente rápida». Tudo terminou passadas três horas, embora a morte na cruz costume durar dias. Por fim, no túmulo, Jesus teria recuperado os sentidos e fugido para a Índia.

O Túmulo
Num lugar retirado nas montanhas do Norte da Índia, no meio do centro histórico da cidade de Srinagar, existe uma casa onde repousam os restos mortais do profeta Yuz Asaf. Os muros só foram erigidos em redor do sepulcro, depois de a mística relíquia ter em 1766 sido oficialmente classificada, monumento sagrado. No interior encontram-se dois sarcófagos de pedra sobre o chão, envoltos numa espessa coberta e rodeados por uma estrutura de madeira. O maior deles é o de Yuz Asaf, podendo na laje ler-se várias inscrições muçulmanas e datas. O túmulo propriamente dito do profeta, encontra-se debaixo do sarcófago, numa câmara mortuária que se pode ver através de uma pequena abertura.
Embora segundo o costume islâmico os túmulos sejam orientados na direcção norte-sul, o de Yuz Asaf, que se diz conter os restos mortais de Jesus Cristo, está colocado de leste para oeste, de acordo com a tradição judaica. Na opinião dos historiadores, Yuz Asaf não podia ser muçulmano. O lendário profeta também não era com certeza hindu, pois os hábitos religiosos do país determinam que os cadáveres sejam cremados.
A descrição do profeta - diz-se que era um homem afável, de pele clara, que vestia uma túnica branca e que, tal como Jesus, afirmava ser filho de uma virgem e, falava com os anjos - sendo desta forma para alguns historiadores, a prova determinante e mais do que suficiente de que Jesus era Yuz Asaf e que é ele, que se encontra aqui sepultado.

O Relevo
No sepulcro foi descoberto um relevo em forma de duas pegadas, junto ao qual terá havido um crucifixo e, um rosário. Na Ásia, a existência de pegadas junto aos túmulos dos Santos é uma tradição bastante comum. Estas estão sempre acompanhadas de «sinais característicos»: as de Buda, por exemplo, aparecem decoradas com uma suástica. Esta cruz gamada era originalmente, um antigo símbolo da sorte indiano. No caso deste túmulo, as cicatrizes das feridas nas pegadas constituem um vestígio que não pode ser ignorado.
Apesar disso, os críticos negam-se a interpretá-las como sendo as feridas da Paixão de jesus Cristo. Se tal acontecesse, as bases de toda uma religião mundial estariam ameaçadas, como é de prever; sendo igualmente expectável a disputa, a polémica e a completa (ou hipotética) desagregação da Igreja...

Espírito Investigador
O historiador alemão Holger Kersten propôs-se reconstruir a viagem de Jesus (ou antes, Yuz Asaf), até à Índia e a vida de profeta forasteiro que este terá levado por entre a população daquele país longínquo.
Numa das suas primeiras visitas a Srinagar, conseguiu mesmo convencer o governador de Caxemira, Farooq Abdullah, a mandar abrir o túmulo. Kersten pretendia sustentar a sua tese de que o profeta estrangeiro e Jesus Cristo eram a mesma pessoa. Porém, na data prevista para a abertura de tal, tiveram início violentíssimos distúrbios políticos na região. Caxemira é desde há muito tempo um foco de conflitos devido à divisão do antigo principado. Enquanto a zona em que se situa Srinagar está sob a administração da Índia, cidades como Ladakh ou Gilgit estão ocupadas pela China ou pelo Paquistão, respectivamente.
O chefe da polícia opôs-se então à abertura do túmulo. Isto passou-se em 1984 e desde então as lutas territoriais e de poder em Caxemira nunca mais foram apaziguadas, adensando-se cada vez mais. Assim, o túmulo de Yuz Asaf permanece fechado, ocultando até hoje o seu segredo.

Enquanto assim permanecer, a nossa sapiência ou ignoto conhecimento ficará para sempre nas trevas de algo ou alguém que se considera ser supremo em ferrolho acentuado de nunca sabermos a verdade. Com a alusão de tudo se quebrar em religião intocável e crença imperturbável - no que se acredita ser verdade - assim se prolonga mais uma defeituosa amálgama histórica que apenas se modificaria não alterando essa mesma crença ou fé subjacentes. Não se sabe. E enquanto a escuridão da ignorância se mantiver, nada mais se saberá. Por essa mesma razão - do enorme receio na alteração de crença histórica das massas humanas - é que também por cá, em solo lusitano, se não deixou abrir o túmulo das supostas ossadas milenares de um nosso primeiro e grande Rei fundador de Portugal, de seu nome Dom Afonso Henriques. Frustram-se investigadores, historiadores e estudiosos num maior e mais clarificador conhecimento que, na sua ancestralidade, se vai perpetuando no tempo sem mazelas ou modificação de espécie alguma em poder incólume e, impenetrável de quem quer saber mais e tem o direito a isso. E esse direito, é universal! Poder-se-à tirar poder a alguém só por ter continuado a sua obra como simples mortal e não, ter perecido na cruz em nome de todos nós?...Teria menos valor? Para quem?...Pensemos nisso. Que a verdade possa emergir em nós e sobre nós, a bem de toda a Humanidade!

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