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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A Pedra

Será que a arte neolítica alberga um segredo ainda maior do que à priori supomos?


 
Petróglifos descobertos no Arizona (EUA) fazem lembrar desenhos de crianças. Além de símbolos astronómicos como o Sol e a Lua e outras estrelas, pode observar-se também diversos animais, tais como serpentes, um animal com chifres e um outro maior ainda - que poderá ter sido extinto - e seres humanos. No Valle do Encanto, no Chile, foi encontrado um petróglifo de semblante do tipo máscara em que este se assemelha ás máscaras de ouro estilizadas dos posteriores povos Incas.

Sinais Ilustrados no Deserto

No norte do Chile, a cerca de cem quilómetros da cidade costeira de Iquique, artistas da Idade da Pedra criaram gigantescas gravuras rupestres. Neste local, as encostas ressequidas das montanhas estão praticamente cobertas de gravuras inexplicáveis. Símbolos abstractos, setas, animais selvagens, rodas e seres voadores foram cuidadosamente trabalhados. Quais os objectivos almejados pelos criadores destes petróglifos geológicos, sobredimensionados, se invocavam os deuses das estrelas ou se realizavam rituais mágicos de fertilidade - todos estes são segredos que levaram consigo para o túmulo.

Pedra Esculpida

Os símbolos antigos conseguem invocar mundos místicos no seu todo. Ao nível universal, a sua mensagem parece ser que o símbolo da fertilidade é uma nuvem de chuva ou uma linha ondulatória e que o Sol significa vida. Já o significado de pequenas reentrâncias ou de diafragmas em forma de grelha quadrada, continua para nós a constituir um perfeito mistério. O testemunho por detrás destes traçados abstractos de culturas da Idade da Pedra na Austrália, Ásia, África e América também permanecerá em segredo. Por outro lado, é sobretudo a Europa que coloca a pesquisa pré-histórica perante um enigma: encontramos as mesmas espirais, grupos de círculos, cavidades em forma de gamela e símbolos de animais por todo o lado, desde as ilhas mediterrânicas aos Alpes, da Hungria à Península Ibérica, nas Ilhas Britânicas e na Escandinávia.

 

Monumentos ao Poder da Magia

As tentativas de interpretação foram muitíssimas, mas nenhuma das especulações se veio a verificar satisfatória. Será que as gamelas serviam de tigelas para os sacrifícios? Será que as espirais evocavam forças cósmicas? Será que os círculos concêntricos representavam a fertilidade pelo facto de poderem ser vistos como uma abstracção da água, como dádiva da vida, quando se lhe atirava uma pedra?
Figuras esquematizadas, tais como as que conhecemos de mais de trezentos sítios arqueológicos espalhados pela Europa, podem ser interpretadas como sinais de uma crença mágica em espíritos. Ou então, a arte neolítica albergará um segredo ainda maior do que á priori supomos.
A sociedade moderna actual, na sua religiosidade, teria provavelmente que reaprender o conhecimento intuitivo dos nossos antepassados de modo a conseguir compreender a sua linguagem simbólica rupestre.

Acredita-se então, de que na pedra esculpida em fenómeno global, em que se nos apresenta esta arte rupestre neolítica, os nossos antepassados tentaram assim reportar para a posteridade a sua realidade em vivência e costumes. Universalmente, já evocando a simbologia da fertilidade, poder-se-à de igual forma acrescentar de que muito provavelmente também, estes nos quereriam relatar algo mais como as forças cósmicas nas espirais representadas e não só. Esse conhecimento ancestral leva-nos a considerar haver de facto algo superior, na compreensão dessa linguagem simbólica rupestre. A ser assim, estaremos perante uma nova realidade, onde todos teremos de aprender ou reaprender esse conhecimento intuitivo desses nossos antepassados. Que assim seja, então. A bem de todos, a bem da Humanidade!

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